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Roger Vargas lança CD Pucinella - contrabaixo acústico na Amazônia

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Mensagem por frednovaes Ter Nov 24, 2015 9:29 pm

Roger Vargas lança CD Pucinella - contrabaixo acústico na Amazônia PGC1_2511

E ae pessoal, trago em primeira mão para vocês a reportagem de amanhã do Jornal do Commercio de Manaus (prerrogativa de editor-chefe, rsrsrsrs) com o grande contrabaixista Roger Vargas que lançou agora o CD erudito "Pucinella", mostrando um pouco do seu talento e da riqueza de timbres deste maravilhoso instrumento. O Roger é um mano que, como nós, iniciou uma paixão pelo contrabaixo elétrico tocando em várias bandas nos anos 90 aqui em Manaus, principalmente na blueseira Veneno da Madrugada, que destilava uma pegadacool em bares na capital. Nos anos 2000 ele migrou para o erudito e é membro da Orquestra Filarmônica do Amazonas desde 2004. No vídeo abaixo, um pouco desse trabalho. O álbum vocês podem acessar pelo Spotify, iTunes, etc. Quem quiser o CD físico pode adquirir pelo telefone: (92) 99617-0736




Abaixo, um trecho da reportagem que vai sair amanhã (detalhe, o repórter não é um conhecedor de música, mas um ótimo contador de histórias): 

"O contrabaixo acústico chama a atenção pelo tamanho. Numa orquestra é o maior dos instrumentos de corda e o de registro mais grave, e doze deles podem ser usados numa grande apresentação, ou apenas um, quando se trata de música de câmera, jazz ou popular. Foi Bethoven (1770 a 1827) quem começou a dar destaque ao contrabaixo acústico em suas composições e na década de 1950, Leo Fender inventou o contrabaixo elétrico, a partir daí bastante utilizado entre os roqueiros.
Apesar de ser um instrumento que, num primeiro momento parece atrair poucos interessados em aprender a tocá-lo (pelo seu tamanho e pelo som não tão gostoso como os de outros parentes seus, de corda), o contrabaixo consegue conquistar quem o conhece pelas suas nuances musicais. Foi assim com o músico e professor Roger Vargas, um apaixonado pelo contrabaixo, primeiro o elétrico, depois o acústico.
 “Comecei a me interessar pela música aos 14 anos, ao participar do Festival de Verão que acontecia no Parque Dez. Não sabia tocar nada, mas achava o máximo as bandas que se apresentavam lá”, recordou. O sonho de Roger passou a querer ser roqueiro, muito embora o pai dissesse que ele não reunia motivos para se tornar um, pois tinha casa, comida e roupa lavada e um roqueiro precisava ser rebelde. Mesmo assim Roger, com as bençãos do pai, criou a banda Veneno da Madrugada e, de 1994 a 1998, tocou de tudo, rock, blues, MPB, jazz, com seu contrabaixo elétrico, pelos bares e botecos da cidade.
Em 1997, Roger foi se aperfeiçoar no contrabaixo elétrico no Centro de Artes Hahnemann Bacelar, mas como a aula no contrabaixo acústico saía mais em conta, ele mudou de instrumento. Ainda em 1997, durante o 1º Festival de Ópera, o incipiente músico foi à apresentação da orquestra filarmônica da Rússia e se apaixonou pelo que viu. Só então soube que o pai, um colombiano, havia sido cantor na Colômbia, além de tocar violão e violino. O pai se apresentara no Festival de Ópera. Por isso seu interesse em que o filho fosse músico. O roqueiro deu lugar ao erudito.
 
Quase encerrou a carreira
Também em 1997 foi criada a Orquestra Filarmônica do Amazonas, enquanto no ano seguinte Roger começara a estudar no Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro. “Em 1999 passei a integrar a orquestra jovem, mas não pensem que foi fácil. Tinha muita dificuldade em aprender o contrabaixo acústico. Foram necessárias horas de estudos para conseguir tocar as peças mais difíceis. No começo ensaiava de uma a duas horas, depois passei a estudar oito horas por dia”, contou. Tanto esforço valeu. Em 2001 Roger entrou para a filarmônica do Amazonas como estagiário e está lá até hoje, desde 2004 como efetivo.
O contrabaixo utilizado por Roger é o mesmo que ele ganhou de seu primeiro professor, em 1997. “Ele ia embora de Manaus e me deu o instrumento, todo desmontado. Meu pai o montou pra mim e desde então é meu fiel companheiro em todas as minhas apresentações”, falou.
Exemplo de dedicação à música, tocando na filarmônica e na OCA (Orquestra de Câmera do Amazonas), além de dar aulas de contrabaixo no Cláudio Santoro, Roger alerta seus alunos a não chegarem ao extremo como ele o fez. “Tocava de manhã, ensaiando nas orquestras; de tarde, num grupo de pesquisas na UEA; e à noite, em shows. Acabei adquirindo uma LER (Lesão por Esforço Repetitivo), em 2012 e tive que quase encerrar minha carreira como músico. Só não parei com as orquestras”, disse. Fazendo um rígido tratamento, à base de remédios, fisioterapia e panos quentes, Roger sente que a LER, muito lentamente como chegou, está indo embora. Mas prefere não arriscar a fazer o que fazia antes. “Ainda pretendo tocar por muito tempo”, adiantou.
 
Novo projeto, gravar CD’s
No final de 2014 Roger partiu para um novo e inusitado projeto: gravar CD’s tocando contrabaixo acústico. Foi assim que surgiu “Pulcinella”, título do primeiro trabalho lançado e também da música de abertura do CD, composta por Giovanni Battista Pergolesi (1710 a 1736). “Gravamos o CD em 30 dias, no estúdio de um amigo meu, do Parque Dez. Trata-se do primeiro disco com músicas eruditas tocadas com contrabaixo acústico gravado na Amazônia. Acho que no Brasil só existem uns três desse tipo”, lembrou.
“Pulcinella” está composto por nove músicas de cinco compositores que viveram entre 1710 e 1912, e tem como destaque o cantor, músico e compositor amazonense Antônio Pereira apresentando o instrumental “Casa Abandonada”. “Toquei com todos esses cantores amazonenses da noite. Pereira foi um deles. Por isso inclui a música, porque nela, toco meu contrabaixo”, explicou.
Tão empolgado está Roger com esse seu novo projeto, que já está pensando no próximo trabalho. “O custo para a produção dos CD’s é baixo, e eu consigo vendê-los, depois, nas apresentações que faço, por isso estou gostando da experiência. Neste, as músicas não requeriam muita extensão do instrumento. Foi uma coisa mais fácil de fazer, mas o próximo será mais bem trabalhado”, adiantou.
O contrabaixo acústico tocado por Rener pode ser ouvido no YouTube e quem quiser ter o CD pode solicitá-lo através do (92) 9 9617-0736. Ah, e os interessados em aprender o instrumento, podem procurar por Rener. “Se você estudar umas quatro horas por dia, em quatro anos começa a aprendê-lo”, ensinou."

Então é isso. Até a próxima. 
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