Opinião - Cabo Dimarzio

Aproveitando que tinha um amigo nos EUA pedi pra ele trazer pra mim alguns jogos de cordas e um cabo Dimarzio. A escolha do cabo foi pelo Fórum mesmo. Sempre lia o Allex falando muito bem da marca.

Comprei na Musician's Friends (clique aqui) por cerca de U$ 30. No Brasil, eu vi só na Grellman (clique aqui). Está esgotado, mas lembro que o preço era R$ 170.

Antes do cabo Dimarzio e de frequentar o Fórum com frequência eu não dava a devida atenção pra isso. Sempre usei em shows e pra estudo cabos bem mais simples e baratos. Atualmente estava usando o Hayonik de tecido.

VISUAL:
Comparando com o Hayonik, o cabo em questão é bem mais grosso e rígido o que eu acho que vai ajudar a não deixá-lo torcido. O plug também é um pouco maior.

SOM:
Essa é a parte que mais me interessava. Fiquei quase uma hora tocando sempre o mesmo tema e trocando os cabos pra tentar notar alguma diferença. Depois de muitos testes notei que o Hayonik soa um pouquinho mais baixo e mais abafado do que o Dimarzio.

CURIOSIDADE:
Meu pai é professor e Doutor em Engenharia Elétrica. Queria saber com ele se teria como fazer algum teste que fornecesse dados concretos pra eu colocar aqui. Ele não é músico e me disse que muito provavelmente eu não notaria nenhuma diferença entre os cabos. Na opinião dele, a única vantagem que um cabo muito mais caro pode ter é transmitir menos interferência e deixar o som mais limpo, mas nada que seja muito perceptível.

Pra ele, essa questão de som é muito mais "mística" do que concreta. Inclusive, comparando-se válvula e transistor no osciloscópio, ele me disse que os sinais são muito parecidos.

CONCLUSÃO:
Como li muito e sempre notei que os músicos mais experientes aqui são unânimes em dizer que é essencial usar bons cabos, resolvi fazer a compra. Como consegui trazer por um amigo dos EUA, o preço saiu muito em conta e valeu a pena. Assim que minha banda voltar a ensaiar em estúdio vou fazer mais alguns testes.

A única desvantagem em ter um cabo desses é esquecer em algum lugar! Tomara que não aconteça!

Abaixo algumas fotos:

Como li muito e sempre notei que os músicos mais experientes aqui são unânimes em dizer que é essencial usar bons cabos, resolvi fazer a compra.

Bons cabos são importantes. O problema é que pra ser bom, não necessariamente precisa ser caro. O ponto onde presto mais atenção é no plug.

Inclusive, comparando-se válvula e transistor no osciloscópio, ele me disse que os sinais são muito parecidos.

São praticamente iguais, na parte linear.
O lance é que um amplificador é um pouco mais que só uma válvula ou um transistor. E é aí que começam a aparecer as diferenças...
Mas ele tá certo, pra AMPLIFICAÇÃO DE SINAL (pura e simples), os transistores são superiores às válvulas em todos os aspectos. Quando eu falo isso pra um guitarrista só falta o sujeito me bater... rsrrs

^ Por isso que li bastante coisa aqui no Fórum pra simplesmente não gastar dinheiro a toa. Acho que foi uma boa escolha. Mais uma vez a carga tributária tá aí pra assustar a gente. Se fosse depender de comprar aqui no Brasil, sei lá quando eu teria comprado.

Essa questão de válvula e transistor vai ser sempre uma eterna discussão! Não sei se teria paciência pra tratar disso com guitarrista também não, Thales.

obrigado pelo topico srs

acabo de tomar a decisao de nao gastar R$ 120,00 num planet wave

vou procurar um outro bom cabo

valeu

Tive um cabo quase igual a esse, era prateado e tudo. Acho que era um pouco menor. Muito som, inclusive já comparei com Monster e Planet Waves e o Dimarzio sempre falou mais.

Conversar sobre esses assuntos com engenheiros e técnicos não dá outra: os caras sempre vão tentar nos convencer de que tudo é um mito. Na prática, a diferença entre válvula e transistor é absurda. Não dá nem pra discutir...

Conversar sobre esses assuntos com engenheiros e técnicos não dá outra: os caras sempre vão tentar nos convencer de que tudo é um mito.

Não é que seja mito. Mas músico (principalmente guitarrista) tenta mistificar demais. Acha que válvula é produto mágico e que se botar uma válvula em cima do fio o timbre vai melhorar 300 vezes. E isso não é verdade. Quem já usou o MIC200 da Behringer sabe que só ser valvulado não significa nada.

^ Pegue uma guitarra boa e toque em um amp valvulado de qualidade e um transistorizado com mesmo pré, falante e potência...

A diferença é como dia e noite, independente do que o osciloscópio diga.

Pra mim válvula é um produto mágico. E quando falo válvula não estou me referindo a uma mísera 12AX7 sufocada em um projeto sub-dimensionado de um preamp da Behringer que tem um led laranja no fundo para simular incandescência.

allexcosta escreveu:^ Pegue uma guitarra boa e toque em um amp valvulado de qualidade e um transistorizado com mesmo pré, falante e potência...

A diferença é como dia e noite, independente do que o osciloscópio diga.

Pra mim válvula é um produto mágico. E quando falo válvula não estou me referindo a uma mísera 12AX7 sufocada em um projeto sub-dimensionado de um preamp da Behringer que tem um led laranja no fundo para simular incandescência.

Já toquei em guitarra BOA com amplificador BOM. Valvulado, sim.

Sobre o Behringer, você acabou de mostrar que não é produto mágico. Sem um projeto bom, válvula sozinha não faz nada. Esse mito de "se é valvulado, é bom" complica as coisas. Pra mim, "se é bom, é bom". Não olho questão de ser valvulado ou não...

Você prefere os GK transistorizados ou os valvulados da Ampeg?

Projeto bom + válvula = timbre 1
Projeto bom + transistor = timbre 2

Mesmo que a teoria nos diga que o transistor tenha uma performance melhor que a válvula (e tem), muitos engenheiros e técnicos não levam em consideração a psicoacústica, ou como o ser humano interpreta uma informação auditiva. Um sinal melhor não necessariamente significa uma qualidade melhor no áudio. CD tem sinal muito melhor que vinil, mas o prazer em se ouvir um bom vinil é incomparável.

Mesmo que a teoria nos diga que o transistor tenha uma performance melhor que a válvula (e tem)

Tem? Depende. Para coisas mensuráveis, até posso dizer que sim. Transistor é mais rápido, consome menos energia, é menor, esquenta menos, fora outros parâmetros mais técnicos.
Porém, em áudio, as vezes são os DEFEITOS que fazem soar legal. O overdrive nada mais é do que o circuito de amplificação chegando no limite e não fazendo o serviço direito.
Em amplificação de instrumentos, é a mesma coisa: Quase ninguém quer hi-fi. O pré é justamente um "estragador de sinal", pois modifica o sinal original.

Para a maioria das pessoas um som muito "clean" vai parecer "magrelo" e sem personalidade. Parte do glamour que existe em torno dos valvulados e gravadores de Tape está relacionado com distorção, compressão e ruídos, tudo em doses pequenas, mas perceptíveis para um ouvido treinado.

Sobre o assunto do tópico, a qualidade do cabo, para mim, está relacionada com baixas perdas, bom isolamento contra interferências eletro-magnéticas e boa durabilidade no uso diário (cabo e plugs).

Thales_Sr escreveu:

Mesmo que a teoria nos diga que o transistor tenha uma performance melhor que a válvula (e tem)

Tem? Depende. Para coisas mensuráveis, até posso dizer que sim.

É disso que o pai do colega estava falando, imagino eu...

^ Exatamente.

Inclusive ele ficou bem empolgado quando viu meu MB 200. Achou muito interessante essa leva dos Classe D.

Acho os cabos da fender bem legais, e nao sao caros.

Fabio Linhares escreveu:Acho os cabos da fender bem legais, e nao sao caros.

Onde vende? Nunca vi cabos da Fender.

Thales_Sr escreveu:O pré é justamente um "estragador de sinal", pois modifica o sinal original.

Gostei da definição, muito bom.

Fabio Linhares escreveu:Acho os cabos da fender bem legais, e nao sao caros.

Vish, se o subgrave ler isso, ele passa mal.

Agora falando sério, eu uso cabos da benson, tem muito tempo que tenho ele (desde 2010 se não me engano), até hoje não deu problema, um dia vou experimentar um cabo desses tops, para ver se percebo diferença.