Acarajé quente ou frio - Um mito?
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Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
O Tio ama coentro..
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Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
DiegoBueno escreveu:Agora uma duvida real. Na Bahia (de modo geral) a galera é fã de Coentro, por exemplo?
É sim...
Feijoada baiana vai coentro e hortelã. Canja de galinha vai coentro...
Comidas que em outros lugares levaria salsa ou cebolinha, na Bahia leva coentro.
Já vi gente dizer que foi na Bahia e o arroz branco tinha coentro, o que é mentira.
Carne de panela, mocotó, dobradinha, frango ao molho, peixe de diversas formas, tudo isso terá coentro...
Quase todos os pratos de comida típica baiana, como moqueca, bobó, mariscada, caruru, galinha de xinxim, etc, terão coentro. Molho lambão, que parece um vinagrete bem apimentado, leva coentro. Salada do acarajé leva também...
A Bahia usa coentro como alguns países hispanos. Não é muito diferente do Peru, Chile, Venezuela...
Quem tem o gene de sentir gosto de sabão no coentro sofre nesses lugares.
E cominho se usa muito também. Maioria das casas a pimenta do reino já é misturada com cominho. Quando eu falo pra minha mãe que existe usar pimenta do reino pura, sem cominho, ela ri meio sem acreditar...
Mas isso é essa Bahia "normal", perto de Salvador ou do litoral. Tem lugar da Bahia que povo não sabe nem o que é dendê e nunca usa coentro. É um estado gigante com costumes que mudam por região. Lembro de ter tocado algumas vezes em Barreiras e são 13 horas no ônibus saindo de Salvador. Tudo dentro da Bahia...
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O fascismo não é só uma opção política, mas também uma doença da alma...
allexcosta- Administrador
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Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
Via de regra, no nordeste substi-se a salsinha por coentro. O cheiro verde, que em outros locais é salsinha e cebolinha, no NE é coentro e cebolinha. O vinagrete é cebola, tomate, vinagre e coentro... É quase onipresente na culinária regional.
Eu era acostumado com o sabor, mas depois de 20 anos fora do nordeste não consigo mais comer.
Eu era acostumado com o sabor, mas depois de 20 anos fora do nordeste não consigo mais comer.
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Renato- Membro
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Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
Bom saber dessas particularidades, se um dia eu tiver oportunidade de passar pelo Norte/Nordeste já fico esperto
Até hoje o máximo que fui, em uma passada relativamente rápida, foi pra Natal, quando trabalhava de roadie e a banda foi se apresentar no Anfiteatro da UFRN. Se bem me lembro, pra não ocorrerem percalços devido a alimentação (quem não é acostumado poderia sofrer algum tipo de piriri/diarréia ou algo do tipo) o proprio restaurante do hotel sugeriu comidas cujas receitas eram menos condimentadas. Então a maioria pegou arroz branco, macarronada, e tiveram a gentileza de grelharem bifes e filé de frango ali na hora.
Pode até ser mentira, mas nas mão dessa moça que falei, se deixar até no arroz branco ela coloca
PS: Falei com a minha mãe, pelo que ela mencionou meu cunhado nasceu em Brumado.
Talvez isso explique o ranço que minha mãe tem de Coentro (eu até gosto).
Vou até confirmar aqui depois, mas comprei um pacotinho de "tempero em pó" denominado Tempero Baiano. Talvez haja algum outro condimento no meio, mas cominho e pimenta posso afirmar que tem. Comprei, usei e gostei, nem me atentei olhar a composição.
Eu até gosto de Coentro, embora não seja habituado a usar sempre. Outro dia minha mãe quase me matou, pois ela odeia e, acreditem ou não, no mercado daqui encontrei o 'maço de cheiro verde' que ela havia pedido.
Só quando cheguei em casa li na embalagem que não estava escrito Cheiro Verde, e sim Coentro e Cebolinha (aqui por padrão 'cheiro verde' é Salsa e Cebolinha). E até hoje tenho que tomar cuidado pra não comprar errado, sou pessimo com isso, me confundo sempre com a aparencia do Conentro e da Salsa, à mim parecem a mesma coisa
Até hoje o máximo que fui, em uma passada relativamente rápida, foi pra Natal, quando trabalhava de roadie e a banda foi se apresentar no Anfiteatro da UFRN. Se bem me lembro, pra não ocorrerem percalços devido a alimentação (quem não é acostumado poderia sofrer algum tipo de piriri/diarréia ou algo do tipo) o proprio restaurante do hotel sugeriu comidas cujas receitas eram menos condimentadas. Então a maioria pegou arroz branco, macarronada, e tiveram a gentileza de grelharem bifes e filé de frango ali na hora.
allexcosta escreveu:Já vi gente dizer que foi na Bahia e o arroz branco tinha coentro, o que é mentira.
Pode até ser mentira, mas nas mão dessa moça que falei, se deixar até no arroz branco ela coloca
PS: Falei com a minha mãe, pelo que ela mencionou meu cunhado nasceu em Brumado.
allexcosta escreveu:Quem tem o gene de sentir gosto de sabão no coentro sofre nesses lugares.
Talvez isso explique o ranço que minha mãe tem de Coentro (eu até gosto).
allexcosta escreveu:E cominho se usa muito também. Maioria das casas a pimenta do reino já é misturada com cominho.
Vou até confirmar aqui depois, mas comprei um pacotinho de "tempero em pó" denominado Tempero Baiano. Talvez haja algum outro condimento no meio, mas cominho e pimenta posso afirmar que tem. Comprei, usei e gostei, nem me atentei olhar a composição.
Renato escreveu:Via de regra, no nordeste substi-se a salsinha por coentro. O cheiro verde, que em outros locais é salsinha e cebolinha, no NE é coentro e cebolinha.
Eu até gosto de Coentro, embora não seja habituado a usar sempre. Outro dia minha mãe quase me matou, pois ela odeia e, acreditem ou não, no mercado daqui encontrei o 'maço de cheiro verde' que ela havia pedido.
Só quando cheguei em casa li na embalagem que não estava escrito Cheiro Verde, e sim Coentro e Cebolinha (aqui por padrão 'cheiro verde' é Salsa e Cebolinha). E até hoje tenho que tomar cuidado pra não comprar errado, sou pessimo com isso, me confundo sempre com a aparencia do Conentro e da Salsa, à mim parecem a mesma coisa
Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
DiegoBueno escreveu:Falei com a minha mãe, pelo que ela mencionou meu cunhado nasceu em Brumado.
Minha cunhada é de Brumado. Família Cayres, seu cunhado talvez conheça... Pessoal que trabalhou na Magnesita, responsável por boa parte do PIB da cidade...
Toquei lá algumas vezes. Terra de mulheres bonitas e simpáticas. E a cidade é organizada, limpa e com clima menos pior que da vizinha Jequié.
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allexcosta- Administrador
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Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
Assim que tiver oportunidade perguntarei à ele. Ele em si talvez não conheça, pois até onde sei ele tinha apenas 6 anos quandop se mudou pra SP. Mas talvez outros familiares do lado dele conheçam
Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
O acarajé, pasmem, se tornou patrimônio de valor histórico e cultural do estado do Rio de Janeiro.
Agora quando você quiser desfrutar da iguaria, ao invés de procurar uma "baiana de acarajé", você vai procurar uma "fluminense de acarajé".
Vou nem postar link...
Cada uma, viu...
Agora quando você quiser desfrutar da iguaria, ao invés de procurar uma "baiana de acarajé", você vai procurar uma "fluminense de acarajé".
Vou nem postar link...
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allexcosta- Administrador
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Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
allexcosta escreveu:O acarajé, pasmem, se tornou patrimônio de valor histórico e cultural do estado do Rio de Janeiro.
Agora quando você quiser desfrutar da iguaria, ao invés de procurar uma "baiana de acarajé", você vai procurar uma "fluminense de acarajé".
Vou nem postar link...
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Que ridículo!
E quem explica o tal do feijão carioca, quando o carioca mesmo come é feijão preto?!
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
É que patrimônio cultural não tem a ver com a origem, tem mais a ver com a importância que a coisa tem para a cultura do estado. Sim, a Bahia já devia ter declarado como patrimônio cultural há muito tempo, mas o fato de já ser no Rio não altera nada para o que é o acarajé. Só tenta proteger ele das desvirtuações que já acontecem, coisas como o "acarajé cristão" que falham em preservar o nome do patrimônio. A sociedade brasileira das baianas inclusive elogiou a atitude. É polêmico, mas tem muito a ver com o que é para a legislação brasileira ser patrimônio cultural e o que parece ser na nossa concepção. Tem uma questão de originalidade que parece estar envolvida, mas não está na letra dura e fria da lei.
Dan- Membro
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Localização : Rio de Janeiro
Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
É melhor chamar Bahia de Rio e Rio de Bahia.
Já levaram o Samba e o Acarajé. Aqui na Bahia já tem facção! Tudo certo!
#sqn
Daqui uns dias, o RJ vai dizer que o Açaí é de lá. Quando na verdade, nem no Nordeste existe o açaí puro. Tem aquelas misturas!
Já levaram o Samba e o Acarajé. Aqui na Bahia já tem facção! Tudo certo!
#sqn
Daqui uns dias, o RJ vai dizer que o Açaí é de lá. Quando na verdade, nem no Nordeste existe o açaí puro. Tem aquelas misturas!
Juninho Sampaio- FCBR-CT
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Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
allexcosta escreveu:O acarajé, pasmem, se tornou patrimônio de valor histórico e cultural do estado do Rio de Janeiro.
Agora quando você quiser desfrutar da iguaria, ao invés de procurar uma "baiana de acarajé", você vai procurar uma "fluminense de acarajé".
Vou nem postar link...
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Hmmm, no filme "Tropa de Elite" o vilão era o Baiano.
Tá explicado!
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Clube Danelectro (Alvíssaras! Não estou mais só neste Clube!), também membro de outros clubes (Vide perfil) e dono da mão de marreta... Links --->Contrapontos,Vídeos e Soundcloud
Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
Durante as minhas férias, vi essa patacoada aberração notícia e me lembrei na hora deste tópico.
https://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-brasil-tarde/2023/11/lei-torna-acaraje-patrimonio-do-rio-de-janeiro
https://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-brasil-tarde/2023/11/lei-torna-acaraje-patrimonio-do-rio-de-janeiro
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Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
Dan escreveu:É que patrimônio cultural não tem a ver com a origem, tem mais a ver com a importância que a coisa tem para a cultura do estado. Sim, a Bahia já devia ter declarado como patrimônio cultural há muito tempo, mas o fato de já ser no Rio não altera nada para o que é o acarajé. Só tenta proteger ele das desvirtuações que já acontecem, coisas como o "acarajé cristão" que falham em preservar o nome do patrimônio. A sociedade brasileira das baianas inclusive elogiou a atitude. É polêmico, mas tem muito a ver com o que é para a legislação brasileira ser patrimônio cultural e o que parece ser na nossa concepção. Tem uma questão de originalidade que parece estar envolvida, mas não está na letra dura e fria da lei.
Qual a importância cultural do acarajé no dia a dia da pessoa fluminense?
Vocês servem acarajé em aniversário de criança? Em festa de casamento?
Tem acarajé pra vender no ponto de ônibus?
Se eu estiver num bairro aleatório do Rio agora tem uma banca de acarajé a menos de 200 metros de onde eu estou?
Existe o cheiro de acarajé fritando nas ruas das cidades do Rio de Janeiro?
Nada disso existe e não vem me dizer que existe porque eu conheço o Rio muito bem conhecido, de passar o dia em Madureira procurando coisa barata pra comprar e não se vê um acarajé pra vender.
É mais fácil achar um caldo de camarão meio branco (pois não vai dendê) que vocês chamam de bobó, que achar um acarajé.
Ou então o clássico cachorro quente com milho, ervilha, purê de batata, queijo derretido, uva passa, azeitona, batata palha, sushi, cenoura ralada, ovo de codorna e a zorra toda dentro (lá ele)... Isso sim devia ser patrimônio cultural do Rio.
Falar em "lá ele"... Agora é gíria sudestina né? E o povo usando tudo errado.
Tô até com saudade do tal do Danilo Rondão, especialista de meia tigela...
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allexcosta- Administrador
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Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
A propósito e já que estamos aqui.
Prova de que a iguaria frita no óleo de dendê feita com feijão fradinho onde se põe um monte de coisa dentro é, de fato, um prato baiano, criado e difundido na Bahia.
O acarajé africano, que deve sim ter inspirado o baiano, é completamente diferente, sendo que originalmente era feito com grão de bico e não se partia nem se colocava nada dentro.
Esse vídeo ajuda a elucidar o caso:
Prova de que a iguaria frita no óleo de dendê feita com feijão fradinho onde se põe um monte de coisa dentro é, de fato, um prato baiano, criado e difundido na Bahia.
O acarajé africano, que deve sim ter inspirado o baiano, é completamente diferente, sendo que originalmente era feito com grão de bico e não se partia nem se colocava nada dentro.
Esse vídeo ajuda a elucidar o caso:
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allexcosta- Administrador
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Re: Acarajé quente ou frio - Um mito?
allexcosta escreveu:Dan escreveu:É que patrimônio cultural não tem a ver com a origem, tem mais a ver com a importância que a coisa tem para a cultura do estado. Sim, a Bahia já devia ter declarado como patrimônio cultural há muito tempo, mas o fato de já ser no Rio não altera nada para o que é o acarajé. Só tenta proteger ele das desvirtuações que já acontecem, coisas como o "acarajé cristão" que falham em preservar o nome do patrimônio. A sociedade brasileira das baianas inclusive elogiou a atitude. É polêmico, mas tem muito a ver com o que é para a legislação brasileira ser patrimônio cultural e o que parece ser na nossa concepção. Tem uma questão de originalidade que parece estar envolvida, mas não está na letra dura e fria da lei.
Qual a importância cultural do acarajé no dia a dia da pessoa fluminense?
Vocês servem acarajé em aniversário de criança? Em festa de casamento?
Tem acarajé pra vender no ponto de ônibus?
Se eu estiver num bairro aleatório do Rio agora tem uma banca de acarajé a menos de 200 metros de onde eu estou?
Existe o cheiro de acarajé fritando nas ruas das cidades do Rio de Janeiro?
Nada disso existe e não vem me dizer que existe porque eu conheço o Rio muito bem conhecido, de passar o dia em Madureira procurando coisa barata pra comprar e não se vê um acarajé pra vender.
É mais fácil achar um caldo de camarão meio branco (pois não vai dendê) que vocês chamam de bobó, que achar um acarajé.
Ou então o clássico cachorro quente com milho, ervilha, purê de batata, queijo derretido, uva passa, azeitona, batata palha, sushi, cenoura ralada, ovo de codorna e a zorra toda dentro (lá ele)... Isso sim devia ser patrimônio cultural do Rio.
Falar em "lá ele"... Agora é gíria sudestina né? E o povo usando tudo errado.
Tô até com saudade do tal do Danilo Rondão, especialista de meia tigela...
hehehehe, então, ele não aparece realmente nessa forma geral e distribuída como eu imagino que seja na Bahia (já não vou há mais de 10 anos, apesar da metade da minha família ser de lá). Existe em alguns lugares banquinhas, principalmente nos centros de circulação de pessoas (hoje até em Madureira, mas não tão barato, hehe). Mas de fato, é um produto mais característico de comunidades culturais afro aqui no Rio, (até de pessoas que migraram da Bahia para cá) ou mesmo povo de terreiro, uma galera mais preocupada em não deixar a ancestralidade ser apagada. Nesse sentido, a lei se justifica, já que ter o acarajé declarado como patrimônio se torna argumentação para deslegitimar opressão, o que, com o avanço de certas ideias no estado, tem se tornado menos incomum, além de beneficiar a argumentação para disputa de editais na parte gastronômica e fortalece o aspecto cultural da resistência da comunidade envolvida.
Dito isso, concordo com você que o acarajé é muito mais predominante na Bahia, tem muito mais a ver com a Bahia e faz muito mais parte do cotidiano do baiano médio do que do fluminense médio. Aqui é muito mais comum carro de pipoca, churros e cachorro quente (sem purê de batata que é coisa de SP). No entanto essa força do acarajé na Bahia faz com que ele não precise tanto de lei o declarando como patrimônio por lá, porque seu contexto social e cultural é muito mais sólido. Por aqui no Rio é que existe essa preocupação de fortalecer essa cultura para que ela não suma. Acho que a Casa legislativa da Bahia poderia também declarar o acarajé como patrimônio, mas isso como movimento político faz mais sentido por aqui.
E falar que por toda minha ascendência baiana eu evito usar "la ele" pq n vou na Bahia, como já disse, há mais de 10 anos, n da pra saber qual a forma correta de se usar
Dan- Membro
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