Ajuda (Iniciante no assunto)

Boa tarde galera.

Sou novo membro aqui no fórum.

Escutei muito o som do Contrabaixo e gostei muito do timbre do instrumento e estou muito interessado em aprender a tocar, venho do instrumento de sopro, então o Contrabaixo será meu primeiro instrumento de corda.

Estive pesquisando a respeito de marcas e vi alguns tópicos aqui no fórum, porém, isso me trás muitas dúvidas, estou com 700 reais no máximo para comprar um Contrabaixo, muitos aqui indicam Condor, Tagima, SX e etc, porém, como eu disse isso me deixa com muitas dúvidas, vi alguns vídeos sobre o Contrabaixo Tagima TW 65 e o Tagima TW 73 Jazz Bass, porém eu não consegui distinguir o som do Precision para o Jazz Bass, e vi que muitas pessoas indicam Contrabaixos de luthier, com 700 reais da para mandar fazer um Contrabaixo com luthier ? Precision para Jazz Bass tem muita diferença ? Vale a pena começar com um Tagima ? Me ajudem por favor.

Desde já obrigado .

Olá TunicoRvt , eu tocava trompete e depois que fui para o baixo .

Na minha época não tinha ajuda de fóruns ou internet , foi na raça mesmo com um TONANTE .

Hoje em dia você tem várias opções como você mesmo citou , agora tem que testar e ver qual o som que te agrada mais .

Depois terá mais pessoas para te ajudar na escolha , mas um JB SX é uma boa pedida hein !?

Tem um cara aqui do RJ, vendendo um Tagima Fretless Jazz Bass, pesquisei a respeito da diferença do Fretless e pelo que eu entendi não tem trastes, isso muda no aprendizado, fica mais difícil ? Ele está vendendo por 800 reais, está o baixo está com captadores seymour ducan defasadores, controles de graves e agudos independentes, vale a pena por 800 reais ?

Eu não começaria a aprender em um fretless , comece em um com trastes .

@TunicoRvT,

vou dar meu pitaco. Acho que o importante é - e não que seja uma regra - você saber o que quer tocar; aconteceu desta forma comigo. Aqui mesmo no fórum, eu pesquisei bastante sobre por qual instrumento começar, o qual estaria mais próximo do meu gosto musical e cheguei em um Condor BX 12 (passivo). Vi alguns reviews dele no YouTube e o timbre me agradou demais.

Digo isso pra não desgostarmos de tocar um instrumento, seja ele qual for. E repetindo, isso não é exatamente uma regra, pois existem contrabaixos versáteis, que tocam tudo.
Lembrando que você vai precisar investir em ao menos um cubo/amplificador para o estudo.

Você está bastante perdido, o que é bem comum no início. Tente identificar o que te atraiu para o contrabaixo e descobrir que tipo de instrumento dá aquele som. Coloque uns vídeos aqui que fica mais fácil te ajudar.

Sobre o fretless, não vejo problema em ser o primeiro instrumento, desde que você saiba exatamente o que implica tocar um fretless. O estudo e o som são bem diferentes do baixo com trastes. É a mesma diferença entre o trombone com vara e o de pistão, só que no baixo, o mais usado, de longe, é o que tem trastes.

Daqui a pouco o Cláudio aparece aqui pra dizer que tá todo mundo errado e você deve comprar o fretless. hahaha

TunicoRvT escreveu: Estive pesquisando a respeito de marcas e vi alguns tópicos aqui no fórum, porém, isso me trás muitas dúvidas, estou com 700 reais no máximo para comprar um Contrabaixo, muitos aqui indicam Condor, Tagima, SX e etc, porém, como eu disse isso me deixa com muitas dúvidas, vi alguns vídeos sobre o Contrabaixo Tagima TW 65 e o Tagima TW 73 Jazz Bass, porém eu não consegui distinguir o som do Precision para o Jazz Bass, e vi que muitas pessoas indicam Contrabaixos de luthier, com 700 reais da para mandar fazer um Contrabaixo com luthier ? Precision para Jazz Bass tem muita diferença ? Vale a pena começar com um Tagima ? Me ajudem por favor.

Tunico, primeiro boas-vindas, boa caminhada por esse mundo dos graves.

Agora respondendo as suas questões e que são naturais, vou por partes pra ver se te ajudo em algo... com 700 reais ou 100 dólares você compra um instrumento hoje em dia, na minha geração ainda existiam baixos tipo Jennifers nas lojas e por eu ter vindo de uma família de músicos meu pai foi comigo escolher meu primeiro baixo. Havia esse Jennifer aí de 350 reais e um Condor JB de 500 e poucos na época (13 anos atrás por aí). Os vendedores mesmo diziam "olha esse Jennifer é bem simples" é a deixa pra dizer que é praticamente intocável. Meu pai sabia que não era lá aquelas coisas, nós tocamos um pouco no Condor e vimos poxa dá pra tocar e aprender nesse baixo e foi isso.
Na real a galera mais antiga pegou fase de Tonante mesmo, entre outras bombas. Por isso eu digo que hoje em dia um baixo de 100 dólares chinês, ou 700 reais dão pra aprender e tocar suave. Só ver a quantidade de comparações malucas entre um instrumento de 100 dólares, um de 700 dólares e um de 7 mil dólares. Há infindáveis comparações no Youtube. Ou seja hoje consegue-se comprar um instrumento OK oriundo da China, e quando eu digo OK: é que dê regulagem, principalmente das oitavas (um Tonante não dava, ou seja "mentia" na escala toda) e dê para aprender, não vão ter graves problemas de construção em sua maioria. Tonante, Jennifers, Gianninis, Finchs dependendo do ano e modelo apresentam falhas graves na construção. Um baixo que não dê afinação de oitavas é um baixo intocável, imprestável na minha concepção.

Quanto à não conseguir distinguir um som de Precision de um Jazz Bass, nós estávamos numa discussão sobre a captação P (do Precision) e um J solado do braço (do Jazz Bass), as nuances são mínimas e essa foi a opinião de 90% dos que comentaram. É normal, depois você vai sacando. Um Jazz Bass com o captador do braço e da ponte abertos dão um som diferente de um Precision obviamente.

Precision e Jazz Bass possuem diferenças mas no momento se concentre em um modelo que você se sinta ergonomicamente confortável, que a ação das cordas não esteja alta. De qualquer forma baixo novo é igual cordas novas e uma regulagem. Se você conseguir um que se sinta confortável e esteja minimamente regulado (coisa difícil de achar nas lojas ainda mais em instrumentos que ficam em exposição) pode pular a parte e só colocar cordas novas, de qualquer forma uma regulagem sempre é bem vinda se você conseguir alguém que saiba o que está fazendo e ele fizer de graça para te ajudar melhor ainda. Com o tempo provavelmente você vá aprendendo a regular coisas básicas sozinho. Não sei qual era seu instrumento de sopro mas provavelmente você sabia limpá-lo, lubrificá-lo etc. Com um instrumento de cordas é a mesma coisa, só muda como se faz esse tipo de coisa.

Vale a pena começar com um Tagima?! Na minha opinião sim, essas marcas nacionais que levaram pra china muitos de seus modelos melhoraram. Os últimos Tagimas que toquei, violão, ukulele soprano e baixo e mesmo alguns baixos desplugados em lojas eram bem legais. Melhores que o Condor que eu comecei, sem dúvidas.
O acabamento dos chineses nos últimos anos melhoraram, a ação dos violões da Tagima estavam incríveis de macias e baixas, os baixolões da Strinberg melhoraram, os Squiers melhoraram MUITO, os SX despontaram muito uma época porque eles já estavam nesse nível e os outros não. A Giannini com as séries chinesas melhoraram, a Condor melhorou. Em suma com um chinês hoje em dia você toca!

Em tempo: eu não começaria com um Fretless. A dica que eu dou é não inventa muito vai no mais tradicional, simples e efetivo possível...

Eu recomendo Tagima. A série woodstock é bem em conta.

Seja bem vindo às cordas graves!

Eu também cheguei à música, pelos instrumentos de sopro; toquei trompete por alguns anos antes de conhecer o contra baixo.

As melhores indicações, você já teve . Só lembrar a você de incluir os baixos Yamaha nas suas buscas. Eles são sempre muito bem construídos e muitas vezes vendidos por preços muito abaixo do que valem. Vi que no Olx da sua região tem alguns com preços muito bons. Procure por Baixo Yamaha RBX-170 que acha.
Boa sorte na decisão.

TunicoRvT escreveu:porém eu não consegui distinguir o som do Precision para o Jazz Bass, e vi que muitas pessoas indicam Contrabaixos de luthier, com 700 reais da para mandar fazer um Contrabaixo com luthier ?

Luthier de 700 Reais é difícil. Não há motivo para um iniciante procurar um baixo personalizado para começar, a não ser que ele tenha algum defeito físico ou um problema motor muito sério. Jazz tem ergonomia melhor que Precision, portanto é mais indicado para você.

TunicoRvT escreveu:Precision para Jazz Bass tem muita diferença ?

Pra gente véio disso tem muita. Pra iniciante não.

TunicoRvT escreveu:Vale a pena começar com um Tagima ?

Dá sim... Há inúmeros tópicos sobre baixo legal pra iniciante. Pegue um deles, coloque corda de qualidade e mande regular, assim como aprenda a regular o básico para futuros ajustes e economia.

allexcosta escreveu:Jazz tem ergonomia melhor que Precision...

Isso não é algo pessoal não?
Alias, como você teve essa percepção?
Já tive JB e um bocado de Precisions... o que me incomodava no JB era espessura do braço, mas o corpo, apesar das diferenças, encaixava bem pra mim tanto quanto o precision.

Por 700 reais, pegue um Tagima JB da série Woodstock. Baixo pra todo o seu período de iniciante.
Não se preocupe com diferenças entre JB e PB agora. Pode procurar sobre isso, se quiser, mas, nesse momento da sua vida baixística, não vai ser preponderante. Você precisa aprender a tocar e estudar. As diferenças entre os modelos vão ficando perceptíveis aos poucos.

Agradeço a todos pela interatividade com o tópico, todos me deram dicas bastantes construtivas, no entanto, vi um vídeo do baixo Tagima Millenium 4 que um membro aqui do fórum fez tocando e dizendo que já tinha regulado e só faltava blindar pelo que eu me lembro, e gostei muito do timbre, caiu muito bem no meu ouvido, encontrei uma pessoa vendendo um aqui no RJ por 400 reais, pouco tempo de uso, pelo preço vale a pena galera ?

Breno_Barnabe escreveu:

allexcosta escreveu:Jazz tem ergonomia melhor que Precision...

Isso não é algo pessoal não?
Alias, como você teve essa percepção?

Não, o corpo do JB é "offset", o que proporciona melhor equilíbrio e menor propensão ao neck-dive.

Informação amplamente aceita, não é opinião. A própria Fender usava essa informação como marketing quando lançou o JB, com o famoso "offset contour body". Era visto (e é), como uma melhoria de design em relação ao shape dos PB.