Z EMP Custom da Guitarras e Baixos Z

Gostaria de mostrar a vocês o projeto do meu baixo com o luthier José Luiz Ávila Jr. da marca “Guitarras e Baixos Z”. A marca ainda é pouco difundida, mas o talento do luthier salta aos olhos (nem falo tanto em relação ao meu baixo, porque o meu é muito simples, mas vale a pena conferir os modelos que ele faz).

Vale ressaltar a presteza, atenção aos detalhes (paciência de Jó) e principalmente a facilidade na comunicação do profissional. Já vi nesse fórum uma coleção de relatos de profissionais que não dão satisfação do que ocorre na construção ou ainda enrolam seus clientes, mas isso não ocorreu de maneira nenhuma nesse caso, bem pelo contrário. A facilidade e o desembaraço na comunicação é um ponto fundamental para quem quer personalizar um modelo, principalmente se o cliente for perfeccionista (e chato com detalhes rsrs) ao ponto de mudar certas coisas ao longo do processo.

O contrabaixo em questão é baseado no Fender Jazz Bass, porém com modificações pontuais no design, tamanho da escala (curta), madeiras e captação.

Corpo: Cerejeira
Escala: Jacarandá
Braço: Guajuvira
Longarinas: Purple Heart
Captação: “Z”, o próprio luthier fabricará o modelo “J” (braço e ponte)
Trastes: Jescar
Elétrica e ferragens: Asiáticas genéricas (pretas) por minha escolha a fim de cortar custos
Cor: Branca

O baixo já está em fase de acabamento, na etapa de pintura e colocação de trastes (que já deveriam estar colocados não fosse a minha demora em escolher o modelo exato). O escudo ainda está retido no depósito da receita federal (há 3 meses, sendo que é O SEGUNDO QUE EU COMPRO, aeeee brazilzão aparelhado, pois o primeiro não chegou) e até lá não poderemos montar o baixo, uma vez que o escudo também fará a função de control plate (se eu vivesse no Paraguai já estaria com o escudo em duas semanas sem pagar um centavo a mais, enfim). A mesma demora ocorreu com as tarraxas, sendo que as primeiras que comprei até hoje não foram entregues (e nem serão caramba).

complicado de colocar essas fotos

Segue uma ajudinha

valeu brucce! É isso aí rsrs

Rapaz...tá ficando show brother...continue postando as fotos do nascimento dessa criança...abraço.

opa velho! Valeu mesmo! É nozes

Bacana demais, Edu. Estarei acompanhando.

obrigado amigo

o corpo é o tamanho padrao e somente a escala é curta ?

Linda essa madeira do braço. Não conhecia.

Parabéns pelo projeto.

Olá dibass

O corpo é reduzido pra não ficar desproporcional visualmente.

allex

Essa madeira do braço depois de seca é MUITO resistente. Aqui no sul já vi até moerão de cerca de guajuvira. Eu pedi ao Ávila pra escolher uma peça bem figurada, porque a incidência mais comum é uma madeira semelhante ao marfim com eventuais desenhos escuros. Não sei como ele conseguiu uma peça inteiramente figurada.

Dá até pena, mas o head também será pintado de branco, acompanhando o corpo e a proposta estética que concebi. Acredito que a madeira do braço possa ficar um pouco mais clara porque no momento ainda está "crua".

perguntei pq em uma das fotos ache que tava desproporcional

Olá dibass

entendo. Bom, ao vivo não parece estar, mas acho que a impressão pode estar ligada ao design do corpo que é um pouco mais agressivo que o Jazz Bass, porém tão ergonômico quanto, principalmente no avanço do braço em direção ao corpo, com um acesso a região aguda muito aberto embaixo.
O braço é muito curto mesmo, como os Squier Jaguar SS e os Squier Mustang. Esses dois tem o corpo (e o formato contribui nessa percepção) muito pequeno, principalmente o Mustang. Numa comparação direta com esses dois últimos o corpo do meu acaba sendo maior mesmo, principalmente por manter a "intenção" JB rsrs

Edu escreveu:Essa madeira do braço depois de seca é MUITO resistente. Aqui no sul já vi até moerão de cerca de guajuvira. Eu pedi ao Ávila pra escolher uma peça bem figurada, porque a incidência mais comum é uma madeira semelhante ao marfim com eventuais desenhos escuros. Não sei como ele conseguiu uma peça inteiramente figurada.

Dá até pena, mas o head também será pintado de branco, acompanhando o corpo e a proposta estética que concebi. Acredito que a madeira do braço possa ficar um pouco mais clara porque no momento ainda está "crua".

Dá pena mesmo, mas há que seguir o projeto.

Ser resistente é uma parte importante da madeira de um braço, mas também precisa ser relativamente leve e não propensa a torções. O marfim, por exemplo, é muito resistente, mas gosta de mover e se ajustar depois de cortada, o angelim é muito resistente, mas é pesada demais... Enfim, a expertise do luthier conta muito na escolha e aparelhamento da peça.

Edu escreveu:Olá dibass

... Acredito que a madeira do braço possa ficar um pouco mais clara porque no momento ainda está "crua".

A tendência é que fique mais escura após aplicar seladora/verniz.

Mas é muito bonita sim essa cor escura.

verdade. A vantagem da escala curta e do instrumento reduzido nesse caso é que eu pude escolher madeiras um pouco mais pesadas que o habitual na luthieria nacional, como o corpo em cedro ou em louro freijó (que apesar da fama de deixar um instrumento pesado, as vezes geram peças tão leves quando o cedro), então optei por Guajuvira que é bem densa e a Cerejeira no corpo que dizem ser semelhante ao mogno.

A questão da torção do marfim me preocupou um pouco porque estou fazendo um braço de marfim imperial com longarinas de sucupira na Ledur.

O head na cor natural ficaria excelente, mas ao meu ver não combinaria muito com o corpo branco e o escudo black pearl que estou aguardando (na receita, porque no Brasil não encontrei dessa cor pra vender). Além disso as ferragens pretas fecham o conjunto na proposta moderna/gótica/vitoriana ( ) que pensei quando escolhi as cores. Outro fator é o design do head, no qual foi a única parte que combinamos de não alterar o padrão do luthier. Ele é menor que o padrão "cabeça de cavalo" da Fender. Mantendo a madeira natural que não é muito "clara" iria parecer um baixo headless ou com um mini head, uma vez que a maioria dos locais que tocamos é escuro, por isso o branco dá uma impressão de ter algo maior ali heheh



Edit.:

NeyBass

Será? Pensei que a camada fosse tão fina e pouco pigmentada que não faria diferença. Bom, se ficar mais escura tudo bem, a peça é muito bonita.
Numa rápida visita ao Ávila pude notar outros baixos com essa mesma madeira no braço e em todos os casos foram excelentes na parte estética. Por o braço do meu baixo ser mais curto acredito que não haverá problemas mecânicos também.

Edu escreveu:A questão da torção do marfim me preocupou um pouco porque estou fazendo um braço de marfim imperial com longarinas de sucupira na Ledur.

Como disse, tem que ler a "peça". Luthier profissional sabe dessas peculiaridades do marfim. É uma madeira interessante. Ou a peça é instável e vai mover, ou vai ser muito boa e resistir bem a variações. O profissional sabe.

putz. Se arrependimento matasse.
Por outro lado já tive Bass Collection, Ibanez e Strinberg com braço em maple e apresentaram problemas de instabilidade (pouca, mas incomodaram bastante). Não obstante os dois primeiros citados tinham o braço super fino e o terceiro não deve ter lá um senhor controle de qualidade.

Edu escreveu:putz. Se arrependimento matasse.

Por que?

Uma lutheria tradicional como a Ledur jamais usaria uma peça propensa a instabilidades.

pois é, é que eu sou gato escaldado. O Bass Collection tinha o braço fino e deu problema de estabilidade. O Ibanez tinha o braço finíssimo e balançava igual vara verde, parecia um bambu e a afinação era uma luta durante uma apresentação. São duas marcas respeitadas. Já o Strinberg tinha o braço que era uma tora e chegou ao ponto do tensor quase ir no limite, os 3 baixos com braço de maple.

Em contrapartida tive outros baixos com o braço de maple que nunca deram problema. Tensor e tarraxas sequer eram utilizados. Bom, não adianta eu ser pessimista quanto ao marfim. O negócio é esperar pra ver rsrs

Edu, o marfim é ótimo cara, vc praticamente nem utilizará a regulagem do tensor. Meu baixos que tive com braço em marfim (DeOliveira, Capelini), eram super finos, o DeOliveira é uma maravilha de braço e praticamente eu não usava o ajuste do tensor.

Se vc tem receio quanto ao marfim pode ficar tranquilo, a madeira é dura como um pau...kkkk

Qualquer madeira leva um tempo pra estabilizar e secar de vez. Os baixos que você teve problema provavelmente usavam madeiras novas.

NeyBass

kkkkk

Pois é, devo confiar mais nos caras da Ledur nesse sentido.

Joabi

Já cheguei até a pensei nisso, tipo, receber o baixo e deixar ele um tempo encostado. Tipo alguns meses pra depois usá-lo sem receio heheheh

Edu escreveu:NeyBass

kkkkk

Pois é, devo confiar mais nos caras da Ledur nesse sentido.

Joabi

Já cheguei até a pensei nisso, tipo, receber o baixo e deixar ele um tempo encostado. Tipo alguns meses pra depois usá-lo sem receio heheheh

Isso não existe Edu, pega esse bicho e taca-le pau...se der problema tem a garantia.
Nunca vi um braço em marfim dar problema, fica tranquilo.
A Ledur não queimaria o nome usando madeira verde em um instrumento. Relaxa e quando o bicho chegar manda a mão nele e seja feliz.

Essa madeira Guajuvira é linda.
Nunca tinha visto.

NeyBass

Também acredito nisso. O luthier mestre da Ledur comentou comigo sobre alguns aspectos do corte, mas gato escaldado tem medo de água fria kkkkk


siodoni

É comum encontrar aqui no sul, mas o luthier garimpou essa peça figurada no fornecedor.

Quem tem baixos Z é o caolho do fórum...
Esqueci o nome dele!

EDIT: Lembrei...Stormbringer

joabi escreveu:Qualquer madeira leva um tempo pra estabilizar e secar de vez. Os baixos que você teve problema provavelmente usavam madeiras novas.

Madeiras, mesmo antigas e bem secas, movem quando aparelhadas. Cada processo que tira boa quantidade de material precisa ser seguido por um período de descanso e revisão da geometria.

Quando o cuidado em cada processo é alto e as tolerâncias baixas, nasce um bom instrumento. Cada vez que uma pequena etapa é pulada, adiciona num resultado aquém do ideal.

nossa, então a pressa é inimiga da luthieria mesmo.

No caso do Ledur, levou cerca de um mês ou um mês e meio pro braço de 5 peças (marfim + longarinas de sucupira) sair do zero até ficar totalmente pronto (mas sem acabamento). Espero que isso seja um tempo aceitável kkkkk

Juninho Sampaio

Legal. A marca é pouco difundida ainda, mas na rápida visita ao Ávila vi instrumentos de primeira linha em acabamento, design, madeiras selecionadas e sonoridade.

<Off>
Olha o mais novo dele...
https://www.contrabaixobr.com/t36304-bosun-meu-fanned
</OFF>

Massa! Sou mais conservador em relação a estética, mas a construção é rica em detalhes e trabalhos manuais de alta precisão. Uma obra e tanto.

e já está pronto. Tocabilidade excelente, tudo exatamente como combinado, sonzera, bastante leve. Enfim, recomendo fortemente o Ávila por ser bastante detalhista e principalmente pela facilidade de comunicação sem enrolar o cliente, atendendo tudo na medida do possível.
não sei se vou conseguir postar as fotos, mas vou tentar kkkk

Edu...
Pegue só esta parte do link e coloque assim...

Código:


[img]http://i.imgur.com/DSn8eiQ.jpg[/img]


Vai sair a imagem assim...

pra mim nao aparecem as fotos