Não-review Gallien-Krueger (GK) MB200

Salve!

Antes de falar sobre o GK MB200 preciso estabelecer um pano de fundo em relação à minha experiência com 4 heads que usei nas mesmas caixas - um stack com 2 GK RBH410, presentes no estúdio onde ensaio.
Vou usar como parâmetro os ensaios que realizei com a mesma banda ao longo de 2 anos. É uma banda de metal, com muita gritaria e marretada na bateria. Então vamos lá.

O primeiro cabeçote que usei foi um Hartke HA3500, do próprio estúdio. O que eu mais gostaria de pontuar é que eu sempre precisei jogar uma boa quantidade de volume tanto no pré quanto no master para conseguir aparecer legal na banda. É isso.

Depois o estúdio fez a troca para um Hartke LH500 e daí mudou o jogo. Com esse head, EQ flatada, eu usava o volume um pouco para cima da metade e estava ok. Com o knob às 13h, e nunca menos que isso, o som rolava.

Daí fiz uma compra de um Ampeg PF-350 e levei ao estúdio para testá-lo. Curti muito o som, mas precisava jogar ganho e volume quase no talo para ter um resultado legal com essa banda. Tá bem simplista o papo, mas acho que agora vai dar para entender...

Por fim, me desfiz do Ampeg e acabei comprando um GK MB200 recentemente, para usar com uma caixa 210+D da RoxStage, de 400W em 4Ohm que está em fabricação. Como precisava testar o cabeçote, levei para este mesmo estúdio. Entretanto, o MB200 tem apenas uma saída Speakon e o estúdio não tinha cabeamento necessário para ligar as duas caixas com uma ponte entre elas. Então, testei o GK apenas com uma das caixas, em 8Ohm. Se não me engano o head entrega 140W nessa composição.

Eu já estava consciente de que faltaria muito volume/pressão para esse ensaio, e eu só queria mesmo me certificar de que estava funcionando tudo certo. Mas aí que me surpreendi: como era possível esse head entregar TANTO SOM naquelas condições?!?!?

Gente, sério, eu não entendi foi é nada

Durante todo o ensaio meu ganho não passou das 13h. Vou deixar para os especialistas a conversa sobre a curva exponencial de ganho dos knobs e etc. Sou leigo. Mas não deixa de ser impressionante como o GK deu UM PAU no volume/pressão que senti com o PF-350. Tanto que depois de testar o Ampeg eu cogitei comprar um pf-500, pois senti que os 350w não dariam conta. E o MB, em 8Ohm, com uma caixa, deu. Estou sendo muito inocente em algum ponto? Pois não acho a ponta solta que explique minha experiência. Até o cara do estúdio ficou impressionado com o resultado.

Enfim, estou apaixonado pelo head. A presença dos parâmetros de high-mid e low-mid são bem legais, e o countour também funciona legal. É um head super leve, compacto, charmoso e que fala muito pelo que parece que vai entregar. Definitivamente, eu não esperava. Como anunciei no título, é um não-review, de um leigo, um músico amador. Mas eu PRECISAVA compartilhar minha experiência. E tá aí

Um abraço!

PS: Lembro de ter lido aqui no fórum 2 informações isoladas que, juntas, podem justificar minha experiência.
A primeira é que os Ampeg comumente dizem entregar mais do que realmente entregam.
A segunda é que a potência utilizada no MB200 na real é de 250W.
Juntando essas peças - e considerando de que as informações condizem com a realidade - dá para encontrar uma justificativa para minha experiência.

PS2: provavelmente cometi várias gafes técnicas ao longo do meu relato. Fiquem à vontade para me corrigir!

O MB200 não é conhecido por entregar SPL atípico por suas especificações, mas é bem possível que a voz característica dos GK, com um bump nos médio-graves e uma distorção discreta na saída tenham aumentado a inteligibilidade do sistema de modo a te causar essas boas impressões.

Outra explicação meio óbvia é os amps GKs meio que serem fabricados pra soar bem com caixas GK, o que faz todo sentido.

Eu já usei o MB200 algumas vezes e, apesar de achar legal, achei bem aquém dos seus irmãos da linha RB, que são meus amps de baixo favoritos entre todos os modelos de todas as marcas.

Mas é bom entender o que funciona pra gente assim, testando, mexendo, comparando, etc...

E é bom mencionar, a diferença real de 200 pra 250W é irrisória e é um dos parâmetros menos importantes num amp.

Eu tive um por um tempo e me arrependi depois que vendi.
Soava bem e é extremamente portátil e prático.

Eu tive TB e me arrependi de ter vendido pois o som era lindo, mas meio oco, mas comprei nos EUA com dólar a 1,50..... Então não me acrescentou muito a venda.
Parei de viajar, o dólar disparou, e me arrependi de ter vendido o mb200 e uma Telecaster a preço de bananas.

Legal, Gui Sartori, parabéns pela compra. 
Mas admito que achei muito estranho um mb200 com uma 4x10 falar mais alto que um Ha3500 com duas 4x10. Já toquei com esse Hartke + 4x10 Teksound muitas vezes em barzinho e sobrava som demais, é um amp com muito volume. Imagino o estrago que faria com um full stack. 
No mínimo curioso um mb200 chegar apavorando assim com metade de falantes, hehe.

Chegou a testar os outros amps com uma caixa só?

Muito provavelmente isso aconteça pela equalização.
Eu mesmo já levantei isso por aqui em relação ao Jbass e Pbass, sendo que o primeiro tem som lindo, quase perfeito, mas na banda eu me sinto sobrepujado pelo bumbo retumbante, e com médios menos agressivos, sumo um pouco.
A boa e velha equalização sorriso te faz submergir um pouco...

Paulo Penna escreveu:A boa e velha equalização sorriso te faz submergir um pouco...

Penso exatamente o contrário

Acha que o baixo emerge com o sorriso?

Opa. Acho que entendi errado sua colocação. Quis dizer que o sorriso faz o baixo sumir, acho que vc também, certo?
Falha minha

Tranquilo, é isso que acho. Mas não tenho problemas com opinião contrária.

Fabio Linhares escreveu:Chegou a testar os outros amps com uma caixa só?

Não cheguei a testar, porque nem fazia sentido. Eu deveria é testar o MB200 com duas caixas, mas também não consegui.

Tem alguma hipótese sobre isso?

Nao. Apenas percebi que esta é uma variável na sua experiência relatada.