Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Você leu o que escreví acima?Max Payne escreveu:É sério que ainda acham que o cara quase MORREU, mas que tudo não passou de um plano muito bem orquestrado pela direita bolsonarista para que ele seja eleito por chantagem emocional e demonização do adversário??? Ou será que ainda acham que foi uma "facada fake"???
kkkkkkkkkk... Oush...
É sério mesmo que o ""debate"" chegou nesse nível???
Prefiro continuar sendo o "não-acadêmico" mesmo por aqui, porque tá difícil a coisa, viu...
É algo que não se confirma...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
^Eu li, Bertola.
Disse isso no sentido de que a mera especulação em volta disso por si só é risível, já que se baseia na ideia de: ""olha, cê crava bem a faca na minha barriga, me deixa num estado de quase-morte, sobrevivo e ganho as eleições"" kkkkkkkkkk....
Só isso já é mais ridículo do que a teoria da "facada fake" rsrsrs...
Disse isso no sentido de que a mera especulação em volta disso por si só é risível, já que se baseia na ideia de: ""olha, cê crava bem a faca na minha barriga, me deixa num estado de quase-morte, sobrevivo e ganho as eleições"" kkkkkkkkkk....
Só isso já é mais ridículo do que a teoria da "facada fake" rsrsrs...
Convidado- Convidado
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Max, eu também acredito que tudo aquilo tenha sido real e que o autor foi contratado por alguém para fazer o atentado...
Só levantei a hipótese, pois vemos tantas coisas absurdas Brasil a fora, que as vezes pode causar ate esse questionamento....
Só levantei a hipótese, pois vemos tantas coisas absurdas Brasil a fora, que as vezes pode causar ate esse questionamento....
RBORCARI- Membro
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Localização : Jundiaí
Cagômetro.com - O Medidor Oficial das Cagadas do Governo Bolsonaro
Depois do Impostômetro e do Sonegômetro, fez-se necessário inventar o:
http://www.cagometro.com/
Estamos de olho.
http://www.cagometro.com/
Estamos de olho.
JAZZigo- FCBR-CT
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Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
^estão cumprindo bem a proposta de fazer cocô dia sim, dia não: a média está 1:3 hahaha
Raul S.- Membro
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Localização : -
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
^Ahahahahahahah!!!!!!
Rico- Eterno Colaborador
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Localização : Rio de Janeiro
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Síndrome da arrogância: quando exercer o poder provoca doença
Impulsividade, imprudência e a falta de atenção a detalhes inconvenientes podem ser sintomas
Luciano Magalhães Melo
Folha de S. Paulo, 6.set.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2019/09/sindrome-da-arrogancia-quando-exercer-o-poder-provoca-doenca.shtml
Enumere as qualidades de pessoas que exercem poder de fato. Fiel aos acontecimentos históricos, em sua lista não constarão sofisticação intelectual, cultura e muito menos um currículo que prova competência.
Ao invés disso, carisma, charme, capacidade de inspirar e persuadir, tolerância a riscos, autoconfiança e aspirar ousadamente. Elementos assentados em um espectro que passa por honra, orgulho, arrogância e narcisismo.
Todas estas qualidades montam uma necessária e inabalável capacidade em se exultar. E uma forte crença na importância de suas missões. Pontos muito necessários para superar os ataques de oponentes e as traições, tão comuns nas intensas disputas pelo poder. Portanto, não é surpreendente que esta competição selecione os arrogantes.
Muitos dos sintomas da "síndrome da arrogância" se confundem com os do transtorno da personalidade narcisista, mas para padecer da
síndrome da arrogância é necessário ter poder - Andrea Gomes
Vencer uma eleição é um feito grandioso. E quando uma vitória deste porte é conquistada, provavelmente outras surgirão. Conquistas sucessivas aumentam a arrogância do bem-sucedido. Mas fatalmente, alguma crise virá. E alguns líderes, paradoxalmente, respondem às tensões com mais arrogância, disfuncional. A partir de então emergirá a insistência em erros, guiada pela incapacidade de rever decisões e mudar julgamentos.
Alguns consideram ser uma doença, este degenerado comportamento arrogante. Jonathan Davidson e David Owen, em 2009, descreveram clinicamente esta afecção, “a síndrome da arrogância”. Caracterizando-a como distúrbio de alguns que conquistaram e detiveram muito poder. Esta condição psiquiátrica explicaria certas atitudes de líderes, como a impetuosidade, impulsividade imprudência e a falta de atenção a detalhes inconvenientes.
Seriam outros sintomas desta síndrome a busca pela glória, a preocupação exagerada com aparência, o uso de trejeitos messiânicos, o discurso exaltado e imperativo, o desprezo por críticas e por conselhos.
Muitos destes sintomas se confundem com as manifestações causadas pelo transtorno da personalidade narcisista, mas para padecer da síndrome da arrogância pressupõe-se o poder. Pois quem a possui, necessariamente assume que a vontade própria é a da nação. E também, que julgamentos mundanos não o alcançam. Logo, contas serão prestadas apenas a Deus ou a história.
Há a consciência de que estes elevados tribunais lhe serão muito favoráveis. Além disso, uma moral rígida costuma orientar suas atitudes, o que faz desconsiderar os melhores resultados e a praticidade. E por fim desprezam os cerimoniais do poder. Mas esta moléstia ocupacional não se restringe a políticos. Pode afetar os raros detentores de grande força, como altos executivos, artistas e gurus religiosos.
Porém se existe uma doença, deve haver uma explicação orgânica para sua existência. Para a síndrome da arrogância, temos apenas uma teoria a respeito. O neurotransmissor dopamina fortalece as conexões cerebrais codificadas após uma nova e forte motivação. Estas conexões revigoradas, operam para a repetição de um comportamento, em cérebros susceptíveis. Presume-se que deve haver predisposição, que estaria atrelada ao lobo frontal. O lobo cerebral do raciocínio e do discernimento. Fenômenos semelhantes estão dentro de cérebros de viciados.
Uma das possíveis consequências da síndrome da arrogância foi bem exemplificada por Erich Remarque, veterano da Primeira Guerra Mundial e autor do livro "Nada de novo no Front". Nesta obra, existe uma passagem em que os personagens percebem que o destino dos milhares que padecem pelo horror do conflito está na mão de cinco ou seis líderes. Poderosos com a síndrome da arrogância se isolam e passam a crer em uma realidade paralela, que permite o senso de seu raciocínio. E frequentemente são cercados de bajuladores. Desta forma insistem em conflitos, ou tensões que só disseminam sofrimento.
Luciano Magalhães Melo
Médico neurologista, escreve sobre o cérebro, seus comandos, seus dilemas e as doenças que o afetam.
Impulsividade, imprudência e a falta de atenção a detalhes inconvenientes podem ser sintomas
Luciano Magalhães Melo
Folha de S. Paulo, 6.set.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2019/09/sindrome-da-arrogancia-quando-exercer-o-poder-provoca-doenca.shtml
Enumere as qualidades de pessoas que exercem poder de fato. Fiel aos acontecimentos históricos, em sua lista não constarão sofisticação intelectual, cultura e muito menos um currículo que prova competência.
Ao invés disso, carisma, charme, capacidade de inspirar e persuadir, tolerância a riscos, autoconfiança e aspirar ousadamente. Elementos assentados em um espectro que passa por honra, orgulho, arrogância e narcisismo.
Todas estas qualidades montam uma necessária e inabalável capacidade em se exultar. E uma forte crença na importância de suas missões. Pontos muito necessários para superar os ataques de oponentes e as traições, tão comuns nas intensas disputas pelo poder. Portanto, não é surpreendente que esta competição selecione os arrogantes.
Muitos dos sintomas da "síndrome da arrogância" se confundem com os do transtorno da personalidade narcisista, mas para padecer da
síndrome da arrogância é necessário ter poder - Andrea Gomes
Vencer uma eleição é um feito grandioso. E quando uma vitória deste porte é conquistada, provavelmente outras surgirão. Conquistas sucessivas aumentam a arrogância do bem-sucedido. Mas fatalmente, alguma crise virá. E alguns líderes, paradoxalmente, respondem às tensões com mais arrogância, disfuncional. A partir de então emergirá a insistência em erros, guiada pela incapacidade de rever decisões e mudar julgamentos.
Alguns consideram ser uma doença, este degenerado comportamento arrogante. Jonathan Davidson e David Owen, em 2009, descreveram clinicamente esta afecção, “a síndrome da arrogância”. Caracterizando-a como distúrbio de alguns que conquistaram e detiveram muito poder. Esta condição psiquiátrica explicaria certas atitudes de líderes, como a impetuosidade, impulsividade imprudência e a falta de atenção a detalhes inconvenientes.
Seriam outros sintomas desta síndrome a busca pela glória, a preocupação exagerada com aparência, o uso de trejeitos messiânicos, o discurso exaltado e imperativo, o desprezo por críticas e por conselhos.
Muitos destes sintomas se confundem com as manifestações causadas pelo transtorno da personalidade narcisista, mas para padecer da síndrome da arrogância pressupõe-se o poder. Pois quem a possui, necessariamente assume que a vontade própria é a da nação. E também, que julgamentos mundanos não o alcançam. Logo, contas serão prestadas apenas a Deus ou a história.
Há a consciência de que estes elevados tribunais lhe serão muito favoráveis. Além disso, uma moral rígida costuma orientar suas atitudes, o que faz desconsiderar os melhores resultados e a praticidade. E por fim desprezam os cerimoniais do poder. Mas esta moléstia ocupacional não se restringe a políticos. Pode afetar os raros detentores de grande força, como altos executivos, artistas e gurus religiosos.
Porém se existe uma doença, deve haver uma explicação orgânica para sua existência. Para a síndrome da arrogância, temos apenas uma teoria a respeito. O neurotransmissor dopamina fortalece as conexões cerebrais codificadas após uma nova e forte motivação. Estas conexões revigoradas, operam para a repetição de um comportamento, em cérebros susceptíveis. Presume-se que deve haver predisposição, que estaria atrelada ao lobo frontal. O lobo cerebral do raciocínio e do discernimento. Fenômenos semelhantes estão dentro de cérebros de viciados.
Uma das possíveis consequências da síndrome da arrogância foi bem exemplificada por Erich Remarque, veterano da Primeira Guerra Mundial e autor do livro "Nada de novo no Front". Nesta obra, existe uma passagem em que os personagens percebem que o destino dos milhares que padecem pelo horror do conflito está na mão de cinco ou seis líderes. Poderosos com a síndrome da arrogância se isolam e passam a crer em uma realidade paralela, que permite o senso de seu raciocínio. E frequentemente são cercados de bajuladores. Desta forma insistem em conflitos, ou tensões que só disseminam sofrimento.
Luciano Magalhães Melo
Médico neurologista, escreve sobre o cérebro, seus comandos, seus dilemas e as doenças que o afetam.
JAZZigo- FCBR-CT
- Mensagens : 16672
Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Um interessante olhar sobre um famoso eleitor de nosso "impagável" presidente. E a chance de compreender melhor essa "onda" que o levou ao Planalto... Um misto de vergonha e desfaçatez.
OLHANDO WALLACE DO VÔLEI VOCÊ ENTENDE BOLSONARO NO GOVERNO
Filósofo Paulo Ghiraldelli - Publicado em 5 de set de 2019
https://www.youtube.com/watch?v=yOwT5PE2HaE
OLHANDO WALLACE DO VÔLEI VOCÊ ENTENDE BOLSONARO NO GOVERNO
Filósofo Paulo Ghiraldelli - Publicado em 5 de set de 2019
https://www.youtube.com/watch?v=yOwT5PE2HaE
peter.forc- Membro
- Mensagens : 1099
Localização : Banânia
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Partindo-se do princípio que estamos tratando do "guru intelectual" (?!) dessa moçada que está aí no "governo", a pergunta que fica é: como isso pode dar certo ?!
Vídeo: Olavo diz que Papa é um agente da KGB colocado no Vaticano por George Soros
Nada é tão ruim que não possa piorar...
publicado 03/09/2019
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/video-olavo-diz-que-papa-e-um-agente-da-kgb-colocado-no-vaticano-por-george-soros
Vídeo: Olavo diz que Beatles eram "satanistas" e que "Theodor Adorno compôs as canções"
"Vou investigar"...
publicado 07/09/2019
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/video-olavo-diz-que-beatles-eram-satanistas-e-que-theodor-adorno-compos-as-cancoes
Vídeo: Olavo diz que Papa é um agente da KGB colocado no Vaticano por George Soros
Nada é tão ruim que não possa piorar...
publicado 03/09/2019
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/video-olavo-diz-que-papa-e-um-agente-da-kgb-colocado-no-vaticano-por-george-soros
Vídeo: Olavo diz que Beatles eram "satanistas" e que "Theodor Adorno compôs as canções"
"Vou investigar"...
publicado 07/09/2019
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/video-olavo-diz-que-beatles-eram-satanistas-e-que-theodor-adorno-compos-as-cancoes
peter.forc- Membro
- Mensagens : 1099
Localização : Banânia
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Pra você ver o nível do maluco nocivo que "influencia" o Bozo e sua camarilha...peter.forc escreveu:Partindo-se do princípio que estamos tratando do "guru intelectual" (?!) dessa moçada que está aí no "governo", a pergunta que fica é: como isso pode dar certo ?!
Vídeo: Olavo diz que Papa é um agente da KGB colocado no Vaticano por George Soros
Nada é tão ruim que não possa piorar...
publicado 03/09/2019
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/video-olavo-diz-que-papa-e-um-agente-da-kgb-colocado-no-vaticano-por-george-soros
Vídeo: Olavo diz que Beatles eram "satanistas" e que "Theodor Adorno compôs as canções"
"Vou investigar"...
publicado 07/09/2019
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/video-olavo-diz-que-beatles-eram-satanistas-e-que-theodor-adorno-compos-as-cancoes
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
^É o guru do bolsoasno. Suas idéias estúpidas tem sido amplamente defendidas na sociedade. Aqui nesse tópico tem uns exemplos fantásticos...
Também, considerando o nível intelectual de seus seguidores, tá de bom tamanho...
Também, considerando o nível intelectual de seus seguidores, tá de bom tamanho...
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
Localização : Rio de Janeiro
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Sugiro a leitura atenta e criteriosa, notadamente para quem ainda acredita (há muitos) que esse pessoal aí queria "passar o Brasil a limpo" e "enfrentar corajosamente a corrupção", e não simplesmente aproveitar uma oportunidade política, de poder, que se descortinou. Vendo os "resultados" de tudo isso, aliás, é razoável compreender que esse povo aí fez (faz) mais parte do problema do que da solução ! Mas nem todos verão isso, tem gente que ainda acredita que a Terra é plana, né ?? E dirão que isso tudo aí foi... "normal" !
Conversas de Lula mantidas sob sigilo pela Lava Jato enfraquecem tese de Moro
PF gravou 22 telefonemas do ex-presidente após ordem para interromper escuta que revelou diálogo com Dilma em 2016
8.set.2019 às 2h00
Ricardo Balthazar e Felipe Bächtold, da Folha, Bruna de Lara, Paula Bianchi e Leandro Demori, de The Intercept Brasil
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/09/conversas-de-lula-mantidas-sob-sigilo-pela-lava-jato-enfraquecem-tese-de-moro.shtml
Procurador alertou sobre ilegalidade do grampo, mas Deltan avisou que o processo era político – não jurídico
O novo capítulo da Vaza Jato também demonstra que os procuradores da Lava Jato sabiam que cometiam ilegalidades. Embora um deles tenha alertado para a ilegalidade do grampo feito por Moro na então presidente Dilma Rousseff, Deltan Dallagnol afirmou que "a questão jurídica é filigrana diante do contexto maior que é político"
8 de setembro de 2019, 03:46h
https://www.brasil247.com/brasil/procurador-alertou-sobre-ilegalidade-do-grampo-mas-deltan-avisou-que-o-processo-era-politico-nao-jurídico
Conversas de Lula mantidas sob sigilo pela Lava Jato enfraquecem tese de Moro
PF gravou 22 telefonemas do ex-presidente após ordem para interromper escuta que revelou diálogo com Dilma em 2016
8.set.2019 às 2h00
Ricardo Balthazar e Felipe Bächtold, da Folha, Bruna de Lara, Paula Bianchi e Leandro Demori, de The Intercept Brasil
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/09/conversas-de-lula-mantidas-sob-sigilo-pela-lava-jato-enfraquecem-tese-de-moro.shtml
Procurador alertou sobre ilegalidade do grampo, mas Deltan avisou que o processo era político – não jurídico
O novo capítulo da Vaza Jato também demonstra que os procuradores da Lava Jato sabiam que cometiam ilegalidades. Embora um deles tenha alertado para a ilegalidade do grampo feito por Moro na então presidente Dilma Rousseff, Deltan Dallagnol afirmou que "a questão jurídica é filigrana diante do contexto maior que é político"
8 de setembro de 2019, 03:46h
https://www.brasil247.com/brasil/procurador-alertou-sobre-ilegalidade-do-grampo-mas-deltan-avisou-que-o-processo-era-politico-nao-jurídico
peter.forc- Membro
- Mensagens : 1099
Localização : Banânia
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
A lista tríplice do atraso
FREDERICO VASCONCELOS
Interesse Público
Folha de S. Paulo, 8.set.2019 às 16h07
https://blogdofred.blogfolha.uol.com.br/2019/09/08/a-lista-triplice-do-atraso/
Marcelo Crivella (PRB), prefeito do Rio de Janeiro, João Doria (PSDB), governador de São Paulo,
e Jair Bolsonaro (PSL) presidente da República /Folhapress
Sob o título “O Brasil e o atraso”, o artigo a seguir é de autoria de Rogério Tadeu Romano, advogado e procurador regional da República aposentado.
*
O Brasil está sendo governando por um presidente de extrema-direita que não revela respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e às minorias. Suas declarações, externadas em tom violento, são um exemplo disso.
Com isso ameaça tornar o Brasil, que tem uma das mais modernas Constituições do mundo, um pária internacional.
Jair Bolsonaro, o presidente da República eleito e legitimado por perto de cinquenta e sete milhões de votos, não está sozinho.
O ministro da Economia decide copiar o presidente e insulta a primeira-dama da França para uma plateia que bate palmas e dá risadas, desvirtuando-se uma discussão sobre ameaça ao bioma amazônico.
O ministro do Meio Ambiente concede entrevista para um youtuber canadense conhecido por suas posições supremacistas brancas.
O governador do Estado mais importante do país, São Paulo, João Doria, manda retirar de apostilas a explicação do que é identidade de gênero. Ora, a competência em matéria de legislar é concorrente envolvendo União, Estados e Municípios. Usou um tom forte para defender a medida.
Soma-se a isso a atitude retrograda do atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, que mandou apreender publicações que a seu entender atingir a moral e os bons costumes e que estavam expostos em exposição.
Conseguiu uma medida judicial, em suspensão de liminar, quando o presidente do TJ-RJ afirmou estarem expostos os requisitos próprios para a defesa da ordem pública.
Na noite de quinta-feira (5), o prefeito anunciou, em seu Twitter, que censuraria a HQ “Vingadores – A Cruzada das Crianças”.
O título traz em suas últimas páginas uma imagem de dois homens se beijando, completamente vestidos.
Fiscais da prefeitura chegaram a ir à Bienal na tarde da sexta-feira (6) para verificar a denúncia e apurar se a notificação estava sendo cumprida. Os agentes foram embora sem encontrar qualquer material considerado impróprio.
Ainda na mesma tarde, o Tribunal de Justiça do Rio publicou uma decisão liminar que impedia a prefeitura de apreender livros e cassar o alvará do evento. O mesmo tribunal, no entanto, suspendeu a liminar na tarde do dia 7 de setembro.
Segundo a decisão do desembargador Claudio de Mello Tavares, presidente do órgão, obras que ilustram o tema da homossexualidade atentam contra o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), e, portanto, devem ser comercializadas em embalagens lacradas, com advertência sobre o seu conteúdo.
A atitude tomada pelo prefeito da cidade do Rio de Janeiro revelou um caráter nazifascista.
Ora, não há censura prévia. A Constituição de 1988 é clara ao deixar concluir que “é proibido proibir”.
O ministro Celso de Mello reagiu a isso, aduzindo que a ação acima enfocada é produto de mentes retrogradas que dominam o poder do Estado.
Para o ministro, “mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo e apologistas de uma sociedade distópica erigem-se, por ilegítima autoproclamação, à inaceitável condição de sumos sacerdotes da ética e dos padrões morais e culturais que pretendem impor, com o apoio de seus acólitos, aos cidadãos da República”.
Concluiu o ministro Celso de Mello:
“Uma República fundada no princípio da liberdade e estruturada sob o signo da ideia democrática não pode admitir, sob pena de ser infiel à sua própria razão de ser, que os curadores do poder subvertam valores essenciais como aquele que consagra a liberdade de manifestação do pensamento !!!!”
O presidente da República, o governador de São Paulo, o prefeito do Rio de Janeiro, e não está longe o atual governador daquele Estado, parecem estar em “rota de colisão” com os ditames da Constituição de 1988: liberdade, respeito aos direitos humanos, democracia.
Parecem correr “para as trevas”.
Na liça formada a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ajuizou outro pedido de suspensão, desta feita da medida que determinou a apreensão das publicações mencionadas expostas na bienal.
Foi em boa hora em defesa da cidadania.
“Este pedido de suspensão visa a impedir a censura ao livre trânsito de ideias, à livre manifestação artística e à liberdade de expressão no país”, afirma a procuradora-geral da República.
Em verdade, a medida tomada pelo prefeito municipal do Rio de Janeiro, além do mais, afrontou à liberdade de expressão.
Sampaio Dória (Direito Constitucional, volume III) ensinava, a liberdade de pensamento é “o direito de exprimir, por qualquer forma, o que se pense em ciência, religião, arte ou o que for”.
“É forma de liberdade de conteúdo intelectual e supõe o contato do indivíduo com seus semelhantes.”
A liberdade de opinião resume a própria liberdade de pensamento em suas várias formas de expressão. Daí que a doutrina a chama de liberdade primária e ponto de partida de outras, sendo a liberdade do indivíduo adotar a atitude intelectual de sua escolha, quer um pensamento íntimo, quer seja a tomada de uma posição pública; liberdade de pensar e dizer o que se creia verdadeiro, como dizia José Afonso da Silva (Direito Constitucional positivo, 5ª edição, pág. 215).
De outro modo, a liberdade de manifestação de pensamento constitui um dos aspectos externos da liberdade de opinião.
A Constituição Federal, no artigo 5º, IV, diz que é livre a manifestação de pensamento, vedado o anonimato, e o art. 220 dispõe que a manifestação do pensamento, sob qualquer forma, processo ou veiculação, não sofrerá qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição, vedada qualquer forma de censura de natureza política, ideológica e artística.
A liberdade de manifestação de pensamento que se dá entre interlocutores presentes ou ausentes, tem seu ônus, tal como o de o manifestante identificar-se, assumir, de forma clara, a autoria do produto do pensamento manifestado, para, em sendo o caso, responder por eventuais danos a terceiros.
Ainda se fala em liberdade de expressão intelectual, artística e cientifica e direitos conexos, de forma que não cabe censura, mas classificação para efeitos indicativos (artigo 21, XVI).
Deve-se respeitar a liberdade de expressão, o direito de se expressar livremente, a faculdade de apresentar um pensamento, um dos pilares da democracia.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, cassou a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio que permitia a censura de obras com temática LGBT na Bienal do Livro no Rio.
Toffoli atendeu a um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e proferiu a decisão no começo da tarde deste domingo, poucas horas depois de a procuradora-geral pedir no STF a derrubada da liminar do presidente do TJ, desembargador Claudio Mello Tavares. Tavares havia autorizado o prefeito Marcelo Crivella a recolher as obras na Bienal.
A sociedade democrática de nossos dias, onde a inclusão, a igualdade de direitos, a liberdade, são seus paradigmas, não pode ver no homossexual o estereótipo de doente ou desviado.
Correta, pois, a decisão, em grau cautelar, do atual presidente do Supremo Tribunal Federal, restabelecendo o bom direito.
Mas é bom que a sociedade fique atenta a essas vozes do atraso, que, em nome de ideias ditas conservadoras, afronta os ditames da Constituição-cidadã de 1988.
FREDERICO VASCONCELOS
Interesse Público
Folha de S. Paulo, 8.set.2019 às 16h07
https://blogdofred.blogfolha.uol.com.br/2019/09/08/a-lista-triplice-do-atraso/
Marcelo Crivella (PRB), prefeito do Rio de Janeiro, João Doria (PSDB), governador de São Paulo,
e Jair Bolsonaro (PSL) presidente da República /Folhapress
Sob o título “O Brasil e o atraso”, o artigo a seguir é de autoria de Rogério Tadeu Romano, advogado e procurador regional da República aposentado.
*
O Brasil está sendo governando por um presidente de extrema-direita que não revela respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e às minorias. Suas declarações, externadas em tom violento, são um exemplo disso.
Com isso ameaça tornar o Brasil, que tem uma das mais modernas Constituições do mundo, um pária internacional.
Jair Bolsonaro, o presidente da República eleito e legitimado por perto de cinquenta e sete milhões de votos, não está sozinho.
O ministro da Economia decide copiar o presidente e insulta a primeira-dama da França para uma plateia que bate palmas e dá risadas, desvirtuando-se uma discussão sobre ameaça ao bioma amazônico.
O ministro do Meio Ambiente concede entrevista para um youtuber canadense conhecido por suas posições supremacistas brancas.
O governador do Estado mais importante do país, São Paulo, João Doria, manda retirar de apostilas a explicação do que é identidade de gênero. Ora, a competência em matéria de legislar é concorrente envolvendo União, Estados e Municípios. Usou um tom forte para defender a medida.
Soma-se a isso a atitude retrograda do atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, que mandou apreender publicações que a seu entender atingir a moral e os bons costumes e que estavam expostos em exposição.
Conseguiu uma medida judicial, em suspensão de liminar, quando o presidente do TJ-RJ afirmou estarem expostos os requisitos próprios para a defesa da ordem pública.
Na noite de quinta-feira (5), o prefeito anunciou, em seu Twitter, que censuraria a HQ “Vingadores – A Cruzada das Crianças”.
O título traz em suas últimas páginas uma imagem de dois homens se beijando, completamente vestidos.
Fiscais da prefeitura chegaram a ir à Bienal na tarde da sexta-feira (6) para verificar a denúncia e apurar se a notificação estava sendo cumprida. Os agentes foram embora sem encontrar qualquer material considerado impróprio.
Ainda na mesma tarde, o Tribunal de Justiça do Rio publicou uma decisão liminar que impedia a prefeitura de apreender livros e cassar o alvará do evento. O mesmo tribunal, no entanto, suspendeu a liminar na tarde do dia 7 de setembro.
Segundo a decisão do desembargador Claudio de Mello Tavares, presidente do órgão, obras que ilustram o tema da homossexualidade atentam contra o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), e, portanto, devem ser comercializadas em embalagens lacradas, com advertência sobre o seu conteúdo.
A atitude tomada pelo prefeito da cidade do Rio de Janeiro revelou um caráter nazifascista.
Ora, não há censura prévia. A Constituição de 1988 é clara ao deixar concluir que “é proibido proibir”.
O ministro Celso de Mello reagiu a isso, aduzindo que a ação acima enfocada é produto de mentes retrogradas que dominam o poder do Estado.
Para o ministro, “mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo e apologistas de uma sociedade distópica erigem-se, por ilegítima autoproclamação, à inaceitável condição de sumos sacerdotes da ética e dos padrões morais e culturais que pretendem impor, com o apoio de seus acólitos, aos cidadãos da República”.
Concluiu o ministro Celso de Mello:
“Uma República fundada no princípio da liberdade e estruturada sob o signo da ideia democrática não pode admitir, sob pena de ser infiel à sua própria razão de ser, que os curadores do poder subvertam valores essenciais como aquele que consagra a liberdade de manifestação do pensamento !!!!”
O presidente da República, o governador de São Paulo, o prefeito do Rio de Janeiro, e não está longe o atual governador daquele Estado, parecem estar em “rota de colisão” com os ditames da Constituição de 1988: liberdade, respeito aos direitos humanos, democracia.
Parecem correr “para as trevas”.
Na liça formada a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ajuizou outro pedido de suspensão, desta feita da medida que determinou a apreensão das publicações mencionadas expostas na bienal.
Foi em boa hora em defesa da cidadania.
“Este pedido de suspensão visa a impedir a censura ao livre trânsito de ideias, à livre manifestação artística e à liberdade de expressão no país”, afirma a procuradora-geral da República.
Em verdade, a medida tomada pelo prefeito municipal do Rio de Janeiro, além do mais, afrontou à liberdade de expressão.
Sampaio Dória (Direito Constitucional, volume III) ensinava, a liberdade de pensamento é “o direito de exprimir, por qualquer forma, o que se pense em ciência, religião, arte ou o que for”.
“É forma de liberdade de conteúdo intelectual e supõe o contato do indivíduo com seus semelhantes.”
A liberdade de opinião resume a própria liberdade de pensamento em suas várias formas de expressão. Daí que a doutrina a chama de liberdade primária e ponto de partida de outras, sendo a liberdade do indivíduo adotar a atitude intelectual de sua escolha, quer um pensamento íntimo, quer seja a tomada de uma posição pública; liberdade de pensar e dizer o que se creia verdadeiro, como dizia José Afonso da Silva (Direito Constitucional positivo, 5ª edição, pág. 215).
De outro modo, a liberdade de manifestação de pensamento constitui um dos aspectos externos da liberdade de opinião.
A Constituição Federal, no artigo 5º, IV, diz que é livre a manifestação de pensamento, vedado o anonimato, e o art. 220 dispõe que a manifestação do pensamento, sob qualquer forma, processo ou veiculação, não sofrerá qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição, vedada qualquer forma de censura de natureza política, ideológica e artística.
A liberdade de manifestação de pensamento que se dá entre interlocutores presentes ou ausentes, tem seu ônus, tal como o de o manifestante identificar-se, assumir, de forma clara, a autoria do produto do pensamento manifestado, para, em sendo o caso, responder por eventuais danos a terceiros.
Ainda se fala em liberdade de expressão intelectual, artística e cientifica e direitos conexos, de forma que não cabe censura, mas classificação para efeitos indicativos (artigo 21, XVI).
Deve-se respeitar a liberdade de expressão, o direito de se expressar livremente, a faculdade de apresentar um pensamento, um dos pilares da democracia.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, cassou a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio que permitia a censura de obras com temática LGBT na Bienal do Livro no Rio.
Toffoli atendeu a um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e proferiu a decisão no começo da tarde deste domingo, poucas horas depois de a procuradora-geral pedir no STF a derrubada da liminar do presidente do TJ, desembargador Claudio Mello Tavares. Tavares havia autorizado o prefeito Marcelo Crivella a recolher as obras na Bienal.
A sociedade democrática de nossos dias, onde a inclusão, a igualdade de direitos, a liberdade, são seus paradigmas, não pode ver no homossexual o estereótipo de doente ou desviado.
Correta, pois, a decisão, em grau cautelar, do atual presidente do Supremo Tribunal Federal, restabelecendo o bom direito.
Mas é bom que a sociedade fique atenta a essas vozes do atraso, que, em nome de ideias ditas conservadoras, afronta os ditames da Constituição-cidadã de 1988.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
peter.forc escreveu:Sugiro a leitura atenta e criteriosa, notadamente para quem ainda acredita (há muitos) que esse pessoal aí queria "passar o Brasil a limpo" e "enfrentar corajosamente a corrupção", e não simplesmente aproveitar uma oportunidade política, de poder, que se descortinou. Vendo os "resultados" de tudo isso, aliás, é razoável compreender que esse povo aí fez (faz) mais parte do problema do que da solução ! Mas nem todos verão isso, tem gente que ainda acredita que a Terra é plana, né ?? E dirão que isso tudo aí foi... "normal" !
Conversas de Lula mantidas sob sigilo pela Lava Jato enfraquecem tese de Moro
PF gravou 22 telefonemas do ex-presidente após ordem para interromper escuta que revelou diálogo com Dilma em 2016
8.set.2019 às 2h00
Ricardo Balthazar e Felipe Bächtold, da Folha, Bruna de Lara, Paula Bianchi e Leandro Demori, de The Intercept Brasil
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/09/conversas-de-lula-mantidas-sob-sigilo-pela-lava-jato-enfraquecem-tese-de-moro.shtml
Procurador alertou sobre ilegalidade do grampo, mas Deltan avisou que o processo era político – não jurídico
O novo capítulo da Vaza Jato também demonstra que os procuradores da Lava Jato sabiam que cometiam ilegalidades. Embora um deles tenha alertado para a ilegalidade do grampo feito por Moro na então presidente Dilma Rousseff, Deltan Dallagnol afirmou que "a questão jurídica é filigrana diante do contexto maior que é político"
8 de setembro de 2019, 03:46h
https://www.brasil247.com/brasil/procurador-alertou-sobre-ilegalidade-do-grampo-mas-deltan-avisou-que-o-processo-era-politico-nao-jurídico
Mais do tema, apesar de ser até irônico que venha de quem vem... Ou teria ele tb virado "comunista" ??
Lembram-se de “Bessias”? Também aquela história era tramoia da Lava Jato!
Reinaldo Azevedo 08/09/2019 09h54
https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/09/08/lembram-se-de-bessias-tambem-aquela-historia-era-tramoia-da-lava-jato/
"O É da Coisa" com Reinaldo Azevedo - 09/09/2019
https://www.youtube.com/watch?v=uLG7t4RCJ6s
Mas ainda deve haver quem ache isso... "normal", né ?? Todo juiz e promotor faz, né ??
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mas não vamos desanimar, cidadãos de Banânia !! Olha que vem coisa boa por aí !! De fato, uma "nova era" se aproxima !!
Carlos Bolsonaro: País não terá transformação rápida por vias democráticas
https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/09/09/carlos-bolsonaro-pais-nao-tera-transformacao-rapida-por-vias-democraticas/
Evangélicos de escola de música da UFRJ se recusam a cantar Villa-Lobos por intolerância religiosa
https://www.brasil247.com/cultura/evangelicos-de-escola-de-musica-da-ufrj-se-recusam-a-cantar-villa-lobos-por-intolerancia-religiosa
Itamaraty censura até 2024 documentos sobre sua política sobre gênero
https://jamilchade.blogosfera.uol.com.br/2019/09/09/itamaraty-censura-ate-2024-documentos-sobre-sua-postura-relativa-a-genero/
Carlos Bolsonaro: País não terá transformação rápida por vias democráticas
https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/09/09/carlos-bolsonaro-pais-nao-tera-transformacao-rapida-por-vias-democraticas/
Evangélicos de escola de música da UFRJ se recusam a cantar Villa-Lobos por intolerância religiosa
https://www.brasil247.com/cultura/evangelicos-de-escola-de-musica-da-ufrj-se-recusam-a-cantar-villa-lobos-por-intolerancia-religiosa
Itamaraty censura até 2024 documentos sobre sua política sobre gênero
https://jamilchade.blogosfera.uol.com.br/2019/09/09/itamaraty-censura-ate-2024-documentos-sobre-sua-postura-relativa-a-genero/
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
O The Guardian publicou um artigo do cacique Kayapó Raoni que está peregrinando pela Europa em busca de apoio para seu Povo e sua floresta. O artigo tem como título “Nós, Povos da Amazônia, estamos com muito medo. Logo, vocês também estarão". Em entrevista ao Channel 4 (inglês) a lucidez de Raoni impressiona ao dizer que “o mundo precisa fazer mais para salvar a Floresta Amazônica.”
https://www.channel4.com/news/amazon-tribal-chief-world-must-do-more-to-save-the-amazon-rainforest
Brazilian tribal chief: world must do more to save the Amazon rainforest.
“Nós, povos da Amazônia, estamos cheios de medo. Em breve vocês também terão." (íntegra do artigo)
http://midianinja.org/news/nos-povos-da-amazonia-estamos-cheios-de-medo-em-breve-voces-tambem-terao-diz-cacique-raoni
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
E depois que o dentinho arrumou mais uma melda, ao afirmar que a democracia não serve aos seus interesses e de sua família, o covarde resolveu tirar uma licencinha de suas obrigações... São 120 dias, mas por mim, podia ser o restante do mandato!
https://www.cartacapital.com.br/politica/carlos-bolsonaro-pede-licenca-da-camara-dos-vereadores-do-rio/?fbclid=IwAR06Ze5_RY5ngClo1GR0z0_EMRNhUUhvxPUraG6SUYTX6NI6gr54PZxzZBI
https://www.cartacapital.com.br/politica/carlos-bolsonaro-pede-licenca-da-camara-dos-vereadores-do-rio/?fbclid=IwAR06Ze5_RY5ngClo1GR0z0_EMRNhUUhvxPUraG6SUYTX6NI6gr54PZxzZBI
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
E o "mito" disse que não ia ter cpmf, rsrsrsrs...
https://www.google.com/amp/s/veja.abril.com.br/economia/governo-preve-nova-cpmf-com-aliquota-quase-duas-vezes-maior-que-a-antiga/amp/
https://www.google.com/amp/s/veja.abril.com.br/economia/governo-preve-nova-cpmf-com-aliquota-quase-duas-vezes-maior-que-a-antiga/amp/
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Democracias morrem, e a morte começa com pequenas perdas
Ocorrido na Bienal do Livro é marco na espiral autoritária
Pedro Villas Boas Castelo Branco e Luiz Alexandre Souza da Costa
Folha de S. Paulo, 11.set.2019 às 16h03
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/democracias-morrem-e-a-morte-comeca-com-pequenas-perdas.shtml
A paisagem marcial, onde tropas e tanques adentram em suas próprias cidades em busca do arrebatamento do governo, deixou de fazer parte, nas últimas décadas, do cenário da maioria dos países que adotaram a democracia.
Porém, a ausência desse lamentável espetáculo histórico não significa que os regimes democráticos estejam seguros. Atualmente, a categoria de personagens envolvidos na "causa mortis" da democracia não é, via de regra, de generais e soldados, mas de indivíduos eleitos pelo voto popular.
Para Steven Levitsky, professor de Harvard e um dos autores do best-seller “Como as democracias morrem”, que esteve presente na Bienal do Livro deste ano, os regimes democráticos vêm sendo solapados por políticos que chegam ao poder democraticamente. E as autocracias eleitas não são ruidosas. Os atos tomados pelo aspirante a ditador são consumados pouco a pouco e, via de regra, sob o pretexto da necessidade de derrotar inimigos aleatoriamente escolhidos, como comunistas, terroristas, corruptos ou minorias.
O governo passa a operar silenciosamente na erosão democrática, com o aparelhamento estatal, a nomeação de amigos e parentes em cargos estratégicos, o estrangulamento econômico de instituições mediante chantagens de corte orçamentário, a exoneração de técnicos, a ameaça à imprensa e o discurso de descrédito aos outros Poderes da República.
O “combate à corrupção” é comumente utilizado como ferramenta e é direcionado ao inimigo político, onde a seletividade, a parcialidade e a arbitrariedade não deixam dúvidas quanto ao verdadeiro objetivo de atingir fins pessoais.
Ao se tratar o adversário como inimigo, desprezar a Constituição, as instituições, recusar o resultado das urnas, atacar a imprensa e demonizar a política, o regime democrático é criminalizado e enfraquecido, e a linha que o separa da ditadura tende a ser ultrapassada.
Após a implosão da democracia, o autocrata moderno mantém, ao menos em aparência, a Constituição, o Parlamento, o Judiciário e as demais instituições. Até a imprensa —amiga ou subjugada— permanece existindo. Essa roupagem jurídica, preservada de modo superficial, serve para legitimar as medidas autoritárias que foram tomadas e dar a impressão da normalidade democrática.
O ocorrido durante dois dias na Bienal do Livro do Rio de Janeiro —um deles quando acontecia um debate com o próprio Levitsky —, onde o prefeito Marcelo Crivella (PRB), com a anuência do Poder Judiciário fluminense, censurou uma revista em quadrinhos em que havia em uma única página um beijo gay, é importante marco nessa espiral de acontecimentos autoritários que vêm tomando o país.
A atitude do alcaide foi um ataque sem pudores contra a liberdade de expressão e de manifestação cultural, ambas garantidas na Constituição Federal, além de uma discriminação brutal contra homossexuais, e tudo sob a pueril justificativa de “proteção às crianças”. Um beijo foi eleito à qualidade de inimigo público a ser combatido —e foi direcionada a força do Estado, através de uma tropa de choque, para coibi-lo.
É preciso muita atenção neste momento, pois os movimentos antidemocráticos tendem, quando iniciados, a aumentar. Começam de forma sutil, com alguns poucos indivíduos, mas com o tempo crescem em quantidade e intensidade, aderindo a eles pessoas insatisfeitas e políticos oportunistas.
A partir daí, discursos incômodos passam a ser brados de ódio; ameaças se tornam condutas; e os gritos do autoritarismo acabam por silenciar as vozes democráticas e das minorias vulneráveis. Quando você passa a ter medo de realizar determinado ato que não é criminoso ou ilegal, é porque a democracia do seu país já está sob risco.
Aqueles que não quiserem assistir à queda do regime democrático e à restrição de direitos por autocratas, mesmo que eleitos, devem agir de forma imediata, manifestando sua indignação e firmando os votos democráticos da sociedade. Pois se assentirem e derem de ombros com a morte de uma pequena liberdade, amanhã estarão velando aos pés de sua falecida democracia.
Pedro Villas Boas Castelo Branco
Doutor em ciência política e professor do Iesp-Uerj
Luiz Alexandre Souza da Costa
Doutorando em ciência política pelo Iesp-Uerj e professor da Escola de Oficiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro
Ocorrido na Bienal do Livro é marco na espiral autoritária
Pedro Villas Boas Castelo Branco e Luiz Alexandre Souza da Costa
Folha de S. Paulo, 11.set.2019 às 16h03
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/democracias-morrem-e-a-morte-comeca-com-pequenas-perdas.shtml
A paisagem marcial, onde tropas e tanques adentram em suas próprias cidades em busca do arrebatamento do governo, deixou de fazer parte, nas últimas décadas, do cenário da maioria dos países que adotaram a democracia.
Porém, a ausência desse lamentável espetáculo histórico não significa que os regimes democráticos estejam seguros. Atualmente, a categoria de personagens envolvidos na "causa mortis" da democracia não é, via de regra, de generais e soldados, mas de indivíduos eleitos pelo voto popular.
Para Steven Levitsky, professor de Harvard e um dos autores do best-seller “Como as democracias morrem”, que esteve presente na Bienal do Livro deste ano, os regimes democráticos vêm sendo solapados por políticos que chegam ao poder democraticamente. E as autocracias eleitas não são ruidosas. Os atos tomados pelo aspirante a ditador são consumados pouco a pouco e, via de regra, sob o pretexto da necessidade de derrotar inimigos aleatoriamente escolhidos, como comunistas, terroristas, corruptos ou minorias.
O governo passa a operar silenciosamente na erosão democrática, com o aparelhamento estatal, a nomeação de amigos e parentes em cargos estratégicos, o estrangulamento econômico de instituições mediante chantagens de corte orçamentário, a exoneração de técnicos, a ameaça à imprensa e o discurso de descrédito aos outros Poderes da República.
O “combate à corrupção” é comumente utilizado como ferramenta e é direcionado ao inimigo político, onde a seletividade, a parcialidade e a arbitrariedade não deixam dúvidas quanto ao verdadeiro objetivo de atingir fins pessoais.
Ao se tratar o adversário como inimigo, desprezar a Constituição, as instituições, recusar o resultado das urnas, atacar a imprensa e demonizar a política, o regime democrático é criminalizado e enfraquecido, e a linha que o separa da ditadura tende a ser ultrapassada.
Após a implosão da democracia, o autocrata moderno mantém, ao menos em aparência, a Constituição, o Parlamento, o Judiciário e as demais instituições. Até a imprensa —amiga ou subjugada— permanece existindo. Essa roupagem jurídica, preservada de modo superficial, serve para legitimar as medidas autoritárias que foram tomadas e dar a impressão da normalidade democrática.
O ocorrido durante dois dias na Bienal do Livro do Rio de Janeiro —um deles quando acontecia um debate com o próprio Levitsky —, onde o prefeito Marcelo Crivella (PRB), com a anuência do Poder Judiciário fluminense, censurou uma revista em quadrinhos em que havia em uma única página um beijo gay, é importante marco nessa espiral de acontecimentos autoritários que vêm tomando o país.
A atitude do alcaide foi um ataque sem pudores contra a liberdade de expressão e de manifestação cultural, ambas garantidas na Constituição Federal, além de uma discriminação brutal contra homossexuais, e tudo sob a pueril justificativa de “proteção às crianças”. Um beijo foi eleito à qualidade de inimigo público a ser combatido —e foi direcionada a força do Estado, através de uma tropa de choque, para coibi-lo.
É preciso muita atenção neste momento, pois os movimentos antidemocráticos tendem, quando iniciados, a aumentar. Começam de forma sutil, com alguns poucos indivíduos, mas com o tempo crescem em quantidade e intensidade, aderindo a eles pessoas insatisfeitas e políticos oportunistas.
A partir daí, discursos incômodos passam a ser brados de ódio; ameaças se tornam condutas; e os gritos do autoritarismo acabam por silenciar as vozes democráticas e das minorias vulneráveis. Quando você passa a ter medo de realizar determinado ato que não é criminoso ou ilegal, é porque a democracia do seu país já está sob risco.
Aqueles que não quiserem assistir à queda do regime democrático e à restrição de direitos por autocratas, mesmo que eleitos, devem agir de forma imediata, manifestando sua indignação e firmando os votos democráticos da sociedade. Pois se assentirem e derem de ombros com a morte de uma pequena liberdade, amanhã estarão velando aos pés de sua falecida democracia.
Pedro Villas Boas Castelo Branco
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
JAZZigo escreveu:Democracias morrem, e a morte começa com pequenas perdas
Ocorrido na Bienal do Livro é marco na espiral autoritária
Pedro Villas Boas Castelo Branco e Luiz Alexandre Souza da Costa
Folha de S. Paulo, 11.set.2019 às 16h03
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/democracias-morrem-e-a-morte-comeca-com-pequenas-perdas.shtml
(...)
Aqueles que não quiserem assistir à queda do regime democrático e à restrição de direitos por autocratas, mesmo que eleitos, devem agir de forma imediata, manifestando sua indignação e firmando os votos democráticos da sociedade. Pois se assentirem e derem de ombros com a morte de uma pequena liberdade, amanhã estarão velando aos pés de sua falecida democracia.
Pedro Villas Boas Castelo Branco
Doutor em ciência política e professor do Iesp-Uerj
Luiz Alexandre Souza da Costa
Doutorando em ciência política pelo Iesp-Uerj e professor da Escola de Oficiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro
Complicado isso... Há, sim, uma considerável parcela da sociedade que continua apoiando isso. Continuo vendo um grupo reacionário, neofascista e retrógrado que não é, de forma alguma, novidade em nosso cenário. Já apoiaram, lá atrás, as oligarquias paulista e mineira, financiaram a UDN, justificaram o golpe militar de 64, e a eleição de Jairzinho Fumaça, agora.
Esse pessoal esteve sempre presente, mas, naturalmente, sofreu (sofre) "ondas" de popularidade, como qualquer outra classe/movimento político. Estão no "alto da onda", agora, e não se sentem contrariados com essa aberração aí acima exposta, não. E Jairzinho, aliás, continua sendo coerente com o que pregou na campanha, quando C**** e andou para medidas contra desemprego, planos de investimento, infraestrutura, etc., negou-se sumariamente a debater estes pontos e expor suas soluções (não as tinha), mas se importou muito com promoção de homofobia, preconceito, seu fundamentalismo e fanatismo religiosos e (claro !) uma "santa caça aos comunistas", apenas isso...
Uma tragédia muito triste, sem dúvida e portanto, mas totalmente previsível.
Que M**** vc fez, hein, Banânia ?!
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
DEPUTADO ENCOMENDA UM ASSASSINATO EM PLENÁRIO.
https://theintercept.com/2019/09/15/assumcao-deputado-psl-bolsonarismo-crimes-milicias/
Capitão Assumção (PSL-ES) é o nome do contratante que encomendou um assassinato no plenário da Assembléia Legislativa do Espírito Santo.
Apoiado nas redes sociais pela militância bolsonarista, Assumção garante que vai continuar.
Vivemos uma era de institucionalização das táticas de milícia como método de ação dos agentes públicos. Não que antes não as houvesse, mas agora elas ganharam a legitimação moral do presidente da República.
"O fascismo rejeita a afirmação de que a violência é automaticamente negativa por natureza e acredita que a violência, guerra ou imperialismo são meios pelos quais se pode chegar ao rejuvenescimento da nação."
Grčić, Joseph (2000). Ethics and Political Theory. Lanham, Maryland: University of America. p. 120.
Griffin, Roger; Matthew Feldman (2004).Fascism: Fascism and Culture. Londres e Nova Iorque: Routledge. p. 185.
Stanley G. Payne. A History of Fascism, 1914–1945. p. 106.
Jackson J. Spielvogel. Western Civilization. Wadsworth, Cengage Learning, 2012. p. 935.
https://theintercept.com/2019/09/15/assumcao-deputado-psl-bolsonarismo-crimes-milicias/
Capitão Assumção (PSL-ES) é o nome do contratante que encomendou um assassinato no plenário da Assembléia Legislativa do Espírito Santo.
Apoiado nas redes sociais pela militância bolsonarista, Assumção garante que vai continuar.
Vivemos uma era de institucionalização das táticas de milícia como método de ação dos agentes públicos. Não que antes não as houvesse, mas agora elas ganharam a legitimação moral do presidente da República.
"O fascismo rejeita a afirmação de que a violência é automaticamente negativa por natureza e acredita que a violência, guerra ou imperialismo são meios pelos quais se pode chegar ao rejuvenescimento da nação."
Grčić, Joseph (2000). Ethics and Political Theory. Lanham, Maryland: University of America. p. 120.
Griffin, Roger; Matthew Feldman (2004).Fascism: Fascism and Culture. Londres e Nova Iorque: Routledge. p. 185.
Stanley G. Payne. A History of Fascism, 1914–1945. p. 106.
Jackson J. Spielvogel. Western Civilization. Wadsworth, Cengage Learning, 2012. p. 935.
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Excelente texto (grifos meus).
Brasil de hoje seria um conto ruim
Personagens são medíocres e boçais e tudo está escancarado
Bernardo Carvalho
Folha de S. Paulo, 15.set.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/bernardo-carvalho/2019/09/brasil-de-hoje-seria-um-conto-ruim.shtml
Dias depois de as queimadas na Amazônia terem transformado o dia em noite, desnorteada entre os manifestantes que se aglomeravam na avenida Paulista para protestar contra a política de destruição nacional perpetrada pelo governo Bolsonaro, uma mulher com os olhos injetados e a expressão desvairada avançava à maneira de um arauto do Apocalipse, perguntando a todos quando é que afinal íamos acordar da alucinação, entender que o presidente veio para acabar com tudo, e reagir em legítima defesa, pela nossa sobrevivência.
Estava mais louca do que eu. Para acalmá-la, tentei lhe mostrar que ali todo mundo já tinha entendido. Na excitação do momento, as queimadas pareciam ter se convertido no que nos últimos anos se convencionou chamar de ponto de inflexão, uma viragem irreversível no caminho para despertarmos da alucinação na qual nos metemos como quem vota com os pés. Três semanas depois, já dá para dizer que não houve ponto de inflexão nenhum. A alucinação prossegue.
A mulher na manifestação me lembrou os personagens desamparados de Salinger, e sobretudo o seu “Nove Histórias”, que acaba de sair pela Todavia, em nova tradução do excelente Caetano Galindo. E a lembrança do conto que abre o livro (o extraordinário “Um Dia Perfeito para Peixes-banana”) me fez pensar num pequeno ensaio de Ricardo Piglia, “Tese sobre o Conto”, citação recorrente em oficinas literárias.
Segundo Piglia, todo conto conta duas histórias, uma aparente e a outra oculta ou secreta. Conforme a escola e o estilo do escritor, a relação entre as duas histórias se modifica, chegando a se inverter, como é o caso de Kafka.
Se hoje o Brasil fosse um conto, seria um conto ruim, com personagens medíocres e boçais, para dizer o mínimo, porque não há história oculta, não há segundo grau, tudo está escancarado diante dos nossos olhos e ainda assim, por razões que têm a ver com a miragem de interesses de classe, privilégios e pautas econômicas, seguimos nos recusando a ver e entender. O governo Bolsonaro é uma ofensa diária à inteligência dos brasileiros. Do que mais precisamos para enxergar que somos suas principais vítimas?
A falta ou a incapacidade de ler e reconhecer o segundo grau (a história oculta) é, aliás, a condição de reprodução da manipulação e de um mundo do qual foram banidas tanto a ironia como a contradição, onde a propaganda é entendida ao pé da letra.
Sem segundo grau, ironia e contradição, estamos condenados às fake news, à demagogia e ao conto do vigário. Não é fortuito que entre os focos prioritários da política de destruição bolsonarista estejam a educação e a ciência, instrumentos necessários para uma leitura crítica do mundo.
Num trecho de 1973 dos “Diários de Emilio Renzi”, agora discorrendo sobre o gênero do romance, Piglia se refere a um comentário de Brecht sobre Kafka. O autor de “A Metamorfose” não teria encontrado sua própria forma sem a passagem de “Os Irmãos Karamázov”, de Dostoiévski, na qual o cadáver em decomposição do monge Zossima, até então considerado um santo, começa a feder. Quando outro monge afinal se vê obrigado a abrir a janela, ninguém entende nada, embora não haja nada para entender. A dificuldade vem de estarem ali à espera de um milagre.
Piglia diz que “não entender o que está acontecendo é a chave dos textos de Kafka, centrados no anseio por uma transcendência que fracassa”.
De fato, há algo kafkiano em quem entrega a vida a religiosos charlatães, mas não é diferente, por exemplo, dos gays que depositaram em Bolsonaro uma esperança incompreensível, que nada tinha a ver com transcendência.
O caráter suicida ou masoquista dessa esperança deve ter ficado mais claro com o falso moralismo diversionista do prefeito do Rio e de seus aliados na Justiça carioca ao tentar censurar o beijo gay de uma história em quadrinhos, distorcendo a aplicação da lei a favor da discriminação, da ignorância e do obscurantismo. A princípio um tiro pela culatra entre os cidadãos de bom senso, ações como essa visam e conseguem, ainda assim, acirrar a violência e a homofobia na sociedade.
Como a louca da manifestação, não paro de me perguntar o que ainda falta para que esses eleitores comecem a sentir o cheiro da putrefação de um projeto de país endossado por eles, mas cujos cadáveres serão eles mesmos. O que falta para despertarmos da alucinação e reagirmos ao óbvio, em legítima defesa, pela nossa sobrevivência? O Brasil se tornou, de fato, um péssimo conto.
Bernardo Carvalho
Romancista, autor de "Nove Noites" e "Simpatia pelo Demônio".
Brasil de hoje seria um conto ruim
Personagens são medíocres e boçais e tudo está escancarado
Bernardo Carvalho
Folha de S. Paulo, 15.set.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/bernardo-carvalho/2019/09/brasil-de-hoje-seria-um-conto-ruim.shtml
Dias depois de as queimadas na Amazônia terem transformado o dia em noite, desnorteada entre os manifestantes que se aglomeravam na avenida Paulista para protestar contra a política de destruição nacional perpetrada pelo governo Bolsonaro, uma mulher com os olhos injetados e a expressão desvairada avançava à maneira de um arauto do Apocalipse, perguntando a todos quando é que afinal íamos acordar da alucinação, entender que o presidente veio para acabar com tudo, e reagir em legítima defesa, pela nossa sobrevivência.
Estava mais louca do que eu. Para acalmá-la, tentei lhe mostrar que ali todo mundo já tinha entendido. Na excitação do momento, as queimadas pareciam ter se convertido no que nos últimos anos se convencionou chamar de ponto de inflexão, uma viragem irreversível no caminho para despertarmos da alucinação na qual nos metemos como quem vota com os pés. Três semanas depois, já dá para dizer que não houve ponto de inflexão nenhum. A alucinação prossegue.
A mulher na manifestação me lembrou os personagens desamparados de Salinger, e sobretudo o seu “Nove Histórias”, que acaba de sair pela Todavia, em nova tradução do excelente Caetano Galindo. E a lembrança do conto que abre o livro (o extraordinário “Um Dia Perfeito para Peixes-banana”) me fez pensar num pequeno ensaio de Ricardo Piglia, “Tese sobre o Conto”, citação recorrente em oficinas literárias.
Segundo Piglia, todo conto conta duas histórias, uma aparente e a outra oculta ou secreta. Conforme a escola e o estilo do escritor, a relação entre as duas histórias se modifica, chegando a se inverter, como é o caso de Kafka.
Se hoje o Brasil fosse um conto, seria um conto ruim, com personagens medíocres e boçais, para dizer o mínimo, porque não há história oculta, não há segundo grau, tudo está escancarado diante dos nossos olhos e ainda assim, por razões que têm a ver com a miragem de interesses de classe, privilégios e pautas econômicas, seguimos nos recusando a ver e entender. O governo Bolsonaro é uma ofensa diária à inteligência dos brasileiros. Do que mais precisamos para enxergar que somos suas principais vítimas?
A falta ou a incapacidade de ler e reconhecer o segundo grau (a história oculta) é, aliás, a condição de reprodução da manipulação e de um mundo do qual foram banidas tanto a ironia como a contradição, onde a propaganda é entendida ao pé da letra.
Sem segundo grau, ironia e contradição, estamos condenados às fake news, à demagogia e ao conto do vigário. Não é fortuito que entre os focos prioritários da política de destruição bolsonarista estejam a educação e a ciência, instrumentos necessários para uma leitura crítica do mundo.
Num trecho de 1973 dos “Diários de Emilio Renzi”, agora discorrendo sobre o gênero do romance, Piglia se refere a um comentário de Brecht sobre Kafka. O autor de “A Metamorfose” não teria encontrado sua própria forma sem a passagem de “Os Irmãos Karamázov”, de Dostoiévski, na qual o cadáver em decomposição do monge Zossima, até então considerado um santo, começa a feder. Quando outro monge afinal se vê obrigado a abrir a janela, ninguém entende nada, embora não haja nada para entender. A dificuldade vem de estarem ali à espera de um milagre.
Piglia diz que “não entender o que está acontecendo é a chave dos textos de Kafka, centrados no anseio por uma transcendência que fracassa”.
De fato, há algo kafkiano em quem entrega a vida a religiosos charlatães, mas não é diferente, por exemplo, dos gays que depositaram em Bolsonaro uma esperança incompreensível, que nada tinha a ver com transcendência.
O caráter suicida ou masoquista dessa esperança deve ter ficado mais claro com o falso moralismo diversionista do prefeito do Rio e de seus aliados na Justiça carioca ao tentar censurar o beijo gay de uma história em quadrinhos, distorcendo a aplicação da lei a favor da discriminação, da ignorância e do obscurantismo. A princípio um tiro pela culatra entre os cidadãos de bom senso, ações como essa visam e conseguem, ainda assim, acirrar a violência e a homofobia na sociedade.
Como a louca da manifestação, não paro de me perguntar o que ainda falta para que esses eleitores comecem a sentir o cheiro da putrefação de um projeto de país endossado por eles, mas cujos cadáveres serão eles mesmos. O que falta para despertarmos da alucinação e reagirmos ao óbvio, em legítima defesa, pela nossa sobrevivência? O Brasil se tornou, de fato, um péssimo conto.
Bernardo Carvalho
Romancista, autor de "Nove Noites" e "Simpatia pelo Demônio".
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
WHead escreveu: Capitão Assumção (PSL-ES) é o nome (...)
Tudo bem que é nome, mas "Assumção" com "m" é sacanagem.
allexcosta- Administrador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Taí... Tanto a louca quanto vampirão confessaram o Golpe-de-Estado "branco" contra a Presidente Dilma Roussef:
https://www.youtube.com/watch?v=W45xyv5qLmE
https://www.youtube.com/watch?v=uIHC_EsRPiU
Quero ver agora os reacionários, fascistas e bolsomínions negarem a verdade...
https://www.youtube.com/watch?v=W45xyv5qLmE
https://www.youtube.com/watch?v=uIHC_EsRPiU
Quero ver agora os reacionários, fascistas e bolsomínions negarem a verdade...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
A gente sabe quem aqui na época defendeu o golpe, e inclusive transformou a bruxa de Blair, o vampiro dos infernos, o dublê de ator pornô e os retardados do MBL em heróis.
Duvido que dêem o braço a torcer. Não conseguem sequer reconhecer o fiasco do animal que puseram na presidência, quanto mais reconhecer que apesar dos problemas no governo, Dilma sofreu um golpe vergonhoso.
Agora os ratos abandonam o barco...
Duvido que dêem o braço a torcer. Não conseguem sequer reconhecer o fiasco do animal que puseram na presidência, quanto mais reconhecer que apesar dos problemas no governo, Dilma sofreu um golpe vergonhoso.
Agora os ratos abandonam o barco...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Taí... Tanto a louca quanto vampirão confessaram o Golpe-de-Estado "branco" contra a Presidente Dilma Roussef:
https://www.youtube.com/watch?v=W45xyv5qLmE
https://www.youtube.com/watch?v=uIHC_EsRPiU
Quero ver agora os reacionários, fascistas e bolsomínions negarem a verdade...
Vão continuar a negar...
Esse povo acredita no que QUER acreditar, não precisam de uma BOA história, precisam apenas de uma... "história" !
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Assumção é um reflexo do esgarçamento da civilidade brasileira. Um surfista do bolsonarismo que tem, no currículo, além de passagens por diversos partidos, uma proposta tão irracional quanto sensacionalista : a criação do dia do combate à cristofobia.allexcosta escreveu:WHead escreveu: Capitão Assumção (PSL-ES) é o nome (...)
Tudo bem que é nome, mas "Assumção" com "m" é sacanagem.
https://www.gazetaonline.com.br/noticias/politica/2019/09/quem-e-o-deputado-do-psl-que-ofereceu-r-10-mil-a-quem-matar-suspeito-1014198438.html
Um pena que o oportunismo e a ignorância estejam encontrando respaldo na opinião pública a ponto de manifestações expressamente violentas e criminosas ganharem espaço oficial nas representações públicas do Brasil.
Última edição por WHead em Ter Set 17, 2019 11:21 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : correção ortográfica)
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
WHead escreveu:
(...)
Um pena que o oportunismo e a ignorância estejam encontrando respaldo na opinião pública a ponto manifestações expressamente violentas e criminosas ganhem espaço oficial nas representações públicas do Brasil.
E acho que vai piorar...
Um diz que a democracia não vai resolver nossos problemas, outro vai a público oferecer dinheiro por um crime, e enquanto isso tudo rola, se algum jornalista desavisado "ousar" fazer uma matéria com parentes ou conhecidos da família real bananiense, mesmo que longe de hipotético tom ofensivo, vai arrumar para sua cabeça:
https://www.msn.com/pt-br/noticias/politica/jornalistas-da-época-pedem-demissão-após-polêmica-com-heloísa-bolsonaro/ar-AAHrwZK?ocid=spartanntp
Jornalistas da cúpula da revista Época deixaram o Grupo Globo nesta 3ª feira, após o Conselho Editorial da empresa ter emitido nesta 2ª feira (15.set.2019) uma nota reconhecendo “erro” e “decisão editorial equivocada” pela reportagem publicada sobre a mulher do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Heloísa Bolsonaro.
A reportagem do Poder360 confirmou que os próprios jornalistas pediram demissão. Deixam a revista a diretora de Redação, Daniela Pinheiro; o redator-chefe, Plínio Fraga; e o editor Marcelo Coppola.
A reportagem “O coaching on-line de Heloísa Bolsonaro: as lições que podem ajudar Eduardo a ser embaixador”, escrita pelo jornalista João Paulo Saconi, foi publicada pela Época na última 6ª feira (13.set.2019). No texto, Saconi narra a experiência de vivenciar 5 sessões de coach com Heloísa via webcam.
Oh, sim, eles que "pediram demissão", né ?? Não foi pressão, não, né ?? Quase ia deixando passar essa pertinente informação...
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
WHead escreveu:Assumção é um reflexo do esgarçamento da civilidade brasileira. Um surfista do bolsonarismo que tem, no currículo, além de passagens por diversos partidos, uma proposta tão irracional quanto sensacionalista : a criação do dia do combate à cristofobia.allexcosta escreveu:WHead escreveu: Capitão Assumção (PSL-ES) é o nome (...)
Tudo bem que é nome, mas "Assumção" com "m" é sacanagem.
https://www.gazetaonline.com.br/noticias/politica/2019/09/quem-e-o-deputado-do-psl-que-ofereceu-r-10-mil-a-quem-matar-suspeito-1014198438.html
Um pena que o oportunismo e a ignorância estejam encontrando respaldo na opinião pública a ponto de manifestações expressamente violentas e criminosas ganharem espaço oficial nas representações públicas do Brasil.
Cristofobia... Isso me lembra que somos descendentes de uma gente que chicoteava negros e índios com uma mão, e segurava um terço com a outra...
Essa bancada evangélica maldita precisa ver se acha aquela rola que o Boechat mandou o Malacraia procurar. Gente escrota do cacete!
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Fábio Pannunzio: “apoiei o impeachment e me arrependo disso” – Ex-apoiador da Lava Jato e do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, o jornalista se disse arrependido de suas posições e afirmou que o impeachment de 2016 foi uma ação deliberada contra a esquerda. “Foi um golpe clássico tocado pelo Temer com o assentimento e a participação declarada do Eduardo Cunha e de mais metade da elite brasileira e do mercado financeiro”
O jornalista Fábio Pannunzio conversou com a TV 247 sobre suas posições “ingênuas”, segundo ele mesmo, em relação ao golpe parlamentar contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 e ao apoio à Operação Lava Jato, agora desmascarada com os vazamentos do The Intercept, conhecidos como ‘Vaza Jato’. Pannunzio afirmou que a ação de impeachment foi um ataque deliberado à esquerda e que a Lava Jato tinha um viés político declarado.
Na opinião do jornalista, que acaba de deixar a TV Band após 20 anos, onde era âncora do Jornal da Noite, a falta de compreensão sobre a conjuntura política o levou a apoiar o golpe contra Dilma e a Lava Jato. “Eu apoiei a Lava Jato tanto quanto apoiei depois a deposição da Dilma. Acho que fui ingênuo, talvez por falta de experiência, faltou ali compreensão do que de fato aconteceria com os desdobramentos desses acontecimentos”.
Pannunzio classificou a deposição de Dilma como um “golpe clássico”. “Apoiei o impeachment e me arrependo disso porque aquilo não foi um movimento de deposição de uma presidente por incapacidade de gerenciar, se bem que tenho muitas críticas ao governo da Dilma. Foi um golpe clássico tocado pelo Temer com o assentimento e a participação declarada do Eduardo Cunha e de mais metade da elite brasileira e do mercado financeiro”.
Sobre a Lava Jato, o jornalista comentou que a operação foi orquestrada para atacar a esquerda. “A Lava Jato parece ser a guarda pretoriana da direita brasileira, eu hoje não tenho mais dúvida nenhuma de que aquilo foi uma ação deliberada para inviabilizar os movimentos mais à esquerda. Quando a gente ficou sabendo que o Moro era um ‘promotorzão’ no comando de uma operação que tinha um viés político declarado depois, quando ele vira ministro, isso me assustou muito. O aparelho judicial brasileiro está sendo usado como plataforma política para fins muito espúrios”.
Ele ainda se caracterizou como “iconoclasta” e explicou que durante os governos do PT era de direita e que agora é de esquerda. “A coerência que eu posso apresentar é a coerência com essa iconoclastia”, disse.
https://urbsmagna.com/2019/09/15/jornalista-da-band-se-choca-com-revelacoes-do-intercept-e-nao-se-conforma-por-ter-apoiado-o-golpe-2016/?fbclid=IwAR1wCn0uTeN6isSffKNgQ6QtmiegTDOSLbhLycF9olU2z_6cF66883I6nTo
O jornalista Fábio Pannunzio conversou com a TV 247 sobre suas posições “ingênuas”, segundo ele mesmo, em relação ao golpe parlamentar contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 e ao apoio à Operação Lava Jato, agora desmascarada com os vazamentos do The Intercept, conhecidos como ‘Vaza Jato’. Pannunzio afirmou que a ação de impeachment foi um ataque deliberado à esquerda e que a Lava Jato tinha um viés político declarado.
Na opinião do jornalista, que acaba de deixar a TV Band após 20 anos, onde era âncora do Jornal da Noite, a falta de compreensão sobre a conjuntura política o levou a apoiar o golpe contra Dilma e a Lava Jato. “Eu apoiei a Lava Jato tanto quanto apoiei depois a deposição da Dilma. Acho que fui ingênuo, talvez por falta de experiência, faltou ali compreensão do que de fato aconteceria com os desdobramentos desses acontecimentos”.
Pannunzio classificou a deposição de Dilma como um “golpe clássico”. “Apoiei o impeachment e me arrependo disso porque aquilo não foi um movimento de deposição de uma presidente por incapacidade de gerenciar, se bem que tenho muitas críticas ao governo da Dilma. Foi um golpe clássico tocado pelo Temer com o assentimento e a participação declarada do Eduardo Cunha e de mais metade da elite brasileira e do mercado financeiro”.
Sobre a Lava Jato, o jornalista comentou que a operação foi orquestrada para atacar a esquerda. “A Lava Jato parece ser a guarda pretoriana da direita brasileira, eu hoje não tenho mais dúvida nenhuma de que aquilo foi uma ação deliberada para inviabilizar os movimentos mais à esquerda. Quando a gente ficou sabendo que o Moro era um ‘promotorzão’ no comando de uma operação que tinha um viés político declarado depois, quando ele vira ministro, isso me assustou muito. O aparelho judicial brasileiro está sendo usado como plataforma política para fins muito espúrios”.
Ele ainda se caracterizou como “iconoclasta” e explicou que durante os governos do PT era de direita e que agora é de esquerda. “A coerência que eu posso apresentar é a coerência com essa iconoclastia”, disse.
https://urbsmagna.com/2019/09/15/jornalista-da-band-se-choca-com-revelacoes-do-intercept-e-nao-se-conforma-por-ter-apoiado-o-golpe-2016/?fbclid=IwAR1wCn0uTeN6isSffKNgQ6QtmiegTDOSLbhLycF9olU2z_6cF66883I6nTo
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Rico escreveu:Fábio Pannunzio: “apoiei o impeachment e me arrependo disso” – Ex-apoiador da Lava Jato e do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, o jornalista se disse arrependido de suas posições e afirmou que o impeachment de 2016 foi uma ação deliberada contra a esquerda. “Foi um golpe clássico tocado pelo Temer com o assentimento e a participação declarada do Eduardo Cunha e de mais metade da elite brasileira e do mercado financeiro”
(...)
https://urbsmagna.com/2019/09/15/jornalista-da-band-se-choca-com-revelacoes-do-intercept-e-nao-se-conforma-por-ter-apoiado-o-golpe-2016/?fbclid=IwAR1wCn0uTeN6isSffKNgQ6QtmiegTDOSLbhLycF9olU2z_6cF66883I6nTo
Particularmente ainda sou muito cético em relação aos "sentimentos" manifestados por muitos destes jornalistas e analistas. Se, por alguma "razão extraordinária e divina", o país tivesse entrado em uma onda econômico-financeira bastante favorável após o impeachment, esse pessoal não estaria agora fazendo este "mea-culpa"; descartariam, sem dúvida, qualquer "exame de consciência" posterior... Estão "arrependidos" apenas por que a vaca foi literalmente para o brejo e, pior, o brejo ainda pegou fogo !
É a mesma história de uns e outros se dizendo ludibriados pelo pessoal da "lava-jato", mas qualquer um com um mínimo de discernimento e imparcialidade, mesmo sem mínimo conhecimento jurídico, teria visto as inúmeras barbaridades que foram praticadas. Como agora os procedimentos adotados estão sendo explicitados de forma quase escandalosa, apenas não querem se manter na foto com os antigos ídolos.
Vejo mais como (novo) oportunismo, mesmo, do que arrependimento ou real mudança de opinião.
peter.forc- Membro
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A cabeça do presidente da CAIXA está por um fio...
‘Bolão’ da liderança do PT leva prêmio de R$ 120 milhões da Mega-Sena
Aposta foi feita por 49 pessoas entre assessores e funcionários da Câmara; cada um vai ganhar R$ 2,5 milhões
Renato Onofre, O Estado de S.Paulo
18 de setembro de 2019 | 21h54
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,aposta-da-lideranca-do-pt-leva-a-mega-sena,70003016096
BRASÍLIA – A aposta vencedora da Mega-Sena desta quarta-feira, 18, saiu para uma aposta coletiva feita por funcionários da liderança do PT na Câmara dos Deputados. O “bolão” acertou sozinho o prêmio de R$ 120 milhões. Os números sorteados foram: 04 - 11 - 16 - 22 - 29 - 33. O grupo é formado por 49 pessoas entre assessores e funcionários da Câmara.
De acordo com dois vencedores, que pediram anonimato, cada um deles apostou R$ 10. Cada um dos vencedores vai ganhar cerca de R$ 2,5 milhões.
Assim que saiu o resultado, o grupo saiu comemorando pelo corredor chamando a atenção de quem passava. De acordo com um dos vencedores, eles apostam há mais de dez anos, em todos os sorteios.
Além do grupo, 406 apostas acertaram a quina (cinco números) e vão levar R$ 19.407,24 cada uma. Na quadra (quatro acertos) foram 24.366 apostas ganhadoras, que receberão R$ 461,96 cada uma.
O prêmio dos petistas é o terceiro maior prêmio acumulado neste ano e um dos 20 maiores da história. O maior foi sorteado em maio, para um sortudo que apostou pela internet e levou R$ 289 milhões.
Reação
O deputado Aliel Machado (PSB-PR) brincou com o resultado. “Fiquei sabendo que agora há uma orientação no PT contrário a taxar as grandes fortunas”, afirmou o parlamentar. Outro deputado, não identificado, pegou o microfone para pedir ao presidente Jair Bolsonaro que entregue um cheque simbólico para o partido.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
A gente sabia que ia dar nisso. Qualquer um com a mínima capacidade analítica sabia.
Na verdade, o lance é que tem muita gente lucrando com esse cenário caótico.
Foi uma jogada de mestre: mentiram para o povo, conquistaram os fracos, dividiram a população, conseguiram apoio pra projetos impopulares (incrível o que se consegue quando o povo é gado), promoveram um impeachment, e por fim, puseram como chefe da nação uma marionete comprometida com esquemas de corrupção pra bancar de boi de piranha.
O empresariado tá amando!!
E ainda tem 2020 com essa mentirada de "eu votei no Amoedo"...
O futuro é sombrio...
Na verdade, o lance é que tem muita gente lucrando com esse cenário caótico.
Foi uma jogada de mestre: mentiram para o povo, conquistaram os fracos, dividiram a população, conseguiram apoio pra projetos impopulares (incrível o que se consegue quando o povo é gado), promoveram um impeachment, e por fim, puseram como chefe da nação uma marionete comprometida com esquemas de corrupção pra bancar de boi de piranha.
O empresariado tá amando!!
E ainda tem 2020 com essa mentirada de "eu votei no Amoedo"...
O futuro é sombrio...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Brasil já perdeu R$ 3,5 bilhões no comércio com EUA e Israel
Balança comercial brasileira em 2019 é negativa com países de fora do continente alinhados ao governo de Jair Bolsonaro
Lucas Baldez
Terra.com.br - 18 SET 2019 09h30, atualizado às 10h49
https://www.terra.com.br/economia/brasil-ja-perdeu-r-35-bilhoes-no-comercio-com-eua-e-israel,0660f4897e8e562927a90c83b57ec2855n52v3b0.html
Os dois países mais alinhados ao governo de Jair Bolsonaro e com maior influência no xadrez da geopolítica mundial deram prejuízo no comércio ao Brasil até agora em 2019. De janeiro e agosto deste ano, a balança comercial brasileira teve saldo negativo de 352 milhões de dólares e de 519 milhões de dólares, respectivamente, com Estados Unidos e Israel. No total das transações com os dois, o Brasil perdeu 871 milhões de dólares (cerca de R$ 3,5 bilhões).
Com relação a países europeus com governos nacionalistas e de extrema-direita, como Itália, Hungria, Polônia e República Checa, a diferença entre exportações e importações também é desfavorável ao Brasil. Apenas os sul-americanos "amigos" contribuem positivamente.
O país que mais se beneficiou do comércio com o Brasil foi Israel, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de quem Bolsonaro é aliado no Oriente Médio. A diferença entre exportações e importações nos oito primeiros meses do ano foi de US$ 519 milhões negativos na balança brasileira. O “rombo” foi maior que o do mesmo período de 2018, quando o saldo foi de US$ 446 milhões negativos.
Em abril deste ano, o presidente esteve em Israel e, demonstrando seu apoio internacional ao país, visitou o Muro das Lamentações - um dos símbolos mais sagrados do judaísmo - ao lado de Netanyahu, algo inédito para um chefe de estado brasileiro, já que o local também é reivindicado pela Palestina.
Nesta terça-feira (17), ocorreram eleições legislativas em Israel. Até o momento, Netanyahu, do campo da extrema-direita, e seu adversário Benny Gantz, de centro-direita, estão empatados na apuração dos votos e nenhum dos dois teria capacidade para formar um novo governo.
Já os Estados Unidos, um dos principais aliados do governo brasileiro na geopolítica mundial, “lucrou” US$ 352 milhões com o Brasil até agosto. A balança comercial com os norte-americanos tem variado bastante nos últimos anos. Em 2018, nos oito primeiros meses, o valor das importações brasileiras superaram ainda mais as exportações, e o País perdeu US$ 839 milhões.
No ano anterior, em 2017, o saldo foi positivo para o Brasil: US$ 922 milhões. Já em 2015 e 2016, foram os americanos que receberam mais dólares: US$ 2,1 bilhões e US$ 543 milhões, respectivamente.
Após mais de uma década com uma política externa alinhada a países emergentes, como os do bloco BRICS (designação para se referir à Rússia, Índia, China, África do Sul, além do Brasil), o País voltou a se aproximar dos EUA com Bolsonaro no poder.
O presidente dos EUA, Donald Trump, já prometeu, por exemplo, o apoio à entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). Em troca, o Brasil renunciaria ao status de nação em desenvolvimento na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Todos os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e foram verificados no portal Comex Stat, site oficial do órgão para estatísticas de comércio exterior do Brasil.
Europeus alinhados ao Brasil
Na Europa, os números também mostram perdas na balança comercial com Itália, Hungria e República Checa. Respectivamente, entre janeiro e agosto, o Brasil teve “prejuízo” de US$ 503 milhões, US$ 158 milhões e US$ 226 milhões.
A Polônia é a exceção. O país do leste europeu exportou mais do que importou do Brasil, que neste caso ficou com saldo positivo de US$ 146 milhões. Apesar disso, o valor foi menor que os US$ 171 milhões de 2018. O presidente da Polônia, Andrzej Duda, se reuniu com Bolsonaro em Brasília, em janeiro deste ano, e disse que o País compartilha os “mesmos valores” de seu governo.
Saldo positivo na América do Sul
Com os países vizinhos alinhados ao governo Bolsonaro, o Brasil tem uma balança comercial favorável. Colômbia, Paraguai e Chile renderam ao País, respectivamente, US$ 1,1 bilhão, US$ 721 milhões e US$ 1,3 bilhão.
Nos últimos anos, o Brasil têm sempre exportado mais que importado para os três. Porém, com relação a Paraguai e Chile, os valores foram maiores no mesmo período do ano passado. Enquanto o saldo positivo do primeiro caiu de US$ 1,2 bilhões para US$ 721 milhões, a do segundo foi de US$ 1,7 bi para US$ 1,3 bi.
A Colômbia foi a única que passou a exportar mais do que importar neste ano, beneficiando a balança comercial brasileira. Em 2018 o “lucro” brasileiro entre janeiro e agosto havia sido de US$ 603 milhões. O salto no período foi de US$ 480 milhões.
A Colômbia, governada por Iván Duque, tem sido uma das principais aliadas do governo de Bolsonaro na América do Sul, principalmente no que diz respeito à crise político-econômica na Venezuela. Nenhum dos dois países reconhecem o governo de Nicolás Maduro e consideram o líder da oposição Juan Guaidó como o presidente interino venezuelano.
Balança comercial brasileira em 2019 é negativa com países de fora do continente alinhados ao governo de Jair Bolsonaro
Lucas Baldez
Terra.com.br - 18 SET 2019 09h30, atualizado às 10h49
https://www.terra.com.br/economia/brasil-ja-perdeu-r-35-bilhoes-no-comercio-com-eua-e-israel,0660f4897e8e562927a90c83b57ec2855n52v3b0.html
Os dois países mais alinhados ao governo de Jair Bolsonaro e com maior influência no xadrez da geopolítica mundial deram prejuízo no comércio ao Brasil até agora em 2019. De janeiro e agosto deste ano, a balança comercial brasileira teve saldo negativo de 352 milhões de dólares e de 519 milhões de dólares, respectivamente, com Estados Unidos e Israel. No total das transações com os dois, o Brasil perdeu 871 milhões de dólares (cerca de R$ 3,5 bilhões).
Com relação a países europeus com governos nacionalistas e de extrema-direita, como Itália, Hungria, Polônia e República Checa, a diferença entre exportações e importações também é desfavorável ao Brasil. Apenas os sul-americanos "amigos" contribuem positivamente.
O país que mais se beneficiou do comércio com o Brasil foi Israel, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de quem Bolsonaro é aliado no Oriente Médio. A diferença entre exportações e importações nos oito primeiros meses do ano foi de US$ 519 milhões negativos na balança brasileira. O “rombo” foi maior que o do mesmo período de 2018, quando o saldo foi de US$ 446 milhões negativos.
Em abril deste ano, o presidente esteve em Israel e, demonstrando seu apoio internacional ao país, visitou o Muro das Lamentações - um dos símbolos mais sagrados do judaísmo - ao lado de Netanyahu, algo inédito para um chefe de estado brasileiro, já que o local também é reivindicado pela Palestina.
Nesta terça-feira (17), ocorreram eleições legislativas em Israel. Até o momento, Netanyahu, do campo da extrema-direita, e seu adversário Benny Gantz, de centro-direita, estão empatados na apuração dos votos e nenhum dos dois teria capacidade para formar um novo governo.
Já os Estados Unidos, um dos principais aliados do governo brasileiro na geopolítica mundial, “lucrou” US$ 352 milhões com o Brasil até agosto. A balança comercial com os norte-americanos tem variado bastante nos últimos anos. Em 2018, nos oito primeiros meses, o valor das importações brasileiras superaram ainda mais as exportações, e o País perdeu US$ 839 milhões.
No ano anterior, em 2017, o saldo foi positivo para o Brasil: US$ 922 milhões. Já em 2015 e 2016, foram os americanos que receberam mais dólares: US$ 2,1 bilhões e US$ 543 milhões, respectivamente.
Após mais de uma década com uma política externa alinhada a países emergentes, como os do bloco BRICS (designação para se referir à Rússia, Índia, China, África do Sul, além do Brasil), o País voltou a se aproximar dos EUA com Bolsonaro no poder.
O presidente dos EUA, Donald Trump, já prometeu, por exemplo, o apoio à entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). Em troca, o Brasil renunciaria ao status de nação em desenvolvimento na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Todos os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e foram verificados no portal Comex Stat, site oficial do órgão para estatísticas de comércio exterior do Brasil.
Europeus alinhados ao Brasil
Na Europa, os números também mostram perdas na balança comercial com Itália, Hungria e República Checa. Respectivamente, entre janeiro e agosto, o Brasil teve “prejuízo” de US$ 503 milhões, US$ 158 milhões e US$ 226 milhões.
A Polônia é a exceção. O país do leste europeu exportou mais do que importou do Brasil, que neste caso ficou com saldo positivo de US$ 146 milhões. Apesar disso, o valor foi menor que os US$ 171 milhões de 2018. O presidente da Polônia, Andrzej Duda, se reuniu com Bolsonaro em Brasília, em janeiro deste ano, e disse que o País compartilha os “mesmos valores” de seu governo.
Saldo positivo na América do Sul
Com os países vizinhos alinhados ao governo Bolsonaro, o Brasil tem uma balança comercial favorável. Colômbia, Paraguai e Chile renderam ao País, respectivamente, US$ 1,1 bilhão, US$ 721 milhões e US$ 1,3 bilhão.
Nos últimos anos, o Brasil têm sempre exportado mais que importado para os três. Porém, com relação a Paraguai e Chile, os valores foram maiores no mesmo período do ano passado. Enquanto o saldo positivo do primeiro caiu de US$ 1,2 bilhões para US$ 721 milhões, a do segundo foi de US$ 1,7 bi para US$ 1,3 bi.
A Colômbia foi a única que passou a exportar mais do que importar neste ano, beneficiando a balança comercial brasileira. Em 2018 o “lucro” brasileiro entre janeiro e agosto havia sido de US$ 603 milhões. O salto no período foi de US$ 480 milhões.
A Colômbia, governada por Iván Duque, tem sido uma das principais aliadas do governo de Bolsonaro na América do Sul, principalmente no que diz respeito à crise político-econômica na Venezuela. Nenhum dos dois países reconhecem o governo de Nicolás Maduro e consideram o líder da oposição Juan Guaidó como o presidente interino venezuelano.
JAZZigo- FCBR-CT
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Situação do ministro Sergio Moro exige novo termo, não é uma fritura clássica
To Moro or not to Moro
Situação do ministro da Justiça no governo Bolsonaro exige novo termo nos dicionários para descrever sucessão de atropelos
Luiz Weber
Folha de S. Paulo, 18.set.2019 às 18h12
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizweber/2019/09/to-moro-or-not-moro.shtml
No final dos anos 1980, Robert Bork foi indicado para ocupar uma das nove cadeiras da Suprema Corte dos Estados Unidos. Conservador, republicano, espalhafatoso, sincericida, o jurista foi bombardeado pela opinião pública liberal.
O desgaste foi grande, e a derrota tão humilhante no Senado que o sobrenome do professor de Yale virou um verbete no dicionário Oxford. "To bork" traduz hoje o ato de barrar —mediante campanha de descrédito— determinada candidatura a cargo público não eletivo de prestígio.
Nunca um nome para o STF foi rejeitado no Senado desde a promulgação da Constituição de 1988 (aliás, os únicos reprovados foram indicados por Floriano Peixoto, no fim do século 19). Não há um verbo igual a "to bork" por aqui.
O ministro Edson Fachin passou por uma dura sabatina de 12 horas em 2015 (alimentada por uma inédita campanha contrária nas redes sociais) e muitos pensaram que seria "borkado". No final, foi aprovado por um placar até folgado na comissão: 20 a 7. O neologismo não vingou por aqui.
A política e o mundo jurídico sempre apresentam situações novas, inéditas, em busca de rótulos. O esvaziamento da pré-candidatura do ministro Sergio Moro ao Supremo, minada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, está a exigir novo verbo, um substantivo original.
Não se trata de uma fritura clássica. Essa expressão já está incorporada ao léxico político e se adequa mais aos ocupantes de cargos públicos que são desestabilizados sutilmente pelo presidente até serem exonerados. O caso de Moro é diferente. Bolsonaro faz bullying com o ministro, que abriu mão de duas décadas de magistratura, diz que nomeia quem quiser na pasta de Moro (inclusive o diretor-geral da PF) e que não prometeu o Supremo ao ex-juiz. Enfim, é uma fritura sem precedentes.
Para designar tal situação, poderia se criar a palavra “moro”, substantivo masculino a nomear indivíduo que abandona uma carreira para servir a um governo, sendo, porém, submetido a hostilidade de autoridade superior, mas permanecendo impassível na esperança de recompensa prometida. Exemplo: “Ele é um moro, engole sapo todos os dias, elogia o chefe, para conseguir a promoção e o aumento (prefere dois passarinhos voando a um na mão).”
Luiz Weber
Secretário de Redação da Sucursal de Brasília, especialista em direito constitucional e mestre em ciência política.
Situação do ministro da Justiça no governo Bolsonaro exige novo termo nos dicionários para descrever sucessão de atropelos
Luiz Weber
Folha de S. Paulo, 18.set.2019 às 18h12
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizweber/2019/09/to-moro-or-not-moro.shtml
No final dos anos 1980, Robert Bork foi indicado para ocupar uma das nove cadeiras da Suprema Corte dos Estados Unidos. Conservador, republicano, espalhafatoso, sincericida, o jurista foi bombardeado pela opinião pública liberal.
O desgaste foi grande, e a derrota tão humilhante no Senado que o sobrenome do professor de Yale virou um verbete no dicionário Oxford. "To bork" traduz hoje o ato de barrar —mediante campanha de descrédito— determinada candidatura a cargo público não eletivo de prestígio.
Nunca um nome para o STF foi rejeitado no Senado desde a promulgação da Constituição de 1988 (aliás, os únicos reprovados foram indicados por Floriano Peixoto, no fim do século 19). Não há um verbo igual a "to bork" por aqui.
O ministro Edson Fachin passou por uma dura sabatina de 12 horas em 2015 (alimentada por uma inédita campanha contrária nas redes sociais) e muitos pensaram que seria "borkado". No final, foi aprovado por um placar até folgado na comissão: 20 a 7. O neologismo não vingou por aqui.
A política e o mundo jurídico sempre apresentam situações novas, inéditas, em busca de rótulos. O esvaziamento da pré-candidatura do ministro Sergio Moro ao Supremo, minada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, está a exigir novo verbo, um substantivo original.
Não se trata de uma fritura clássica. Essa expressão já está incorporada ao léxico político e se adequa mais aos ocupantes de cargos públicos que são desestabilizados sutilmente pelo presidente até serem exonerados. O caso de Moro é diferente. Bolsonaro faz bullying com o ministro, que abriu mão de duas décadas de magistratura, diz que nomeia quem quiser na pasta de Moro (inclusive o diretor-geral da PF) e que não prometeu o Supremo ao ex-juiz. Enfim, é uma fritura sem precedentes.
Para designar tal situação, poderia se criar a palavra “moro”, substantivo masculino a nomear indivíduo que abandona uma carreira para servir a um governo, sendo, porém, submetido a hostilidade de autoridade superior, mas permanecendo impassível na esperança de recompensa prometida. Exemplo: “Ele é um moro, engole sapo todos os dias, elogia o chefe, para conseguir a promoção e o aumento (prefere dois passarinhos voando a um na mão).”
Luiz Weber
Secretário de Redação da Sucursal de Brasília, especialista em direito constitucional e mestre em ciência política.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
JAZZigo escreveu:To Moro or not to Moro
Situação do ministro da Justiça no governo Bolsonaro exige novo termo nos dicionários para descrever sucessão de atropelos
Luiz Weber
Folha de S. Paulo, 18.set.2019 às 18h12
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizweber/2019/09/to-moro-or-not-moro.shtml
(...)
Para designar tal situação, poderia se criar a palavra “moro”, substantivo masculino a nomear indivíduo que abandona uma carreira para servir a um governo, sendo, porém, submetido a hostilidade de autoridade superior, mas permanecendo impassível na esperança de recompensa prometida. Exemplo: “Ele é um moro, engole sapo todos os dias, elogia o chefe, para conseguir a promoção e o aumento (prefere dois passarinhos voando a um na mão).”
Luiz Weber
Secretário de Redação da Sucursal de Brasília, especialista em direito constitucional e mestre em ciência política.
Sinceramente, não vejo o ex-juiz tão preocupado com a situação, não... Apesar da vaga no STF ter ficado difícil, improvável, já tem uma carreira política muito bem assegurada. Será eleito a qualquer cargo legislativo que desejar, possui hoje uma classe de seguidores, quase uma seita, fanáticos que o elegerão com facilidade a deputado federal, senador, ... Cargo executivo talvez seja mais difícil, pois já demonstrou dificuldade com o discurso, não mostrou carisma nas oportunidades que teve (apesar de isso ainda ser administrável por uma boa equipe de "marqueteiros"). Talvez governador não seja tão complicado, pensando melhor, já que poderia manter as alianças com esse pessoal todo que hoje governa o país e que muito ele ajudou na última eleição - devem muito a ele... É algo para ele pensar, também.
De qq forma, como juiz, não creio que teria carreira muito mais promissora que isso.
Em síntese, não deve estar se preocupando em continuar mais 3 anos e meio engolindo sapos e sorrindo para o "chefe", não. Sua esperteza e oportunismo serão plenamente recompensados, o pote de ouro no final do arco-íris (ou o "prêmio da mega-sena", como ele próprio se referiu certa vez) talvez tenha mudado de lugar, mas não esvaziou...
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
WHead escreveu:'Chocante é o apoio à tortura de quem furta chocolate'
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49450572
"O mais chocante é o apoio de parte da sociedade brasileira à tortura de quem furta um chocolate. Uma boa parte da sociedade. Em comentários e mensagens que recebemos, várias pessoas dizem que foi pouco. Acham que quem comete um furto, mesmo que famélico (furto para saciar necessidade urgente, como matar a fome), merece chicotadas. Merece pena de morte. E acham que quem fez isso merece ser homenageado, e não punido."
"Infelizmente, esta é uma realidade até corriqueira. O difícil é ter imagens para comprovar. Provavelmente, neste caso, os próprios agressores queriam de alguma forma se vangloriar e mostrar orgulho pelo que cometeram. Por isso a filmagem."
Em um procedimento normal, os seguranças do supermercado teriam duas opções. Relevar o caso, considerando o furto insignificante, ou chamar a Polícia Militar. A partir daí, o jovem seria levado à delegacia e responderia por ato infracional de furto. Posteriormente ele seria convocado pela Vara de Infância, seria ouvido por promotores e membros do conselho tutelar, até que uma penalidade fosse determinada.
"O caminho correto é acreditar nas instituições. O processo legal precisa ser respeitado", diz o advogado Castro Alves. "Existe uma ascensão da barbárie e da incivilidade na sociedade brasileira, estimulada por alguns parlamentares, governadores e pelo presidente da República."
Se isso já não é a barbárie..
Mais um caso que veio à público.
"Em novo caso de tortura em supermercado de SP, homem é amarrado e leva choques
Segurança do mercado Extra Morumbi foi afastado; vítima foi torturada após tentar furtar carne".
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/09/em-novo-caso-de-tortura-em-supermercado-de-sp-homem-e-amarrado-e-leva-choques.shtml
Se isso já não é a barbárie..
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
WHead escreveu:'Chocante é o apoio à tortura de quem furta chocolate'
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49450572
"O mais chocante é o apoio de parte da sociedade brasileira à tortura de quem furta um chocolate. Uma boa parte da sociedade. Em comentários e mensagens que recebemos, várias pessoas dizem que foi pouco. Acham que quem comete um furto, mesmo que famélico (furto para saciar necessidade urgente, como matar a fome), merece chicotadas. Merece pena de morte. E acham que quem fez isso merece ser homenageado, e não punido."
(...)
Isso aqui é uma amostra de desfaçatez, falsidade, hipocrisia.
Esse pessoal que diz que "quem comete um furto, mesmo que famélico, merece chicotadas, pena de morte" só exige tal atitude, tal punição, se o hipotético criminoso for "inimigo" seu, não for da sua "patota"... Simples assim.
Essa massa toda aí não tem esse alegado horror à criminalidade e às "coisas erradas", o compromisso com a honestidade e a dignidade, a tolerância zero com criminalidade e injustiças, não ! Seria ótimo, utópico, aliás, se assim o fosse, sem dúvida... Estaríamos vivendo num país muito diferente e mais cidadão, muito mais honesto e cumpridor das leis, mas a realidade é muito diferente. Esse povo aí prega tolerância zero apenas "no lombo" de quem não gosta, de quem não pensa igual, e exige "tolerância máxima", um "jeitinho" qualquer para com os "bons amigos", os "chapas", os "peixes"...
É a velha e manjadíssima máxima: "Para meus amigos, TUDO ! E para meus inimigos... A LEI !!"
"Pimenta no...OLHO (para não dizer outra coisa...) dos outros é refresco !!"
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Torloni critica ação do governo Bolsonaro na Amazônia: "Não me representa"
Rafael Godinho Do UOL, no Rio 20/09/2019 04h00
https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2019/09/20/torloni-critica-acao-do-governo-bolsonaro-na-amazonia-nao-me-representa.htm
(...)
"Quem votou no atual presidente da república sabia o que ele iria fazer. Se tem uma coisa de que não é possível acusá-lo é de ter mentido sobre isso. Agora, as pessoas dizem que não foi bem assim. Ele foi claro e taxativo. Por isso, quem faz parte de qualquer tipo de instituição, ONG ou iniciativa nesse sentido já estava preocupadíssimo durante a campanha eleitoral, caso ele fosse eleito.
(...)
A atriz e diretora Cristiane Torloni se refere especificamente à política ambiental, mas eu aplico esta consideração a toda a atuação de nosso mandatário, em todas as áreas, o imperador de Banânia, Jarzinho Fumaça I.
Pode ser acusado de muitas coisas, exceto de "enganador", pois está fazendo simplesmente o que já era esperado dele e o que ele sempre se propôs fazer...
Rafael Godinho Do UOL, no Rio 20/09/2019 04h00
https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2019/09/20/torloni-critica-acao-do-governo-bolsonaro-na-amazonia-nao-me-representa.htm
(...)
"Quem votou no atual presidente da república sabia o que ele iria fazer. Se tem uma coisa de que não é possível acusá-lo é de ter mentido sobre isso. Agora, as pessoas dizem que não foi bem assim. Ele foi claro e taxativo. Por isso, quem faz parte de qualquer tipo de instituição, ONG ou iniciativa nesse sentido já estava preocupadíssimo durante a campanha eleitoral, caso ele fosse eleito.
(...)
A atriz e diretora Cristiane Torloni se refere especificamente à política ambiental, mas eu aplico esta consideração a toda a atuação de nosso mandatário, em todas as áreas, o imperador de Banânia, Jarzinho Fumaça I.
Pode ser acusado de muitas coisas, exceto de "enganador", pois está fazendo simplesmente o que já era esperado dele e o que ele sempre se propôs fazer...
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Esse veio à público porque os meios tecnológicos de hoje assim o permitem.WHead escreveu:WHead escreveu:'Chocante é o apoio à tortura de quem furta chocolate'
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49450572
"O mais chocante é o apoio de parte da sociedade brasileira à tortura de quem furta um chocolate. Uma boa parte da sociedade. Em comentários e mensagens que recebemos, várias pessoas dizem que foi pouco. Acham que quem comete um furto, mesmo que famélico (furto para saciar necessidade urgente, como matar a fome), merece chicotadas. Merece pena de morte. E acham que quem fez isso merece ser homenageado, e não punido."
"Infelizmente, esta é uma realidade até corriqueira. O difícil é ter imagens para comprovar. Provavelmente, neste caso, os próprios agressores queriam de alguma forma se vangloriar e mostrar orgulho pelo que cometeram. Por isso a filmagem."
Em um procedimento normal, os seguranças do supermercado teriam duas opções. Relevar o caso, considerando o furto insignificante, ou chamar a Polícia Militar. A partir daí, o jovem seria levado à delegacia e responderia por ato infracional de furto. Posteriormente ele seria convocado pela Vara de Infância, seria ouvido por promotores e membros do conselho tutelar, até que uma penalidade fosse determinada.
"O caminho correto é acreditar nas instituições. O processo legal precisa ser respeitado", diz o advogado Castro Alves. "Existe uma ascensão da barbárie e da incivilidade na sociedade brasileira, estimulada por alguns parlamentares, governadores e pelo presidente da República."
Se isso já não é a barbárie..
Mais um caso que veio à público.
"Em novo caso de tortura em supermercado de SP, homem é amarrado e leva choques
Segurança do mercado Extra Morumbi foi afastado; vítima foi torturada após tentar furtar carne".
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/09/em-novo-caso-de-tortura-em-supermercado-de-sp-homem-e-amarrado-e-leva-choques.shtml
Se isso já não é a barbárie..
Mas esse tipo de coisa SEMPRE foi extremamente comum...
Eu mesmo, quando mais novo, presenciei coisas desse tipo.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Embora a gente, que terminou o jardim de infância, já soubesse, é chocante...
18/8/2019
Os advogados de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificaram como “estarrecedor, inimaginável e repugnante” o conteúdo de novo vazamento do The Intercept, mostrando como o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro atuou declaradamente contra a defesa.
As conversas se referem ao depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo relativo ao tríplex de Guarujá, em 10 de maio de 2017. Após a audiência, Moro provocou o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima para que divulgasse uma nota à imprensa para rebater o que ele denominou como “showzinho” da defesa de Lula na ocasião. (Da RBA)
Confira nota dos advogados do ex-Presidente Lula
É estarrecedor constatar que o juiz da causa, após auxiliar os procuradores da Lava Jato a construir uma acusação artificial contra Lula, os tenha orientado a desconstruir a atuação da defesa técnica do ex-Presidente e a própria defesa pessoal por ele realizada durante seu interrogatório (10/05/2017). As novas mensagens reveladas ontem (14/06/2019) pelo “The Intercept”, para além de afastar qualquer dúvida de que o ex-juiz Sérgio Moro jamais teve um olhar imparcial em relação a Lula, mostram o patrocínio estatal de uma perseguição pessoal e profissional, respectivamente, ao ex-Presidente e aos advogados por ele constituídos.
É inimaginável dentro de um Estado de Direito que o Estado-juiz e o Estado-acusador se unam em um bloco monolítico para atacar o acusado e seus advogados com o objetivo de impor condenações a pessoa que sabem não ter praticado qualquer crime.
É repugnante, ainda, constatar que a campanha midiática ocorrida em maio de 2017 objetivando atacar a memória de D. Marisa Letícia Lula da Silva tenha sido tramada pela Lava Jato, como também revelam as mensagens do “The Intercept”.
Tais fatos, públicos e notórios, reforçam o que sempre defendemos nos processos e no comunicado encaminhado em julho de 2016 ao Comitê de Direitos Humanos da ONU: Lula é vítima de “lawfare” e o ataque aos seus advogados é uma das táticas utilizadas para essa prática nefasta.
http://www.sganoticias.com.br/2019/08/campanha-repugnante-contra-marisa.html?spref=fb&m=1&fbclid=IwAR1cgHvGc3O4VtFlN_-BiSXwR4JbkNyeGEdZPh5x-vL9c6poyZOvdILoAYo
18/8/2019
Os advogados de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificaram como “estarrecedor, inimaginável e repugnante” o conteúdo de novo vazamento do The Intercept, mostrando como o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro atuou declaradamente contra a defesa.
As conversas se referem ao depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo relativo ao tríplex de Guarujá, em 10 de maio de 2017. Após a audiência, Moro provocou o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima para que divulgasse uma nota à imprensa para rebater o que ele denominou como “showzinho” da defesa de Lula na ocasião. (Da RBA)
Confira nota dos advogados do ex-Presidente Lula
É estarrecedor constatar que o juiz da causa, após auxiliar os procuradores da Lava Jato a construir uma acusação artificial contra Lula, os tenha orientado a desconstruir a atuação da defesa técnica do ex-Presidente e a própria defesa pessoal por ele realizada durante seu interrogatório (10/05/2017). As novas mensagens reveladas ontem (14/06/2019) pelo “The Intercept”, para além de afastar qualquer dúvida de que o ex-juiz Sérgio Moro jamais teve um olhar imparcial em relação a Lula, mostram o patrocínio estatal de uma perseguição pessoal e profissional, respectivamente, ao ex-Presidente e aos advogados por ele constituídos.
É inimaginável dentro de um Estado de Direito que o Estado-juiz e o Estado-acusador se unam em um bloco monolítico para atacar o acusado e seus advogados com o objetivo de impor condenações a pessoa que sabem não ter praticado qualquer crime.
É repugnante, ainda, constatar que a campanha midiática ocorrida em maio de 2017 objetivando atacar a memória de D. Marisa Letícia Lula da Silva tenha sido tramada pela Lava Jato, como também revelam as mensagens do “The Intercept”.
Tais fatos, públicos e notórios, reforçam o que sempre defendemos nos processos e no comunicado encaminhado em julho de 2016 ao Comitê de Direitos Humanos da ONU: Lula é vítima de “lawfare” e o ataque aos seus advogados é uma das táticas utilizadas para essa prática nefasta.
http://www.sganoticias.com.br/2019/08/campanha-repugnante-contra-marisa.html?spref=fb&m=1&fbclid=IwAR1cgHvGc3O4VtFlN_-BiSXwR4JbkNyeGEdZPh5x-vL9c6poyZOvdILoAYo
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
O RJ tem um governador incapaz e fascista! Fato!
Você que está fora do RJ e está se iludindo com esse bosta... Podia ser sua filha, sua irmã, sua neta, sua sobrinha.
Menina de 8 anos morre após ser baleada dentro de kombi no Alemão
Agatha Félix foi atingida nas costas quando PMs atiraram contra uma moto na Fazendinha
O Dia
21/09/19 - 07h44
10.8K
Rio – Uma criança de apenas oito anos morreu após ser baleada, na noite desta sexta-feira, quando estava dentro de uma kombi, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. De acordo com testemunhas, Agatha Vitória Sales Félix estava com a família, quando policiais militares da UPP Fazendinha atiraram contra uma moto na região, atingindo a menina. O caso aconteceu por volta das 21h30.
Agatha, que foi baleada nas costas, foi socorrida no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Ela morreu na madrugada de hoje, após ser levada ao centro cirúrgico da unidade.
Para protestar contra a morte da menina e pedir mais segurança no Alemão, moradores vão fazer uma manifestação na manhã deste sábado, na Grota.
Também nesta manhã, foram ouvidos tiros na Fazendinha. Os disparos aconteceram pouco antes das 7h, mas ainda não há informações sobre as causas.
O DIA tenta contato com a PM sobre os tiros que atingiram a menina.
Você que está fora do RJ e está se iludindo com esse bosta... Podia ser sua filha, sua irmã, sua neta, sua sobrinha.
Menina de 8 anos morre após ser baleada dentro de kombi no Alemão
Agatha Félix foi atingida nas costas quando PMs atiraram contra uma moto na Fazendinha
O Dia
21/09/19 - 07h44
10.8K
Rio – Uma criança de apenas oito anos morreu após ser baleada, na noite desta sexta-feira, quando estava dentro de uma kombi, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. De acordo com testemunhas, Agatha Vitória Sales Félix estava com a família, quando policiais militares da UPP Fazendinha atiraram contra uma moto na região, atingindo a menina. O caso aconteceu por volta das 21h30.
Agatha, que foi baleada nas costas, foi socorrida no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Ela morreu na madrugada de hoje, após ser levada ao centro cirúrgico da unidade.
Para protestar contra a morte da menina e pedir mais segurança no Alemão, moradores vão fazer uma manifestação na manhã deste sábado, na Grota.
Também nesta manhã, foram ouvidos tiros na Fazendinha. Os disparos aconteceram pouco antes das 7h, mas ainda não há informações sobre as causas.
O DIA tenta contato com a PM sobre os tiros que atingiram a menina.
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Aqui em Niterói um garoto, aluno de uma Escola Estadual, e jogador de futebol Dyogo Xavier Coutinho, do América foi atingido pelas costas com tiros de fuzil, segundo as testemunhas, disparado por um PM que teria achado ser ele traficante.
O depoimento do avô do jovem foi triste, duro e enfático...
Os bolsomínions e fascistas em geral acham que somos "à favor de bandidos" ou coisa semelhante e vivem proferindo frases feitas. Esquecem-se que nas favelas moram pessoas, crianças, como Agatha e Dyogo, e que a política de confronto à qualquer custo causará a morte deles...
Trabalho de inteligência para prender os vagabundos e seus financiadores esse governador não quer fazer porque ele quer se reeleger com o voto dessas pessoas, mesmo que isto custe a vida de inocentes.
E digo mais: A prisão ou a morte de 100 vagabundos não vale à vida de uma única Agatha ou Dyogo!
O depoimento do avô do jovem foi triste, duro e enfático...
Os bolsomínions e fascistas em geral acham que somos "à favor de bandidos" ou coisa semelhante e vivem proferindo frases feitas. Esquecem-se que nas favelas moram pessoas, crianças, como Agatha e Dyogo, e que a política de confronto à qualquer custo causará a morte deles...
Trabalho de inteligência para prender os vagabundos e seus financiadores esse governador não quer fazer porque ele quer se reeleger com o voto dessas pessoas, mesmo que isto custe a vida de inocentes.
E digo mais: A prisão ou a morte de 100 vagabundos não vale à vida de uma única Agatha ou Dyogo!
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Aqui em Niterói um garoto, aluno de uma Escola Estadual, e jogador de futebol Dyogo Xavier Coutinho, do América foi atingido pelas costas com tiros de fuzil, segundo as testemunhas, disparado por um PM que teria achado ser ele traficante.
O depoimento do avô do jovem foi triste, duro e enfático...
Os bolsomínions e fascistas em geral acham que somos "à favor de bandidos" ou coisa semelhante e vivem proferindo frases feitas. Esquecem-se que nas favelas moram pessoas, crianças, como Agatha e Dyogo, e que a política de confronto à qualquer custo causará a morte deles...
Trabalho de inteligência para prender os vagabundos e seus financiadores esse governador não quer fazer porque ele quer se reeleger com o voto dessas pessoas, mesmo que isto custe a vida de inocentes.
E digo mais: A prisão ou a morte de 100 vagabundos não vale à vida de uma única Agatha ou Dyogo!
E é bom os músicos tb começarem a ficar espertos... Dá uma olhada nisso:
Vídeo traduz a política de segurança de Witzel
Uol - 20-set-2019
https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/09/20/video-traduz-a-politica-de-seguranca-de-witzel/
Rio e São Paulo disputando ferozmente quem tem mais "qualidades" para ser a nova "capital" de Banânia !
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
É cruel essa situação em que as crianças pagam com a vida pelos erros dos adultos.
Todos os crimes são bárbaros, contra inocentes aumenta essa barbárie, mas muitos causam uma revolta extrema, outros não, depende do contexto que está inserido.
Sobre o RJ, o que vejo é uma revolta total contra a policia, pelo visto a única culpada pelas mortes.
O que gostaria de entender, os bandidos tem alguma culpa nisso tudo, ou eles são os mocinhos?
Nós que estamos fora do estado (pelo menos eu), as vezes pensa que a população (sem generalizar) está a favor dos bandidos. Tipo, "ah...acontece mortes pq a policia quer acabar com os bandidos, os adolescentes "estudantes" que andam com fuzil na rua, se deixassem eles de boa não aconteceria isso".
Deixa os bandidos a vontade eles, estão certos...
Todos os crimes são bárbaros, contra inocentes aumenta essa barbárie, mas muitos causam uma revolta extrema, outros não, depende do contexto que está inserido.
Sobre o RJ, o que vejo é uma revolta total contra a policia, pelo visto a única culpada pelas mortes.
O que gostaria de entender, os bandidos tem alguma culpa nisso tudo, ou eles são os mocinhos?
Nós que estamos fora do estado (pelo menos eu), as vezes pensa que a população (sem generalizar) está a favor dos bandidos. Tipo, "ah...acontece mortes pq a policia quer acabar com os bandidos, os adolescentes "estudantes" que andam com fuzil na rua, se deixassem eles de boa não aconteceria isso".
Deixa os bandidos a vontade eles, estão certos...
Última edição por NeyBass em Ter Set 24, 2019 9:22 am, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Alterei uma parte 08:20)
NeyBass- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
As politicas de combate ao tráfico são um equívoco e nunca funcionaram. O excludente de ilicitude é uma vergonha! Ideia fascista de um demente que nunca entendeu nada de segurança pública.
Por fim, Auschwitzel minimizou a morte dessa criança. Quem a matou não foi viciado. Isso é estupidez! Quem matou foram os exterminadores do governador. Negar essas coisas é como negar a lei da gravidade.
População defendendo bandido é mais uma sandice divulgada pela extrema direita. A população quer é polícia com inteligência, que não troque tiros no meio da população. Isso é assim em qualquer país civilizado que leve a sério as políticas de segurança pública.
Mas a população escolheu imbecis de 5a categoria. Gente que não serve pra síndico de prédio com 6 apartamentos. Bando de incapazes.
Eu que não tô de fora, fico pensando que parte da população realmente acha que todo mundo que não apoia esses dementes são pessoas desonestas, que merecem morrer mesmo.
Eu hein...
Por fim, Auschwitzel minimizou a morte dessa criança. Quem a matou não foi viciado. Isso é estupidez! Quem matou foram os exterminadores do governador. Negar essas coisas é como negar a lei da gravidade.
População defendendo bandido é mais uma sandice divulgada pela extrema direita. A população quer é polícia com inteligência, que não troque tiros no meio da população. Isso é assim em qualquer país civilizado que leve a sério as políticas de segurança pública.
Mas a população escolheu imbecis de 5a categoria. Gente que não serve pra síndico de prédio com 6 apartamentos. Bando de incapazes.
Eu que não tô de fora, fico pensando que parte da população realmente acha que todo mundo que não apoia esses dementes são pessoas desonestas, que merecem morrer mesmo.
Eu hein...
Última edição por Rico em Ter Set 24, 2019 9:38 am, editado 1 vez(es)
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
Localização : Rio de Janeiro
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Rico escreveu:As politicas de combate ao tráfico são um equívoco e nunca funcionaram. O excludente de ilicitude é uma vergonha! Ideia fascista de um demente que nunca entendeu nada de segurança pública.
Por fim, Auschwitzel minimizou a morte dessa criança. Quem a matou não foi viciado. Isso é estupidez! Quem matou foram os exterminadores do governador. Negar essas coisas é como negar a lei da gravidade.
Sim, não estou questionando a capacidade desse monte de jumentos (que me desculpe os quadrúpedes) que estão espalhado nos poderes desse país e nem quem matou a criança.
A dúvida que tenho (sem ironia) e gostaria de entender é...
Se a polícia não tivesse que combater esses infames bandidos, se essa raça miserável não existisse ou não tivesse ganhado terreno, teria necessidade de tantos confrontos colocando a população em risco?
A necessidade de libertar a população do poder desses bandidos assim como o despreparo da polícia causam essas mortes.
Vejo a culpa dos dois lados, me critique, mas ainda acho que a culpa maior é dos bandidos que na maioria das vezes usam a própria população como escudo nos confrontos com policiais.
Sobre minimizar morte de crianças, temos um caso bárbaro que pouco foi falado também, não foi político mas está inserido em um assunto atual envolvendo as executoras. Morte do menino Rhuan.
Infelizmente nossas crianças estão pagando pelos erros dos adultos desse mundo cão.
NeyBass- Membro
- Mensagens : 5145
Localização : MT
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Ney, não há, por parte das pessoas "pensantes" do RJ uma "revolta" contra a polícia.NeyBass escreveu:É cruel essa situação em que as crianças pagam com a vida pelos erros dos adultos.
Todos os crimes são bárbaros, contra inocentes aumenta essa barbárie, mas muitos causam uma revolta extrema, outros não, depende do contexto que está inserido.
Sobre o RJ, o que vejo é uma revolta total contra a policia, pelo visto a única culpada pelas mortes.
O que gostaria de entender, os bandidos tem alguma culpa nisso tudo, ou eles são os mocinhos?
Nós que estamos fora do estado (pelo menos eu), as vezes pensa que a população (sem generalizar) está a favor dos bandidos. Tipo, "ah...acontece mortes pq a policia quer acabar com os bandidos, os adolescentes "estudantes" que andam com fuzil na rua, se deixassem eles de boa não aconteceria isso".
Deixa os bandidos a vontade eles, estão certos...
Sobre crueldades e morte de crianças...
Nenhuma repercussão ou bem pouca sobre esse caso que julgo a pior de todas as barbáries, será que tentaram abafar o caso devido aos autores??
Sei lá...me bate uma revolta quando vejo algo sobre esse caso e saber que bem pouco se ouviu sobre essa barbárie.
Penso, se fosse feito por um policial...como seria a repercussão, será que o Brasil não teria vindo a baixo?
Se tiver alguma pagina desse tópico que falaram sobre esse caso, por gentileza, copie e poste o link para eu ler o que foi comentado, fiquei uns tempos fora, acho que perdi alguma parte.
https://pleno.news/brasil/cidades/laudo-detalha-como-foi-a-morte-do-menino-rhuan.html
https://extra.globo.com/casos-de-policia/menino-rhuan-foi-decapitado-ainda-vivo-levou-12-facadas-mae-companheira-podem-ser-condenadas-57-anos-de-prisao-23733364.html
Todos os dias policiais morrem aqui.
A questão não é o PM individual, mas sim uma política de segurança pública enormemente equivocada, vinda de um governo despreparado e arrogante.
Outra coisa: Comparar PM com bandido é má política, pois os 1ºs são representantes do Estado e devem agir como tal. Bandido é bandido... Ao colocar as ações de ambos "no mesmo saco" comete-se um erro conceitual. O policial não pode e não deve agir como bandido.
Mas também não se pode perder a perspectiva histórica de que as polícias no Brasil foram formadas com uma ideologia de elitismo, que vê o cidadão pobre como um "não cidadão" - Aliás, o conceito de Cidadania é estranho (historicamente) à Sociedade Brasileira COMO UM TODO - como esperar que um PM (ignorante, mal treinado e mal remunerado) vá agir de forma republicana e cidadã?
Em TODOS os países desenvolvidos do mundo o crime perpetrado por um policial causa revolta - pois ele representa o Estado e está ali para proteger o cidadão. Bandido, não... Por isso você verá, em qualquer lugar, manifestações de revolta contra tal coisa, e não contra um crime bárbaro como o do menino acima citado, pois são coisas distintas, vem de "fontes" distintas.
Aqui no RJ, desde à muito tempo policiais entram nas favelas atirando - e, em muitos casos eles tem que fazer isso, pois os vagabundos estão atirando neles com fuzis de batalha. Mas, para quem conhece bem tais armas (como eu), sabe que o disparo de uma dessas pode atingir quem quer que seja, menos o alvo visado (e à Kms de distância). Os PM's não devem fazer isso pois os resultados podem ser funestos... Os bandidos... bem, eles são bandidos...
Ao estimular o confronto o governo abre margem para que casos como o da menina Agatha se multipliquem - e quem vai responder por isso? Vale à pena? A vida dessa menina, a desgraça dessa família vale isso? Muitos aqui acham que vale. E porque? Será que Agatha e sua família não merecem viver? Não são cidadãos (na cabeça deles, não...)? A vida dessa menina não tem valor quando comparada à de alguém de Classe Média? Os favelados são todos criminosos?
A polícia precisa agir com inteligência e não com força bruta; mas isso custa caro, formar um policial competente é caro e leva tempo, e suas ações não são "espetaculares". Ademais, como os fuzis de batalha foram parar nas mãos de bandidos? Quem financia o tráfico de varejo nas favelas feito por bandidos semi-analfabetos e bestializados? A resposta não está lá, mas sim nos condomínios de luxo, nos bancos, nas empresas e entre a Classe Política - então é melhor que morram favelados mesmo...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Ney, mas a questão é que não se combate o tráfico dessa forma!!
Cara, veja: cocaína no avião presidencial, armas de grosso calibre contrabandeadas em esquemas gigantescos, que o traficante de morro não tem a menor ideia de como operar! Políticos comprados, empresários, polícia...
Os traficantes (que se explodam, todos) são de verdade apenas instrumentos necessários para a manutenção dessa rede de corrupção e tráfico. E eles sequer sabem disso!!!!
E é só por isso que o álcool e o tabaco são licitos e as drogas não são.
Por mim, vamos rever as políticas de legalização e começar a tratar dependente químico com políticas de saúde pública.
Só que em nome da moral, igreja e família ($$$$ ahahahashahaha), isso nunca vai acontecer, sacou?
Cara, veja: cocaína no avião presidencial, armas de grosso calibre contrabandeadas em esquemas gigantescos, que o traficante de morro não tem a menor ideia de como operar! Políticos comprados, empresários, polícia...
Os traficantes (que se explodam, todos) são de verdade apenas instrumentos necessários para a manutenção dessa rede de corrupção e tráfico. E eles sequer sabem disso!!!!
E é só por isso que o álcool e o tabaco são licitos e as drogas não são.
Por mim, vamos rever as políticas de legalização e começar a tratar dependente químico com políticas de saúde pública.
Só que em nome da moral, igreja e família ($$$$ ahahahashahaha), isso nunca vai acontecer, sacou?
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
Localização : Rio de Janeiro
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Ney, não há, por parte das pessoas "pensantes" do RJ uma "revolta" contra a polícia.NeyBass escreveu:É cruel essa situação em que as crianças pagam com a vida pelos erros dos adultos.
Todos os crimes são bárbaros, contra inocentes aumenta essa barbárie, mas muitos causam uma revolta extrema, outros não, depende do contexto que está inserido.
Sobre o RJ, o que vejo é uma revolta total contra a policia, pelo visto a única culpada pelas mortes.
O que gostaria de entender, os bandidos tem alguma culpa nisso tudo, ou eles são os mocinhos?
Nós que estamos fora do estado (pelo menos eu), as vezes pensa que a população (sem generalizar) está a favor dos bandidos. Tipo, "ah...acontece mortes pq a policia quer acabar com os bandidos, os adolescentes "estudantes" que andam com fuzil na rua, se deixassem eles de boa não aconteceria isso".
Deixa os bandidos a vontade eles, estão certos...
Sobre crueldades e morte de crianças...
Nenhuma repercussão ou bem pouca sobre esse caso que julgo a pior de todas as barbáries, será que tentaram abafar o caso devido aos autores??
Sei lá...me bate uma revolta quando vejo algo sobre esse caso e saber que bem pouco se ouviu sobre essa barbárie.
Penso, se fosse feito por um policial...como seria a repercussão, será que o Brasil não teria vindo a baixo?
Se tiver alguma pagina desse tópico que falaram sobre esse caso, por gentileza, copie e poste o link para eu ler o que foi comentado, fiquei uns tempos fora, acho que perdi alguma parte.
https://pleno.news/brasil/cidades/laudo-detalha-como-foi-a-morte-do-menino-rhuan.html
https://extra.globo.com/casos-de-policia/menino-rhuan-foi-decapitado-ainda-vivo-levou-12-facadas-mae-companheira-podem-ser-condenadas-57-anos-de-prisao-23733364.html
Bacana seu comentário sobre o assunto Bertola. Como eu disse (sem ironia) não é essa a imagem que quem está de fora tem.
Todos os dias policiais morrem aqui.
A questão não é o PM individual, mas sim uma política de segurança pública enormemente equivocada, vinda de um governo despreparado e arrogante.
Outra coisa: Comparar PM com bandido é má política, pois os 1ºs são representantes do Estado e devem agir como tal. Bandido é bandido... Ao colocar as ações de ambos "no mesmo saco" comete-se um erro conceitual. O policial não pode e não deve agir como bandido.
Mas também não se pode perder a perspectiva histórica de que as polícias no Brasil foram formadas com uma ideologia de elitismo, que vê o cidadão pobre como um "não cidadão" - Aliás, o conceito de Cidadania é estranho (historicamente) à Sociedade Brasileira COMO UM TODO - como esperar que um PM (ignorante, mal treinado e mal remunerado) vá agir de forma republicana e cidadã?
Em TODOS os países desenvolvidos do mundo o crime perpetrado por um policial causa revolta - pois ele representa o Estado e está ali para proteger o cidadão. Bandido, não... Por isso você verá, em qualquer lugar, manifestações de revolta contra tal coisa, e não contra um crime bárbaro como o do menino acima citado, pois são coisas distintas, vem de "fontes" distintas.
Aqui no RJ, desde à muito tempo policiais entram nas favelas atirando - e, em muitos casos eles tem que fazer isso, pois os vagabundos estão atirando neles com fuzis de batalha. Mas, para quem conhece bem tais armas (como eu), sabe que o disparo de uma dessas pode atingir quem quer que seja, menos o alvo visado (e à Kms de distância). Os PM's não devem fazer isso pois os resultados podem ser funestos... Os bandidos... bem, eles são bandidos...
Ao estimular o confronto o governo abre margem para que casos como o da menina Agatha se multipliquem - e quem vai responder por isso? Vale à pena? A vida dessa menina, a desgraça dessa família vale isso? Muitos aqui acham que vale. E porque? Será que Agatha e sua família não merecem viver? Não são cidadãos (na cabeça deles, não...)? A vida dessa menina não tem valor quando comparada à de alguém de Classe Média? Os favelados são todos criminosos?
A polícia precisa agir com inteligência e não com força bruta; mas isso custa caro, formar um policial competente é caro e leva tempo, e suas ações não são "espetaculares". Ademais, como os fuzis de batalha foram parar nas mãos de bandidos? Quem financia o tráfico de varejo nas favelas feito por bandidos semi-analfabetos e bestializados? A resposta não está lá, mas sim nos condomínios de luxo, nos bancos, nas empresas e entre a Classe Política - então é melhor que morram favelados mesmo...
Sobre o financiamento sei que vem de todo lado e principalmente de quem compra produtos oferecidos pelos bandidos, os próprios usuários que nem são da favela contribuem, os próprios "universitários", ah, mas sou só um usuário, está contribuíndo com as mortes.Mauricio Luiz Bertola escreveu:Quem financia o tráfico de varejo nas favelas feito por bandidos semi-analfabetos e bestializados? A resposta não está lá, mas sim nos condomínios de luxo, nos bancos, nas empresas e entre a Classe Política - então é melhor que morram favelados mesmo...
Não adianta fazer protestos contra violência se a pessoa contribui com isso. É como fazer protesto pela amazônia e colocar fogo no lixo do quintal, jogar papel na rua, lata de cerveja nos rios.
Sobre essa ultima parte do seu texto, fazendo um resumo: concordo contigo. Mas penso, e como combater bandidos armados com fuzil??
Sobre as mortes, fico triste com qualquer noticia de morte de inocentes, sejam brancos, negros, rico, pobre, favelado ou príncípe que seja.
A morte de uma criança principalmente, acaba com a vida de uma família inteira, repudio completamente.
No demais concordo contigo, falta de preparo da polícia e muitas coisas devem ser mudadas, mas como diz o velho ditado: "Se não tem tu, vai tu memo".
Até se preparar a polícia, não há mais o que fazer, o tráfico tomará conta de tudo.
NeyBass- Membro
- Mensagens : 5145
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