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ESP Ltd B-10 [REVIEW]

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Mensagem por INGVARR Sáb Jan 23, 2016 3:54 am

ESP Ltd B-10 --- REVIEW

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Este é o penúltimo baixo que adquiri. Paguei algo em torno de R$ 1.000 pelo instrumento.

Quando chegou em minhas mãos, veio ligeiramente afinado e com a regulagem em cima do pedido - o que é surpreendente, em se tratando de um instrumento que saiu de Goiás até o Paraná.

Para quem não sabe, a Ltd é uma subsidiária da ESP, encarregada de produzir instrumentos de baixo custo. Como eu sou casado, não ganho rios de dinheiro como jornalista, tenho contas para pagar e, especialmente, à época estava investindo mais em pedais e acessórios, era o que cabia em meu bolso.

O corpo do baixo é Basswood, braço em Maple e escala em Rosewood. Hardware cromado. Idêntico ao instrumento da foto. De fato, em meu gosto, é um instrumento absolutamente bonito. O que mais me encantou nele foi o acabamento do corpo, que fugia daqueles arredondados mais comuns.

Infelizmente, é um instrumento um tanto limitado: possui apenas dois knobs, sendo um de volume e um de tone. Não possui captador na ponte e isso fez uma tremenda falta, para mim, pois estava acostumado a tocar desde que coloquei minhas mãos num contrabaixo com captadores na ponte. De início, então, deu aquele "susto" sem o captador da ponte. Mas, mesmo assim, o som do baixo não é fraco - mas também não é nenhum cavalo de potência.

Aqui começam os problemas:

- Encontrei uma dificuldade miserável para equalizar esse instrumento em meu amplificador e depois nos pedais. Parecia o filme "A Bruxa De Blair", em que se anda em círculos: quando eu acertava o ajuste do amplificador do jeito que eu queria, os meus pedais não correspondiam ao que eu queria. Mexia na equalização dos pedais e algo ficava fora do lugar, então, lá eu ia para o amplificador de novo - e assim eu fiquei por dias; não tenho um pedal equalizador.

- Numa afinação cotidiana, a tarraxa da corda G estoura. Ainda havia "tração" na peça e eu conseguia afinar o instrumento. O problema é que a tarraxa ficou mole, com folgas, e apenas com a corda já bem enrolada é que as coisas firmavam.

- As cordas que vieram com o instrumento eram 0.50. Nunca havia tocado com cordas desse calibre, mas não senti nenhum abismo de diferença no começo. O problema é que em pouquíssimos dias, as cordas foram perdendo completamente o timbre, e o som da corda E se parecia mais alguém batendo numa almofada.

- Ao trocar as cordas, optei pelo calibre com o qual estou acostumado, 0.45. Assim que afino o instrumento, sou presenteado por um trastejamento cavalar, fazendo meu baixo soar como um berimbau. Aí, dá-lhe ajuste no tensor (eu simplesmente detesto ter que mexer no tensor). Na primeira tentativa, com menos de meio volta no sentido anti-horário, as cordas ficaram altas demais, dificultando minha dinâmica. Tive de esperar um dia para voltar a tentar ajustar, para não danificar o braço. Minha banda toca tudo um tom abaixo, o que significa que essa briga com a altura das cordas foi de me fazer suar.

- Nessa "mexida" que dei no instrumento, tive a impressão de que eu estava com uma peça descartável nas mãos - verdade seja dita! Tudo, de repente, começou a parecer frágil e de difícil ajuste.

--

Em sites americanos, esse baixo é tido como um instrumento para iniciantes (toco há 16 anos e estou com um baixo de iniciante nas mãos?), o que, talvez, justifique o braço fininho e fácil de tocar - disso, eu gostei! E como tudo que é para iniciantes tende a ser, de fato descartável, fiquei com 10 pulgas atrás da orelha, além do medo de danificar essa coisa fazendo ajustes básicos.

O som, mesmo sendo bom, não é exatamente o som que eu procuro: este instrumento está mais voltado para metal pesado e eu acho que o mesmo não fica muito legal se você tentar outra abordagem (mesmo no metal pesado) que não seja aquela coisa mais agressiva e na base da porrada. Se você tenta algo mais cadenciado nele, a resposta não é muito satisfatória. Então, se o lance é tocar metal na "pegada", eis a recomendação. Se você é versátil e tem um repertório musical mais vasto, então eu não recomendo, pois não vai suprir as expectativas.

Não posso dar mais que uma nota sete para o ESP Ltd B-10 (made in Vietnam). Se o plano é ter uma coisa no extremo do básico, tudo bem. Se você tem um pouco mais de experiência, vai se sentir como um piloto de 747 pilotando um monomotor que não passa de 500 pés.

Testei um Squier P-Bass e gostei muito. Por pouco tempo brincando com o instrumento, já deu para perceber que é uma ferramenta que vai corresponder melhor ao que eu espero e ao que quero fazer. Parece-me que me aproximei mais do som que busco com o Squier. Então, comprei!

Espero ter colaborado
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Mensagem por Edu Sáb Jan 23, 2016 12:50 pm

é um baixo bonito e a ESP costuma fazer baixos pesadíssimos, porém com braços finos em espessura e estreitos na largura da escala (digamos "apertado") e tem gente que prefere assim.

Explique melhor o que tu falou dele ficar "frágil" e quais diferenças principais que tu notou dele pro Squier PB que te levaram a optar pelo segundo?
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Mensagem por INGVARR Sáb Jan 23, 2016 2:37 pm

Foi mais uma impressão, na verdade. Fiquei com medo de estragar o instrumento depois que comecei a fuçá-lo. Os nuts de plástico me apavoram, porque vários já quebraram na minha mão. Sem falar em tarraxas problemáticas, tensores cuja bala se esfarela, que são outro pesadelo. O baixo não é aquela coisa que você arrasta para todo canto e ele sobrevive intacto. Ao menos é a impressão que dá. É tudo muito delicado, tudo muito leve - é baixo mais leve no qual já pus as mãos.

Agora, a diferença para o Squier P-Bass está fundamentalmente no som e na construção do instrumento. O Squier é outra história, outro acabamento, outra finalidade. É um baixo mais versátil, te dá mais possibilidades com ajustes muito simples. Este ESP é difícil de regular. Mas com certeza alguém mais experiente que eu não encontraria tais dificuldades e, certamente também, notaria que o instrumento não é nenhum Jipe de guerra. É como desses carros 1.0 modernos que, se você coloca ao lado de um carro de 20 anos de idade, fica parecendo um objeto de plástico.
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Mensagem por Coder Sáb Jan 23, 2016 2:54 pm

Não espere muito dele.

Esse baixo, lá fora, não custa nem 200 dólares. É um instrumento de nível iniciante.


Última edição por Coder em Sáb Jan 23, 2016 2:58 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por INGVARR Sáb Jan 23, 2016 2:57 pm

Sim. De fato.
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Mensagem por Edu Sáb Jan 23, 2016 2:59 pm

entendo, o Squier se mostra mais robusto e confiável. Bom, instrumentos construídos com foco na ergonomia, super leves, super esguios, finos, magros, madeiras macias, etc, dão a impressão de ser sensíveis mesmo e geralmente são (principalmente na estabilidade do braço), além disso o som desses instrumentos costuma ser "magros".

O último Ibanez que tive (SR-305 [e quase todos os atuais que testei]) praticamente não tinha presença. O corpo era uma pena e em propagação de volume desplugado apanhava de qualquer Tagima de meia tonelada, ao ser ligado no amp exigia malabarismos na equalização pra ganhar corpo e cortar a mix junta a banda. Acredito que os Cort Curbow de luthite e os Ergodyne sofreram do mesmo mal, falta peso no instrumento, densidade na madeira do corpo (ou dureza, sei lá) e sem isso parece que o volume some, é ótimo sozinho no quarto e desaparece no meio da banda. O Shelter Onix também é um suplício pra tonar audível e é muito leve. O antigo Strinberg com o corpo que parecia uma serragem prensada era a mesma coisa.
Me admira esse ESP ser leve. Todos os que já toquei pesavam bastante.

Em tempo: Eu não gosto de instrumento pesado, mas fiquei com receio de baixo peso pena
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Mensagem por INGVARR Sáb Jan 23, 2016 4:03 pm

É exatamente isso. Pra tocar no quarto é uma coisa. No meio da banda haja gain no amplificador para ficar no jeito. E a equalização dele também é terrível. Eu uso três pedais, então, pra equilibrar tudo foi a verdadeira missa. O meu Overdrive era ligado com os agudos praticamente em flat, pra não fazer aquele som de enxame de abelhas. Mas reitero: pra quen quer o básico está de ótimo tamanho.
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