Efeitos na gravação

Prezados, procurei, mas não achei esse assunto específico.

Comprei uma M-Audio Fast Track Pro e já comecei a brincadeira de gravar (conhecimento zero de fazer a gravação). Gravei algumas linhas de baixos, com um som relativamente alto, mas controlando o nível de entrada direto pelo hardware. Tudo tranquilo.

Depois fui gravar com o violão e a coisa ficou estranha. Ficou um "tummmm" no fundo que logo percebi que era gerado pelo cap do violão, ao baixar o grave, tudo ficava um silêncio. Mas a pegada é diferente, algumas horas dava uma saturação e distorcia o som, em outras ficava muito baixo.

Em minhas andanças pelo fórum, descobri que precisaria usar um compressor pra controlar os picos e as partes baixas, assim minimizando esse problema de dinâmica.

Ao abrir o pro tools (eu uso o reaper), descobri que ele já coloca alguns efeitos por padrão, dependendo do instrumento.

Como vocês gravam e quais efeitos (plugins) usam pra:

- Voz
- Violão (Nylon)
- Violão (Aço)
- Guitarra
- Baixo
- Batera

Valeu!

bem vindo ao mundo onde tu nunca vai parar de aprender, hehehe...

ahauhauhau com certeza, por isso já preciso aprender a fazer do jeito certo porque eu já tenho que montar vários playbacks e kits de voz. Se fizer errado vou ter que regravar tudo!

O Wodtke falou tudo...

brucce, efeito é uma coisa muito pessoal, né?! Não "precisa" ter. Mas eu sempre uso em todas as tracks: um compressor e um reverb. Coisa bem pouca mesmo. Acho que você deve começar por aí. Mas a questão é experimentação mesmo. Não existe um jeito certo ou errado de produzir.

Cara, da uma olhada nesse site: http://audio.tutsplus.com/

tem bastante coisa

Tem tambem alguns vídeos no YouTube chamados Dicas de Home Studio com Roberto Torao, o perfil dele no Face é: toraliens

Esse cara usa Mac e dá muita barbada, como gravar violao, set de pedais, o que é um compressor, como masterizar e etcc...

brucce escreveu:
Como vocês gravam e quais efeitos (plugins) usam pra:

- Voz
- Violão (Nylon)
- Violão (Aço)
- Guitarra
- Baixo
- Batera

Eu acho essa pergunta um pouco difícil de responder, não vejo uma "Fórmula padrão" para utilização de plugins. Tudo vai depender da fonte captada e de como está soando cada instrumento individualmente e no conjunto, considerando também a dinâmica das músicas. Por exemplo, no CD que mixei do Syntagma, numa música utilizei o compressor CLA76 da Waves, em outra música o SSL Logic deu melhor resultado e em outra utilizei um compressor da Softube com corte de baixa... Numa outra música em que apliquei um Flanger no baixo, o compressor padrão do Logic com o velho 2:1 foi suficiente pra dar o resultado desejado... e por aí vai...

É importante ter uma boa gama de bons plugins na mão, pra poder testar várias opções até chegar aos resultados que você pretende. Procure mixar de acordo com a dinâmica, cuidado com fórmulas prontas!

Cayo Castro escreveu:O Wodtke falou tudo...

brucce, efeito é uma coisa muito pessoal, né?!

Aham, por isso eu perguntei o que cada um usa pra cada tipo de som. Até porque com a experiência própria dá pra falar o que é bom e o que é ruim, dando um norte para os iniciantes dessa vida

eu confesso que entrei nesse mundo de gravação e acabei parando, nao tava podendo investir no momento e fiquei bem no básico, até hoje gravei apenas uma música inteira e ficou bem ruim, haehaehaehaeh

mas to sempre lendo sobre isso igual... para aprender tem que ter muita coisa a meu ver, um bom violao, mic, baixo, aparatos, uma guita, um monitor de referencia... acabei parando por enquanto...

ClaudioBass escreveu:
Eu acho essa pergunta um pouco difícil de responder....

E ae Cláudio! Bom te ver por ai para espalhar conhecimentos!

Então, não estou buscando fórmulas prontas não, eu sei que isso depende de N variáveis. Mas gostaria de saber, por experiência individual, o que normalmente se usa para instrumentos diferentes. Até porque alguma coisa que você usou pode ser novidade pra mim ou eu nem pensaria em usar o mesmo por falta de vivência.

Por exemplo já percebi sozinho que eu preciso usar um bendito compressor em tudo para manter uma certa dinâmica.

Na igreja, eu sempre escuto os caras pedindo pra colocar um pouco de reverb nos instrumentos de sopro que são microfonados, como a flauta, e também no vocal.

wodtke escreveu:eu confesso que entrei nesse mundo de gravação e acabei parando, nao tava podendo investir no momento e fiquei bem no básico, até hoje gravei apenas uma música inteira e ficou bem ruim, haehaehaehaeh

mas to sempre lendo sobre isso igual... para aprender tem que ter muita coisa a meu ver, um bom violao, mic, baixo, aparatos, uma guita, um monitor de referencia... acabei parando por enquanto...

É velhinho, no meu caso eu TENHO que aprender na marra. Tenho 5 músicas que preciso fazer os playbacks e gravar 7 vozes em cada música, não para gravar cd profissional, mas para manter um kit de ensaio para banda e grupo vocal. Hoje em dia perdemos muito tempo passando vozes e isso solucionaria nossos problemas grandemente.

ClaudioBass escreveu: Por exemplo, no CD que mixei do Syntagma, numa música utilizei o compressor CLA76 da Waves, em outra música o SSL Logic deu melhor resultado e em outra utilizei um compressor da Softube com corte de baixa... Numa outra música em que apliquei um Flanger no baixo, o compressor padrão do Logic com o velho 2:1 foi suficiente pra dar o resultado desejado... e por aí vai...

Acho aqueles plugins da WAVES tão complicados de usar. Muitos controles pra quem é leigo no assunto. Aquela interface não ajuda...

brucce escreveu:
Por exemplo já percebi sozinho que eu preciso usar um bendito compressor em tudo para manter uma certa dinâmica.

No começo eu também tinha essa mesma impressão, de que o compressor era a salvação pra todos os problemas... mas depois de estudar, ler, pesquisar e obter dicas de profissionais experientes no ramo, comecei a perceber na prática que nem sempre há necessidade da utilização de compressores em todas as trilhas de uma mixagem... onde por vozes um analyzer aliado a um track-eq pode trazer bons resultados!

brucce escreveu:
Na igreja, eu sempre escuto os caras pedindo pra colocar um pouco de reverb nos instrumentos de sopro que são microfonados, como a flauta, e também no vocal.

Mas a utilização desse reverb na igreja é pra gravar o pessoal ao vivo, ou só pra tocar durante os cultos? se for só pra tocar, fica difícil imaginar a adição de reverb num ambiente de igreja... deve soar como uma câmara de eco, não?

ClaudioBass escreveu:

brucce escreveu:
Por exemplo já percebi sozinho que eu preciso usar um bendito compressor em tudo para manter uma certa dinâmica.

No começo eu também tinha essa mesma impressão, de que o compressor era a salvação pra todos os problemas... mas depois de estudar, ler, pesquisar e obter dicas de profissionais experientes no ramo, comecei a perceber na prática que nem sempre há necessidade da utilização de compressores em todas as trilhas de uma mixagem... onde por vozes um analyzer aliado a um track-eq pode trazer bons resultados!

brucce escreveu:
Na igreja, eu sempre escuto os caras pedindo pra colocar um pouco de reverb nos instrumentos de sopro que são microfonados, como a flauta, e também no vocal.

Mas a utilização desse reverb na igreja é pra gravar o pessoal ao vivo, ou só pra tocar durante os cultos? se for só pra tocar, fica difícil imaginar a adição de reverb num ambiente de igreja... deve soar como uma câmara de eco, não?

Boa, vou experimentar o Analyzer com um Track-Eq!

Então soa com um eco sim, da impressão de mais cheio

ClaudioBass escreveu:

brucce escreveu:
Na igreja, eu sempre escuto os caras pedindo pra colocar um pouco de reverb nos instrumentos de sopro que são microfonados, como a flauta, e também no vocal.

Mas a utilização desse reverb na igreja é pra gravar o pessoal ao vivo, ou só pra tocar durante os cultos? se for só pra tocar, fica difícil imaginar a adição de reverb num ambiente de igreja... deve soar como uma câmara de eco, não?

Cláudio, esse reverb colocado em um instrumento de sopro microfonado não seria pra dar a impressão que o próprio instrumento é amplificado. Posto que na maioria das igrejas se microfona instrumento de sopro com microfone dinâmico o que causa aquela impressão estranha de "magreza" no som do instrumento de sopro.

^ Não compreendi bem Cayo, o Reverb neste caso seria pra "encorpar" o som?

Já toquei numa Igreja, com todos os instrumentos amplificados e microfonados, mas o Reverb natural do ambiente não requeria a adição de um pedal ou periférico para proporcionar esse efeito!

^ É realmente não tem um porquê. HAHA
Dever ser mais um mito introduzido em nossas cabeças. Pelo menos essa seria minha primeira solução pra melhorar o som de uma microfonação de um dinâmico.

kkk Ta vendo como é bom ter diversas visões? kkk

Bom, a minha impressão mesmo é que flauta fica mais encorpada, sem aquele som magro e seco.

^ É mas colocar reverb na parada só seria uma alternativa ( pra mim ) se a captação fosse de microfone dinâmico daqueles normaizinhos que a gente encontra pelos forrós da vida.

^ Interessante.... mas será que neste caso o Reverb também não poderia ser aplicado numa captação direcional de clip? daquelas utilizadas em Sax e Trompete?

Até compreendo que seria complicado usar um condenser num ambiente de igreja, mas neste caso o Reverb passaria longe!

Bom, respondendo à pergunta original, costumo gravar tudo sem efeito nenhum, buscando o melhor posicionamento do microfone (se for instrumento acústico) e ouvindo o som captado o mais puro possível. Se o músico gosta de ouvir um pouco de reverb para tocar com mais conforto, coloco numa mandada separada para ele.

brucce escreveu: Ao abrir o pro tools (eu uso o reaper), descobri que ele já coloca alguns efeitos por padrão, dependendo do instrumento.

Tem certeza que é o Pro Tools? Os tracks vem limpos, e nem existe preset de inserção de plugins no PT... quem tem isso é o Logic. Posso ter entendido errado...

Os efeitos quem vêm com os programas de gravação costumam ser bastante transparentes (sonoridade), e acho bastante adequados para uma infinidade de casos. Plugins mais complexos, que emulam hardware, costumam ter sonoridade diferente, portanto é preciso saber bem o que esperar deles, e testar.
Especificamente sobre os compressores, o primeiro passo é saber exatamente para que serve cada controle e quais os tipos de compressores que existem. Esse texto pode ajudar um pouco:

https://www.contrabaixobr.com/t1306p50-o-que-eh-um-compressor-e-como-usa-lo#343622

^ Exato, também adoto o mesmo procedimento. Gravo o sinal limpo. Só no caso extraordinário do Syntagma é que gravei dois canais de guitarras já processados pelo sintetizador... e mesmo assim gravei um canal limpo de guitarra por segurança!

O Logic possui alguns templates de mixers para gravações específicas, mas não lembro se eles carregam algum tipo de plugin pré-inseridos nos canais!

Sobre gravar com sinal limpo, pelo menos aqui em casa depois que adquiri um Presonus Studio Channel tento enviar o sinal o mais "pronto" possível, em termos de compressão e Equalização... Logicamente, após adicionar outros instrumentos ainda será preciso fazer uma equalização mais precisa, mas para o tipo de gravações amadoras que faço tem funcionado bem.

eu sou adepto utilizar menos efeitos possíveis!!

é meio que uma tendência, todo mundo que começa gravar...ficar obcecado por plugins e tende a colocar efeitos em todas as trilhas, mesmo sem necessidade.

acho que o grande negocio mesmo, e aprender bem a utilizar o equalizador, e estudar as freqüências mas caracteristicas de cada instrumento procurando ajusta-los dentro da mix

LuCaSbass escreveu:Sobre gravar com sinal limpo, pelo menos aqui em casa depois que adquiri um Presonus Studio Channel tento enviar o sinal o mais "pronto" possível, em termos de compressão e Equalização... Logicamente, após adicionar outros instrumentos ainda será preciso fazer uma equalização mais precisa, mas para o tipo de gravações amadoras que faço tem funcionado bem.

Ter um bom equipamento como esse Presonus é legal mesmo, mas não indico ajustes ousados para quem está começando a gravar. Buscar uma captação com um bom equilíbrio e decidir posteriormente o que será processado pode ser uma decisão mais acertada.

Algumas excessões, que costumo gravar com processamento são as vozes, baixo e sax. O restante procuro trabalhar mais com posicionamento de microfones.

Em geral, se preciso equalizar muito algum instrumento, para mim é sinal que alguma decisão tomada não foi a melhor... a não ser que a concepção musical do trabalho tenha mudado radicalmente, se tiver que trazer alguma faixa de frequência mais que 6dB procuro avaliar se é mesmo necessário essa mudança. EQs normais (não-lineares) criam defasagem nos harmônicos superiores, por isso tenho esse cuidado. Cortar frequências é bem mais tranquilo, por isso muitas vezes quando quero ressaltar agudos, minha opção é cortar médios, por exemplo. O efeito é o mesmo, e não tira nada de fase.