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Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID.

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Mensagem por Convidado Seg maio 11, 2020 11:50 am

Fato é que existem quarentenas e quarentenas. Alguns estão em suas casas, trabalhando como se nada tivesse mudado, pelo menos do ponto de vista financeiro, outros estão passando um sufoco danado com suas atividades paralisadas ou reduzidas. O efeito negativo da COVID nas finanças é algo que devemos contornar por meio da solidariedade, afinal, o poder público nunca deu conta de suas atribuições em condições melhores, quanto mais no meio dessa calamidade. Isso posto, se você tem condições, não ignore apelos da sua paróquia, igreja, centro, mesquita ou mesmo daquele seu amigo que iniciou corajosamente um trabalho voluntário independente. DOE. Um quilo de feijão para quem pode pagar custa em média R$ 6,00, para quem não tem a quantia é imensurável.

Não esqueça também da miséria social. Neste exato momento as pessoas estão pesando seus valores, analisando suas vidas, percebendo o quão ruins são em interação social ou mesmo quão ruins se tornaram (nesse caso, graças ao uso excessivo de tecnologia). Antes de ignorar sumariamente o bom dia do familiar distante (só um exemplo... de qualquer pessoa na realidade) que você até tem certa bronca porque sumiu por séculos, lembre-se que do outro lado da tela pode existir uma pessoa desesperada por se sentir humano novamente, talvez depressivo, com tendências suicidas (vai saber!) e esse não é o melhor momento para fazer juízo de valores sobre ranços passados. Não te peço que pendure num celular como se fosse uma central de call center respondendo a tudo e todos, comprometendo o seu trabalho e tempo... refiro-me a humanidade. Gente precisa de gente... o sapiens foi e sempre será gregário, mesmo que a tecnologia insista em dizer o contrário!

Um dos maiores poetas que passou por essas terras tupiniquins deixou-nos uma verdade serena, que talvez você tenha decorada em sua mente, mas nunca parou para refletir de fato sobre... É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há! Somos pó e voltaremos ao pó. Se estiver ao seu alcance, ponha um pouco de cor em uma vida cinza.

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Mensagem por WHead Seg maio 11, 2020 12:25 pm

Henri-Q, parabéns pelo tópico.
Embora estejamos acostumados com o convívio, a empatia - principalmente nestes tempos - têm se perdido. As implicações psicológicas do confinamento/isolamento, aliadas às pressões da vida moderna (estresse pós-traumático, confusão, raiva e ansiedade.) devem ser tão consideradas quanto os riscos e efeitos diretos da contaminação pois sob eles conviveremos no pós-pandemia. A falta de justificativas claras, procedimentos e protocolos, e confiança nas autoridades, não nos ajudam em nada, é verdade, mas apesar do estigma que o próprio termo "quarentena" carrega em si, pode ser útil:

"Tentar entendê-la como um período de tempo diferente em suas vidas e não necessariamente negativo, mesmo que não tenham optado por isso. Quarentena significa um ritmo de vida diferente, uma oportunidade de entrar em contato com os outros de maneiras diferentes do habitual e, se você mora com outras pessoas, a oportunidade de brincar um pouco e aproveitar a companhia um do outro." - Jolie Goodman, Fundação de Saúde Mental do Reino Unido.

Às pessoas que enfrentam sozinhas uma quarentena, recomenda-se planejar o contato online com outras pessoas regularmente, criando rotinas e interações - se possível diárias.

Gestos simbólicos, como realizar doações, oferecer ajuda e dispensar sincera atenção aos profissionais que estão trabalhando, também.

Enquanto servidor público, não estou sob quarentena. Tenho ouvido e visto coisas que me fazem duvidar da nossa capacidade enquanto nação. Sei que isso terá fim - só gostaria que recomeçássemos numa direção mais humana. Abraço.
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Mensagem por Cantão Seg maio 11, 2020 1:01 pm

Excelente tópico...👏👏👏
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Mensagem por Mauricio Luiz Bertola Seg maio 11, 2020 6:32 pm

claps
Aqui no meu bairro temos uma rede de doações
Também há em um grupo de whatsapp do qual participo (de músicos) um esquema de "vakinha"
Solidariedade é a única coisa que importa.
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Mensagem por Bruno da Rosa Seg maio 11, 2020 8:04 pm

Muito boa a postagem, Henri-Q!

Que possamos nos ajudar nesse momento complicado
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Mensagem por Zubrycky Seg maio 11, 2020 9:01 pm

Me lembrei de um evento que aconteceu na Argentina. Lá, em Bahía Blanca, uma inquilina teve dois meses de aluguel dados de graça pela dona do imóvel assim que ela descobriu que a inquilina era enfermeira e trabalhava na linha de frente contra a pandemia.

https://www.clarin.com/sociedad/coronavirus-argentina-supo-inquilina-enfermera-dijo-pague-meses_0_8e2UD29b3.html
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Mensagem por Ivanov_br Seg maio 11, 2020 9:43 pm

Acho que no geral, nada vai mudar pois nossa sociedade é podre demais. Exemplos aqui e ali de altruísmo nao é o normal, para mim.

O Brasileiro é egoista e violento. E nao sou eu quem diz isso, sao as estatísticas.
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Mensagem por Convidado Ter maio 12, 2020 10:55 am

Ivanov_br escreveu:Acho que no geral, nada vai mudar pois nossa sociedade é podre demais. Exemplos aqui e ali de altruísmo nao é o normal, para mim.

O Brasileiro é egoista e violento. E nao sou eu quem diz isso, sao as estatísticas.
É uma maneira de pensar também.

Pra mim tá meio cheio.

Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID. Captur54


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Mensagem por WHead Qua maio 13, 2020 8:07 am

Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID. Captur47

Atendimentos psiquiátricos no Brasil sofrem impacto da pandemia de Covid-19.
https://www.abp.org.br/post/atendimentos-psiquiatricos-no-brasil-sofrem-impacto-da-pandemia-de-covid-19

Antônio Geraldo da Silva

O isolamento social mexe muito com a cabeça das pessoas. O estresse é uma reação normal que nos ocorre quando temos que ajustar nosso organismo frente à mudança e é de se supor que, num momento de grande mudança e necessidade de adaptação, sintomas de ansiedade, depressão e relacionados ao trauma aumentem e precisem de uma abordagem imediata.

Já era certo que a pandemia de Covid-19 teria sérios impactos nos atendimentos e na saúde mental da população. A "quarta onda", a das doenças mentais, exige monitorando da saúde mental da população e o atendimento psiquiátrico.

Em recente pesquisa realizada na semana passada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) com cerca de 400 médicos de 23 estados e do Distrito Federal (8% do total de psiquiatras do país), 89,2% dos especialistas entrevistados destacaram o agravamento de quadros psiquiátricos em seus pacientes devido à pandemia de covid-19.

47,9% dos consultados tiveram aumento nos atendimentos após o início da pandemia. Essa expansão atingiu até 25%, em comparação ao período anterior, para 59,4% dos psiquiatras entrevistados.

67,8% dos médicos receberam pacientes novos, que nunca haviam apresentado sintomas psiquiátricos antes, após o início da pandemia e do isolamento social. Outros 69,3% relataram ter atendido pacientes que já haviam recebido alta médica, mas que tiveram recidiva de seus sintomas.

44,6% do total de entrevistados apontaram o movimento contrário, a queda no número de atendimentos. Entre os principais motivos listados figuraram a interrupção do tratamento por parte do paciente devido ao medo de contaminação, queda no atendimento aos grupos de risco, e as restrições de circulação impostas por algumas localidades.

Em análise percebe-se que aumento dos atendimentos foi motivado, em sua maioria, pelo agravamento dos transtornos ou desenvolvimento de novas patologias psiquiátricas devido ao medo da Covid-19. A redução dos atendimentos àqueles que assim identificaram indica o medo da contaminação e estratégias para evitar o contágio - cenários preocupantes com que teremos que lidar.
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Mensagem por fheliojr Sex maio 15, 2020 7:48 pm

Ivanov_br escreveu:Acho que no geral, nada vai mudar pois nossa sociedade é podre demais. Exemplos aqui e ali de altruísmo nao é o normal, para mim.

O Brasileiro é egoista e violento. E nao sou eu quem diz isso, sao as estatísticas.

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Mensagem por Convidado Dom maio 17, 2020 4:17 pm


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Mensagem por WHead Ter maio 19, 2020 9:45 am

Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID. Captur50

Segundo os especialistas, obsessões e fobias sociais vão aumentar nos próximos meses - dependendo, é claro, das personalidades e experiências de cada um. Esse aumento será maior entre pessoas com distúrbios prévios. A resistência a sair agora é natural, estamos há muito tempo em casa e existe um risco real, mas as relações sociais são essenciais ao bem-estar do ser humano - e não só com amigos e familiares, também com o grupo em geral. O ideal é voltar à rua o quanto antes, ainda que pouco a pouco - mas com responsabilidade.

https://brasil.elpais.com/buenavida/2020-05-18/tres-fobias-sociais-que-aumentarao-depois-do-confinamento-e-quando-e-normal-ter-medo.html
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Mensagem por Tarcísio Caetano Ter maio 19, 2020 10:10 am

fheliojr escreveu:
Ivanov_br escreveu:Acho que no geral, nada vai mudar pois nossa sociedade é podre demais. Exemplos aqui e ali de altruísmo nao é o normal, para mim.

O Brasileiro é egoista e violento. E nao sou eu quem diz isso, sao as estatísticas.

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Mensagem por Maurício_Expressão Ter maio 19, 2020 12:11 pm

A gente fica mesmo muito pensativo nesses tempos de isolamento. Fiquei mais de 60 dias sem sair do meu apartamento. Eu, minha esposa e minha cunhada deficiente mental.
A condicão frágil de minha cunhada, fez optarmos por um isolamento bem rígido. Se ela pegar essa doenca, não sei se teria resistência para sobreviver.

Tivemos homéricas discussões sobre manter ou não o pagamento da manicure (que semanalmente vem em casa fazer as unhas da esposa e cunhada, que a adora), pois como aposentado, minha vida financeira teve que ser adequada, e a manicure não vem mais em casa. Pedi uns produtos e servicos de pequenas empresas de amigos que não preciso na verdade, mas é para ajudar.
Minha esposa é mais desapegada que eu e acha que deveríamos ajudar mais os outros. Eu já morro de medo pois não sei onde isso vai chegar... Meu filho ficou desempregado...
Você fica naquele terrível dilema: ajudo mais ou guardo essa graninha mirrada pois essa quarentena pode durar muito tempo ainda???
E se o filho ficar com problemas financeiros?

Acho que todos estamos passando por um período de profunda reflexão.
Sem certeza de nada.

Também fico com pena de muita gente. Com raiva de outras...
As mídias sociais estão bem ferinas...

Eu só queria sair com a cunhadinha e passear na pracinha e ver os cachorrinhos e aves passarem... Ela adora isso e eu acostumei a curtir também esses passeios... Depois tomar sorvete na sorveteria... Coisas de um velho aposentado...
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Mensagem por WHead Ter maio 19, 2020 12:20 pm

Tarcísio Caetano escreveu:
fheliojr escreveu:
Ivanov_br escreveu:Acho que no geral, nada vai mudar pois nossa sociedade é podre demais. Exemplos aqui e ali de altruísmo nao é o normal, para mim.

O Brasileiro é egoista e violento. E nao sou eu quem diz isso, sao as estatísticas.

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Permitam-me propor uma reflexão, Ivanov_br, fheliojr e Tarcísio Caetano.
O que faz um povo?
Santo Agostinho dizia que um povo acontece quando as pessoas se unem em torno de um mesmo sonho. Mas assim como "sociedade" e "democracia", o conceito de "povo" pode ser definido de diversas formas e a partir de diversas perspectivas. Dessas, a de Darcy Ribeiro é a que mais me agrada pois lança uma luz não apenas sob o nosso dna, o nosso território, nossa história oficial e costumes, mas também sob nossas relações e éticas próprias. Nossa formação, enquanto agrupamento, foi fruto de um processo violento, desumanizante, princípio que manteve-se ao longo do nosso "progresso", repetindo o ciclo de (re)criar os "ninguendade": um povo sem modelos, sem pertencimento, sem identidade (a não ser o do colonizador). Segundo Darcy, em teoria, isso seria a condição fértil para o surgimento de "um povo novo", criado de acordo com a sua própria vontade, sui generis - mas não foi. Darcy sugeriu o fato de que o brasileiro não se orgulha totalmente de ser brasileiro porque não deseja se reconhecer como tal (e vice-versa). Eu ouso complementar sugerindo que, assim como em nossos primórdios, talvez não vejamos muitos em quem nos espelhar, o que pode nos causar descrença, desânimo e - em último estágio - distanciamento e antipatia. Mas eles estão por aí (e em momentos críticos fica até mais fácil vê-los) - aqui mesmo, no Fórum, vejo-os aos montes! Enfim, compreendo que o momento é de perplexidade, que o véu da cordialidade há muito já nos desvestiu em muitos aspectos, mas eu, assim como vocês, somos brasileiros e, pelas minhas contas, somos maioria em bom-senso e empatia diluída em nossos microunivesros no cotidianos (com todo respeito, desconheço as estatísticas que vocês citaram). Vivemos sob as condições do nosso tempo, em que a competição nos seduz a ultrapassar os limites da humanidade a (quase) todo momento - isso é inegável - mas, a partir de Darcy, penso que podemos (e precisamos!) reinventar esse brasileiro/Brasil que não nos representa, dando-lhe o nosso melhor como característica. O que vocês acham? Abraço.
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Mensagem por Maurício_Expressão Ter maio 19, 2020 12:24 pm

Também não concordo na totalidade de que o Brasileiro é egoísta e violento. Acho que a gente é tudo. Tem horas que somos egoístas... Mas tem horas que somos altruístas...
Tem horas que somos violentos... Mas tem horas que somos carinhosos...
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Mensagem por Convidado Ter maio 19, 2020 12:34 pm

Maurício_Expressão escreveu:Também não concordo na totalidade de que o Brasileiro é egoísta e violento. Acho que a gente é tudo. Tem horas que somos egoístas... Mas tem horas que somos altruístas...
Tem horas que somos violentos... Mas tem horas que somos carinhosos...
Me segurei um bocado para não postar algo na mesma linha que o Whead fez (acima). O sapiens é egoista e violento (historicamente falando), não só o brasileiro. Mas de maneira alguma podemos nos apoiar nisso para estagnar ou regredir. IMHO, a meta é evoluir e está ao nosso alcance fazê-lo. Mas é um efeito engrenagem... você pode optar por travar (ou até mesmo ir no sentido inverso) em vez de juntar-se ao ritmo dos que querem mudar as coisas do jeito que são.

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Mensagem por RBORCARI Ter maio 19, 2020 4:25 pm

Parabens pelo tópico Henri, gostei muito mesmo...

esse topico, nao sei porque, me fez lembrar a passagem de Aabrão...Gen 18, 17-33 (me perdoe se é proibido citações aqui, me avisem que exluo o comentario)

"...enquanto houver um justo, eu não a destruirei..."

não sei se sairemos dessa pandemia, ou se voltaremos piores ou melhores...

mais o copo pra mim está meio cheio também...
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Mensagem por Convidado Ter maio 19, 2020 5:07 pm

^
Pois é RBOCARI, em concordância, lembro das palavras do profeta Gil Gomes:

"Se você agir com dignidade, pode não consertar o mundo... Mas tenha certeza de uma coisa: na Terra haverá sempre um canalha à menos."

Infelizmente não achei em vídeo...

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Mensagem por Convidado Sáb maio 30, 2020 2:35 pm

https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/o-mundo-pos-covid-19-13---alimentacao-por-luciana-quintao/index.htm#um-mundo-sem-fome

Alguns spoilers...

"A pandemia sacudiu acomodação social em relação à desigualdade."

Durante a pandemia, a doação de alimentos deu um salto. Se de um lado temos a má administração do governo, de outro a sociedade respondeu rapidamente e uniu forças em solidariedade aos mais vulneráveis. A prática da inteligência social é a resposta para uma sociedade mais evoluída e sem fome e o melhor caminho para nos levar a uma nação mais justa.


Somos seres inteligentes, mas muitas vezes esquecemos de usar nossa inteligência em prol da sociedade. Esquecemos de garantir os direitos de todos e do que realmente importa. Esquecemos de cuidar e preservar, educar e desenvolver, demonstrando uma grande desinteligência que sempre cobra o seu preço. A prática da inteligência social é a resposta para uma sociedade mais evoluída e sem fome(s), devendo ser matéria obrigatória de reflexão principalmente neste momento de crise. Inteligência social é o uso da nossa inteligência para promover o melhor resultado para o coletivo, para promover o equilíbrio social, político e econômico, é cada um assumir o seu papel.


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Mensagem por Sonikado Sáb maio 30, 2020 4:58 pm

Maurício_Expressão escreveu:Também não concordo na totalidade de que o Brasileiro é egoísta e violento. Acho que a gente é tudo. Tem horas que somos egoístas... Mas tem horas que somos altruístas...
Tem horas que somos violentos... Mas tem horas que somos carinhosos...
Quando uma % expressiva de uma população é egoísta e violenta a ponto de moldar toda uma sociedade em torno dela, acho seguro dizer que somos egoístas e violentos.

Se não fôssemos, eu não teria medo de passar pelo Rodoanel (principalmente de noite), não teria tido uma arma apontada pra minha cabeça no centro de SP(não é suposição, aconteceu...), não teríamos inúmeras coisas feitas pra manter ladrões, assassinos e sequestradores longe da gente. O próprio mercado de seguradoras (principalmente automotivas) é um misto entre a mais lucrativa (https://www.sindsegsp.org.br/site/noticia-texto.aspx?id=32378) e a que mais tem prejuízo (http://ibracor.org.br/todas-noticias/-/asset_publisher/oEWZ8S1DqA47/content/saiba-quais-sao-as-seguradoras-que-permanecem-em-liquidacao-extrajudicial) no Brasil. Isso não é fruto de uma sociedade saudável, pacífica e altruísta.

Hoje muita gente solidária está trabalhando, temos comida pra muita gente e muuuuita gente está ajudando. Mas é o "efeito natal", lembram-se? Todo mundo fica solidário e doa 300 cestas básicas pros pobres no final do ano. Depois que passem fome. Durante essa pandemia geral tá ajudando. Quando a quarentena acabar, já tivemos experiências sociais suficiente pra saber que é cada um por si e geral desempregado.

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Mensagem por Convidado Sáb maio 30, 2020 7:39 pm

Sonikado, lamento por suas experiências negativas. Como cresci na periferia já tive meus dias ruins também.

O lance é cada um mudar pensamento e atitudes. Sei que minha visão pode ser otimista demais, mas acho que se cada um começar a varrer pelo menos sua calçada, chega um momento em que a rua passa a estar limpa. Momentos como esse são oportunidade para mudanças permanentes.

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Mensagem por WHead Qua Jun 24, 2020 6:13 pm

Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID. Jnifas10

"Fadiga da quarentena”

Ainda que os dados continuem alarmando, as pequenas escapadas se tornarão cada vez mais comuns. A explicação, afirmam os psicólogos, é científica: acontece porque os mecanismos de alerta do corpo humano, principalmente os cerebrais (com atuação da amígdala e hipocampo), que entram em ação ante um perigo, como a possibilidade de infecção por um vírus, entram em colapso depois de um tempo -“fadiga da quarentena” ou falência adaptativa.

Quando as primeiras mortes por covid-19 começaram a ocorrer no Brasil, havia mais dúvidas do que respostas sobre o novo coronavírus, sua gravidade e como se proteger. A isso, somou-se a emergência sanitária e a necessidade de instalar mais leitos, equipar hospitais e profissionais de saúde. Nesse momento a sociedade, coletivamente, estava mais propensa a ficar em casa para achatar a curva de contágio. Agora a verdade é que para muitos não se trata de ‘e se eu pegar a covid-19′, mas sim de ‘quando eu pegar a covid-19′. O medo imediato some e as pessoas voltam à vida comum.

O desespero emocional provocado pelo isolamento começou a escalar em abril. Em pesquisa realizada entre abril e março com 2.056 pessoas de 25 estados para entender os comportamentos de respeito ou descumprimento das medidas de isolamento constatou que estudantes e desempregados demonstraram maior intenção de violar a quarentena, por necessidade de trabalho, uma questão de subsistência. Agora as pessoas já estão muito ansiosas pelo fim da pandemia e há a incerteza de quanto ela vai durar. Todo mundo sente falta de contato e, de certo modo, é natural que as pessoas comecem a buscar esses reencontros sociais.

Passados três meses, como o Governo não tomou as medidas necessárias para controlar a pandemia e não houve, assim, uma diminuição do número de casos e mortes, e devido ao conflito de narrativas governamentais sobre a crise de saúde, algumas pessoas passam a descumprir a quarentena, até mesmo com atitudes vistas como egoístas, arrefecendo a sensação gravidade da situação.

Os danos que o isolamento acarreta, principalmente quando o “ficar em casa” também significa trabalhar em casa, criar lazer em casa e ter a escola dos filhos em casa, também não podem ser minimizados. Estresse, privações, muitos estímulos negativos e poucos estímulos positivos - tudo isso faz com que a situação se torne insuportável em algum momento e passa a ser uma questão de o quanto vale a pena detonar a saúde mental para preservar a saúde física. Tanto o medo da covid-19 como o isolamento, de fato, podem gerar danos como depressão.

Contudo, ainda não chegamos no patamar de outros países que controlaram a pandemia e retomaram uma rotina: é preciso ter cautela, porque, se esse tipo de comportamento se generalizar, os casos podem continuar crescendo e até de forma mais rápida. As medidas de isolamento foram essenciais para que os trágicos números da epidemia não fossem ainda maiores e colapsassem o sistema de saúde, provocando uma maior taxa de mortalidade no país.

O que se pode fazer para amenizar isso? Não é a mesma coisa, mas é importante manter contato com os amigos e familiares através da tecnologia, tentar se exercitar em casa e fazer atividades de abstração.

E lembrar que, embora não saibamos quando, isso vai passar.

https://brasil.elpais.com/brasil/2020-06-24/fadiga-da-quarentena-leva-ate-os-defensores-do-isolamento-a-se-arriscarem-contra-as-regras.html
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Mensagem por Convidado Qua Jun 24, 2020 8:03 pm

^
Quem não sabe lidar com o ócio sofre mais. Percebo que pessoas que já tinham uma vida pacata são praticamente inertes aos efeitos negativos da Covid sobre o humor.

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Mensagem por Mauricio Luiz Bertola Qua Jun 24, 2020 8:17 pm

Henri-Q escreveu:^
Quem não sabe lidar com o ócio sofre mais. Percebo que pessoas que já tinham uma vida pacata são praticamente inertes aos efeitos negativos da Covid sobre o humor.
Minha vida é pacata atualmente e já à algum tempo.
Estou em casa com minha pequena família, tenho uma biblioteca razoável, uma videoteca bem grande, vinís, CD's, tem os serviços de luthiería que aos poucos estão voltando, tem os serviços da casa (limpeza, arrumação e etc), tenho meu trabalho de pesquisa acadêmica que não parou e de orientação à alunos; mas, principalmente tenho meu "mundo interior"...
Não tenho o menor problema com o ócio (como bom discípulo de Domenico DeMasi...)...
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Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID. Empty Re: Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID.

Mensagem por Maurício_Expressão Sex Jun 26, 2020 3:56 pm

Ontem, pela primeira vez em 100 dias, saí para fazer algo que não fosse ir para supermercado, farmácia ou banco, além de sair junto com a esposa.
Fui a bicicletaria consertar os 2 pneus da bike que estavam furados... Era deprimente ir ao meu escritório e ver os 2 pneus murchos da bike. Aproveitei e fui no banco e supermercado também nunca saída só.
Imaginei dar a primeira pedalada hoje de manhã... Mas amanheceu chovendo!
Ontem de tardezinha chegou o celular novo da muié que tinha detonado o dela. Como o chip é pequeno e no celular velho o chip era grande, tive que ir na operadora num shopping no centro da cidade.
Aproveitei e comprei lâmpadas que se queimaram dos lustres de casa.
Fora o celular, banco e supermercado, fiz 2 coisas que não eram essenciais e que poderiam ser adiadas (conserto da bike e compra de lämpadas).
Foi mais para dar uma saida e arejar a cabeca.
Tinha muita gente circulando no calcadão do centro onde fica o shopping. De repende me deu um pänico de ver tanta gente e fiquei desesperado para voltar para casa.
Depois do ritual de desinfeccão e banho, agora estou com a consciëncia pesada...
Acho que não deveria ter feito as coisas não essenciais...
Estranho isso...
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Mensagem por WHead Sex Jun 26, 2020 4:12 pm

^Sinto a mesma coisa, Maurício.
 Desde que começou essa pandemia não pude me afastar para ficar em família (sou funcionário público) e isso gerou em mim uma sensação estranha de impotência. Aos poucos isso evoluiu pra uma frustração desanimadora ao ter que conviver com quem acha realmente (?!) pouco se 1 ou 1000 pessoas morrem por dia afina "somos 200 milhões", gente que usando máscaras - ou não - riem do medo, da insegurança e do desconforto de estar exposto.. Hoje estou tendo que lidar com a raiva que verte a cada notícia de quarentena desrespeitada, a cada flexibilização irresponsável, a cada manifestação sociopata de quem não reconhece que o outro podia ter sido ele, sua família, seus amigos.. Não têm sido fácil mas espero que aprendamos mais essa lição. Abraço.
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Mensagem por Convidado Sex Jun 26, 2020 4:18 pm

^
Não há o que fazer em relação a isso. As pessoas vivem em bolhas hoje, defendendo suas vidas e opiniões. Uns vivem como se nada estivesse acontecendo e pensam somente "estar exercendo seu direito", pouco importando-se com a coletividade. Outros, simplesmente não tem escolha a não ser se expor (e expor aos demais) por questões de subsistência.

No momento precisamos de boas doses de resiliência, prudência e tolerância.

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Mensagem por Tarcísio Caetano Sáb Jun 27, 2020 11:04 pm

Vou fazer meu "marketing", e nem sei se é lugar para isso, mas vamos lá:

https://www.contrabaixobr.com/t42884-conjunto-de-4-tarrachas-para-baixo-eletrico-e-ou-corpo-de-jazz-bass

Tenho todos os outros itens necessários para montar o instrumento.
Sou uma pessoal idônea, quem me conhece aqui no Fórum e pessoalmente pode atestar que não sou "from hell" ou um aproveitador.
Podem acreditar!!!

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Mensagem por WHead Seg Jun 29, 2020 10:44 am

Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID. Image140


“Verwerfung”: a operação psíquica que rejeita determinados elementos da realidade promovendo uma cisão radical deformadora da experiência do sujeito, mantendo-o alheio à sua própria história.

No caso coletivo do Brasil, essa rejeição incide ao que parece estar agrupado em torno da ideia de morte em massa, como um elemento a ser silenciado e relegado à uma espécie de spam psíquico. Esses conteúdos ficam à margem da possibilidade de representação, sem conseguirem se transformar em pensamento.

A novidade — como um paradoxo escondido na areia — é o fato de que nosso verdadeiro distanciamento social passou a ser desvelado e imposto às custas de uma espécie de retorno do rejeitado, rompendo com a possibilidade de negação que o caracterizava.

Artigo muito interessante sobre o comportamento de rejeição do brasileiro diante da realidade epidêmica.

https://www.nexojornal.com.br/ensaio/debate/2020/Os-efeitos-psíquicos-da-morte-em-massa-no-imaginário-social
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Mensagem por Fernando Zadá Seg Jun 29, 2020 11:03 am

Mauricio Luiz Bertola escreveu:
Não tenho o menor problema com o ócio (como bom discípulo de Domenico DeMasi...)...

Sou fã dele e tenho alguns livros aqui e acho O ócio criativo um dos melhores livros que já li. Gosto também do Você esta louco do Ricardo Semler que claramente segue um estilo parecido.
Acredito que muito do que já pregavam lá atrás forçadamente vai virar realidade como home office, mais tempo para si e afins.
Mas vou confessar que o que preocupa é quando consigo retomar meus trabalhos isso assusta.
Mas sigo esperançoso e aproveitando esse ócio.

Sobre o JB vou ficar atento aqui Tarcisio. Belo projeto
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Mensagem por WHead Seg Jul 06, 2020 3:18 pm

A redução de danos é uma prática já conhecida na saúde pública, principalmente no combate ao HIV e no uso de drogas. A ideia é não apelar para a abstinência, mas sim para o controle do comportamento de risco para torná-lo o menos arriscado possível.

Em relação ao novo coronavírus, a abstinência de contato social é comprovadamente a medida mais eficaz para conter a transmissão da Covid-19. Mas, considerando que o distanciamento nem sempre é cumprido — tanto por quem realmente precisa sair de casa, quanto por aqueles que desrespeitam a medida por escolha pessoal — há especialistas que defendem a abordagem da redução de danos também na pandemia.

No entanto, mitigar os riscos sem apelar para a abstinência funciona melhor em forma de política pública, com base em dados.

Sem orientações do poder público, muita gente tem aplicado — mesmo sem perceber ou sem usar esse nome — estratégias de redução de danos baseada nas informações que consome. A ideia, então, é lembrar que não existe risco zero em nenhuma atividade, mas que é preciso entender os diferentes níveis de exposição ao vírus para tomar decisões bem informadas quando elas precisarem ser tomadas, reduzindo a chance de contaminar outras pessoas. E isso inclui o momento em que o isolamento se torna uma carga mental pesada demais.

Mas isso só funciona se todo mundo estiver bem informado e souber dos riscos.

"VIOLATING SOCIAL DISTANCING"
Violating social distancing amid the COVID-19 pandemic: Psychological factors to improve compliance.

Jessica Farias1, Ronaldo Pilati
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações da UnB (Universidade de Brasília).

https://psyarxiv.com/apg9e

Socialização segura: https://www.nature.com/articles/s41562-020-0898-6

Bolhas de contato: https://qz.com/1869470/how-to-build-social-bubbles-to-lower-your-risk-of-covid-19/

Envergonhar publicamente as pessoas não elimina comportamentos arriscados - só faz com que eles fiquem escondidos: https://www.theatlantic.com/ideas/archive/2020/05/quarantine-fatigue-real-and-shaming-people-wont-help/611482/
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Mensagem por Maurício_Expressão Seg Jul 06, 2020 5:15 pm

Aqui em São José dos Campos, hoje parece que chegou a fatura da abertura do comércio... Os índices de contaminacão explodiram... Tomara que o de mortes não explodam também daqui a uma semana...
Me preparei aqui e mais um mês de confinamento voluntário comecando...
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Mensagem por Mauricio Luiz Bertola Seg Jul 06, 2020 5:35 pm

Fernando Zadá escreveu:
Mauricio Luiz Bertola escreveu:
Não tenho o menor problema com o ócio (como bom discípulo de Domenico DeMasi...)...

Sou fã dele e tenho alguns livros aqui e acho O ócio criativo um dos melhores livros que já li. Gosto também do Você esta louco do Ricardo Semler que claramente segue um estilo parecido.
Acredito que muito do que já pregavam lá atrás forçadamente vai virar realidade como home office, mais tempo para si e afins.
Mas vou confessar que o que preocupa é quando consigo retomar meus trabalhos isso assusta.
Mas sigo esperançoso e aproveitando esse ócio.

Sobre o JB vou ficar atento aqui Tarcisio. Belo projeto
Zadá, o mundo com "home office" NÃO vai se tornar mais ameno, possibilitando mais o "ócio criativo"; MUITO PELO CONTRÁRIO!
Eu e minha filha (ela bem mais que eu...), estamos abarrotados de tarefas nesse "novo modelo", meus companheiros de banda, idem. Isso é ilusão.
A tecnologia "escravizou" ainda mais o ser humano, tornou-o cada vez mais submetido à superexploração laboral - e recebendo menos.
Quando eu era Coordenado de Curso de uma Universidade privada aqui do RJ, não havia momento algum, mesmo nos fins de semana, em que eu não recebia demandas por "zapzap" ou e-mail.
Ao contrario do que imaginavam os pensadores do século XIX, a tecnologia nos submeteu ainda mais ao trabalho extorsivo (e sem garantias), ao desemprego e ao Grande Capital.
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Mensagem por Maurício_Expressão Seg Jul 06, 2020 5:43 pm

Bom, uma coisa eu percebi nessa minha vida: a classe média aqui no Brasil, trabalha muito mais hoje do que a 40 anos.
Talvez seja fruto da tecnologia ou de alguma outra coisa. Mas que trabalha mais, eu percebo observando os pais dos meus amigos no passado e os amigos dos meus filhos e sobrinhos hoje!
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Mensagem por Mauricio Luiz Bertola Seg Jul 06, 2020 6:49 pm

Maurício_Expressão escreveu:Bom, uma coisa eu percebi nessa minha vida: a classe média aqui no Brasil, trabalha muito mais hoje do que a 40 anos.
Talvez seja fruto da tecnologia ou de alguma outra coisa. Mas que trabalha mais, eu percebo observando os pais dos meus amigos no passado e os amigos dos meus filhos e sobrinhos hoje!
Fato inquestionável.
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Mensagem por WHead Qui Jul 09, 2020 9:03 am

Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID. Captur53

Achei muito interessante essa Pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

https://convid.fiocruz.br/index.php?pag=estado_animo

Das 11.863 pessoas ouvidas:
39% também afirmaram se sentir tristes ou mesmo deprimidos
(entre adultos com idade de 18 a 29 anos, a proporção aumenta para 54,9% do grupo que declara sentir uma tristeza frequente e 69,7% do que sofre de ansiedade. Entre idososo, respectivamente, de 25% e 31%);
30% têm tido dificuldade para repousar e recuperar as energias;
48,4% das mulheres se sentem tristes ou deprimidas com frequência e 60,1% ansiosas ou nervosas, contra 28,5% e 40,6% registrados entre homens;
26,5% pensam que a saúde piorou de modo generalizado, já que as medidas de distanciamento social levaram muitas pessoas a interromper uma rotina de exercícios físicos e a continuar trabalhando de casa, com o uso de recursos tecnológicos;
a proporção de entrevistados que passou a usar tablets e computadores por mais de quatro horas diárias subiu de 46,2% para 64,3%;
o percentual de indivíduos considerados fisicamente ativos, ou seja, que praticam exercícios com duração de mais de 150 minutos semanais, caiu de 30,5% para 14,2%;
Em curto prazo, tais condições provocaram efeitos como dores na coluna que antes da pandemia não existiam (40%) e agravamento de problemas crônicos nessa região do corpo;
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Mensagem por WHead Seg Jul 20, 2020 10:46 am

Pequeno manual para que você enfrente este período mantendo a sua saúde mental e ajudando quem precisa.

Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID. Captur55

https://www.sbponline.org.br/2020/03/como-manter-a-saude-mental-em-epoca-de-covid-19
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Mensagem por WHead Ter Ago 04, 2020 8:49 pm

55% dos recuperados da Covid-19 desenvolvem problemas psicológicos.

Mulheres são as mais afetadas pelos transtornos.

https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2020-08-04/estudo-55-dos-recuperados-da-covid-19-desenvolvem-problemas-psicologicos.html.amp
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Mensagem por Maurício_Expressão Qua Ago 05, 2020 5:17 pm

O condomínio onde moro me fez um mimo: me deu uma revista com dicas para passar a quarentena.
Detalhe: É para idosos...

Não sei se agradeco no grupo de Whatsupp do condominio ou se mando eles plantar batatas....

Hehehehe.
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Mensagem por WHead Qua Ago 19, 2020 12:25 pm

Um em cada 16 pacientes de Covid-19 desenvolverá doenças mentais três meses após ser infectado pela doença, mesmo que nunca tenha sofrido algum transtorno desse tipo.
https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.08.14.20175190v1

O risco de desenvolver doenças mentais é duas vezes maior para aqueles pacientes que precisarem ser hospitalizados. 

Os mais comuns foram os transtornos de ansiedade, depressão, insônia e, mais raramente, demência.

"Se você sentir ansiedade, mau humor, insônia ou perda de memória após a Covid-19, você deve consultar um médico. Pode haver maneiras de melhorar esses sintomas" - Maxime Taquet, coordenador do estudo da Universidade de Oxford, publicado na plataforma científica MedRxiv.

https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/cienciaesaude/2020/08/estudo-de-oxford-afirma-que-pacientes-de-covid-19-podem-desenvolver-do.html

Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID. Images10


Última edição por WHead em Qua Ago 19, 2020 2:57 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Fernando Zadá Qua Ago 19, 2020 2:35 pm

Maurício_Expressão escreveu:O condomínio onde moro me fez um mimo: me deu uma revista com dicas para passar a quarentena.
Detalhe: É para idosos...

Não sei se agradeco no grupo de Whatsupp do condominio ou se mando eles plantar batatas....

Hehehehe.

Ri Muito Ri Muito Ri Muito Ri Muito Ri Muito Ri Muito rofl rofl rofl rofl rofl rofl rofl rofl

Assim como o Conde Dracula, Nostradamus e o Universo você ainda esta na flor da idade......
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Mensagem por WHead Qui Ago 20, 2020 9:53 am

Pediatras alertam para mudanças de comportamento infantil na pandemia.

https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/em-pesquisa-inedita-pediatras-alertam-para-mudancas-de-comportamento-infantil-na-pandemia/

Quase nove em cada dez pediatras (88%) dizem que as crianças apresentaram alterações de comportamento durante a pandemia de Covid-19.

Oscilações de humor, ansiedade, irritabilidade, depressão, agitação, insônia, tristeza, agressividade, aumento de apetite, entre outros, foram as queixas mais frequentes.

Alguns aspectos explicam as mudanças de comportamento, como alterações da rotina, a falta da escola e da convivência com os colegas, e a necessidade de isolamento social imposta pela pandemia.

A violência doméstica é outro fator que também preocupa os profissionais - com o confinamento, muitos pediatras têm relatado aumento dos casos de violência contra a criança e o adolescente.

73% dos pediatras têm a percepção de que as crianças deixaram de ser vacinadas nesse período.
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Mensagem por Convidado Qui Ago 20, 2020 11:23 am

^
WHead, meu caro... não sei se tem filho(s), mas com base na minha experiência, percebo que se a gente descuida um pouco, os efeitos do isolamento social podem ser muuuuuuuuuuuito piores. O que vejo em casa é uma criança aprendendo a lidar com o tédio na marra, sucumbindo energia e bastante reflexiva sobre tudo (bem mais que antes da pandemia). O ponto bom é que podemos conversar mais e de maneira aprofundada sobre os assuntos que surgem.

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Mensagem por WHead Qui Ago 20, 2020 11:57 am

^Sim, tenho um pequeno (4 anos) que a cada dia que passa manifesta mais a sua relação com a situação atual: hora trata a epidemia como "vilão", hora pergunta quando o vírus "vai deixar ele sair", coisas assim. Me preocupo com as novas interações dele (com televisão, computador, tablet e celular) pois percebo que naturalmente (mesmo controlado e supervisionado) isso ganha relevância pra ele - creio que cedo demais..

Mas sinceramente falando, me preocupam demais as situações de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Trabalho numa fundação pública voltada ao atendimento desse público, estivemos atendendo normalmente - mas respeitando o isolamento durante todo esse período - e podemos comprovar que as ameaças físicas e emocionais são tão - ou mais - aparentes do que a econômica, para eles.. Se por um lado temo que o isolamento esteja ampliando tal comportamento e que estejamos represando uma demanda cada vez maior, por não termos condições de acompanhar os casos um a um em meio à pandemia, por outro receio que as autoridades públicas não estejam considerando a necessidade de reforço ao atendimento dessas camadas, quando as coisas voltarem aos eixos (isso quando não há "enxugamentos" orçamentários que desconsideram a iminente retomada desses serviços essenciais..).

Espero que a reflexão sobre a realidade nos ensine a lidar melhor tanto com os semelhantes quanto com os entes públicos, visto que numa hora dessa, tudo depende e se equilibra neles.

Abraço.
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Mensagem por Convidado Qui Ago 20, 2020 12:42 pm

Sei que há um perigo enorme em tornar pública a minha reflexão pessoal a seguir, mas enfim... assumo o risco!

Essa pandemia teve efeitos diversos, isso não se nega. Mas há um colateral gravíssimo em tudo isso. Penso eu que algumas coisas estavam em modo stand by e o isolamento social somente deflagrou. Nisso incluo:

- pessoas que moravam junto (algumas até com enlace matrimonial) por algum tipo de conveniência, mas se detestavam e hoje estão mais próximos, tendo que suportar um ao outro;
- pais ausentes que criavam os filhos "empurrando com a barriga" e que hoje não tem mais a escola para "cuidar" dos filhos e o trabalho para se ausentar de casa a ponto de evitar transtornos;
- profissionais omissos que em regime de remoto tem uma grande dificuldade em ocultar a baixa produtividade e indiferença (de sua presença) para o corpo empresarial;
- entre outras coisas...

Mas para não fugir muito do tema que você levantou, a violência muitas vezes deve partir do ter que relacionar-se. Difícil uma sociedade pouco estruturada como a nossa ter ferramentas adequadas para passar por um momento tão difícil somente com os efeitos da COVID enquanto vírus (muitas vezes letal). No Zonalestiês (de SP) fluente, diria que "aqui o buraco é mais embaixo".

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Mensagem por WHead Qui Ago 20, 2020 5:00 pm

O convívio forçado pelas medidas de isolamento nos colocam frente ao que o dia-a-dia não nos deixa notar. Numa sociedade estruturada, com famílias e lares saudáveis, esse período pode revelar até momentos gratificantes de reencontro mas no Brasil.. a maioria não tem muito o que comemorar. Mesmo os profissionais que estão se dedicando a ajudar as pessoas devem estar se questionando, frente a tanto descaso e desgaste: tem valido a pena? Espero que sirva para reflexão - se não às nossas, às dos nossos filhos e netos.. Abraço.
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Mensagem por Convidado Qui Ago 20, 2020 10:44 pm


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Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID. Empty Re: Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID.

Mensagem por WHead Seg Out 12, 2020 5:02 pm

Especialistas citam sintomas físicos, cognitivos e emocionais que servem de alerta para muitos transtornos de saúde mental.

https://claudia.abril.com.br/saude/sintomas-alerta-saude-mental/amp/

Muitas vezes a pessoa não percebe que está passando por algo mais grave do que uma simples sobrecarga do cotidiano. O desconhecimento em torno de questões relacionadas à saúde mental, bem como tabu e preconceito ainda são grandes barreiras.

Um estudo feito pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou que os casos de depressão praticamente dobraram desde o início da quarentena.

Diversos são os sinais que merecem atenção e que, segundo especialistas, podem ser indicativos de desordem mental. A lista é longa e reúne sintomas físicos, cognitivos e emocionais comumente citados por especialistas:

Alterações no sono: segundo a psiquiatra da Unifesp Danielle H. Admoni, especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) mudanças na rotina do sono tanto para mais quanto problemas de insônia, são sinais físicos mais comuns indicativos de transtornos de ordem mental.

Ausência ou excesso de apetite: também são os sintomas físicos mais frequentes. “A quarentena se tornou um gatilho para muitas pessoas, que viram na comida uma forma de aliviar a ansiedade”, diz Claudia Chang, pós-doutora em endocrinologia e metabologia pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Ela alerta para o aumento de casos de Transtorno da Compulsão Alimentar (TCA) se caracteriza pela ingestão, em um curto período de tempo, de uma quantidade exagerada de alimentos.

Dores no corpo: problemas emocionais não elaborados podem resultar em dores físicas, segundo as especialistas. Dores musculares e tensão nos ombros são frequentes.

Sintomas na lombar: Um estudo da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido, mostrou, por exemplo, que esse incômodo pode ser o estopim para problemas psiquiátricos, em especial depressão e ansiedade.

Taquicardia e dores no peito: o batimento cardíaco acelerado e até arritmia são sintomas que também estão ligados a transtornos de saúde mental, segundo as especialistas.

Dor de cabeça constante, enxaqueca:  quadros de estresse, depressão, ansiedade, excitação e choque podem desencadear uma enxaqueca eu tive uma época que tinha uma cartela de dorflex na primeira gaveta na minha mesa, era pelo menos um comprimido por dia.

Problemas digestivos: é sabido que angústia e problemas de ordem emocional podem resultar em indigestão, desconforto abdominal, distúrbios gástricos, refluxo gastrite, dores de estômago e até afecções intestinais.

Queda de cabelo, unhas fracas e amenorreia (ficar sem menstruar): podem ser efeitos físicos resultantes de transtornos alimentares, segundo a psiquiatra Danielle Admoni.

Queda na imunidade: passar a ficar doente mais constantemente do que ficava.

Falta de paciência e irritação: “situações cotidianas adquirem uma intensidade e dimensão exageradas”, diz Marcia Dolores, psicóloga e conselheira em Desenvolvimento Humano e Estudos da Família no IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).

Ausência de concentração: é um sinal mais silencioso e que muitas vezes não é relacionado aos transtornos mentais.

Problemas de memória:  “esquecimentos das atividades que precisavam ser feitas”, diz Tatiana.

Agitação, inquietação e pensamentos acelerados: a pessoa tem dificuldade para relaxar. “Parece que a pessoa estácom bicho carpinteiro, como diriam os mais velhos”, explica Tatiana.

Tristeza sem motivo aparente, medo constante: muitas vezes a pouca vontade de sair da cama e realizar as tarefas  está relacionada à depressão.

Sensação de incapacidade:  “insegurança diante das situações e muito medo. Em algumas situações, um episódio de pânico já pode ser considerado um alerta”, diz Márcia.

Pessimismo: visão distorcida da realidade. Segundo Tatiana, é comum se usar a expressão síndrome de hiena, em referência ao desenho dos anos 1980 Lippy e Hardy, onde a hiena ficava o tempo inteiro repetindo: “oh vida, oh céus, oh azar”.

Se você coleciona os sintomas mencionados pelas especialistas, e tem percebido a recorrência deles não deixe de buscar ajuda.

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Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID. Empty Re: Um pouco de humanidade e altruísmo para tempos de crise. Efeito COVID.

Mensagem por Paulo Penna Seg Out 12, 2020 7:08 pm

Lá no comecinho do "fique em casa", Dr Wong alertou para os problemas psicológicos que um Lockdown horizontal causaria, cortaram a entrevista abruptamente nesse momento e ele não mais voltou após o urgentíssimo intervalo...
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