Bandas de Músicas Voltadas para Religiões

Não sei se porque agora tenho pegado um apreço maior por essas musicas devido a estar tocando em um ministério. porem vejo que este tipo de musica tem ganhado um destaque nas mídias sociais

Mais alguém tem visto isso?

Falo de Bandas e Cantores tipo: Anjos de Resgate, Casa Worship, Rosa de Saron, Oficina G3, Eliana Ribeiro. Aline Barros, Fernandinho, ID2, entre outros...

obs,: E musicalmente também tem sido interessante os arranjos

Não quis classificar como católicas e gospel, mesmo sabendo que seja a maioria hoje em dia, para não criar algo especifico, pois pode ser que em algum lugar classifiquem elas de outro modo, vai saber....

Música gospel vive um boom por questões bem óbvias:

- O Brasil é um país receptivo a religiões em um momento em que o mundo tem sido menos receptivo. Países cujos alicerces são cristãos hoje em dia possuem maioria da população composta de agnósticos ou ateus.

- As letras estão se tornando cada vez mais antropocêntricas (meu milagre, minha benção, minha vida...) e cada vez falam menos do evangelho, ou seja, vão de encontro com a autocomiseração que infesta as redes sociais e também os cristãos, mesmo sendo anti-bílblico (como a onda de achar que está sendo perseguido, pessoas tóxicas, o inferno são os outros, etc).

- A música gospel é pop e bem produzida.

- Via de regra os músicos são bons tecnicamente e estão junto ao mainstream da música secular (Afram, Aposan, Cleverson, Braguinha entre outros)

Depende muito. Permitam-me discorrer rapidinho sobre as músicas do meio evangélico/cristão, posso?

A expansão de bandas cristãs/evangélicas no período dos anos 90-00, ou seja, um movimento com muito foco em quebrar conservadorismo e abrir portas, já se encerrou. Bandas e grupos da época já minguaram ou estão focadas em seus próprios nichos: Oficina G3, Resgate, Katsbarnea, Diante do Trono, Cassiane, etc etc etc. Foi nessa que o movimento de músicas muito focadas no "eu" também cresceu: "meu milagre", "eu isso", "eu aquilo".

Esse movimento abriu poderosamente o mercado e indicou que poderia ser algo muito lucrativo. Logo em seguida o movimento traducionista veio a tona: basicamente respirávamos Hillsong e Jesus Culture nas músicas oferecidas para os brasileiros. Clones, com letras traduzidas, arranjos xerox nota-a-nota. Durou até iniciar o movimento atual, indicado pelo tópico. Hoje há uma certa "aversão" ao conteúdo traduzido, porém....

O formato atual, se posso denominar "uorshipeiro" ou "vovôship", é importado também. O movimento "worship" veio dos EUA. Musicalmente, o meio evangélico/cristão é atrasado em relação ao meio pop "secular", e aqui entramos em uma questão interessante: O meio pop "secular" passou por esse mesmíssimo "boom" uns 6~7 anos atrás, e pelos mesmíssimos motivos: músicas com letras altamente simplificadas, extremo nível de repetição - tanto em harmonia como na parte cantada, clipes com formatos "caseiros" e paletas escuras, produção de músicas estranhamente similares à equivalentes "pop" do momento (desafio vocês a procurarem músicas do meio sertanejo universitário e procurar suas equivalentes no meio góspe ).

Os artistas que atuam com composições ou algo fora-da-curva atendem a nichos ou não conseguem muita visibilidade (quase ninguém sabe quem é Aposan), mas estes são poucos e mesmo quando consequem algo, não ficam muito tempo em destaque. Aliás, mesmo os que oferecem um conteúdo no formato popular também somem com rapidez de fast food (a música "Lindo És" já desapareceu completamente, lembram dela?)

Resumo:
Hoje o meio evangélico/cristão é um mercado que está amadurecendo como mercado. E tem muita gente interessada no mercado. Isso faz com que cresça, e junto aos motivos já citados por outros usuários, a ascensão é uma consequência.

O mercado de música cristã é um dos poucos que ainda vende CDs. Público fiel, que pirateia pouco, comparado à outros nichos, e compra CDs antes mesmo de serem lançados.

Muito bem pontuado Sonikado. Só a parte do Aposan ser desconhecido que eu discordo um pouco... ele já era conhecido desde a época que tocava samba, depois com Oficina e Thales o cara se tornou bem badalado.... ele inclusive está no 4Action, junto com o Felipe Andreolli, Sydnei Carvalho e o Roger Franco (que também tocava com o Thales).

RBORCARI escreveu:Não sei se porque agora tenho pegado um apreço maior por essas musicas devido a estar tocando em um ministério. porem vejo que este tipo de musica tem ganhado um destaque nas mídias sociais

Mais alguém tem visto isso?

Falo de Bandas e Cantores tipo: Anjos de Resgate, Casa Worship, Rosa de Saron, Oficina G3, Eliana Ribeiro. Aline Barros, Fernandinho, ID2, entre outros...

obs,: E musicalmente também tem sido interessante os arranjos

Aline Barros? Oficina? Fernandinho? meu irmao tu ta uns 5 anos atrasado rsrs....

Excelentes explicações, Henri-Q e Sonikado. Só faltou dizer que uma característica muito importante nesta indústria é o processo de produção, divulgação, e distribuição estarem interligados e relacionados a um mesmo grupo. Ou seja, na maioria das vezes, os complexos comunicacionais são responsáveis pela gravação dos CDs, DVDs, produção de videoclipes, jornais, revistas, transmissão na televisão, portais na Internet, realização de shows, além de alguns ainda obterem emissoras de rádio e até lojas especializadas de vendas dos produtos fabricados.

Desculpa ai Netoultra, Acho que coloquei mais por gosto do que por atualidade kkkkkkkk

Obrigado pessoal pelas contribuições, na questão do CDs eu ainda compro eles e sempre originais, minha esposa surta comigo, enfim, é um gosto que nao perdi...

RBORCARI escreveu:Desculpa ai Netoultra, Acho que coloquei mais por gosto do que por atualidade kkkkkkkk

Obrigado pessoal pelas contribuições, na questão do CDs eu ainda compro eles e sempre originais, minha esposa surta comigo, enfim, é um gosto que nao perdi...

Nao precisa se desculpar rsrs... So achei engraçado... Eu tb gosto dessa galera q vc citou aí... Mas la na igreja eu sou o tiozão.... rsrs

kkkkkkkkkkk eu tambem rsrs

Estamos trabalhando pra renovar o repertorio agora, incluindo Frei Gilson, Casa Worship, Preto no Branco, ID2, Paulo Baruk...

Duro que tem muitos Padres que não gostam, infelizmente...

Preferem ouvir: O povo de Deus, Maria de Nazaré, Te amarei senhor...entre outras dos anos 80 ou menos rs

Na igreja católica apostólica romana, ate que o Papa Francisco tem tentando mudar, mais o povo precisa ser mais receptivo, acredito que em tudo, não somente na questão de atualização da religião...

A música tocada diz muito sobre a congregação. Normalmente reflete a cosmovisão assumida, usos e costumes e coisas do tipo. Existe líderes (padres, pastores, bispos) que auditam cada estrofe que se canta, no sentido de evitar que o sermão diga uma coisa e o grupo de louvor outra. No entanto, existe aqueles que são mais indiferentes e deixam a bola rolar.

Via de regra, não é só o gosto musical que conta.

Minha velha mãe é daquelas crente raíz (Congregação Cristã).
Ela diz assim: "óia, fio, que músicas feias que essas Igrejas tocam hoje em dia. É um tal de 'bênção', 'vitória', fica repetindo a mesma coisa 20 vezes."

Hehe...
Ela tá se referindo exatamente a essas músicas worship que tocam em algumas igrejas neopentecostais no bairro onde ela mora (tem duas igrejonas dessas a 300m de distância uma da outra).

E mano, ela tá certa pacarai.
Você pega as músicas raíz, da crentaiada das antigas, mano, as músicas são lindas. As letras são poesia, você vê criatividade, sofisticação. Com as harmonias dá pra brincar muito com substituição de acordes, dissonâncias.

Não tem nem comparação com esse lixo que é o worship aí. A fórmula é básica: letras repetitivas e fortemente emotivas para o crente se emocionar, chorar, e achar que isso é o tal "sentir a presença do Espírito Santo". E claro, não dizer nada diferente que a pessoa vai ter "bênção, milagre e vitória" nas letras.

É um tipo de música que vende bem. A turma do sertanejo universitário canta música gospel nos shows.

Jãozeiro escreveu:Minha velha mãe é daquelas crente raíz (Congregação Cristã).
Ela diz assim: "óia, fio, que músicas feias que essas Igrejas tocam hoje em dia. É um tal de 'bênção', 'vitória', fica repetindo a mesma coisa 20 vezes.

A sabedoria de um ancião experimentado nessa vida tá a anos luz da galera que se converte vendo vídeo "motivacional" no facebuqui

Henri-Q escreveu:

Jãozeiro escreveu:Minha velha mãe é daquelas crente raíz (Congregação Cristã).
Ela diz assim: "óia, fio, que músicas feias que essas Igrejas tocam hoje em dia. É um tal de 'bênção', 'vitória', fica repetindo a mesma coisa 20 vezes.

A sabedoria de um ancião experimentado nessa vida tá a anos luz da galera que se converte vendo vídeo "motivacional" no facebuqui

quem nasceu e cresceu em cima do hinário cristao, mesmo tocando todos os hinos com as mesmas 4 notas, nunca vai agradar das musicas atuais antropocentricas e anti-biblicas.

Normalmente eu que separo as musicas para tocar baseado na liturgia do dia...

e sempre foco em algo que vá tocar as pessoas, não me baseio em repetições dentro de estrofes para colocar ou não o cântico...

quando vocês dizem worship, fora a banda que chama casa worship, isso virou um estilo de musica gospel?

RBORCARI escreveu:quando vocês dizem worship, fora a banda que chama casa worship, isso virou um estilo de musica gospel?

Só pra ter uma noçao de como as palavras perdem valor: Gospel não é um "grupo" de músicas especificamente cristãs/evangélicas, é um ritmo musical;

Worship, traduzindo, significa apenas "adoração"... mas virou um ritmo, que virou um estilo, e agora tá virando um formato de produção musical

As características são fáceis de identificar:
- Poucos acordes
- Letra simplificada e muito repetitiva
- Músicas longas (7+ minutos, em "ao vivos" vc pode encontrar a mesma música sendo repetida por mais de 20 minutos)
- O ritmo como um todo é lento, naquela pegada meio "adoração" mesmo
- A música sempre brinca muito com dinâmica, baterista é um dos principais, onde (comumente) um mesmo verso é repetido em momentos de calmaria e "explosivos"
- Teclado com um pad. O tempo todo. Os mais sofisticados usam arpejos e brincam bastante com as notas, mas nunca pode faltar um pad.

Não é algo ruim por si só, mas quando tudo o que é tocado é isso... fica estranho. Num comparativo, daria pra dizer que é um miojo musical. Não é ruim, pode ser muito saboroso se bem feito, mas se tudo o que você come é só isso...

Quando conheci o "worship" eu gostei bastante, mas ao longo do tempo enjoei por conta do uso exagerado.

Casa Worship aderiu ao estilo e adota também no nome. Uma banda que começou com o padrão Worship mas já se afastou foi Morada.

Aqui um exemplo, com certeza ao ouvir vc identificará os padrões, são todos meio parecidos   :

Valeu Sonikado

vou ver e ouvir mais sobre isso...

normalmente procuramos letras, que alem de completar a liturgia, façam a comunidade refletir o que esta sendo cantando...

Bom, eu tenho ouvido falar sobre a música tocada nas igrejas e templos cada vez mais e, sinceramente, quando falam que é um estilo musical, um ritmo, etc... não consigo identificar nada disso. Me parece apenas música, de vários estilos, cuja temática das letras é religiosa.
E por favor, é pura ignorância e desconhecimento meu sobre o assunto, estou aqui pra aprender mesmo.
Existe uma célula ritmica específica do gospel, alguma harmonia que seja característica?
A algum tempo vi no Instagram um baixista genial fazendo vários licks e grooves geniais, que foram descritos como gospel chops. Não percebi nada que soasse especialmente diferente. Se estivesse descrito como licks de jazz pra mim soariam do mesmo jeito.
A pouco tempo comprei um pedal de reverb com a função Schimmer e li que era muito usado no estilo Worship. Fui ver o que era e acho que saquei o estilo. O Sonikado explicou ali em cima:

As características são fáceis de identificar:
- Poucos acordes
- Letra simplificada e muito repetitiva
- Músicas longas (7+ minutos, em "ao vivos" vc pode encontrar a mesma música sendo repetida por mais de 20 minutos)
- O ritmo como um todo é lento, naquela pegada meio "adoração" mesmo
- A música sempre brinca muito com dinâmica, baterista é um dos principais, onde (comumente) um mesmo verso é repetido em momentos de calmaria e "explosivos"

Se eu não soubesse do que se tratava, juraria que era alguém descrevendo um disco do Pink Floyd ou de outra banda progressiva.

Posso estar muito engando e me corrijam se eu estiver, mas não me parece existir um estilo gospel e sim uma temática.

Além disso o worship também conta com guitarras lotadas de reverb com shimmer. Você não sabe o que e guitarra e o que é teclado.

Ah sim, Allex, vc tem razão. E isso é legal pra cacete!

Andremoura escreveu:Bom, eu tenho ouvido falar sobre a música tocada nas igrejas e templos cada vez mais e, sinceramente, quando falam que é um estilo musical, um ritmo, etc... não consigo identificar nada disso. Me parece apenas música, de vários estilos, cuja temática das letras é religiosa.
E por favor, é pura ignorância e desconhecimento meu sobre o assunto, estou aqui pra aprender mesmo.
Existe uma célula ritmica específica do gospel, alguma harmonia que seja característica?
A algum tempo vi no Instagram um baixista genial fazendo vários licks e grooves geniais, que foram descritos como gospel chops. Não percebi nada que soasse especialmente diferente. Se estivesse descrito como licks de jazz pra mim soariam do mesmo jeito.
A pouco tempo comprei um pedal de reverb com a função Schimmer e li que era muito usado no estilo Worship. Fui ver o que era e acho que saquei o estilo. O Sonikado explicou ali em cima:

As características são fáceis de identificar:
- Poucos acordes
- Letra simplificada e muito repetitiva
- Músicas longas (7+ minutos, em "ao vivos" vc pode encontrar a mesma música sendo repetida por mais de 20 minutos)
- O ritmo como um todo é lento, naquela pegada meio "adoração" mesmo
- A música sempre brinca muito com dinâmica, baterista é um dos principais, onde (comumente) um mesmo verso é repetido em momentos de calmaria e "explosivos"

Se eu não soubesse do que se tratava, juraria que era alguém descrevendo um disco do Pink Floyd ou de outra banda progressiva.

Posso estar muito engando e me corrijam se eu estiver, mas não me parece existir um estilo gospel e sim uma temática.

Cara, cartesianamente seu comentário é contundente; gospel = música com tema cristão. No entanto, a coisa é um pouco mais orgânica.

Adoração, que tem um sentido bíblico profundo e relacionado a "estilo de vida" passou a ser encarado como "estilo musical". Desde o auge de grandes grupos (desnecessário citar para não desvirtuar) que traziam uma certa dose de mística nas músicas e também nas apresentações ao vivo. A coisa se atenuou com o advento da prática G12 (também importada) que tinha uma liturgia bem mais "enfeitada". O efeito prático foi um sem fim de músicas iguais que tornou o estilo caricato (o que já foi bem pontuado belo Sonikado).

Entendi a ideia da comparação worship/pink floyd, mas se vc ouvir uns três sons nessa vibe vai ver que passa longe.

o worship vem mto do R&B, só q bem mais simplificado...
o q difere gopel do secular é o conteudo do q esta sendo cantado, por exemplo, nos EUA, a grande maioria dos cantores e artistas POP vieram da igreja, aprenderam a cantar em corais de igreja, e acabaram absorvendo mto do estilo musical do q era tocado.

vinibassplayer escreveu:o worship vem mto do R&B, só q bem mais simplificado...
o q difere gopel do secular é o conteudo do q esta sendo cantado, por exemplo, nos EUA, a grande maioria dos cantores e artistas POP vieram da igreja, aprenderam a cantar em corais de igreja, e acabaram absorvendo mto do estilo musical do q era tocado.

Discordo totalmente.

Precisamos entender que a música gospel raiz americana surgiu dos negros, dos escravos. Da mesma fonte do Soul, do Funk, do R&B, do Jazz e todas as suas vertentes e toda boa música negra americana. A música gospel americana que ainda segue esses padrões, que ainda possuem os seus corais, ainda é muito bem representada e nada tem com o estilo Worship (que é muito chato por sinal).

O Worship já tem a sua raiz no indie, no rock tipo U2, em coisas mais pops, radiofônicas. Tem todos os elementos da música indie. Inclusive a atual mistura com eletrônica e essas papagaiadas todas. É mais música de igreja de brancos. É música de millenial .

Quero inclusive ressaltar que quando digo "música de igreja de brancos", não estou sendo racista. Estou apenas expondo algo que infelizmente ainda é comum nos Estados Unidos, as famosas congregações de negros, que inclusive possuem uma música incrível e deu ao mainstreem nomes como Beyoncé, Whitney Houston, Lionel Ritchie, Corey Henry, Sharay Reed e tantos outros artistas de talento.

Worship = Coisa de Millenials. Som tipo U2, tum tum tum e tônica

Música Gospel Americana Tradicional = Funk, Jazz (Todas as vertentes, incluindo Be Bop), Blues, corais, R&B e toda excelência em música negra.

vinibassplayer escreveu:o q difere gopel do secular é o conteudo do q esta sendo cantado

Deveria ser.

Aqui no Brasil já está ocorrendo um fenômeno de homogenização. Isso é bem comum em terras tupiniquis, faz parte da nossa cultura.

- Você tem músicas como "É preciso saber viver", "Se eu quiser falar com Deus", "canção da América" que trazem mensagens muito mais cristãs do que "Restitui", "Sete Vezes Mais", a do "Como Zaqueu lá".

- Temos também músicos seculares cujas letras flertam abertamente com a bíblia ou versículos bíblicos. Tenho N exemplos, mas vou pegar um de uma música que eu gosto... se eu fosse o pastor essa tocaria na ceia rsrsrs

Vamos deixar claro algumas coisas aqui, que muitos de vocês já identificaram, mas um post-resumo para quem tá chegando de paraquedas agora:

-Gospel: Tem seu significado totalmente abandonado. Originalmente um estilo musical (assim como rock, axé, balada, etc...); hoje é um termo totalmente genérico para uma música concebida em ambiente cristão/evangélico, com o adendo de que a palavra não tem nada a ver com o ritmo sendo tocado (por isso ouvimos frases como "metal gospel" ou "axe gospel").
É um "adesivo rotulador" que pessoas no meio cristão/evangélico gostam de se auto-dar ou receber.

- Worship: Temos 2 significados, o primeiro é a tradução literal do ingles "adoração" e o segundo é o estilo musical. Se usado no contexto de "adoração", não há nenhum relacionamento com estilos musicais, basta apenas olhar no dicionário. No contexto de "estilo musical", voltamos ao significado que indiquei lá em cima, onde temos músicas que se identificam ao ritmo/estilo musical "worship".

Se eu não soubesse do que se tratava, juraria que era alguém descrevendo um disco do Pink Floyd ou de outra banda progressiva.

Gostei do comparativo mas pode ficar em paz que qualquer coisa progressiva geralmente envolve algum virtuosismo ou alta complexidade. Worship é (como bem pontuado) coisa de millenial... é fácil, rapido, repetitivo. E é dificil até dizer que é "congregacional", mas enfim.

Legal pessoal, consegui entender melhor esse mundo aí.

Abraço e todos e bons música pra todos, independente do estilo, denominação ou intenção religiosa!

pedrohenrique.astronauta escreveu:

vinibassplayer escreveu:o worship vem mto do R&B, só q bem mais simplificado...
o q difere gopel do secular é o conteudo do q esta sendo cantado, por exemplo, nos EUA, a grande maioria dos cantores e artistas POP vieram da igreja, aprenderam a cantar em corais de igreja, e acabaram absorvendo mto do estilo musical do q era tocado.

Discordo totalmente.

Precisamos entender que a música gospel raiz americana surgiu dos negros, dos escravos. Da mesma fonte do Soul, do Funk, do R&B, do Jazz e todas as suas vertentes e toda boa música negra americana. A música gospel americana que ainda segue esses padrões, que ainda possuem os seus corais, ainda é muito bem representada e nada tem com o estilo Worship (que é muito chato por sinal).

O Worship já tem a sua raiz no indie, no rock tipo U2, em coisas mais pops, radiofônicas. Tem todos os elementos da música indie.

Concordo totalmente.

Jãozeiro escreveu:

pedrohenrique.astronauta escreveu:

vinibassplayer escreveu:o worship vem mto do R&B, só q bem mais simplificado...
o q difere gopel do secular é o conteudo do q esta sendo cantado, por exemplo, nos EUA, a grande maioria dos cantores e artistas POP vieram da igreja, aprenderam a cantar em corais de igreja, e acabaram absorvendo mto do estilo musical do q era tocado.

Discordo totalmente.

Precisamos entender que a música gospel raiz americana surgiu dos negros, dos escravos. Da mesma fonte do Soul, do Funk, do R&B, do Jazz e todas as suas vertentes e toda boa música negra americana. A música gospel americana que ainda segue esses padrões, que ainda possuem os seus corais, ainda é muito bem representada e nada tem com o estilo Worship (que é muito chato por sinal).

O Worship já tem a sua raiz no indie, no rock tipo U2, em coisas mais pops, radiofônicas. Tem todos os elementos da música indie.

Concordo totalmente.

sim sim, me enganei sobre a origem do estilo em si, vcs tem razao

agora, sobre musicas "de igreja" como foi proposto no topico, sou mto mais isso aki
(mestre Laboriel no baixo)





e no BR curto mais as antigas msm, diante do trono e coisas do tipo, mto mais musicais do que essa onda worship simplista e repetitiva de hj em dia..

Henri-Q escreveu:

vinibassplayer escreveu:o q difere gopel do secular é o conteudo do q esta sendo cantado

- Temos também músicos seculares cujas letras flertam abertamente com a bíblia ou versículos bíblicos. Tenho N exemplos, mas vou pegar um de uma música que eu gosto... se eu fosse o pastor essa tocaria na ceia rsrsrs

Rapaz essa música já me fez chorar, e olha que eu não lembro quando uma música de Igreja já fez isso... Excelente em tudo! Não só a letra mas o contexto todo traz uma vibe muito boa.