Errado ele não está - Video sobre músico é vagabundo

Gostei e concordo com muitas colocações dele.

Eu concordo com um monte de coisa que o Lisciel fala, e discordo de um monte.

Na parte técnica ele é um monstro. Diferenciado, realmente fora da curva. Quantos caras iguais a ele tem no mundo? Se não me engano o estúdio dele é o maior estúdio analógico do mundo. E os equipos que ele faz têm parado na mão de cara grande do áudio.

Mas quando ele fala sobre assuntos "da vida"...arte, negócios, investimento, etc. Puts, é triste demais.

Basicamente a visão dele é a seguinte: "eu tenho estúdio, tô sempre sem grana, não tenho lucro nenhum. Se você ganha um bom dinheiro com música você tá errado, não é artista de verdade.
Pois se eu sou um fudid* trabalhando com música, então você também deve ser, porque eu estou certo e você está errado".

Acompanho ele desde 2013. É exatamente desse jeito, o mesmo papo, sempre.
Fora a síndrome de brasileiro vira-lata que ele tem, que é insuportável.

Não achei que ele disse nada disso não.
Você assistiu ao video ou esta se baseando no que ele sempre fala?

Não sei em que mundo ele vive, onde músicos chegam 2 horas atrasados pra compromissos e nada acontece.

No meu mundo, a gente sempre chegou no horário, senão perdia avião, perdia gig, pagava multa, etc...

^Concordo.

Fernando Zadá escreveu:Não achei que ele disse nada disso não.
Você assistiu ao video ou esta se baseando no que ele sempre fala?

Agora assisti e minha opinião só reforçou. Cara, é muita bobagem que ele fala. E de novo essa coisa de que Música não é profissão, de novo o estereótipodo músico sempre arrasado de grana, ralando pra fechar o mês.

" tenho 60 mil de fatura do cartão dia 17 mas só tenho 2 mil na minha conta".
"Por isso música não é profissão...[...]porque músico vive sempre fodid., [...]porque na engenharia[...] porque se o cara é artista não pode ser empreendedor[...]

E tudo misturado na mesma resposta, e tudo nada a ver. Eu tenho assistido aos cortes desse episódio e é nitida a dificuldade do Mateus em conseguir desenvolver uma conversa com o cara, porque é difícil mesmo.

É muita bobagem que ele fala.

allexcosta escreveu:Não sei em que mundo ele vive, onde músicos chegam 2 horas atrasados pra compromissos e nada acontece.

No meu mundo, a gente sempre chegou no horário, senão perdia avião, perdia gig, pagava multa, etc...

[2]

Ele só pensa o Músico como o estereótipo de irresponsável, largado, drogado, que tem uma bandinha independente e enxerga a música de forma super romântica.

Qual é a experiência do Lisciel no meio musical? Pois até onde eu sei, pelo menos 95% do trabalho dele é com bandas de rock de pessoas que não vivem de música.

Jãozeiro escreveu:

allexcosta escreveu:Não sei em que mundo ele vive, onde músicos chegam 2 horas atrasados pra compromissos e nada acontece.

No meu mundo, a gente sempre chegou no horário, senão perdia avião, perdia gig, pagava multa, etc...

[2]

Ele só pensa o Músico como o estereótipo de irresponsável, largado, drogado, que tem uma bandinha independente e enxerga a música de forma super romântica.

Sim mas queria justamente chegar no ponto que você e também nosso colega aqui logo abaixo coloca.
O público dele é o estereótipo do músico largado e nesse meio é um saco mesmo povo é bem sem noção e me remete a tudo que o Allex diz sobre roqueiros e que reforçam esse estereótipo e só zoam a imagem do músico.
Então nesse contexto ele não esta totalmente errado. Esse povo que ele atende tem muito a ver com tudo que a gente que trabalha a sério luta contra.
É um lance muito nichado e o estúdio Mosh que agora é vizinho aqui tem muuuita coisa analógica também mas é mais comercial, beeeeem mais. Tem como clientes outro tipo de músico.

SirGalahad escreveu:Qual é a experiência do Lisciel no meio musical? Pois até onde eu sei, pelo menos 95% do trabalho dele é com bandas de rock de pessoas que não vivem de música.

Obrigado eu queria falar exatamente sobre isso.
Pode ver que o Allex que não frequenta esse mercado chegou espantado com as colocações dele. Mas infelizmente mercado de bares que remete ao rock e esse nicho radical analógico e etc é bem em cima desse tipo de público mesmo.
A verdade serve para esse nicho dele e entendi o porque dele colocar isso. Já frequentei esse nicho e acho ele todo zoado.

Eu conheço pouco dele se assisti uns dois videos dele foi muito eu acho esse papo de analógico versus digital um porre e uma rodação de lampada sem fim.....


O que me chamou a atenção é o papo por volta dos 9 minutos sobre ser dificil para o artista focar no dinheiro quando ele na verdade quer focar na arte... essa forma como a cabeça dele funciona eu entendo de verdade e tem dia que esse todo o mais sufoca forte a questão do nosso foco e produtividade.

Mas é a vida de adulto e faz parte.

eu só vi esse corte e sabia que foi tirado de um contexto para criar polêmica mesmo.

E a idéia era tirar o foco de equipamento mesmo! rsssssss

As polêmicas do mundo musical no geral são movimentadas com muito mais força e alcance pelos amadores e entusiastas do que pelo dito profissional que está ali focado em fazer acontecer e mudar a forma como a grande massa enxerga o músico que é exatamente o que ele coloca ali e só reforça.

Talvez eu tenha uma visão deturpada porque nunca fui músico amador. Minha primeira gig com 13 anos de idade foi pra 30 mil pessoas em praça pública com artista conhecido.

Mas serei obrigado a destilar minhas opiniões polêmicas sobre SP e a turma do rock mais uma vez:

No mundo normal não paulista e não rock em que eu sempre vivi, jamais vi algo do tipo. Minha banda de samba nos EUA em que todo mundo trabalhava em dois empregos durante o dia, a galera chegava no horário, tirava as músicas direitinho, normal... Ensaio é que era um pouco raro.

As bandas de axé ou forró em que toquei quando mais jovem tinham produção, horário pra tudo, diária de alimentação, rider do palco, tudo certo. E se você vacilasse com horário semana seguinte tinha outro cara no seu lugar. Atrasou cinco minutos pra descer do quarto do hotel? Produção já tá te ligando e dizendo "o ônibus vai sair sem você". E saía mesmo...

Aliás, Gigi só toca com Ivete hoje porque o primeira baixista da banda montada pra carreira solo dela se atrasou e perdeu um vôo. E isso é assim em qualquer lugar que pra mim é normal e pra paulistas roqueiros é conto de fadas.

Ninguém tolera músico com instrumento mal cuidado, irresponsável, que toca mal, nada disso. Isso são coisas desse mundo paralelo do rock amador, indie, de tiozão hell's angels ou sei lá como vocês chamam isso.

Fernando Zadá escreveu:As polêmicas do mundo musical no geral são movimentadas com muito mais força e alcance pelos amadores e entusiastas do que pelo dito profissional que está ali focado em fazer acontecer e mudar a forma como a grande massa enxerga o músico que é exatamente o que ele coloca ali e só reforça.

Nem sequer passa pela cabeça do músico profissional "mudar a forma como a grande massa enxerga o músico".

As coisas que o músico profissional pensa são:

- Será que o cachê cai na Segunda?
- Será que o motorista da van bebeu alguma coisa?
- Tomara que tenha 20 shows mês que vem.
- Minha conta de luz tá atrasada.
- PQP, fralda descartável subiu de novo.

E coisas do gênero.

allexcosta escreveu:Talvez eu tenha uma visão deturpada porque nunca fui músico amador. Minha primeira gig com 13 anos de idade foi pra 30 mil pessoas em praça pública com artista conhecido.

.

allexcosta escreveu:

Fernando Zadá escreveu:As polêmicas do mundo musical no geral são movimentadas com muito mais força e alcance pelos amadores e entusiastas do que pelo dito profissional que está ali focado em fazer acontecer e mudar a forma como a grande massa enxerga o músico que é exatamente o que ele coloca ali e só reforça.

Nem sequer passa pela cabeça do músico profissional "mudar a forma como a grande massa enxerga o músico".

As coisas que o músico profissional pensa são:

- Será que o cachê cai na Segunda?
- Será que o motorista da van bebeu alguma coisa?
- Tomara que tenha 20 shows mês que vem.
- Minha conta de luz tá atrasada.
- PQP, fralda descartável subiu de novo.

E coisas do gênero.

Sensacional.



O mundo do rock é esquisito pacas mesmo.

Pra ter idéia na escola do Rock que fui diretor Jam session era tocar as músicas já ensaiadas e que todo mundo sabia nota por nota nunca levar um som mais solto....
Eu estranhava pacas isso.

Eu cresci vendo músicos profissionais na casa da minha tia que era produtora e tinham um estúdio em casa porque o marido dela é músico e artista. E tinha uma pá de artista pop na casa dela mas eu curtia mesmo era ver as bandas ensaiando então sempre fui pouco romântico em relação a profissão tanto que com 19 anos dava 50 aulas por semana em uma escola de música mas eu sinto que em Sp há muito romantismo justamente no meio rocker....

Vi a entrevista completa, e o Starling NITIDAMENTE discorda das opiniões dele o tempo todo. Não diz diretamente, até para ser educado com o convidado, mas nitidamente acha ele meio babaca.

^ Pode crer.

E o Lisciel foi pego em contradição algumas vezes na conversa. É muito fácil derrubar os argumentos dele, porque é uma ideia muito romântica e idealizada. Chega a ser bobinho esses papo dele.

O Mateus propositalmente tá trazendo esse tipo se assunto à tona em todos os episódios, pra dar views e crescer o canal. Isso é muito nitido.

Jãozeiro escreveu:Eu concordo com um monte de coisa que o Lisciel fala, e discordo de um monte.

Na parte técnica ele é um monstro. Diferenciado, realmente fora da curva. Quantos caras iguais a ele tem no mundo? Se não me engano o estúdio dele é o maior estúdio analógico do mundo. E os equipos que ele faz têm parado na mão de cara grande do áudio.

Mas quando ele fala sobre assuntos "da vida"...arte, negócios, investimento, etc. Puts, é triste demais...

[2]

O problema de alguém que é muito bom em algo e que é um tanto arrogante é achar que sabe de tudo.

allexcosta escreveu:

Fernando Zadá escreveu:As polêmicas do mundo musical no geral são movimentadas com muito mais força e alcance pelos amadores e entusiastas do que pelo dito profissional que está ali focado em fazer acontecer e mudar a forma como a grande massa enxerga o músico que é exatamente o que ele coloca ali e só reforça.

Nem sequer passa pela cabeça do músico profissional "mudar a forma como a grande massa enxerga o músico".

As coisas que o músico profissional pensa são:

- Será que o cachê cai na Segunda?
- Será que o motorista da van bebeu alguma coisa?
- Tomara que tenha 20 shows mês que vem.
- Minha conta de luz tá atrasada.
- PQP, fralda descartável subiu de novo.

E coisas do gênero.

Por isso que música, no meu caso, é e sempre haverá de ser um hobby. Minha diferença para a galera do nicho em discussão é que procuro me aperfeiçoar na música, conhecê-la... Não me contento em tocar um "tum-tum-tum" fora do tempo.