Trastes do Squier Jazz Bass Classic Vibe

Olá Alex!
Como você já deve saber, o Squier Jazz Bass Classic Vibe tem os trastes mais finos do que o convencional, no que isso interfere no som do instrumento, negativamente ou positivamente?
Abraço.

É uma tendência de vários instrumentos hoje em dia, como Lakland, Dingwall e Mlaghus.

A teoria é que menos metal trará menos deformação à corda e por isso melhor intonação, além de mais som da madeira da escala.

Não é possível ter certeza científica sobre nenhuma dessas afirmações e se torna algo pessoal mesmo...

^Pois é Allex, ainda bem que essa "onda" de traste jumbão acabou... Trastes mais finos são muito mais acurados do ponto-de-vista da afinação.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:^Pois é Allex, ainda bem que essa "onda" de traste jumbão acabou... Trastes mais finos são muito mais acurados do ponto-de-vista da afinação.

Me falaram que o desgaste também é muito maior, e a retífica de trastes mais frequente...

PauloBass escreveu:

Mauricio Luiz Bertola escreveu:^Pois é Allex, ainda bem que essa "onda" de traste jumbão acabou... Trastes mais finos são muito mais acurados do ponto-de-vista da afinação.

Me falaram que o desgaste também é muito maior, e a retífica de trastes mais frequente...

Isso tem mais a ver com a altura e material do traste do que com a largura. Os trastes dos Lakland Skyline mesmo, são relativamente moles e desgastam rápido se comparados aos Dingwall por exemplo. Já a Mlaghus utiliza trastes que não desgastam nunca e nunca precisarão de retífica ou troca, apesar de serem bem finos...

Exatamente.
Mas, no caso de retífica, e isso ocorre mais em guitarras, a parte de cima do traste, se achatada, dá problemas de afinação.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Mas, no caso de retífica, e isso ocorre mais em guitarras, a parte de cima do traste, se achatada, dá problemas de afinação.

A retífica verdadeira arredonda os trastes, não é? Senão é só um nivelamento rápido...

^ Exatamente.
Para isso usa-se uma ferramenta específica.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:^ Exatamente.
Para isso usa-se uma ferramenta específica.

O CV tem traste finos pois são uma releitura dos anos 60, quando os famosos Fender pré CBS usavam trastes assim.

Paulo Penna escreveu:O CV tem traste finos pois são uma releitura dos anos 60, quando os famosos Fender pré CBS usavam trastes assim.

sem duvida e a melhor opcao pra quem quer um jazz bass com um som caracteristico, apurado, bem acabado e barato...

Desculpem desenterrar o tópico, mas alguém sabe quais as medidas desses trastes "vintage"? Estou querendo trocar do meu jazz bass

Diego Graciolli escreveu:Desculpem desenterrar o tópico, mas alguém sabe quais as medidas desses trastes "vintage"? Estou querendo trocar do meu jazz bass

Dunlop 6230 ou Jescar 37080

Alguém sabe mais ou menos em que ano ou década a Fender deixou de usar estes trastes mais finos?

gregorybarbosa escreveu:Alguém sabe mais ou menos em que ano ou década a Fender deixou de usar estes trastes mais finos?

Fim dos anos 60.

muito obrigado! assim que der vou trocar por esses mais finos

allexcosta escreveu: Já a Mlaghus utiliza trastes que não desgastam nunca e nunca precisarão de retífica ou troca, apesar de serem bem finos...

De quê tipo de metal ou liga metálica são feitos estes trastes?

Zubrycky escreveu:

allexcosta escreveu: Já a Mlaghus utiliza trastes que não desgastam nunca e nunca precisarão de retífica ou troca, apesar de serem bem finos...

De quê tipo de metal ou liga metálica são feitos estes trastes?

Aço inox, com quase certeza.

Zubrycky escreveu:

allexcosta escreveu: Já a Mlaghus utiliza trastes que não desgastam nunca e nunca precisarão de retífica ou troca, apesar de serem bem finos...

De quê tipo de metal ou liga metálica são feitos estes trastes?

Os M Laghus que já toquei tinham trastes em Inox, confirmando a afirmação acima, do Bertola.

Vivendo e aprendendo... Como venho da guitarra, meus olhos até brilham quando ouço traste Jumbo. Não sabia que influenciavam na entonação.

Henri-Q escreveu:Vivendo e aprendendo... Como venho da guitarra, meus olhos até brilham quando ouço traste Jumbo. Não sabia que influenciavam na entonação.

Nem em guitarra eles são os melhores...

Na fabricação de instrumentos mais novos , tanto os top de linha como os de entrada , ainda se usa traste Jumbo ?

Cantão escreveu:Na fabricação de instrumentos mais novos , tanto os top de linha como os de entrada , ainda se usa traste Jumbo ?

Sim. Nas guitarras Ibanez, por exemplo...

A robustez dos trastes dá uma aparência de instrumento melhor construído. Um leigo jamais iria deduzir que são piores.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:

Cantão escreveu:Na fabricação de instrumentos mais novos , tanto os top de linha como os de entrada , ainda se usa traste Jumbo ?

Sim. Nas guitarras Ibanez, por exemplo...

Então quem compra , compra por ser jumbo mesmo Bertola ?

Henri-Q escreveu:A robustez dos trastes dá uma aparência de instrumento melhor construído. Um leigo jamais iria deduzir que são piores.

Então , pensei nisso , mas será que alguns não compram porque preferem , Henrique ?

Cantão escreveu:

Henri-Q escreveu:A robustez dos trastes dá uma aparência de instrumento melhor construído. Um leigo jamais iria deduzir que são piores.

Então , pensei nisso , mas será que alguns não compram porque preferem Henrique ?

Pois é... Já tive vários instrumentos com traste Jumbo. Todos afinavam bem e os trastes fininhos sempre me passaram a impressão de produto de segunda. Jamais suspeitei de nada nem ouvi falar até então.

Minhas últimas guitarras foram uma Cort Viva Gold II e uma Washburn modelo Nuno Bittencourt, ambas com trastes Jumbo. Sempre pesou na minha escolha por esse ar que passam de coisa bem feita.

Cantão escreveu:

Mauricio Luiz Bertola escreveu:

Cantão escreveu:Na fabricação de instrumentos mais novos , tanto os top de linha como os de entrada , ainda se usa traste Jumbo ?

Sim. Nas guitarras Ibanez, por exemplo...

Então quem compra , compra por ser jumbo mesmo Bertola ?

Sim...
Na verdade as pessoas pouco se importam com isso - aliás, baixistas menos ainda...
Essa moda de trastes jumbo ou "jumbão" surgiu nos anos 80, com os guitarristas "shredders" (que usavam Ibanez, ESP, Kramer, etc...).
Quando eu aprendia um pouco de luthieria com meu mestre, o Simões, essa era a moda. Eu mesmo tenho um baixo aqui (P-Bass), cujo braço foi feito por ele e tem trastes "jumbão"...

Henri-Q escreveu:

Cantão escreveu:

Henri-Q escreveu:A robustez dos trastes dá uma aparência de instrumento melhor construído. Um leigo jamais iria deduzir que são piores.

Então , pensei nisso , mas será que alguns não compram porque preferem Henrique ?

Pois é... Já tive vários instrumentos com traste Jumbo. Todos afinavam bem e os trastes fininhos sempre me passaram a impressão de produto de segunda. Jamais suspeitei de nada nem ouvi falar até então.

Minhas últimas guitarras foram uma Cort Viva Gold II e uma Washburn modelo Nuno Bittencourt, ambas com trastes Jumbo. Sempre pesou na minha escolha por esse ar que passam de coisa bem feita.

Todas típicas guitarras "de Metal"...

Valeu Bertola e Henrique...

Henri-Q escreveu:A robustez dos trastes dá uma aparência de instrumento melhor construído. Um leigo jamais iria deduzir que são piores.

Não são piores.

Sim, a corda deforma mais, mas a entonação correta compensa. E funciona com um toque mais leve.

A Fodera mesmo normalmente usa trastes jumbo.

allexcosta escreveu:

Henri-Q escreveu:A robustez dos trastes dá uma aparência de instrumento melhor construído. Um leigo jamais iria deduzir que são piores.

Não são piores.

Sim, a corda deforma mais, mas a entonação correta compensa. E funciona com um toque mais leve.
A Fodera mesmo normalmente usa trastes jumbo.

Tio , então no caso de trastes Jumbo de inox (que duram uma vida) , seriam só os desgastes das cordas ? E no caso de trastes Jumbo normais , fora o desgaste das cordas , teria o lance da retifica dos trastes com certo tempo de uso ? É isso ?

Cantão escreveu:Tio , então no caso de trastes Jumbo de inox (que duram uma vida) , seriam só os desgastes das cordas ? E no caso de trastes Jumbo normais , fora o desgaste das cordas , teria o lance da retifica dos trastes com certo tempo de uso ? É isso ?

Desculpe, não entendi bem a função do "seriam" ou do "teria" nessas frases.

Trastes mais altos permitirão mais retíficas, é óbvio. Não sei se isso tem a ver com a sua pergunta.

Acho que é desvantagem, pelo contexto
#entrometido kkkk

allexcosta escreveu:

Cantão escreveu:Tio , então no caso de trastes Jumbo de inox (que duram uma vida) , seriam só os desgastes das cordas ? E no caso de trastes Jumbo normais , fora o desgaste das cordas , teria o lance da retifica dos trastes com certo tempo de uso ? É isso ?

Desculpe, não entendi bem a função do "seriam" ou do "teria" nessas frases.

Trastes mais altos permitirão mais retíficas, é óbvio. Não sei se isso tem a ver com a sua pergunta.

Trastes de inox = desgaste normal das cordas , trastes sem precisar de retifica.
Trastes comum = desgaste normal das cordas + desgaste dos trastes com o tempo.
Foi isso que entendi...

Cantão escreveu:Trastes de inox = desgaste normal das cordas , trastes sem precisar de retifica.
Trastes comum = desgaste normal das cordas + desgaste dos trastes com o tempo.
Foi isso que entendi...

Cordas desgastam trastes, mas trastes também desgastam cordas.

Dependendo da maneira de tocar, as cordas terão vida mais curta com trastes mais duros, como os inox, os evo-gold ou mesmo os de latão tipo Warwick.

E o timbre também será diferente, mas não é algo definitivo. Muita gente acha que os trastes inox adicionam um um certo "zing" ao timbre, o que é bom pra alguns e ruim pra outros. Trastes de latão também influenciam o timbre. Aliás, a dinâmica traste/corda tem uma boa influência no timbre de um instrumento.

A Warmoth oferece trastes de diversos formatos, em ligas de níquel/prata, aço inox e dourados (liga de cobre sem níquel, quase tão dura quanto inox).


https://www.warmoth.com/Fretwire-C216.aspx

^ São os 3 materiais comuns hoje em dia, além do latão de sino da Warwick, que também se encontra à venda.

https://hazeguitars.com/blog/guitar-hardware-school-frets-ii-materials

Certa feita pesquisei um pouco sobre o assunto trastes e pedi para o amigo Ivan fazer um braço com os trastes mais finos que ele tivesse. A ideia era de ter um som mais natural, ou seja lá o que for. Ele fez um braço de precision com trastes de banjo! Montou o frankeinstein e o baixo ficou ótimo. Um baixo muito fácil de tocar, muito macio. Nem sei se é por causa da espessura dos trastes, mas desde então fiquei com esta impressão sobre os trastes finos.

allexcosta escreveu:

Cantão escreveu:Trastes de inox = desgaste normal das cordas , trastes sem precisar de retifica.
Trastes comum = desgaste normal das cordas + desgaste dos trastes com o tempo.
Foi isso que entendi...

Cordas desgastam trastes, mas trastes também desgastam cordas.

Dependendo da maneira de tocar, as cordas terão vida mais curta com trastes mais duros, como os inox, os evo-gold ou mesmo os de latão tipo Warwick.

E o timbre também será diferente, mas não é algo definitivo. Muita gente acha que os trastes inox adicionam um um certo "zing" ao timbre, o que é bom pra alguns e ruim pra outros. Trastes de latão também influenciam o timbre. Aliás, a dinâmica traste/corda tem uma boa influência no timbre de um instrumento.

Valeu Tio...

PauloBass escreveu:Olá Alex!
Como você já deve saber, o Squier Jazz Bass Classic Vibe tem os trastes mais finos do que o convencional, no que isso interfere no som do instrumento, negativamente ou positivamente?
Abraço.

Acho que é possível o baixo virar um fretless mais rápido que os instrumentos com trastes mais grossos. Devido o desgaste prematuro. Mas é só uma suposição minha. Com a palavra, os entendedores.

Igor Canavarro escreveu:Acho que é possível o baixo virar um fretless mais rápido que os instrumentos com trastes mais grossos. Devido o desgaste prematuro. Mas é só uma suposição minha. Com a palavra, os entendedores.

Baixos com trastes desgastados não são baixos fretless, são só baixos com trastes desgastados.

allexcosta escreveu:

Igor Canavarro escreveu:Acho que é possível o baixo virar um fretless mais rápido que os instrumentos com trastes mais grossos. Devido o desgaste prematuro. Mas é só uma suposição minha. Com a palavra, os entendedores.

Baixos com trastes desgastados não são baixos fretless, são só baixos com trastes desgastados.

Foi uma metáfora amigo. Rsrsrs

Igor Canavarro escreveu:Foi uma metáfora amigo. Rsrsrs

Ariano Suassuna ficaria orgulhoso.

Adoro trastes jumbo.

Todos os baixos do Lee Sklar têm trastes de bandolim (Como alguém que toca bandolim, eis aqui algo que preciso tentar algum dia).

https://www.talkbass.com/threads/mandolin-frets.1154688/

Vi alguns usuários no talkbass falando que cordas de aço inoxidável machucam demais esses trastes pequenos do squier classic vibe, de modo que seria necessária uma troca quase que anual de trastes.
O pior que li isso quando já tinha colocado as elixir stainless steel no meu baixo... Devo me preocupar ou é exagero?

André Melo Batista escreveu:
O pior que li isso quando já tinha colocado as elixir stainless steel no meu baixo... Devo me preocupar ou é exagero?

É exagero, principalmente levando em consideração que as elixir tem uma cobertura plastica que em tese protege o contato entre o aço das cordas e os trastes

André Melo Batista escreveu:Devo me preocupar ou é exagero?

A troca quase que anual é um exagero, a não ser que você toque tipo Pixinga umas 10 horas por dia.

E sim, cordas de aço geram vida útil menor aos trastes e trastes de liga similar e marcas diferentes realmente são diferentes.

Pra trastes relativamente moles e pequenos, eu diria que só se deve pensar em troca depois de uns 6 anos, assumindo cordas de aço e uso normal, tipo 2 ou 3 ensaios por semana e 2 ou 3 gigs no fim de semana.