Igor Edmundo e Beto Carezzato

Muito provavelmente poucos, pouquíssimos, aqui neste fórum conhecem ou já ouviram falar dos baixistas Igor Edmundo e Beto Carezzato. Contudo, é impossível que alguém aqui não saiba cantar várias das cerca de cinquenta mil músicas que eles gravaram como músicos de estúdio. Sim, é isso mesmo: foram por volta de 50.000 músicas gravadas. A quantidade não é exagero!

A lista inclui "Aonde a vaca vai o boi vai atrás" (João da Praia), "Aquela nuvem" (Gilliard), "Domingo feliz" (Ângelo Máximo), "É o amor" (Zezé Di Camargo e Luciano), "Feelings" (Morris Albert), "Fuscão preto" (Almir Rogério), “Que pena” (Gal Costa), além de dezenas de LPs do Amado Batista, Carlos Alexandre, Chrystian e Ralf, Trio Parada Dura, Wando e tantos outros.

O guatemalteco Igor Edmundo e o paulistano Beto Carezzato faziam parte da banda Os Carbonos. O nome da banda não foi escolhido à toa, pois seus membros se consagraram por gravar discos com covers perfeitos, não raro antes mesmo que as originais começassem a ser comercializadas no Brasil. Os Carbonos gravaram também jingles para comerciais (citando um deles: "Toddy, sabor que alimenta”) e lançaram cerca de 40 álbuns próprios, diversas vezes sob pseudônimos.

Igor Edmundo e Beto Carezzato, assim como os outros membros da banda, praticamente moravam nos estúdios onde eles trabalhavam de segunda a sábado, varavam noites gravando em sessões com muitas horas de duração e dormiam em sofás ou colchões no chão. Foi agindo assim que Igor Edmundo e Beto Carezzato se tornaram os baixistas mais ouvidos do país.

Excelente tópico

Nunca tinha ouvido falar deles, mas já ouvi várias das músicas citadas.

Interessante. Parece com a história dos "Funk Brothers".

Nunca tinha ouvido falar...

bodhan escreveu:Recomendo a série "História Secreta do Pop Brasileiro" (Amazon Prime) e a leitura de "Pavões Misteriosos" de André Barcinski.

Eu ia comentar isso aqui e acho que já comentei em outro tópico sobre essa série. Em especial esse lance deles é impressionante.

allexcosta escreveu:Interessante. Parece com a história dos "Funk Brothers".

Nunca tinha ouvido falar...

Parece mesmo mas o curioso é esse lance que inicialmente eles faziam versões xerox mas em português e muitas vezes até em inglês mesmo. Não é incomum pegar coletâneas antigas em Lp onde só haviam músicas famosas ai você vai ouvir e todas são versões cover das originais.
Já na Motown as músicas nasciam lá é parecido mas diferente.
A indústria nacional é muito doida e não esta nem ai, ou não estava antigamente, para direitos autorais e afins...
Esse documentário é bem legal e aborda vários capítulos no mínimo curiosos da nossa música.