Giannini TREMENDÃO por Augusto Pedrone

Recentemente a CSB (Custom Shop Brasil) lançou uma espécie de DOC falando sobre a história do amplificador mais famoso do Brasil, criado pelo Sossego... O Tremendão. Gostei demais da iniciativa, desconhecia o envolvimento do Predone com a Giannini. O vídeo também conta com a participação do Edgar Scandurra, que inclusive ganhou da Giannini um Tremendão reedição.

Segundo vídeo


Primeiro vídeo

Vi esse vídeo ontem. Esse Tremendão é um mito dos amplificadores brasileiros

Assistí o vídeo até por conta do meu amigo Augusto Pedrone (que é muito competente).
Eu tenho uma opinião de que o Tremendão, pelo seu tamanho e potência, é mais adequado para baixo; e eu já ví muita gente usando-o (inclusive eu), assim. Eu tive um ThunderSound, que tinha 50WRMS e, IMHO, é mais adequado para guitarra. Curiosamente a fábrica invertia essa lógica.

afonsodecampos escreveu:... um Tremendão reedição...

Me desculpe, é q estou sem pc (decente) disponível e, por isso, não poderei assistir a estes vídeos, até 2 ordem. A Giannini está lançando uma reedição destes equipamentos?

fheliojr escreveu:

afonsodecampos escreveu:... um Tremendão reedição...

Me desculpe, é q estou sem pc (decente) disponível e, por isso, não poderei assistir a estes vídeos, até 2 ordem. A Giannini está lançando uma reedição destes equipamentos?

Lançou a alguns anos atrás.

Quando conheci o Pedrone, o namoro dele com a  Giannini tava começando. 

Ele é muito bom.

Tento achar um amplificador snake valvulado de baixo a tempos, mas nunca mais vi. Toquei também num Palmer ou duovox (também não tenho certeza, a frente era de alumínio escovado) que era um murro nas orelhas e no estômago..... vou acabar comprando um no escuro.

Código:

^Tem um brother com um Palmer de baixo de 200watts. É o Hélcio. Baita técnico aqui no RJ. 

Mas tá sem carcaça. Ele pegou e revisou o amp. Se tiver interesse...

Esse Palmer aí também foi "projetado" pelo Sossego...
Usa válvulas 6550.
É um canhão!!!

Rico escreveu:^Tem um brother com um Palmer de baixo de 200watts. É o Hélcio. Baita técnico aqui no RJ. 

Mas tá sem carcaça. Ele pegou e revisou o amp. Se tiver interesse...

comprei trafos dele pra me notar um jcm800. Tenho preferência por um completo, mas se souber quanto ele pede ou tiver fotos seria bom saber e ver.

A guitarra Rickenbacker 330/6 que o Scandurra está usando, a partir de 10:50 neste video, era minha. vendi a ele mes passado (Fev/19). ele veio pessoalmente a Curitiba so pra buscar ela. grande guita, foi minha por 11 anos aproximadamente.

fheliojr escreveu:Me desculpe, é q estou sem pc (decente) disponível e, por isso, não poderei assistir a estes vídeos, até 2 ordem. A Giannini está lançando uma reedição destes equipamentos?

Pelo que entendi nos vídeos esse relançamento aconteceu a partir de 2006 e foram construídos apenas 4 unidades, sendo que uma foi dada ao Edgar Scandurra. A própria Giannini tinha quase nenhuma documentação do Tremendão, a solução foi comprar alguns equipamentos por aí (como agente faz) pra descobrir detalhes técnicos. Essa reedição foi capitaneada pelo Pedrone e não teve participação do Sossego.

Paulo Penna escreveu:"... Toquei também num Palmer ou duovox (também não tenho certeza, a frente era de alumínio escovado) que era um murro nas orelhas e no estômago..... vou acabar comprando um no escuro.

A Palmer foi lançada pelo Sossego numa de suas saídas da Giannini, estes amps eram baseados em projetos da Marshal, mais complexos. O Tremendão era baseado em projetos da Fender. Já o Duovox era parceria da Giannini com uma empresa americana ou européia (vou ver isso melhor). Mesmo o negócio tendo empacado a Giannini resolveu lançar os equipamentos que já tinha construído, sem o consentimento da empresa dona do projeto.

Nessa época da gravação do vídeo o Sossego ainda construía (com a ajuda de um amigo) amps por encomenda com o nome de Valvetech.

BLZENI escreveu:A guitarra Rickenbacker 330/6 que o Scandurra está usando, a partir de 10:50 neste video, era minha. vendi a ele mes passado (Fev/19). ele veio pessoalmente a Curitiba so pra buscar ela. grande guita, foi minha por 11 anos aproximadamente.

Que legal, o Scandurra parece ser um cara legal pra caramba.

Paulo Penna escreveu:

Rico escreveu:^Tem um brother com um Palmer de baixo de 200watts. É o Hélcio. Baita técnico aqui no RJ. 

Mas tá sem carcaça. Ele pegou e revisou o amp. Se tiver interesse...

comprei trafos dele pra me notar um jcm800. Tenho preferência por um completo, mas se souber quanto ele pede ou tiver fotos seria bom saber e ver.

Sei o preço. Se interessar manda mp

Para quem viveu essa época, o quão caro eram esses amplificadores?

Acho que o Pedrone fala em um ponto do vídeo que custavam o mesmo que um carro.

Nossa, e a gente reclamando a toa...

Realmente o Pedrone comenta sobre isso mas ficou meio vago, num outro momento (ou em outro vídeo em que o Pedrone entrevista o Sossego) esse assunto volta à tona e ele faz referência a um Fusca usado na época.

HenriqueBessa escreveu:Acho que o Pedrone fala em um ponto do vídeo que custavam o mesmo que um carro.

Em 1976, paguei 10 salários mínimos no meu baixo Stratosonic. Foram 10 prestações... Minha mãe tinha que me dar dinheiro para o ônibus... Ir e voltar para o Centro de São Paulo só para pagar a prestação durante quase um ano inteiro!!!

Com 4 salários mínimos dava para comprar um Opala com 4 anos de uso. Mas Opala com 4 anos de uso naquela época era uma bomba, e sempre tinha ferrugem de cima a baixo. Carro, naquela época, se usava por 2 anos em média e se vendia....

Ampli nacional era mais ou menos por ai o preço também... Realmente beirando o preço de um carro, que era proporcionalmente bem mais barato que hoje.

Já amplis e instrumentos importados... Eram fora da realidade!
Para você ter ideia, Fender Jazz Bass, Stratocaster, Les Paul, eram vendidos nos classificados dos Jornais Estado de São Paulo e Folha de São Paulo!!!
Custavam fortunas!!!

Gostei do outro doc da mesma série com o Cassias luthier

Maurício_Expressão escreveu:

HenriqueBessa escreveu:Acho que o Pedrone fala em um ponto do vídeo que custavam o mesmo que um carro.

Em 1976, paguei 10 salários mínimos no meu baixo Stratosonic. Foram 10 prestações... Minha mãe tinha que me dar dinheiro para o ônibus... Ir e voltar para o Centro de São Paulo só para pagar a prestação durante quase um ano inteiro!!!

Com 4 salários mínimos dava para comprar um Opala com 4 anos de uso. Mas Opala com 4 anos de uso naquela época era uma bomba, e sempre tinha ferrugem de cima a baixo. Carro, naquela época, se usava por 2 anos em média e se vendia....

Ampli nacional era mais ou menos por ai o preço também... Realmente beirando o preço de um carro, que era proporcionalmente bem mais barato que hoje.

Já amplis e instrumentos importados... Eram fora da realidade!
Para você ter ideia, Fender Jazz Bass, Stratocaster, Les Paul, eram vendidos nos classificados dos Jornais Estado de São Paulo e Folha de São Paulo!!!
Custavam fortunas!!!

Pois é Xará... A rapaziada mais jovem (menos de 50) não se dá conta de como um Gianóca era caro na quela época...
Tremendão e Duovox era coisa pra profissionais! No show do Raul Seixas na praia do Gonzaga o pessoal da banda tava com esses amps. O Terço e A Bolha também usavam...
Comprar Fender ou Gibson, só na mão de contrabandista ou de pessoas que, por um motivo ou outro, ía para o exterior (o que não era comum)...
Já falei algumas vezes aqui que comecei a fazer instrumentos na 2ª metade dos anos 80 porque comprar um (para um cara como eu) baixo era absurdamente caro...
Pra você ter uma idéia, em 1982 eu (com a ajuda do meu pai e do meu avô), comprei um fusquinha 69, e não tinha um baixo...

Não sou tão velho quanto meus amigos foristas....kkk.... mas lá pelos idos de 80 e muitos comprei um gianinni RK, que era caro bagarai!!!!
Passados mais alguns bons anos comprei meu precision MIA 83/4....600 dólares à época..... presente de minha Avó!
600 dólares era muito dinheiro.
Amplificado? o receiver polivox pr1500 do meu Pai.

Paulo Penna escreveu:Não sou tão velho quanto meus amigos foristas....kkk.... mas lá pelos idos de 80 e muitos comprei um gianinni RK, que era caro bagarai!!!!
Passados mais alguns bons anos comprei meu precision MIA 83/4....600 dólares à época..... presente de minha Avó!
600 dólares era muito dinheiro.
Amplificado? o receiver polivox pr1500 do meu Pai.

Teu pai devía te dar uns cascudos...
Esse Polyvox é muito bom!!!
Kkkkkkk...

Maurício_Expressão escreveu:

HenriqueBessa escreveu:Acho que o Pedrone fala em um ponto do vídeo que custavam o mesmo que um carro.

Em 1976, paguei 10 salários mínimos no meu baixo Stratosonic. Foram 10 prestações... Minha mãe tinha que me dar dinheiro para o ônibus... Ir e voltar para o Centro de São Paulo só para pagar a prestação durante quase um ano inteiro!!!

Com 4 salários mínimos dava para comprar um Opala com 4 anos de uso. Mas Opala com 4 anos de uso naquela época era uma bomba, e sempre tinha ferrugem de cima a baixo. Carro, naquela época, se usava por 2 anos em média e se vendia....

Ampli nacional era mais ou menos por ai o preço também... Realmente beirando o preço de um carro, que era proporcionalmente bem mais barato que hoje.

Já amplis e instrumentos importados... Eram fora da realidade!
Para você ter ideia, Fender Jazz Bass, Stratocaster, Les Paul, eram vendidos nos classificados dos Jornais Estado de São Paulo e Folha de São Paulo!!!
Custavam fortunas!!!

Muito legal esse relato

Nessa época, o único instrumento que eu devia ter era um mini violão de brinquedo... rsrsrsrsrs

Meu 1º baixo comprei em 94, um Stratosonic, mas citar preço seria chute. Só lembro do quanto paguei no Bass Collection e na ME-6B, um pq ainda tenho a nota fiscal e o outro pq foi meu seguro desemprego... hehehehe

Baita entrevistas. Não sou da época e não tive contato com o tremendao, mas é muito bom ver histórias tão ricas vindo a público. Fiquei até curioso lra saber como é tocar num tremendao.

HenriqueBessa escreveu:Acho que o Pedrone fala em um ponto do vídeo que custavam o mesmo que um carro.

pra um pais onde nunca se via hartke, GK ou demais amps, um tremendão era o Top de linha de amplificação, tanto em timbre qto em potência!! pelo q eles falam, era realmente um amp de luxo, entao deveria ser caro msm

vinibassplayer escreveu:

HenriqueBessa escreveu:Acho que o Pedrone fala em um ponto do vídeo que custavam o mesmo que um carro.

pra um pais onde nunca se via hartke, GK ou demais amps, um tremendão era o Top de linha de amplificação, tanto em timbre qto em potência!! pelo q eles falam, era realmente um amp de luxo, entao deveria ser caro msm

GK e Hartke (tirando as caixas) não eram melhores que um Tremendão, que por sua vez tambem não era melhor que esses dois.

Era um amp top como os que você citou. Deveria ser comparado a primos gringos valvulados.

Os caras ainda tiveram coragem de colocar o Pedrone no vídeo...Não tinha outro handmaker?

^ Qual o problema com o Pedrone?

^Acho que ele era um dos envolvidos numa treta, junto com outros "handmakers" e uns músicos, no ano passado... tem um tópico por aqui comentando.
Eu tava com essa dúvida, mas não lembro se ele tb estava envolvido e resolvi nem comentar.

Coder escreveu:^ Qual o problema com o Pedrone?

O "escândalo dos handmakers", áudios vazados...
Foi a coisa mais comentada em 2018 em tudo quanto é rede social.

Coisa feia de verdade, vergonhosa.

O tópico sobre o assunto que tem aqui:

https://www.contrabaixobr.com/t40064-treta-handmakers-nacionais

HenriqueBessa escreveu:^Acho que ele era um dos envolvidos numa treta, junto com outros "handmakers" e uns músicos, no ano passado... tem um tópico por aqui comentando.
Eu tava com essa dúvida, mas não lembro se ele tb estava envolvido e resolvi nem comentar.

Jãozeiro escreveu:

Coder escreveu:^ Qual o problema com o Pedrone?

O "escândalo dos handmakers", áudios vazados...
Foi a coisa mais comentada em 2018 em tudo quanto é rede social.

Coisa feia de verdade, vergonhosa.

HenriqueBessa escreveu:O tópico sobre o assunto que tem aqui:

https://www.contrabaixobr.com/t40064-treta-handmakers-nacionais

Putz! Eu lembro de ter visto algo na época, mas não lembrava que ele também estava no rolo... Que fita...

Eu realmente não questiono a qualidade desse pessoal envolvido na tal "treta". Então quanto a isso não tenho críticas.. Por sinal, conversei com alguns deles nos últimos meses.
Gosto muito de apoiar as empresas brasileiras.. Minhas caixas são da WBass, tenho um baixo que construí com um amigo luthier e recentemente, pensando que ainda me faltava um amp nacional, fui atrás de um.
Resumo da história: Desisti.
Vou gastar meu dinheiro num importado mesmo. Os funcionários da Sweetwater me tratam dez vezes melhor que os donos de algumas dessas empresas daqui.. Vai entender..

HenriqueBessa escreveu:^Acho que ele era um dos envolvidos numa treta...

Era, sim.

Pz123 escreveu:...Os funcionários da Sweetwater me tratam dez vezes melhor que os donos de algumas dessas empresas daqui.. Vai entender..

Eis um dos problemas do mercado brasileiro, em regra.