Baixo elétrico vs Baixo acústico e algumas características

Opiniões?!

Ele tá bem correto em muitas das colocações.
São instrumentos bem diferentes, sim. Eu tive que desaprender baixo elétrico pra poder aprender o acústico.

Só acho que - quem tem boa noção musical - sai muito na frente de alguém que nunca tocou. Tudo vai depender do treino que o músico tem em ritmos, leitura de partitura e outras coisas que não tem a ver necessariamente com ser um bom baixista, mas ser um bom músico.

Só uma desmistificação rápida: Ele falou em achar a nota no baixo acústico com o ouvido.
Ok, eu acho que entendi o que ele quis dizer. Quando você está estudando uma nova escala isso pode até ser verdade, mas só ali
Você tem que saber onde está a nota antes de ouvir ela. Fazer uma escala rápida no baixo acústico não tem a ver com ouvido e sim com treino.

PS: Baixo acústico não é difícil de aprender. Trabalhoso? Sim. Exige constancia nos treinos? Sim, muito mais do que o elétrico. Difícil? Não.

Tarcísio, o Domenico é uma figura sensacional, baita músico e muito assertivo nas coisas que fala. Esse vídeo é muito esclarecedor (sugiro que seja fixado no tópico), ele fala sobre uma grande parte das perguntas que os baixistas de acústico convivem no dia-a-dia. Vou passar a responder com o link pra esse vídeo :-)

rafael.buzzi.andrade escreveu:
Só uma desmistificação rápida: Ele falou em achar a nota no baixo acústico com o ouvido.
Você tem que saber onde está a nota antes de ouvir ela. Fazer uma escala rápida no baixo acústico não tem a ver com ouvido e sim com treino.

Eu vejo isso um pouco diferente.
Quando ele diz "achar a nota", entendo que ele está se referindo a afinação.

Achar a posição da nota não tem a ver com ouvido. Neste caso, pra mim existe claramente um tripé composto por: 1 - Total domínio de intervalos, 2 - Memória muscular e 3 - Forma da mão (a tão falada Concha). Na minha opinião, e o que transmito nas minhas aulas, é que esse tripé é o que ajuda a encontrar a posição física das notas no espelho do instrumento.

Já o ouvido, é 100% responsável por te dizer se aquela nota que você encontrou está na afinação correta, pois isso pode variar enormemente de acordo com o Diapasão do instrumento. Aí, não tem fórmula mágica, ou você tem a afinação entranhada no pé da orelha, ou vai viver tocando utilizando o recurso de glissando para achar a afinação.

Também concordo 100% com o fato de que tocar baixo elétrico não te habilita a migrar de forma automática pro acústico. São sim instrumentos muito diferentes.

Conheço pessoas (inclusive aqui do Fórum) que são fenomenais tocando baixo elétrico, porém naufragaram ao se aventurarem no acústico achando que a diferença estava apenas no tamanho e na estética. Imagina se um cavaquinista pensasse a mesma coisa!

Da mesma forma, conheço pessoas que ingressaram na música através do baixo acústico, e se atrapalham bastante pra trocar o elétrico, muitos nem tentam.

Conheço raríssimos baixistas que têm o mesmo desempenho nos dois instrumentos. Daqueles que me lembro agora posso citar o saudoso Nico Assumpção e o Brian Broomberg.

EDIT: Esqueci de incluir o amigo Alexandre Montenegro no seleto grupo dos que mandam bem nos dois instrumentos.

Ô Cláudio, concordo com você sobre o Domênico: toca muito e me parece uma boa pessoa; inclusive o conheci no Instagram e vejo seus vídeos no YT.

Comigo, foi o contrário. Apanhei demais da conta indo do acústico, minha referência maior, para o elétrico. A técnica de tocar um dedo por casa quase acabou com minha motivação. Tenho uma certa dificuldade em abrir os dedos, que não são grandes. Acabava por ter algumas dores e incômodos. Até o dia que resolvi "chutar o balde" e passei a usar os dedos 1,2 e 4 abarcando 3 casas de cada vez até a 7ª casa. Mas demandou um tempo, pois sou muito "covarde" ao enfrentar postulados estabelecidos. Nunca acho que tenho conhecimento suficiente para duvidar daquilo que profissionais renomados afirmam. E acabo perdendo um tempo enorme me debatendo comigo mesmo.

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Na maior parte das vezes, no baixo elétrico, uso os dedos 1, 2 e 4 por uma questão ergonômica. Para mim, esta técnica resulta em uma economia de movimentos que muito aprecio*. Uso a tradicional técnica "um dedo por traste" (técnica na qual também sou versado) apenas em casos de necessidade.

(Enfim, essa questão é análoga ao debate dedos/palheta. Domino as duas técnicas e uso esta ou aquela dependendo da ocasião ).
Quanto ao baixo acústico, eu o acho fascinante. Já tive aulas, mas não pude avançar como gostaria porque não me foi possível comprar um.

Quem sabe em um futuro próximo...

P.S.: Mais tarde verei o vídeo.

* Costumo confundir guitarristas porque muitas vezes minhas digitações começam com o quarto dedo ao invés do primeiro...

Achei bem interessante e acredito que caiba aqui.

Tarcísio Caetano escreveu:Achei bem interessante e acredito que caiba aqui.

mano q interessante! que didática hein, qqr criança entende!