Eco guitar. corpo de baixo em Angelim.

Galera fiquei curioso sobre esse baixo queria a opinião de vocês , não to botando em xeque nem nada,  acho legal a iniciativa de usar madeiras de demolição e alternativas, pergunto porque  trabalho em uma marcenaria e tem Angelim de sobra. '' e o baixo fico muito bonito''
Corpo: Angelim

Braço: Peróba e Araucária

Escala: Tauari

Não tem problema algum, fora o peso e a destruição das ferramentas de corte.

Eu jamais usaría essa madeira para um corpo de um instrumento...

allexcosta escreveu:Não tem problema algum, fora o peso e a destruição das ferramentas de corte.

pois é quanto ao peso as que tem na marcenaria onde trabalho tem umas mais escuras que são pesada e compacta com os poros mais fechados não sei explicar tecnicamente mas tem umas mais claras tipo aquela do baixo na parte da asa que é bem leve, porosa e bastante farpa.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Eu jamais usaría essa madeira para um corpo de um instrumento...

esse é ponto onde queria chegar há uma negação quanto essa madeira, também nunca tinha visto um instrumento com Angelim mas se tivesse um áudio pra escutar como soa.
mas poderia explicar porque de não usar além de ser pesada?

Principalmente por isso e pela difícil "trabalhabilidade".
É uma madeira dura, fibrosa e com certa tendência à rachar (se não estiver muito bem seca).
Quanto a audio... É difícil dizer, mas, como a madeira é densa e dura, a tendência é ampliar a faixa de agudos...

tem que pedir pra pesar, porque dependendo pode ser o mesmo peso de um baixo com hard ash, que eu acho uma madeira pesada para corpos, mas tem muito baixo de hard ash por ai e o pessoal acha muito bom.

ps:
o maior problema, não só da eco guitar, mas de vários luthiers brasileiros são essas emendas porcas.

ps2:
só porque é madeira de demolição não justifica uma emenda ruim.

joseluiz.avilajr escreveu:ps2:
só porque é madeira de demolição não justifica uma emenda ruim.

Isso sim que é o mais feio. Não é nem por ser uma madeira "descartada" mas essas emendas porcas são de doer.

Conheço gente que curte essas emendas feionas pra poder dizer pra os outros que é artesanal ou rústico.

Quanto à madeira do corpo, nego faz até de ébano ou ipê. Na verdade madeira de corpo só precisa segurar parafuso. Então balsa ou macambira não serve. Fora isso, qualquer madeira faz corpo. Agora, o dono do ombro é que sabe. E essa parada de timbre nem vale a pena mexer.

allexcosta escreveu:Conheço gente que curte essas emendas feionas pra poder dizer pra os outros que é artesanal ou rústico.

só aqui no brasil? ou lá fora também?

joseluiz.avilajr escreveu:

allexcosta escreveu:Conheço gente que curte essas emendas feionas pra poder dizer pra os outros que é artesanal ou rústico.

só aqui no brasil? ou lá fora também?

Vejo mais no Brasil.

Lá o rústico é mais ou menos assim:

eheheh suspeitei que seria "mais " no brasil. esses rusticos lá de fora são bem legais. o gosto é duvidoso, mas a construção é no minimo muito boa.

Baixo feito em angelim pedra no corpo com marupá e lamina de rádica de pioppo. Braço em cumaru nas laterais com tirantes de roxinho e jequitiba no centro, laminas de marupá e imbuia. Escala em marfim fanned de 36.5 por 34 polegadas. Captação tinonin e circuito custom amps hand built baseado no aguilar obp3. É o segundo baixo que eu fabrico na minha casa, por isso ainda não é perfeito. Vejam o video e se possível usem fones. Fotos do baixo em construção.

^ Timbre legal.

Não vejo motivos pra não usar o angelim, basta tomar os cuidados já citados acima pelos amigos... Agora que existe uma "resistência" no uso de varias madeiras nacionais, isso não se pode negar, acho até normal, pois são pouco utilizadas, por isso, desconhecidas...recomendo que teste e tire suas duvidas, neste caso o melhor professor será você mesmo...