Mike Pope de pobre. Existe?

allexcosta escreveu:Assunto interessante e que me é caro...

Apesar de ser grande fã assumido da Fodera, uma das coisas que Jacimário fez questão de fazer diferente da marca americana foi o pré.

Não que o pré Pope seja ruim. Eu não acho isso, nem Jacimário acha... Mas ele possui características únicas que meio que não casam bem pra alguns estilos de música brasileira, especialmente aquelas mais dançantes com presença de surdo, como ritmos do nordeste, samba, etc...

Inclusive sei de mais de um caso de dono de Fodera que trocou o circuito Pope por Mlaghus...

Mas qual o lance do Pope? Ele trabalha firme na fundamental, quase em região sub-sônica. Na prática e, principalmente ao vivo, tende a embolar...

Eu não lembro de ter testado um pré similar ao Pope... Os Aguilar não são, Mlaghus também não... Retro, Bartolini (os que testei), EMG, S.Martyn, Sadowsky, Alleva não são...

Existe um Pope em pedal que você acha usado por uns 400 dólares (quando acha). Talvez seja uma solução.

Não sei se ajuda, mas antes dos Pope a Fodera usava prés da Haz Labs, que são parecidos com o Aguilar OBP1 e o Sadowsky. Se não me engano você encontra uns Haz por aí...

Também é possível pegar um circuito normal e trocar os centros de frequência... Se me lembro bem o grave do Pope mais comum é 46hz e parece ter um Q bem alto. Aí tem que ver os outros centros. Talvez dê pra trocar o Q também... Se você arrumar essas info, quem faz pré muitas vezes entende o que precisa trocar.

Enfim, a tarefa não é muito simples...

allexcosta escreveu:Assunto interessante e que me é caro...

Apesar de ser grande fã assumido da Fodera, uma das coisas que Jacimário fez questão de fazer diferente da marca americana foi o pré.

Não que o pré Pope seja ruim. Eu não acho isso, nem Jacimário acha... Mas ele possui características únicas que meio que não casam bem pra alguns estilos de música brasileira, especialmente aquelas mais dançantes com presença de surdo, como ritmos do nordeste, samba, etc...

Inclusive sei de mais de um caso de dono de Fodera que trocou o circuito Pope por Mlaghus...

Mas qual o lance do Pope? Ele trabalha firme na fundamental, quase em região sub-sônica. Na prática e, principalmente ao vivo, tende a embolar...

Eu não lembro de ter testado um pré similar ao Pope... Os Aguilar não são, Mlaghus também não... Retro, Bartolini (os que testei), EMG, S.Martyn, Sadowsky, Alleva não são...

Existe um Pope em pedal que você acha usado por uns 400 dólares (quando acha). Talvez seja uma solução.

Não sei se ajuda, mas antes dos Pope a Fodera usava prés da Haz Labs, que são parecidos com o Aguilar OBP1 e o Sadowsky. Se não me engano você encontra uns Haz por aí...

Também é possível pegar um circuito normal e trocar os centros de frequência... Se me lembro bem o grave do Pope mais comum é 46hz e parece ter um Q bem alto. Aí tem que ver os outros centros. Talvez dê pra trocar o Q também... Se você arrumar essas info, quem faz pré muitas vezes entende o que precisa trocar.

Enfim, a tarefa não é muito simples...

JAZZigo escreveu:O centro de frequência dos graves do Mike Pope Flex Core do meu StingRay está ajustado em 90Hz (via jump) e não noto problema na largura do "Q". Enfim, não tenho do que reclamar, muito pelo contrário.

JAZZigo escreveu:O centro de frequência dos graves do Mike Pope Flex Core do meu StingRay está ajustado em 90Hz (via jump) e não noto problema na largura do "Q". Enfim, não tenho do que reclamar, muito pelo contrário.

allexcosta escreveu:Mas ele possui características únicas que meio que não casam bem pra alguns estilos de música brasileira, especialmente aquelas mais dançantes com presença de surdo, como ritmos do nordeste, samba, etc...

Mas qual o lance do Pope? Ele trabalha firme na fundamental, quase em região sub-sônica. Na prática e, principalmente ao vivo, tende a embolar...

Também é possível pegar um circuito normal e trocar os centros de frequência... Se me lembro bem o grave do Pope mais comum é 46hz e parece ter um Q bem alto. Aí tem que ver os outros centros. Talvez dê pra trocar o Q também... Se você arrumar essas info, quem faz pré muitas vezes entende o que precisa trocar.

Gomba escreveu:Eu tô meio assustado com essa informação dos 46hz. É difícil até de achar sistema de som no Brasil que toque isso direito. Pra referência, meu passa-alta quando tô mixando ao vivo costuma ser em 50hz, pra deixar mais limpa a mix e deixar os subs tocando mais soltos o que realmente 'impacta' nos graves (região entre 60 e 90hz).
Não me lembro de ter trabalhado com algum baixista que usava o Pope. Mas com um centro de graves tão baixo, tem que vir muito volume pra falar. Tendência de feder... é isso que acontece, allex?

Micoco escreveu:Desculpe minha ignorância, mais com um pré externo (pedal) + pedal equalizador não da para chegar nessas frequências?

allexcosta escreveu:

Micoco escreveu:Desculpe minha ignorância, mais com um pré externo (pedal) + pedal equalizador não da para chegar nessas frequências?

Você diz pra emular um determinado pré copiando os centros de frequência?

allexcosta escreveu: Não é bem assim que funciona. Um EQ tem 3 grandezas: volume da frequência, centro da frequência e largura da banda.

Além disso, a topologia do pré em si afeta o timbre. Isso é o caminho do sinal, ganho de entrada, de saída, modelo e voz do OPamp e coisas assim...

E, finalmente, há a qualidade dos componentes.

Então são muitas variáveis... Por isso, a não ser que um pré seja cópia do outro, eles soam diferentes.

allexcosta escreveu:Falando de frequências, o GEB-7 da Boss tem primeiro centro em 50hz. Talvez o motivo que sempre preferi o GE-7 pra baixo, cujo primeiro centro é 100hz, mais apropriado pra meus usos.

Apesar de alguns baixistas que admiro, como Anthony Jackson e Nathan East utilizarem timbres ricos nessa região 40-50hz (provavelmente com um HPF) é uma região que causa problemas com vários estilos de música brasileira onde há uma certa competição de instrumentos de percussão nessa região.

Micoco escreveu:O Fodera do Anthony Jackson é apenas o captador ligado direto certo?

Micoco escreveu:o que ele usa de pré externo?
qual o set dele vc sabe ?

allexcosta escreveu:

Micoco escreveu:O Fodera do Anthony Jackson é apenas o captador ligado direto certo?

Os mais novos sim.

Micoco escreveu:o que ele usa de pré externo?
qual o set dele vc sabe ?

Anthony Jackson nunca foi muito fiel pra equipamento de amplificação ou tratamento de sinal.
Alguns sets conhecidos dele eram amplificador Walter Woods com caixa Epifani e algum DI high-end e durante alguns anos ele usou pré Millennia TD-1 e caixa amplificada Meyer Sound (não vou saber o modelo agora).

Mas lembro dele usando Turbosound e até GK.

Só não vou saber te dizer bem os DIs agora...

Posso dar uma pesquisada se você tiver curiosidade.

Micoco escreveu:Legal, tenho curiosidade sim.

allexcosta escreveu:

Micoco escreveu:Legal, tenho curiosidade sim.

Amps:

Walter Woods Ultra High Power ElectrAcoustic
SWR 750x
Krell (não achei o modelo)
GK (provavelmente mais de um da série RB)

Caixas:

Trace Elliot 4x10 (passiva)
Turbosound TQ440SP (ativa)
Meyersound CQ-1 (ativa). Unidade ou par, dependendo da gig.
Meyersound USW1P (ativa)
Meyersound 2x12" (ativa). Protótipo feito pra ele.
SWR Goliath III 4x10 (passiva)
Epifani (vários modelos)

Prés externos:

Millennia Media HV3B
Millennia TD-1

Potências:

Usou várias. Não consegui achar informação precisa.

Periféricos:

Equalizador API 550B
NEVE 1073 channel strip

Pedais:

JAM Waterfall Chorus
JAM Vibrato
Ernie Ball 6165 Volume/Pan

DI:

Radial J48
______________________________________________________________________

Com certeza há vários outros equipos não listados aqui, já que ele nunca teve fidelidade às marcas e acontecia alugar equipamento mais pesado em viagens.

Encontrei uma foto com um pré TD-1, algo que parece ser uma potência e uma caixa Epifani 4x10. Interessante notar que esse Fodera em específico não tem as tradicionais tarraxas Gotoh, mas sim, Hipshot com X-tender na corda B.

https://i.ibb.co/gSmLr5J/AJRIG.jpg

siodoni escreveu:Se eu fabricasse pré, lançaria o Maic Pobre