Sabedoria vem com a idade?

Tava lembrando de quando comecei a tocar lá com os meus 16 anos. Sempre fui muito fã de Queen e qualquer coisa que fugisse da banda ou estilo eu já nem ouvia, puro preconceito bobo. Depois desses 10 anos e de ter começado a tocar com seriedade e rodado por várias bandas e estilos hoje eu me surpreendo ouvindo algumas coisas que naquela época eu nem passava perto. Nada como cutir uma boa produção musical. Acho que o primeiro passo pra quem quer se desenvolver musicalmente é realmente esquecer os rótulos. Você pode não ouvir o som em casa, mas reconhecer a riqueza musical é outra coisa.

Tá aí uns vídeos pra exemplificar:

Ber escreveu: Nada como cutir uma boa produção musical. Acho que o primeiro passo pra quem quer se desenvolver musicalmente é realmente esquecer os rótulos. Você pode não ouvir o som em casa, mas reconhecer a riqueza musical é outra coisa.

Concordo plenamente. É preciso maturidade para saber reconhecer um bom trabalho mesmo em estilos que não gostamos. Eu,por exemplo não curto o som baiano atual mais admiro a qualidade musical e as produções de altíssimo nível.

Concordo, Amagomes. Engraçado que a música baiana é sempre a mais mal comentada pelas pessoas em geral. É feio, virou um senso comum. Eu acho um estilo riquíssimo e sempre apanhei muito (muuuuuito) quando precisei tirar alguma linha de baixo.

Isso se aplica também a a outros estilos. Nos anos noventa,havia o "pagode" de grupos como Sensação, Kiloucura, Exalta,que está até hoje, Soweto etc...
O que se aproveitava dali? O trabalho de arranjadores/produtores como Evaldo Santos, Jotinha ( Jota Moraes), Prateado ( revolcionou o contrabaixo no samba com um estilo inconfundível).

Cara, concordo muito com estas afirmações suas a respeito de preconceitos e rótulos. Quando somos moleques não temos esse ecletismo de estilos, repudiamos o "diferente".
Vou dar o meu exemplo, eu não curto ritmos regionais, tais como baião, frevo, axé, entre outros, mas hoje reconheço a riqueza musical destes estilos e tenho a plena convicção que o músico que se enveredar por estes caminhos de aprendizado, independente do que toca, vai enriquecer demais o seu "vocabulário" musical.
Outra coisa é pagode, jamais você vai entrar no meu carro e vai escutar um cd deste estilo tocando, mas quando por acaso escuto um cd de um Alexandre Pires, um Belo, uma Alcione da vida, não há como não admirar a produção e arranjos destes trabalhos, entre outros...

ah, com certeza, nao!!

Com certeza!

Mas não diria com a idade e sim com a maturidade. Quero dizer que com os estudos, experiências e etc...

cara os próprios mamonas assassinas faziam arranjos muito bons pras suas músicas... eram bem novos até e você nota nas músicas influências (por mais que escrachadas) de vários estilos totalmente diferentes...

Esse preconceito é provindo quase em sua totalidade da turma do rock, pra quem se não é rock não é bom. Pior que é gente que não quer nem ouvir o estilo. Engraçado é que baixista de forró toca rock a noite toda, mas baixista de rock não consegue acertar uma nota em um forró. Vai entender...

_leorocha escreveu:Com certeza!

Mas não diria com a idade e sim com a maturidade. Quero dizer que com os estudos, experiências e etc...

É. Realmente.

Muita gente não consegue separar a musica da letra.
Tem que ter um baita de um dicernimento musical pra escutar algumas musicas e separar aquilo que é interessante das letras cornisticas.

Não gosto de generalizações. O cara do Rock. O cara do Axé. O cara do Funk.
Com os verdadeiros musicos, aqueles profissionais que vivem da musica, o preconceito deve ser minimo.

NOrmalmente as rixas acontecem no meio de pessoas pobres de espirito e de musica.

Até em porcarias de musicas eu já achei ótimas idéias.

Das Spice Girls só gosto de ver o clip..... não me leve a mal

Gosto muito do som da rapaziada da A Cor do Som... é um trabalho de muita genialidade... as linhas de baixo do Dadi são geniais!!!

Spice Girls... sempre admirei...

allexcosta escreveu:Esse preconceito é provindo quase em sua totalidade da turma do rock, pra quem se não é rock não é bom. Pior que é gente que não quer nem ouvir o estilo. Engraçado é que baixista de forró toca rock a noite toda, mas baixista de rock não consegue acertar uma nota em um forró. Vai entender...

Disse tudo!

NESCAU escreveu:

allexcosta escreveu:Esse preconceito é provindo quase em sua totalidade da turma do rock, pra quem se não é rock não é bom. Pior que é gente que não quer nem ouvir o estilo. Engraçado é que baixista de forró toca rock a noite toda, mas baixista de rock não consegue acertar uma nota em um forró. Vai entender...

Disse tudo!

Infelizmente o Allex tá certo. A galera do rock é muito preconceituosa com outros estilos musicais, mesmo dentro rock/metal. Gosta de Gothic Metal e acha o Classic Rock dos anos 60 e 70 um lixo, e por aí vai.

Ai de mim se eu comentar no meio da galera que eu curto Victor & Léo. Acho que não sobrevivo pra contar a estória...

Mas foi dito mais acima que não é com a idade que vem a sabedoria, e sim com a maturidade. Concordo plenamente. Neguinho pode ter 70 anos na cara e ser extremamente preconceituoso e com pensamentos bitolados. Idade não é sinônimo de sabedoria e/ou discernimento.

Vlad escreveu:Spice Girls... sempre admirei...

Acho legal demais também.