CONSTRUÇÃO DE UM PRECISION INSPIRADO NO 62 - Finalizado e com áudio

vixi, que inveja que tenho de vcs!

uns com tanta habilidade manual e eu mal consigo coordenar o uso do garfo e a faca rsrsrs

esse baixo vai ficar show, tenho certeza!

O maior trampo foi feito hoje: o ajuste das medidas na lixadeira de rolo.

Amanhã devo tupiar com os moldes e defnir o shape e cavidades.

Acabei optando pela escala em Braúna. Que peça linda esta que selecionei! Quero obter mais desta madeira. Lembra o ipê em densidade, textura e disposição dos veios, mas é mais escura, com alguns detalhes longitudinais.

Ajuste do pau-marfim com plaina manual e finalização na lixadeira de rolo.





Este marfim está comigo há 6 anos e parte desta peça foi usada em minha primeira guitarra.



Corpo em cedro com brancal (ele é bem firme e bonito).



O braço terá uma figuração de veios bonitos no headstock.



A escala já com 7mm.

^Tá ganhando forma.
O Pau-marfim está com os veios bem bonitos no head.

Acompanhando...

Finalmente tupiei o corpo e braço utilizando os moldes que fiz.
De fato ajudam bastante e consegui imprimir os contornos próximos ao nível de acabamento, mesmo trabalhando com a tupia por cima sem prendê-la na mesa.

Nesta foto da pra ver bastante os detalhes. Acho que o contorno já estava pronto. Com um pouco de lixa ficará pronto.
Dei um vacilo com a tupia no cut debaixo, mas dá para consertar. Inclinei a tupia sem querer.



Alívio para escavar o encaixe do braço, caps e controles. Lembrei depois que tinha comprado uma broca fostner. Que bela ferramenta, ajudou muito para furar (26mm) a cavidade dos controles.





Antes de fazer o contorno do braço peqguei uma madeira qualquer e fiz apenas a parte do tróculo, pois não tinha testado ainda se o encaixe ficaria bom. Ficou e parti para o braço.







Reta final com este bass... vou partir para a escala.

Eu sempre me prometo que não vou olhar seus posts... Sensacional o seu trabalho. Dedicado, não se contenta com coisas meia-boca. Tem aí uma carreira promissora, jovem. Meus parabéns! Quem sabe um dia eu me aventuro... Já pensei em testar no MDF, mas isso vai ficar pra daqui um tempinho...

^ Obrigado pelo comentário.

Que som, que timbres devem sair destes pedaços de madeira, fios, imãs e metal?

Isso vicia.

Vc fez o encaixe do braço no formão?

Não Siodoni. Utilizei-o apenas para aliviar o esforço da fresa com rolamento superior em conjunto com o molde. Desta forma, fica uma quantidade menor de madeira para "tupiar".

Abertura do canal do tensor e colagem da escala.

Bastante trabalhosa esta fase, pois os ajustes de largura e profundidade para o tensor devem ser precisos. Pouco pode ocasionar a rachadura do braço ou da escala.

Corte da primeira abertura, com 6mm.




Com a tupia e limas, o ajuste da bala do tensor, o qual é mais espesso que as varetas do final deste.





Faço uma cobertura na mesma madeira do braço para a área entre a bala do tensor e a escala. Desta forma, esta última permanece apoiada e a região de aperto dos parafusos fica mais forte. A desvantagem é que com ela não dá para retirar o tensor sem retirar a escala quando este for danificado, mas, estes tensores spirit têm segurado a "bronca" muito bem até agora. É claro que se alguém desavisado exagerar no aperto a rosca da barra interna poderá ser danificada. Se for só a bala ainda dá para trocá-la.

Concavidade para melhor encaixe.


Para poder colar rápido com Cianoacrilato, tem que evitar que esta chegue à bala, pois poderia travá-la. Eu uso parafina de vela derretida. Depois retiro o excesso com uma faquinha.




O primeiro teste para colagem não deu certo. Com a quantidade de grampos que tenho (7) as laterais ficariam mais altas que as extremidades da escala.
Optei por usar as prensas com barras roscadas, inovação tecnológica de última geração.
pelo menos elas darão muito mais aperto com menor risco de afastar a escala do braço em algum ponto. O problema é que machuca bastante minhas mãos ao fazer o aperto.
Serão 7 prensas.



Cobertura da área do tensor com fdurex para evitar a entrada de cola na cavidade.


Já na prensa.




Quase perdi esta escala, pois é muito difícil aplicar a força das prensas sem que as peças estejam travadas. A cola faz estas peças "dançarem" para todos os lados... Mas consegui trazer a escala na posição correta com marteladas, a cola já estava secando.

Vou fazer um jig tipo miter box (meia esquadria no Brasil) ajustada à espessura da serra de trastes. Será bem simples, mas funcional.

Bacana ein Evandro.
Se o preço dos grampos não fosse tão caro vc não precisaria sofrer tanto pra colar a escala no braço.

Mas eu ainda prefiro as prensas. Apesar do trabalho, com elas tenho maior controle sobre a força aplicada e evito áreas com mais ou menos contato.
Vou fazer um cabo de força com uma chave 9/16" de lado e 14mm do outro. Assim facilitará bastante o aperto, que é a parte mais cansativa.

Agora, pra facilitar mesmo, só fazendo uma prensa hidráulica.

Acredito que uma "chave catraca combinada" funciona também nesse caso
Eu comprei uma justamente pra apertar esse tipo de grampo (que é o único que tenho). Aqui onde moro é caro, porem acho que vale a pena.
O aperto "inicial" faz com a catraca e depois o aperto "de verdade" com o outro lado.

Eu tenho algumas destas, mas o problema é a força aplicada. Com um cabo de força soldado à chave terei uma alavanca maior, necessitando de menor esforço. Um dispositivo simples, mas efetivo.

Esta ficando lindão emachado... parabéns!

Trabalho muito caprichoso!!

emachado escreveu:Eu tenho algumas destas, mas o problema é a força aplicada. Com um cabo de força soldado à chave terei uma alavanca maior, necessitando de menor esforço. Um dispositivo simples, mas efetivo.

Sem querer ensinar o "padre-nosso pro vigário", não dá pra usar um cano de metal, mais longo?

Joabi, dá sim, inclusive usei um tubo de aço para o aperto final. Contudo, sem soldas, a chave cai toda hora, torce ou vira dentro do tubo. Nas trocas de posição (chaves de boca funcionam melhor invertendo a posição a cada movimento) é chato ficar refazendo o encaixe da chave.
Com uma boa chave (Gedore ou melhor) posso usar um lado com catraca e outro com boca e ajustar um tubo no tamanho mais adequado (3/4" x uns 40cm).

Jóia.
Aliás, parabéns pelo baixo. Trabalho super bem feito, como sempre. Estou acompanhando.

Pude ver essa escala de perto ela é linda!!!

Esta ficando Top heim!!!!!!

E, aí Evandro... Já tem um comprador?

Coder^, ainda não, mas qualquer coisa...

Vou tentar pintar no feriado do dia 09/07. Assim, tenho que adiantar as fases de acabamento e preparação.

Fiz o arredondamento dos cantos e ajuste da cavidade dos caps.











Exagerei na largura da cavidade dos controle e faltou espaço para os parafusos do escudo. Fiz alguns enxertos.

Desbaste da sobra na escala com tupia e rolamento superior para copiar o desenho do braço. Facilita muito, mas tem que ter atenção quanto ao sentido do giro da fresa, senão, retira lascas fora do desenho.



Hoje comecei o contourbody. Dá um trabalhão, mas é uma parte gostosa de se trabalhar com a grosa.











Ainda falta ajustar com lixas.

Ganhando forma ein!
Esse Cedro tá meio "arroxeado" ou é impressão?

^eu gostei da cor deste cedro, em especial, quando combinado com aquele escudo tortoise.

^É só impressão mesmo Siodoni. A máquina que tenho é bem ruizinha.

A parte de cima está com um brancal muito bonito. Por baixo está com um tom entre vermelho/marrom.

Fheliojr, ficaria bacana natural com este escudo, mas uma das peças, a de cima, está com o brancal mais distinto. Comprometeria um pouco a proximidade de simetria entre as partes.

Esse vai ser azul calcinha (Daphne ou Sonic Blue).

Azul calcinha é show!
Minha Strele é nessa cor

Essa cor é linda, ainda mais com um escudo tortoise... Se bem que um escudo branco também ficaria show (com um cover metálico então... ai ai ai)

Acompanhando....

Uma parte muito interessante em luthieria é a construção de dispositivos. Eles dão um trabalhão, mas compensam pela praticidade.

No domingo fiz este dispositivo com um tubo e dois maciços inseridos em cada ponta e soldados. No torno, ajustei uma ponta para 5/16" e na outra 15,5mm para fixar um rolamento. sobre a capa do rolamento outro tubo maior como cabo.
Quando coloco na furadeira ele treme até o cérebro, mas ajustando o mandril ele alinha e gira "suave". Sei que deve danificar a furadeira, mas deve demorar um bom tempo, pois esta marca DWT é bastante reforçada, recomendo.

Revestimento com EVA, para que a ação da lixa fique mais efetiva.




Já com a lixa 80 de ferro colada com Superbonder.





Assim consigo maior controle sobre o lixamento e a linha formada próximo ao centro do corpo fica mais definida. Estou atento para que esta linha não fique irregular, já que na pintura estes detalhes são destacados.

Bacana essa engenhoca ein!

^ Sim, muito criativa.
Para fazer isso eu uso esmerilhadeira, grosa e lixadeira "palm top"

Show !

Hoje alcancei minha meta de selar o corpo. Parece pouco, mas o lixamento para o acabamento e acerto dos cantos é bastante trabalhoso.

Abertura do encaixe da chave do tensor.

Muito show!
E o braço como anda?

Amanhã vou dar uma adiantada nele.
Vou tentar terminar amanhã mesmo. Mas ainda falta acertar a espessura do headstock, o abaulamento da escala, instalação dos trastes, arredondamento do braço.

Escrevendo é que me dei conta que tem bastante coisa ainda.
Amanhã usarei o dia todo para tal. Vamos ver.

^E haja braço

Está naquela fase de passar seladora , espera um dia para o outro , manda mais ... lixa ... e ficamos nessa ... hehehe !

Ficando legal o baixo .

Acompanhando...

Hoje adiantei pouco a fase do braço, pois recebi meu colega forista Luis para um reparo no seu bass.

Comprei hoje a tinta para o corpo. A que mais se aproximou da cor Daphne Blue foi o Azul Olímpico da Mercedez. Mantive a ideia de utilizar Nitro/duco, apesar da insistência do vendedor para que eu levasse PU.

Parte que será retira na lixadeira de rolo.



Ainda sem acerto fino.



Impressão da escala com o programa Wfret. Sempre tem que acertar a medida impressa.





Corte com estilete e depois uma faca mais larga, para marcar mais a abertura e melhorar o encaixe da serra.



Eita madeira dura esta Braúna. Também é bastante "lenhosa". Contudo, é muito bonita.

Braúna é show !

De fato tinha muita coisa a fazer e, pensando melhor, não compensa fazer as coisas correndo se o objetivo é trabalhar com prazer. Então, aproveitei uma boa parte do domingo para almoçar com meus pais.

Deu um trabalhão alinhar a furação das tarraxas. Quando ficam desalinhadas das cordas é horrível.

A linha das tarraxas deste braço deu 26mm da lateral e 46mm entre elas. Aproveitei para furar o molde na medida correta. Este é um exemplo de como as plantas que circulam pela net não são muito precisas.







Gig para abrir os slots em 90º.
Bem simples, mas muito funcional.



As laterais foram cortadas a 90º.



Tem as linhas de centro perpendiculares, mas neste trabalho já tenho o paralelismo dos trastes obtido. Nesta me interessa apenas manter 90º na vertical: IIIIIIIIIII.

Ainda bem que você percebeu antes de furar... Um desalinhamento desses, mesmo que pequeno, já tiraria todo a beleza de um braço tão bem construído!

Acompanhando...

Abaulamento da escala.
A Braúna é tinhosa, muito dura, mas bastante quebradiça no sentido dos veios. Quando comecei a lixar com 220 já deu para ter uma noção dela polida: vai ficar um espelho. Linda.
Nas fotos abaixo já tinha passado para lixa 80. Haja braço. Este sistema de lixamento fica legal, mas as extremidades são menos lixadas. Isto causa uma depressão entre os trastes 3 e 15. Há que se compensar com mais passadas nas pontas.
Outro ponto de atenção é a espessura.





No corpo estou com duas demãos de seladora e o cedro vai exigir bem mais, os poros ainda estão aparentes.

Uma dúvida: deixo somente o duco, cujo brilho é mais sutil e se perde mais rápido, ou aplico verniz sobre o azul?

E haja braço pra terminar essa escala ein!
Mas tá ficando show de bola.

O baixo está quase pronto.

Minha filha quebrou minha máquina e acabei não tirando fotos desta reta final (mas valeu a pena, ela gravou um vídeo lindo que vou guardar com muito carinho).

Hoje pintei e despintei!!!

Mesmo seguindo a recomendação de diluição escrita na lata, a tinta Duco/nitro ficou muito grossa e, assim, não gostei do resultado de 3 demãos. Retirei tudo para repintar, agora preparando a tinta conforme meus conhecimentos (e de meu pai que que antes da aplicação já havia "cantado esta bola").
Apesar de ter conseguido retirar a tinta sem danificar a seladora (até então 6 camadas), vou aplicar mais duas de fundo para acertar um ou outro ponto. Ou seja, serão oito demãos aos todo.

Quero uma camada de azul bem fina. Amanhã vou diluir bem a tinta.

Para finalizar, duas ou três bem finas de verniz nitro. Farei o polimento e se não gostar, deixo fosco.

Amanhã posto as fotos.

Putz pintou e despintou?
Tô curioso pra ver essas novas fotos.

Como a tinta ainda estava fresca, lambuzei thinner e ela saia com espátula e faca.

Essa combinação de cores vai ficar legal , sei o que é dar errado e ter que refazer ... desespero quando isso acontece .

Esperando ansiosamente pelas fotos!

Finalmente terminei!!!
Estou terminando uma obra em casa e estava bastante sem tempo.

O acabei ontem 2h da madruga. Ainda falta ajustar o nut e regulagem geral, mas já toquei um pouco.

Depois posto mais fotos e áudio.

Ainda sem polimento, o qual foi todo feito ontem, no "braço".



Blindagem.




















O braço está com verniz, mas optei por deixá-lo fosco para combinar melhor com a proposta "vintage".

lindo...parabéns

Belíssimo!
Como todos os seus trabalhos!
Parabéns Evandro.