Torção no braço Lakland DJ5

Caro(s) mestre(s):

"Torzal", "Twist", "Torção" garanto que são as palavras-chave mais complexas pra mim nos últimos tempos. Meu baixo, um Lakland DJ5 apresenta a tal da torção que ultimamente está mais acentuada. Enfim, gostaria de saber se o reparo é possível nesse caso. Segue a foto em anexo

Segue a foto.

Possivel, é...
A escala terá que ser retirada e o braço reaplainado...
Não será barato.
Custo à crer que um instrumento desse nível tenha apresentado tal problema... Mas, acontece...

Ufa!!! Obrigado, Bertola. Eu acho que demorei pra encarar o problema. Deixei o instrumento de lado. Mas agora estou disposto a solucionar o problema e, sabendo dessa possibilidade, vou ter que agir.

cazandré escreveu:Ufa!!! Obrigado, Bertola. Eu acho que demorei pra encarar o problema. Deixei o instrumento de lado. Mas agora estou disposto a solucionar o problema e, sabendo dessa possibilidade, vou ter que agir.

Procure um luthier realmente profissional, como o Jacimário, por exemplo...

Mauricio Luiz Bertola escreveu:...Custo à crer que um instrumento desse nível tenha apresentado tal problema... Mas, acontece...

Fiquei surpreso também....
Se fosse um Groovin: Normal...

Pode acontecer com qualquer instrumento.

Dependendo, até pega regulagem razoável e dá pra tocar sem problemas. For esse o caso, não fazer nada é uma opção.

Eu particularmente conversaria com a Lakland. Imagino que eles não se importariam de mandar outro braço com um desconto e frete grátis.

E, reforçando, se for resolver com luthier, procure um de alto calibre.

Sabe dizer se esse baixo teve outros donos?

Seria interessante tentar fazer a trajetória climática a qual ele foi exposto ao longo da fábrica.

Ademais, acho que o Allex deu uma excelente idéia. Para os caras da Lakland esse seu braço é relíquia para entender o que pode ter acontecido do fábrico até a sua mão.

Interessante que eu só havia visto algo semelhante em um Warwick Thumb. Já até fiz relato sobre esse baixo que pertence a um amigo. O baixo hoje está ok, mas foi feito todo um trabalho seguindo os procedimentos citados pelo Mestre Bertola.

Braço levemente torcido é muito comum. Nesse nível aí é um pouco mais raro, mas também se vê. Os motivos ninguém sabe, tem peça que torce e peça que não torce. Faz parte...

Não acredito que a Lakland queira o braço pra estudo ou algo assim, talvez peça só pra tirar uma peça com problema de circulação. Decisão normal. Esse pessoal entende o poder da mídia social e do boca a boca.

^ A Philips fez isso com meu pai algum tempo atrás, deu problema em um Home já descontinuado, como eles não tinham peças pra reposição ofereceram um novo com 60% de desconto. Eu mesmo escrevi achando que não ia dar em nada, eles mandaram buscar o antigo em casa e depois fizemos a compra on-line.

Eu acabei de ter contato com o pessoal da Lakland, fui bem atendido - de forma rápida, mas essa reposição não é tão viável. Digamos que a sensibilização com ocorrido não afetou o coração do departamento de marketing em 100%. Eles me apresentaram um estoque com a escala em maple que apresentou uma falha na pintura e me ofereceram 195 dólares por esta reposição. Mas infelizmente, a escala do meu baixo é Rosewood. Já na reposição original, com o rosewood, a oferta não foi tão boa assim quanto esperava, o custo em chega quase o dobro do maple. Mas continuo fã da marca.
Quando comprei esse instrumento há 4 anos atrás, percebi a leve torção, mas não estava nesse nível. Eu sou o segundo dono, mas o primeiro dono mal tocava. Infelizmente dei uma largada nos instrumentos, ficaram nos cases. Aí resolvi rever o tempo perdido e percebi que estava pior.
Bem, li alguns artigos gringos que falam dessa raridade mais acentuada. Alguns comentam sobre temperatura e até o sentido das fibras. Fui um sorteado.
Agradeço a atenção. Acabei de conversar com Jacimário e como ele fica mais próximo de Maceió, já acertei os detalhes para envio do braço.

Seu instrumento estará em boas mãos com o Jacimário!

afonsodecampos escreveu:Seu instrumento estará em boas mãos com o Jacimário!

Sem a menor sombra de dúvida...

cazandré escreveu:Eu acabei de ter contato com o pessoal da Lakland, fui bem atendido - de forma rápida, mas essa reposição não é tão viável. Digamos que a sensibilização com ocorrido não afetou o coração do departamento de marketing em 100%. Eles me apresentaram um estoque com a escala em maple que apresentou uma falha na pintura e me ofereceram 195 dólares por esta reposição. Mas infelizmente, a escala do meu baixo é Rosewood. Já na reposição original, com o rosewood,  a oferta não foi tão boa assim quanto esperava, o custo em chega quase o dobro do maple. Mas continuo fã da marca.
Quando comprei esse instrumento há 4 anos atrás, percebi a leve torção, mas não estava nesse nível. Eu sou o segundo dono, mas o primeiro dono mal tocava. Infelizmente dei uma largada nos instrumentos, ficaram nos cases. Aí resolvi rever o tempo perdido e percebi que estava pior.
Bem, li alguns artigos gringos que falam dessa raridade mais acentuada. Alguns comentam sobre temperatura e até o sentido das fibras. Fui um sorteado.
Agradeço a atenção. Acabei de conversar com Jacimário e como ele fica mais próximo de Maceió, já acertei os detalhes para envio do braço.

Fiquei decepcionado com a Lakland cobrando por reposição do braço..... achei uma m$%& e não tenho mais interesse na marca.
Andava considerando e desejando um DJ5 pela propaganda no Fórum... não mais.

cazandré escreveu:Mas infelizmente, a escala do meu baixo é Rosewood. Já na reposição original, com o rosewood,  a oferta não foi tão boa assim quanto esperava, o custo em chega quase o dobro do maple.

Provavelmente porque as restrições à exportação de peças/instrumentos contendo rosewood e/ou bubinga continuem complicadas nos States.

O meu baixo que tem mais tempo comigo, está com o braço torcido, viajou o mundo já é naturalmente torceu. No começo fiquei desesperado já que é um baixo muito modificado e não tinha intenção de fazer um braço novo em um baixo que só tem valor sentimental (na época comprava, vendia e trocava muito baixo, não valia a pena tirar do lucro de outro baixo pra arrumar esse visto que tinha 8 no set). Levei no meu Luthier de regularem (não faz nenhum serviço de construção), ele me tranquilizou pq eu disse que a tocabilidade não estava afetada mas quando vi o braço e notei a torção fiquei preocupado. No final, o baixo hj é fretless, tocabilidade normal e a torção continua lá. Um dia talvez eu resolva fazer um braço novo com frets pra ter a opção de dois braços pra esse baixo, mas hj não me preocupa...

É, realmente tem a questão da restrição, um amigo me falou sobre esse assunto das exportações rosewood e alguns tipos de madeira. Mas por outro lado, tem uma questão muito forte, o final do ciclo de um produto. Eles podem perder pessoas que defendam a marca por isso. Embora continue fã.

cazandré escreveu:É, realmente tem a questão da restrição, um amigo me falou sobre esse assunto das exportações rosewood e alguns tipos de madeira. Mas por outro lado, tem uma questão muito forte, o final do ciclo de um produto. Eles podem perder pessoas que defendam a marca por isso. Embora continue fã.

^...por um caso desses, não acredito. A não ser que o barulho feito, fosse grande.

Infelizmente acontece. Como o Allex falou, é comum ver torções ligeiras, as mais acentuadas são mais raras em madeiras estabilizadas mas ainda assim podem acontecer. Eu tenho uma Les Paul japonesa (Burny) que tem uma torção acentuada como a sua. Mas a diferença é que é no outro sentido, o que até favorece, de certa forma, tocar pestanas. E ela dá regulagem em termos de intonação e altura de cordas numa boa, então nunca me preocupei.
Já que o custo de um braço novo da Lakland sai inviável, as opções, como ditas, seriam consertar esse (o que talvez saia tão caro quanto confeccionar um braço novo e reutilizar essa escala), ou se ele regular e der pra tocar normalmente, deixar como está.

Em qualquer opção, se possível faça uma atualização aqui dizendo o desfecho, para que possa servir de auxílio a outros.

Paulo Penna escreveu:Fiquei decepcionado com a Lakland cobrando por reposição do braço..... achei uma m$%& e não tenho mais interesse na marca.

Cobrar era esperado. Facilitar e tentar achar uma solução também.

Paulo Penna escreveu:Andava considerando e desejando um DJ5 pela propaganda no Fórum... não mais.

Que propaganda?

JAZZigo escreveu:Provavelmente porque as restrições à exportação de peças/instrumentos contendo rosewood e/ou bubinga continuem complicadas nos States.

Mesmo rosewood asiático barato?

PS - Vi aqui que todas as 300 espécies de Dalbergia estão sob proteção.

A Eden, fabrica chinesa de braços padronizados ou sob encomenda já está usando material sintético na escala (só não analisei ainda para ver se é verdade...). A Gibson já vinha usando "coocked maple" também...

allexcosta escreveu:

Paulo Penna escreveu:Fiquei decepcionado com a Lakland cobrando por reposição do braço..... achei uma m$%& e não tenho mais interesse na marca.

Cobrar era esperado. Facilitar e tentar achar uma solução também.

Paulo Penna escreveu:Andava considerando e desejando um DJ5 pela propaganda no Fórum... não mais.

Que propaganda?

JAZZigo escreveu:Provavelmente porque as restrições à exportação de peças/instrumentos contendo rosewood e/ou bubinga continuem complicadas nos States.

Mesmo rosewood asiático barato?

PS - Vi aqui que todas as 300 espécies de Dalbergia estão sob proteção.

A propaganda dos foristas (principalmente você, pois considero a maior fonte confiável para estas informações aqui) que afirmam que o DJ5 é simplesmente f***!!!
Não entenda "propaganda" como algo negativo ou em troca de qq coisa que seja, usei o termo apenas para reafirmar quer todos que testaram ou tiveram o DJ5 falaram que o DJ5 é excepcional.
Continuo acreditando que seja, mas achei a solução da lackland péssima!!!!
Não acredito que o Jacimário tivesse a mesma atitude se fosse um baixo dele, mas talvez eu seja romântico e sonhador....

Mauricio Luiz Bertola escreveu:A Eden, fabrica chinesa de braços padronizados ou sob encomenda já está usando material sintético na escala (só não analisei ainda para ver se é verdade...). A Gibson já vinha usando "coocked maple" também...

Acho que chamavam de backed maple..... tempos ruins...
A gibson quebrou ou não afinal?

Paulo Penna escreveu:A propaganda dos foristas (principalmente você, pois considero a maior fonte confiável para estas informações aqui) que afirmam que o DJ5 é simplesmente f***!!!
Não entenda "propaganda" como algo negativo ou em troca de qq coisa que seja, usei o termo apenas para reafirmar quer todos que testaram ou tiveram o DJ5 falaram que o DJ5 é excepcional.

Entendi. É que a palavra "propaganda" geralmente se usa quando é algo que parte de quem tem interesse pecuniário no produto. O que fazemos por aqui é mais pra "resenha", "review" ou "comentários".

Paulo Penna escreveu:Continuo acreditando que seja, mas achei a solução da lackland péssima!!!!

Também não gostei da solução e achei até atípica pra empresas americanas de porte razoável, por isso sugeri falar com eles antes de qualquer coisa.

Paulo Penna escreveu:Não acredito que o Jacimário tivesse a mesma atitude se fosse um baixo dele, mas talvez eu seja romântico e sonhador....

Se me lembro bem, Jacimário dá garantia vitalícia pra quem compra seus instrumentos. Isso aí já é uma tranquilidade diferenciada. Saber que qualquer problema que dê, mesmo o mais grave, só te custará o frete pra Salvador.

allexcosta escreveu:

Paulo Penna escreveu:A propaganda dos foristas (principalmente você, pois considero a maior fonte confiável para estas informações aqui) que afirmam que o DJ5 é simplesmente f***!!!
Não entenda "propaganda" como algo negativo ou em troca de qq coisa que seja, usei o termo apenas para reafirmar quer todos que testaram ou tiveram o DJ5 falaram que o DJ5 é excepcional.

Entendi. É que a palavra "propaganda" geralmente se usa quando é algo que parte de quem tem interesse pecuniário no produto. O que fazemos por aqui é mais pra "resenha", "review" ou "comentários".

Paulo Penna escreveu:Continuo acreditando que seja, mas achei a solução da lackland péssima!!!!

Também não gostei da solução e achei até atípica pra empresas americanas de porte razoável, por isso sugeri falar com eles antes de qualquer coisa.

Paulo Penna escreveu:Não acredito que o Jacimário tivesse a mesma atitude se fosse um baixo dele, mas talvez eu seja romântico e sonhador....

Se me lembro bem, Jacimário dá garantia vitalícia pra quem compra seus instrumentos. Isso aí já é uma tranquilidade diferenciada. Saber que qualquer problema que dê, mesmo o mais grave, só te custará o frete pra Salvador.

Perfeito....
Internet muitas vezes dá causa a entendimento diferente do pretendido, não leva junto das palavras a emoção ou intenção delas...
Tem um JB Mlagus no ML que me deu até comichão....

Esse tipo de coisa acontece. Em geral, empresas americanas dão garantias apenas nos EUA.

Ví um violão Gibson de 8.000 USD virar um 8 certa vez. Sem reparo, e a Gibson sequer respondeu a mensagem.

Eu tenho um Bass que vale fácil uns 20 mil temers golpistas, com um caimento bem leve do braço pra direita. Não atrapalha, ninguém nota e a corda não sai do braço. Apenas é levemente desalinhado quando você olha por mais tempo procurando defeitos.