Fretless voltando a ser Fretted - trabalho feito com sucesso.

Galera, há um tempinho resolvi tirar os trastes do meu baixo. Bem legal, estava curtindo bastante o fretless, mas após a frustração de ver a escala maple do baixo sendo danificada em pouquíssimo tempo (e após as inviáveis soluções apresentadas, como aplicar resina epóxi ou trocar a escala) resolvi que teria de voltar com os trastes nele. Quando estava quase sem esperanças de achar um luthier honesto que cobrasse um preço justo aqui na cidade, encontrei o luthier Belloni, ainda um desconhecido pela maioria de nós sorocabanos. Então contratei ele, e o cara esolveu o problema com um trabalho de qualidade e um preço justo. Hoje sou um "baixista" feliz.  

As fotos do passo a passo do processo estão no link abaixo. As fotos estão protegidas, por isso não consegui postá-las. Mas, dêem uma conferida nas fotos pra verem como o Luthier trabalhou o bass neste processo. Acho que não é tão comum ver o "fretless para fretted", hehe, por isso estou compartilhando aqui com vocês.  

http://www.belloniluthier.com/#!galeria/cjg9

Belo trabalho!

fino!

Caprichoso!! Belo trabalho!

O Samuel S Martyn fez esse trabalho pra mim naquele Dingwall Combustion que hoje é do Cláudio Rocha.
Ficou perfeito também difícil dizer que não era o original.

Valeu, galera! Também gostei bastante do resultado!

trabalho bem feito.

Gabs07 escreveu:...após a frustração de ver a escala maple do baixo sendo danificada em pouquíssimo tempo (e após as inviáveis soluções apresentadas, como aplicar resina epóxi ou trocar a escala)...

como foi isto, gabs? vc estava usando roundwounds?
por curiosidade, apenas, por que aplicar epoxi era inviavel para ti?

fheliojr escreveu:como foi isto, gabs? vc estava usando roundwounds?
por curiosidade, apenas, por que aplicar epoxi era inviavel para ti?

fheliojr, pior que nem eram rounds, cara, eram as flats, mesmo, acredita?
Inclusive foi isso o que me deixou mais besta de tudo, as próprias flats estavam marcando a escala!
E estava acontecendo numa velocidade incrível. Em questão de 2 ou 3 dias as marcas começaram a aparecer. Nos primeiros dias passei um paninho seco na madeira e muitas marcas sairam. Tudo bem. Mas com o tempo foram aumentando e não saiam mais. Poderia ser a sujeira que estava impregnando na madeira, mas muitas tinham aparência de risco, de arranhão, mesmo.
Ao tato não havia desnível nenhum na madeira da escala, mas fiquei receoso de que com o tempo as cordas pudessem desgastá-la de forma desigual.

Conversando com um luthier, ele me disse que esse processo demoraria, e que na pior das hipóteses era só fazer uma correção mais pra frente. Mas aí é que tá, eu ia ficar preocupado mensurando esse desgaste, ia ficar grilando com isso. Me desagradava a ideia de que estava danificando a escala e que irremediavelmente teria de corrigir isso no futuro. Posso ter sido radical, mas, poxa, costumo ter o maior cuidado com as minhas coisas, e esse é um baixo de que gosto bastante, ainda mais por ser meu único baixo. Num momento tinha o verniz todo brilhoso dele, e agora tinha a escala seca e sendo toda arranhada. Isso me incomodou muito.

Em relação à resina, era inviável pra mim por dois motivos. O primeiro: grana.
Esse negócio não é barato, mesmo. Numa pesquisa rápida aqui no fórum, vi postagens de uns 4 anos atrás e o pessoal pagou no mínimo 450 reais pra ter a resina aplicada. E era o preço mínimo praticado (450 reais, preço mínimo, há 4 anos!). Imagino o quanto custaria isso agora (ainda mais aqui em Sorocaba-SP, onde serviço de luthieria = comprar ouro). Quanto sairia essa brincadeira? O baixo me custou 650 reais há um ano, seria totalmente desproporcional arcar com essa paulada.

E o segundo motivo é que soube que essa resina altera consideravelmente o timbre do baixo, ideia que não me agradava nem um pouco também.

Existia também a opção de trocar a escala por uma escala em rosewood. Mas, os mesmos dois motivos pra não optar pela resina se aplicam aqui também.

Enfim, a novela é essa. ^^
Tava curtindo bastante o fretless. Mas estou contente com o baixo "fretado" novamente. Aumentou minha relação de amor com este bass, parece que valorizo mais ele depois dessa "restauração". ^^
Curiosamente, esta rápida experiência com o fretless (cerca de dois meses) me faz tocar o baixo com trastes hoje com muito mais facilidade do que quando eu tocava antes de experimentar o fretless.

Mais pra frente (bem mais pra frente) penso em adquirir um fretless mais próprio, já pronto.

^ compreendo, gabs. espero q dê td certo por aí.

me interesso bastante pelo tema de desgaste e de revestimento de escala fretless.