Tudo sobre Luthite

Caros amigos baixistas e instrumentistas, confesso que estava com uma dúvida muito cruel em relação a instrumentos com Luthite, que é também um assunto um tanto velho, e não achei nada em português que poderia preencher minhas dúvidas, enfim, após procurar em alguns sites gringos e pegar um destes instrumentos para um “som”, tive algums conclusões, que explicarei a seguir:

O que é?

Luthite é um material desenvolvido pela Ibanez especificamente para a construção de instrumentos de cordas elétricos, como guitarra e contrabaixo. Ele é usado na linha da empresa Ergodyne de baixos e guitarras da linha RED. Ela foi licenciada para uma série de outros fabricantes, por exemplo, baixos Cort Curbow que usam este mesmo material.

Características

A principal característica do Luthite parece ser o fato de que, ao contrário da madeira, que pode ser moldada em praticamente qualquer forma imaginável sem o processo ser muito caro, como vemos por aí. Assim, os baixos Ergodyne parecem ter sidos tirados de alguma cena de filme de ficção (os baixos Cort Curbow já tem um olhar mais tradicional, um visual mais na “moda”). Na verdade, mais baixos Luthite parecem ser muito mais caros do que realmente são e o material é extremamente durável e conservador.

Vale a pena?

Após ter tocado um pouco com um baixo de Luthite, mais precisamente um Cort Curbow com 5 cordas e captação Bartolini MK1, eu fiquei muito surpreso com o peso do instrumento. Mesmo os baixos muitos leves que já toquei ficaram atrás do mesmo. Outro pró para baixistas que gostam de pular e fingir que é o Flea: não vão quebrar as costas ao tentar! (ok, momento de humor…). Vários usuários do Luthite feitos artesanalmente observaram de que o material exala um cheiro horrível (de "plástico novo"), que leva cerca de uma semana para acabar. Os componentes exatos deste material parecem ser um segredo comercial, nada divulgado (até esta data).

Melhor que madeira?

De fato, o material Luthite não é o primeiro exemplo sintérico para instrumentos musicais, Steinberger em 1980, tinha sua linha inteira feita de um material proprieário chamado “Steinberger Blend”, que era composto principalmente de: Carbono, Grafite, Kevlar e fibra de vidro. Claro, que este novo sintético provavelmente não possui todos estes materiais, pelo preço já podemos concluir.

Em relação a madeira x sintético, ainda existe muito preconceito da parte de muitos músicos, o modelo da Cort por exemplo, consegue ser melhor do que muitos baixos de madeira do mesmo porte, deixando claro que ele é ativo e isso ajuda muito também em relação ao timbre final, e o instrumento também mostrou o braço bem confortável, salve alguns problemas neste instrumento: Existe uma pequena (bem pequena, mas existe) diferença de peso braço/corpo dando uma pequena diferença para o braço, pendendo um pouco, mas nada que te atrapalhe em um trabalho, muitas pessoas reclamaram do “timbre” do instrumento, que é diferente, eu não posso reclamar muito, pois usei o mesmo equipado com um POD e o timbre ficou ótimo.

A escala é composta de Ebonol, outro sintético do Ébano, ele tem um visual cintilante e escuro, confortável e com um sustain consderável e o braço é composto de maple (sim, um pouco de madeira!). Este instrumento é um dos melhores custo/benefício que já vi, e recomendo para que não quer gastar muito dinheiro com instrumentos, recomendo para quem toca seis horas seguidas com pouco tempo de intervalo (isso acontece pessoal…), e recomendo para quem é ainda um músico amador e pode gastar até uns R$ 1000,00/1500,00 em um instrumento.

>>> Vídeo de Exemplo



PS - Post original de Rafhabass Blog

Tópico muito interessante... seja bem vindo ao fórum Rafhabass...dê um pulo nesse link AQUI, e se apresente pra galéra lhe dar boas vindas...abraço...

Ok, obrigado! \o/

legal o tópico, bem instrutivo, tirou muitas das minhas dúvidas... tenho uma amiga q quer construir uma guitarra de fibra de vidro, confesso q tinha um pé atras, mas, so testando mesmo pra saber, vai q essas fibras sinteticas são realmente boas ne mesmo?!

Bom tópico. Sou um apreciador do Curbow, acho um bom baixo com uma identidade própria.

Parabéns pelo tópico, muito bom.
Não possuo nenhum baixo com esse material, mas ja toquei com um Cort Curbow 5 cordas em um Show gospel aqui em Brasólia, me amarrei no som dele, e fora que ainda tem essa vantagem de ser um instrumento muito leve.

Excelente tópico, muito esclarecedor.

Eu tinha um ibanez ergodyne (edb 605) dos antigos, foi um dos melhores baixos que tive. O timbre é muito bom e é muitíssimo confortável de tocar.

otimo tópico, ainda mais por ser o primeiro!
chegou agregando! parabéns!
e seja bem vindo!

Muito bom Rafhabass. Parabéns.

show de bola. Esse assunto é recorrente mas sempre interessante. O que acho um erro é tentar comparar o sintético como substituto da madeira, quando na verdade são propostas distintas.

Eu particularmente não gosto do tal do ebonol: achei o toque dele ruim, não acho bonito e os instrumentos que toquei que o usavam tinham um som de plastico. Talvez pela sua origem, que é de camadas de papel com resina fenólica, sendo chamado de ebonol somente por ser escura (provavelmente por adição de pigmenatação escura) e de alta densidade, caracteristicas reconhecidas no ébano,.

Eu experimentei rapidamente um ergondyne e achei realmente muito confortável. Talvez um acabamento texturizado no ebonol ajude a tirar essa sensação de plastico, tanto no som como na sensação. Talvez até já exista e eu não sei.

Parabéns! Esclarecedor. Ja toquei num curbow e não curti o timbre.

Abraço!

Já toquei em ambos os baixos (tem um ergodyne lá na minha ex-igreja), e acho q realmente são diferentes... não sei dizer q são melhores ou piores, mas sim diferentes...

Eu pessoalmente não gosto do timbre dos MK-1`s, nem no Cort Curbow nem no Cort A5, então creio q não ter curtido muito o timbre vem muito da captação e pre tbm...

eu tenho um b4 fretless e acho o baixo sensacional: leve, confortável e um p*** som... DESLIGADO!

Ele usa esses MK-1 e concordo: NUNCA toquei em um que me convencesse. Esse baixo mesmo eu peguei pq na época era o único fretless com preço bom no mercado, nenhuma loja tinha. Era ele ou o Squier VM. Como trocar captador é mais facil que trocar escala, preferi esse.

Isso tudo é para dizer: o que certamente apaga boa parte dos baixos de material sintético é o uso desses MK-1. Basta ver que os Lakland 44-01 e 55-01 são bem recomendados... com captadores Nordstand. Os Culrbow vinham com MightMite, salvo engano, e foi a época que ganharam elogios.

Já toquei em um Curbow, mas tinha captação Migthy Mite. Não gostei do timbre nem da "pegada" do instrumento. Não testei esse modelo com Bartolini.
O fato é que, excetuando a fibra de carbono, que é um material caro e de difícil "shapeamento", ainda não há um substituto adequado para a madeira....

Os MK-1 me agradam nas lojas. Mas o problema de "desaparecimento" qdo em banda nunca testei.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Já toquei em um Curbow, mas tinha captação Migthy Mite. Não gostei do timbre nem da "pegada" do instrumento. Não testei esse modelo com Bartolini.
O fato é que, excetuando a fibra de carbono, que é um material caro e de difícil "shapeamento", ainda não há um substituto adequado para a madeira....

Concordo, BERTOLA!

E acrescento que achei os curbow que vem com "esses" bartolinis ainda mais sem presença, peso, quando comparados aos antigos, equipados com os migthy mite.

[ ]´s

Obrigado pelos comentários amigos músicos, mas.... Enfim, confesso para vcs que sábado passado eu acabei adquirindo um Curbow 5C, para testes e essas coisas, estes materiais doidos me instigam um pouco...

Enfim, tive minhas conclusões em relação a captação: Na primeira noite, senti um pouco de falta de ganho na corda SOL, ela praticamente sumia quando tocava, regulada de qualquer maneira... Isso, provavelemente deve ser em relação a captação.

Exatamente no domingo eu fiz um teste em trocara captação para um Bass Line 5C music man, e vou falar..... O som ficou mt bom, mais alto, mais ganho e usei ele por mais 2 noites tocando ao vivo e com banda, confesso que gostei.... Irei usar mais e tentarei usar sem efeitos ou pedaleras, para uma conclusão mais sólida!

Abraços!!

Ai a coisa já muda de figura...

Avalia então agora com uma captação de qualidade, assim dá pra ver se os materiais diferentes influenciem muito no som.