Malcolm Young internado por apresentar quadro de demência

^ no meu post tava nem me referindo a bandas clássicas como AC/DC, DP, etc.
Já vi show de banda de metal extremo no Circo Voador q saia gente pelo ladrão...

metal extremo ta fora dessa curva de "decay" do rock classico, no que diz respeito a bandas novas ou menores...

Eu continuo achando que 40 mil pessoas e ingresso bem caro é sinônimo de cena forte e existente. Nem vou discutir a fama mundial de um grupo como o Floyd, afinal, seria perder tempo...

As vezes o Allex se perde tentando revogar a lei da gravidade... Chega a ser Quixotesca a cruzada anti rock ou sei lá como ele chama, mas enfim... Cada louco com sua mania...

Rico, eu só não concordo chamar de "cena forte" o mainstream de bandas antigas... Cena forte, pra mim é a banda iniciante poder cobrar 7 reais de entrada e ter publico SEM ter uma banda cover tocando em seguida, e a casa lotar... Isso não existe mais, ao menos não em Goiânia.

Amanha hoje tem um Guns cover, 25 reais a entrada e esgotaram os ingressos... isso pra mim não é cena forte, é cena baseada no passado.

Stormbringer escreveu:Rico, eu só não concordo chamar de "cena forte" o mainstream de bandas antigas... Cena forte, pra mim é a banda iniciante poder cobrar 7 reais de entrada e ter publico SEM ter uma banda cover tocando em seguida, e a casa lotar... Isso não existe mais, ao menos não em Goiânia.

Amanha hoje tem um Guns cover, 25 reais a entrada e esgotaram os ingressos... isso pra mim não é cena forte, é cena baseada no passado.

Concordo. O culto ao passado não é a mesma coisa do que uma cena atual e viva.

Pensei no que o Allex disse e, vendo o assunto sob uma perspectiva mais ampla, concordo com ele plenamente. O rock clássico possui os seus fãs fiéis, claro. Mas eles são, no final das contas, apenas uma parte pequena de uma população muito, muito maior e que não tem predileção pelo rock.

Se o classic rock fosse mesmo assim tão popular assim quanto nós fãs de rock pensamos que ele é, aqui em São Paulo (Local aonde vivo) todas as rádios teriam a sua programação baseada neste estilo (Uma vez que a rádio depende de seus ouvintes e tem que tocar o que eles querem ouvir para mantê-los sintonizados) e as paradas de sucesso seriam formadas pelas novidades das velhas e das novas bandas deste gênero. E não é isso o que acontece. Nem de longe.

Aqui em São Paulo só existe no dial uma rádio de Classic Rock propriamente dito, a Kiss Fm. A 89 voltou, mas o classic rock que ela toca é composto pelas mesmas velhas canções batidas de sempre (Que também são tocadas ad nauseam pela Kiss, que de uns tempos para cá, justiça seja feita, até que tem diversificado a sua programação) e a Brasil 2000 (Que nunca foi uma rádio de Classic Rock) abandonou o dial para se tornar uma rádio de internet.

Enfim, o classic rock é um estilo musical que tem seus fãs alojados em um gueto, formando um nicho de mercado que, em comparação com o público de outros estilos mais populares, é pequeno em termos numéricos.

Adoro rock, mas sei que a maioria das pessoas prefere outros estilos (O que, claro, é um direito delas... E não há nada de errado com isso).

Para exemplificar o que quero dizer, darei um exemplo análogo ao do Allex. Sempre que posso, vou a concertos de música clássica aqui em São Paulo (Esse é um hábito antigo meu).

Ao longo dos anos me deparei com salas cheias e descobri um público fiel e que não hesita, se necessário, em pagar ingressos caros. Isso significa que a música clássica é o estilo predileto da maioria da população?

Não. Isso significa que a música clássica (Estilo que também adoro) ocupa, assim como o rock, um nicho de mercado e que tem, assim como o rock, um público fiel que, comparado com o total da população, é pequeno (Tanto é que, em São Paulo, só existe uma rádio inteiramente devotada à música clássica, a Cultura FM).

(Notem que quando digo pequeno não estou emitindo juízos de valor musical. Não estou afirmando que tal e tal estilo é bom ou ruim. Falo em termos numéricos apenas)

Além disso, voltando ao tema inicial deste tópico, percebo uma outra relação entre o Classic Rock e a música clássica. Quando vou num concerto de música clássica muitas vezes escuto a obra de mestres musicais que já se foram deste mundo. Quando vou num show de Classic Rock tenho a honra de ver mestres musicais que estão envelhecendo e que inevitavelmente deixarão este mundo...

C'est la vie. O jeito é aproveitar enquanto temos a chance.

Ars longa, vita brevis.

Vamos fazer assim: Eu explico melhor o que quis dizer com cena forte, embora sinceramente ache desnecessário...

O Classic Rock tem um público fiel e numeroso no Estado do RJ. A prova disso é que os shows desses arremedos de bandas estão sempre lotados e é óbvio que isso não é por causa de mulher, afinal, tem lugar melhor e mais calmo pra paquerar que num show barulhento.

Todavia, é óbvio que esse estilo NÃO está na moda há umas 3 décadas. Por "moda" entenda-se mídia.

Ainda assim, diversos artistas ainda flertam com a vertente desse estilo por mais que não toquem rock. É quando você se surpreende com uma guitarrinha escondida, mas cheia de fuzz, ou um Hammond de leve num determinado momento.

É um nicho específico???? Claro que sim, mas também é um nicho numeroso. A prova cabal é que esses grupos vem ao Brasil mais vezes que o que tocam em sua própria terra. E tem mais: Lotam as casas qualquer dia da semana. Não tem essa de ter que tocar sexta e sábado. É sempre garantia de casa cheia, ou quase...

Acho que fica melhor e mais inteligível dessa forma.

Abs.

Pois é, Rico. Acho que empacamos na definição de "cena forte".

George Benson vem ao Brasil todo dia e lota shows. Ele faz parte de uma cena forte em algum lugar do Brasil?

Volto ao exemplo do Los Papines, uma banda Cubana que fez show lotado em Salvador. Se eu andar no centro daquela cidade e perguntar pra quem está passando, alguém sabe que banda é essa? Eu sei e fui ao show porque pertenço ao nicho específico de pessoas que apreciam música afro-caribenha, assim como você pertence ao nicho de pessoas que apreciam Classic Rock.

eu ainda acho errado medir a "força" de uma cena musical pela quantidade de pessoas que vai no show de gente já consagrada naquele estilo...

Pra medir a cena eu uso sempre as bandas "ainda" desconhecidas... o público que torna uma cena forte nao é o publico que vai no AC/DC por R$ 500 depois passa o ano inteiro esperando vir outra atração internacional grande
Pra mim o publico que poderia tornar uma cena forte é o publico que vai no "Ardidos do Beco" por R$ 10 hoje, vai no "Herói dos Vilões" no proximo sabado por R$ 8, vai dia 19 no "Bandidos de Terno" por R$ 15 e assim por diante...

Stormbringer escreveu:Rico, eu só não concordo chamar de "cena forte" o mainstream de bandas antigas... Cena forte, pra mim é a banda iniciante poder cobrar 7 reais de entrada e ter publico SEM ter uma banda cover tocando em seguida, e a casa lotar... Isso não existe mais, ao menos não em Goiânia.

Amanha hoje tem um Guns cover, 25 reais a entrada e esgotaram os ingressos... isso pra mim não é cena forte, é cena baseada no passado.

Concordo plenamente. E olha que, até uns anos atrás. Goiânia era um silo da cena de rock autoral nacional. Quando se trabalhava em coletivos, lembro o trabalho que tivemos pra hospedar Black drawing chalks aqui... Rsrsrs

E o Malcolm tá louco ainda...