O que é a magia de um instrumento?

A gente aqui comenta muito que determinados instrumentos são mágicos, que tem o mojo ou ainda que tem o chorume, como se dizia aqui no fórum...

Pra você, caro forista, como se define essa magia? Como vc sabe que aquele instrumento é diferenciado e especial? O que faz aquele Fender Jazz Bass 75 ser "o baixo" enquanto aquele outro baixo do mesmo ano ser um baixo comum? Ou aquele Yamaha único que vc fica horas querendo tocar....

Ainda não tive o prazer

CG escreveu:A gente aqui comenta muito que determinados instrumentos são mágicos, que tem o mojo ou ainda que tem o chorume, como se dizia aqui no fórum...

Pra você, caro forista, como se define essa magia? Como vc sabe que aquele instrumento é diferenciado e especial? O que faz aquele Fender Jazz Bass 75 ser "o baixo" enquanto aquele outro baixo do mesmo ano ser um baixo comum? Ou aquele Yamaha único que vc fica horas querendo tocar....

Talvez Harry Potter saiba...
Ou Pai Allex de Ogum...

Henri-Q escreveu:Ainda não tive o prazer

Essa magia não existe somente nos Fenders, dizem que os baixos do Samuel, por exemplo, possuem essa magia.

Eu particularmente curto muito offsets (Mustangs, Jaguars) e Rickenbacker. Se for japonês então... mas essa última parte é porque eu sou otaku mesmo.

Pelo menos 30% dos baixos que eu tive, tinham essa "magia".

Mas pra explicar em palavra é meio difícil. Já escrevi e apaguei um algumas vezes, o que eu escrevi pq não sai direito, dá margem pra paradoxo.

Só tocando um pra saber. E não tem nada ver com a marca... Pode der um Giannini pode ser um Fodera.

É algo que acontece. Você toca o instrumento e você simplesmente sabe. Ele tem uma voz que te inspira e te faz tocar de uma forma que você não sabia ser possível.

Certamente é algo pessoal. Pois o que é mágico para uns é trivial, banal para outros. Por não ser explicável, é irracional. E, um terceiro possível adjetivo: ilusório.

Não sei, mas minha stratocaster 2004 é do outro mundo, tenho outras mais novas e caras mas aquela...... Nem os captadores custom shop e hand Mades conseguiram pousar lá.

Eu sei quando o baixo é bom ou ruim... Já toquei em N instrumentos, os encontros aqui em São Paulo nos dá a oportunidade disso. Acho que nunca senti essa magia.

Tem o lance meu com os MM, que é um baixo que nunca me "vestiu" bem... Tem o caso do meu baixo que é outro instrumento , bem melhor, depois de passar pelo Ravazoli... Tem fenders muito bons que toquei e miito ruins tb...

Acho q a verdadeira Magia,esta em estudar,dedicar se ao instrumento como quem estuda para uma prova importante,lembrar se de q o Jaco fez tudo q fez com um simples Jazz Bass q ele próprio removeu os trastes,entender q o Nico tirava o mesmo som nos Alembics,nos Ken Smith,e nos Wood,q James Jamerson criou seu legado com um simples Fender P Bass sem prés mirabolantes,sem circuitos de 18 volts com 6 Pots,ou captadores magnetizados no lago tóba...

Esse "mojo" vem do instrumento que te veste... Não é explicável, pode vir até de instrumento barato. No meu caso, a maior "simbiose" ocorre quando toco o meu laranjão.

Magia?
Acho que é aquela sensação completa de satisfação, de ter ou conseguir tocar num baixo desejado, sonho de consumo, e que te completa em todos os sentidos, visual, som, timbre, conforto, etc.

Nando Vasques escreveu:Acho q a verdadeira Magia,esta em estudar,dedicar se ao instrumento como quem estuda para uma prova importante,lembrar se de q o Jaco fez tudo q fez com um simples Jazz Bass q ele próprio removeu os trastes,entender q o Nico tirava o mesmo som nos Alembics,nos Ken Smith,e nos Wood,q James Jamerson criou seu legado com um simples Fender P Bass sem prés mirabolantes,sem circuitos de 18 volts com 6 Pots,ou captadores magnetizados no lago tóba...

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CSergio escreveu:Magia?
Acho que é aquela sensação completa de satisfação, de ter ou conseguir tocar num baixo desejado, sonho de consumo, e que te completa em todos os sentidos, visual, som, timbre, conforto, etc.

CSergio, isso dura dois dias, quando não acaba antes. Quando peguei meu Ibanez Premium quase tive um orgasmo na compra. Mas logo a permanência com um instrumento me mostrou que mesmo com um acabamento impecável, captadores de boa qualidade, tampo bonitão e tal... é só um baixo bem construído. Não há nada de diferentão nele que me dê completa satisfação. Já vi/toquei em Corts que eram praticamente iguais.

se tiver escrito 7ender no headstock ja explica metade da magia, se tiver a pintura magica do zaga tbm...

brincadeiras à parte

"Se a gente conseguisse explicar, não seria magia." ²

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Esse lance do 73nd3r também é meio relativo, pois toda marca tem fã boy. Tem gente que curte guitarras e baixos Jackson, acredite!!! Existe doido pra tudo.

Nando Vasques escreveu:Acho q a verdadeira Magia,esta em estudar,dedicar se ao instrumento como quem estuda para uma prova importante,lembrar se de q o Jaco fez tudo q fez com um simples Jazz Bass q ele próprio removeu os trastes,entender q o Nico tirava o mesmo som nos Alembics,nos Ken Smith,e nos Wood,q James Jamerson criou seu legado com um simples Fender P Bass sem prés mirabolantes,sem circuitos de 18 volts com 6 Pots,ou captadores magnetizados no lago tóba...

Cara, disse tudo.

Eu acho que realmente nem sempre tem a ver com marca e lugar de fabricação ou qualquer outra coisa. Acho que está mais relacionado com aquele instrumento que te veste, que rola química. Toquei em vários instrumentos ao longo desses 8 anos em que estou baixista. Inclusive vários Fenders, vários Stingrays, vários outros. Desde então, apenas quatro instrumentos me vestiram e me fizeram sentir a magia acontecer. O primeiro foi um Ibanez SR japonês do final da década de 90 e início dos anos 2000 do forista Mulambo. O segundo foi um Ken Smith Burner japonês de cinco cordas. O terceiro foi um Giannini stratosonic da década de 70. Esses dois inclusive conheci através do Reuel, que também é daqui do fórum, sendo que o stratosonic ainda está com ele. O quarto é o meu Fender Flea mexicano.

É tipo o baixo certo, na hora certa e trazendo as sensações certas.

um mesmo baixo pode ser magico para mim, porem nada demais para outro baixista. é a relaçao baixista/instrumento. pra mim nao eh so o baixo, mas entra tambem o amplificador que vc está utilizando. pra mim é o conjunto que define, e nunca somente so o instrumento

Ja peguei baixos com magia... alguns que muitos aqui no fórum não pagariam por eles. Mas quando eu botei nos ombros e comecei, não tinha vontade de parar de tocar... era simples assim. a ergonomia casava como se tivesse feito sob medida, e o som simplesmente vinha, sem precisar de esforço algum

e essa questao de 'magia' so acontece com quem ja tem experiencia e vivencia com o instrumento.. um iniciante vagamente vai sequer entender do q estamos falando...
"esse fodera tem magia? mas eu errei todas as notas igual eu erro no meu strinberg!"

entao vem mto da qualidade tecnica e musical de quem ta tocando o dito instrumento mágico..

outra coisa: voce pode pegar um baixo que pode ser mágico pra vc, porém vc vai deixar passar porque ele estará com cordas velhas, braço curvado, etc... o baixo "sem graça" tem grandes chances de se transformar em magico após uma boa regulagem e cordas novas

Jãozeiro escreveu:Certamente é algo pessoal. Pois o que é mágico para uns é trivial, banal para outros. Por não ser explicável, é irracional. E, um terceiro possível adjetivo: ilusório.

Por mais que eu considere esse post um pouco pesado, ele resume a minha opinião. E quanto mais a discussão avança, mais confirma.

Jãozeiro escreveu:

Nando Vasques escreveu:Acho q a verdadeira Magia,esta em estudar,dedicar se ao instrumento como quem estuda para uma prova importante,lembrar se de q o Jaco fez tudo q fez com um simples Jazz Bass q ele próprio removeu os trastes,entender q o Nico tirava o mesmo som nos Alembics,nos Ken Smith,e nos Wood,q James Jamerson criou seu legado com um simples Fender P Bass sem prés mirabolantes,sem circuitos de 18 volts com 6 Pots,ou captadores magnetizados no lago tóba...

Cara, disse tudo.

Negacionistas.  

Para mim, esse P Bass '51 do tio Alex, por exemplo, transborda mojo:

BLZENI escreveu:outra coisa: voce pode pegar um baixo que pode ser mágico pra vc, porém vc vai deixar passar porque ele estará com cordas velhas, braço curvado, etc...   o baixo "sem graça" tem grandes chances de se transformar em magico após uma boa regulagem e cordas novas

Cara, isso aconteceu comigo com um Precision Squier affinity com caps seymour duncan spb 2, fiquei por meses anunciando pra vender e nada, ai consegui vender aqui na cidade, faltando um dia pra entregar, troquei as cordas e regulei o baixo, veio aquele sonzão roncado de precision. Bem no fim a pessoa que ta com o baixo é conhecido, então se bater aquela vontade, consigo pegar emprestado, inclusive um tempo atrás peguei emprestado pra gravar e tava todo desregulado

JAZZigo escreveu:

O Fi da mãe tem a manha do slap. Aquela última frase sincopada eu ouvi umas três vezes pra entender a construção... e isso é um improviso!

Henri-Q escreveu:O Fi da mãe tem a manha do slap. Aquela última frase sincopada eu ouvi umas três vezes pra entender a construção... e isso é um improviso!

A parte do slap é a que menos importa.

JAZZigo escreveu:

Henri-Q escreveu:O Fi da mãe tem a manha do slap. Aquela última frase sincopada eu ouvi umas três vezes pra entender a construção... e isso é um improviso!

A parte do slap é a que menos importa.

Foi mal a divagação. É minha queda natural pela técnica bem tocada.

Sim... o baixo é lindo e tem um timbrão. Gostaria de tocar nele para conferir.

Esse pedaço de pau podre esta sob meus cuidados,qualquer hora faço outro vídeo dele!

Sem Slaps

Nando Vasques escreveu:Esse pedaço de pau podre esta sob meus cuidados,qualquer hora faço outro vídeo dele!

Sem Slaps

se falou tem q fazer!!

Nando Vasques escreveu:Esse pedaço de pau podre esta sob meus cuidados,qualquer hora faço outro vídeo dele!

Sem Slaps

No aguardo!

Nando Vasques escreveu:Esse pedaço de pau podre esta sob meus cuidados,qualquer hora faço outro vídeo dele!

Sem Slaps

Tenho um contrabaixo que é muito superior aos outros do mesmo patamar, um classic vibe jb.
Comprei aqui no fórum.
O melhor fretwork que já toquei.
Se passou por luthier, eu queria telefone dele.
Braço nota 10.
O resto nota 6.

Esta magia está em encontrar um instrumento que lhe estimula a tocar, porém é preciso ter um certo nível de desenvolvimento musical e na prática daquele, para se poder perceber isso. Um iniciante, por exemplo, só deverá gostar do timbre ou da ergonomia de uns frente a de outros.

Jãozeiro escreveu:Certamente é algo pessoal. Pois o que é mágico para uns é trivial, banal para outros. Por não ser explicável, é irracional. E, um terceiro possível adjetivo: ilusório.

Esse tipo de coisa permanece sendo algo ilusório enquanto tal experiência não acontece.

Nando Vasques escreveu:Acho q a verdadeira Magia,esta em estudar,dedicar se ao instrumento como quem estuda para uma prova importante,lembrar se de q o Jaco fez tudo q fez com um simples Jazz Bass q ele próprio removeu os trastes,entender q o Nico tirava o mesmo som nos Alembics,nos Ken Smith,e nos Wood,q James Jamerson criou seu legado com um simples Fender P Bass sem prés mirabolantes,sem circuitos de 18 volts com 6 Pots,ou captadores magnetizados no lago tóba...

Muito bem lembrado... Afinal de contas, o instrumento pode ser mágico mas não a ponto de se tocar por si só e, além disso, o músico precisa se dedicar e estudar muito para se tornar apto a fazer com que a magia aconteça.

vinibassplayer escreveu:se tiver escrito 7ender no headstock ja explica metade da magia, se tiver a pintura magica do zaga tbm...

brincadeiras à parte

"Se a gente conseguisse explicar, não seria magia." ²

No caso da marca mágica no headstock, a magia consiste em fazer pessoas pagarem qualquer coisa só para terem um baixo com o logo mágico.

Já a pintura sparkle, bom, conforme demonstrado pelo maior luthier do Brasil, essa destrói qualquer chance de você ter uma sonoridade a la Marcus Miller.

BLZENI escreveu:outra coisa: voce pode pegar um baixo que pode ser mágico pra vc, porém vc vai deixar passar porque ele estará com cordas velhas, braço curvado, etc...   o baixo "sem graça" tem grandes chances de se transformar em magico após uma boa regulagem e cordas novas

Muito bem lembrado. Como colecionador de instrumentos, aprendi a antever a magia de instrumentos que chegaram às minhas mãos precisando de restauros.

Instrumento é como casamento,ponto.

PolloRenan escreveu:Instrumento é como casamento,ponto.

PolloRenan escreveu:Instrumento é como casamento,ponto.

tem casamentos que dao certo de cara, tem os que demoram engatar, e tem os q terminam na primeira semana...

so nao entendi mto, pq a gnt so casa se gosta ne.. pra q q eu vo casar com um instrumento se nao gostei dele?
se eu comprar um instrumento ruim, vo ter q ficar com ele ate acostumar com a ruindade dele?
pq pra mim csamento é indissoluvel, ja instrumento é só um bem material..

A piada é mais forte do que eu... Não dá para comparar o instrumento com um casamento porque não se convida famílias e amigos para testemunharem a compra de um instrumento. Além disso, os percalços e as irritações são infinitamente menores com o instrumento...

PolloRenan escreveu:Instrumento é como casamento,ponto.

Em meu harém, apenas uma ou outra esposa faz mágica.

Se instrumento fosse casamento eu tava ferrado. Além de polígamo já teria uns 10 divórcios no currículo

Tem pessoas que até casam com alguns instrumentos, mas vejo muita separação... Hehehehehe.

A mágica pra mim é um mix de ótima sonoridade, tocabilidade e visual legal.
Teve um baixo até hoje que toquei e teve aquele tchuns.
Um Giannini PBass GIB 400 que vendi há pouco. Hehehehe.

Compra um baixo exótico, daqueles meio esquisitão e com pouco mercado. O casamento é certo, com ou sem amor envolvido kkkk

PolloRenan escreveu:Instrumento é como casamento,ponto.

Se é assim, tem gente que eu conheço nesse fórum que já casou mais que o Fábio Jr. e a Gretchen juntos.

Hahahaha
Que legal, primeiro comentário meu q parece ter sido notado..
Continuo pensando q se parecem sim, digo pq pra mim, eu vou descobrindo o instrumento ao passar do tempo e das situações, mesma coisa com nossas cremosas, digo, esposa(o)s.. hahahaha

Edão escreveu:
A mágica pra mim é um mix de ótima sonoridade, tocabilidade e visual legal.
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Eu sigo nessa linha tbm, mas acho que a sonoridade é o principal, ainda que a tocabilidade não seja boa e o visual não seja lá essas coisas tbm.