Samuel Rosa anuncia turnê de despedida do Skank

https://www1.folha.uol.com.br/amp/colunas/monicabergamo/2019/11/samuel-rosa-anuncia-a-separacao-da-banda-skank.shtml

Tirando os primeiros sucessos (o jogo de futebol e a miss Brasil), eu sempre achei as músicas do Skank maneirísssimas.

Reeditaram um grande momento da MPB, com aquela mineirice progressiva de Lô Borges e Beto Guedes. Palmas pros caras. Vão fazer falta.

Eu conheci o Samuel. Cara super simples e bom de papo. Tem umas opiniões políticas que eu prefiro não comentar, mas uma coisa é uma coisa...

Lamento pelo fim da banda.

Bom pra eles. Tudo cansa e já devem ter feito um bom pé-de-meia.

Se faltar caviar eles fazem uma reunion igual à de Sandy & Jr.

Rico escreveu:
Lamento pelo fim da banda.

Curto muito também. Também lamento mas os argumentos dele são bem justificáveis. Outra coisa é que talvez seja melhor parar do que ficar fazendo m*** só para produzir material.

allexcosta escreveu:Bom pra eles. Tudo cansa e já devem ter feito um bom pé-de-meia.

Se faltar caviar eles fazem uma reunion igual à de Sandy & Jr.

[2]

Nessas horas eu fico imaginando o tamanho do pé-de-meia dos caras do Rolling Stones e do Iron Maiden...

NESCAU escreveu:Nessas horas eu fico imaginando o tamanho do pé-de-meia dos caras do Rolling Stones e do Iron Maiden...

Cada membro do Rolling Stones têm um net worth de cerca de 350 milhões de dólares provindos de atividades diretas da banda.
Do Iron Maiden é algo entre 15 e 40 milhões de dólares.

Taí algo que não consigo entender e que acontece com essa geração que apareceu no meio dos anos 90, início dos anos 2000. Os caras ralam pra conquistar público, montam um baita "negócio" e depois decidem fechar a firma, como se fosse extremamente fácil fazer o mesmo sucesso e conquistar segurança financeira. Os pagodeiros dessa época fizeram muito isso e não consigo lembrar algum que realmente se deu bem.

Nada contra o Samuel (um cara que admiro e tem uma energia boa pra carai) mas canário tem mania de fazer isso. Boa sorte pra ele, desejo sucesso e muita, muita sorte para os outros três, esses vão precisar.

meio que fizeram historia, na época estavam com algo novo um Ska bem feito, fizeram muitos sucessos, se o Ecad funcionasse pra valer eles não precisam lançar nunca mais nada, tem umas musicas deles dos anos 90 que ainda toca acho que vai continuar.

afonsodecampos escreveu:Taí algo que não consigo entender e que acontece com essa geração que apareceu no meio dos anos 90, início dos anos 2000. Os caras ralam pra conquistar público, montam um baita "negócio" e depois decidem fechar a firma, como se fosse extremamente fácil fazer o mesmo sucesso e conquistar segurança financeira. Os pagodeiros dessa época fizeram muito isso e não consigo lembrar algum que realmente se deu bem.

Nada contra o Samuel (um cara que admiro e tem uma energia boa pra carai) mas canário tem mania de fazer isso. Boa sorte pra ele, desejo sucesso e muita, muita sorte para os outros três, esses vão precisar.

Não sei se longevidade tem de fato relação com receita. Tem banda grande antiga que só toca em SESC com plateia vazia.

Creio não ser o caso do Skank... isso foi um comentário geral

A carreira de uma banda pode ser administrada como um negócio, algo que deve crescer e render dividendos suficiente para garantir o bem-estar das próximas gerações mas, em princípio, é só uma banda - um grupo de amigos que se juntou pra tocar e acabou recebendo por isso. No começo - período mais difícil - a amizade se fortalece, os ideais afloram, a honestidade e a criatividade são exaltadas. Depois, deve ser muito desgastante a rotina, as relações contratuais (haja estômago!), o convívio (passar mais tempo com estranhos do que com a família não deve ser muito saudável mentalmente) e até a "gaiola-dourada" - fruto da cumplicidade entre fãs e bandas. Deve ser quase impossível resistir nessas condições (a não ser pelo dinheiro envolvido). Não sei. Enquanto "business", o show é assim mesmo.

WHead escreveu:A carreira de uma banda pode ser administrada como um negócio, algo que deve crescer e render dividendos suficiente para garantir o bem-estar das próximas gerações mas, em princípio, é só uma banda - um grupo de amigos que se juntou pra tocar e acabou recebendo por isso. No começo - período mais difícil - a amizade se fortalece, os ideais afloram, a honestidade e a criatividade são exaltadas. Depois, deve ser muito desgastante a rotina, as relações contratuais (haja estômago!), o convívio (passar mais tempo com estranhos do que com a família não deve ser muito saudável mentalmente) e até a "gaiola-dourada" - fruto da cumplicidade entre fãs e bandas. Deve ser quase impossível resistir nessas condições (a não ser pelo dinheiro envolvido). Não sei. Enquanto "business", o show é assim mesmo.

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Faz muito sentido WHead.

Você chegou a ver o Endurance do Sepultura? O Jean Dolabella surtou no meio da turnê européia.

Henri-Q escreveu:

Faz muito sentido WHead.

Você chegou a ver o Endurance do Sepultura? O Jean Dolabella surtou no meio da turnê européia.

Não vi. Vou procurar assistir com calma, depois.

afonsodecampos escreveu:Taí algo que não consigo entender e que acontece com essa geração que apareceu no meio dos anos 90, início dos anos 2000. Os caras ralam pra conquistar público, montam um baita "negócio" e depois decidem fechar a firma, como se fosse extremamente fácil fazer o mesmo sucesso e conquistar segurança financeira.

The Beatles durou 10 anos. Led Zeppelin pouca coisa a mais (12 anos)

O problema não é a geração, Afonso. Os integrantes do Led e Beatles nasceram na década de 1940. Seriam pais e avós nossos.
Grandes bandas terminam por motivos diversos. Umas duram mais, outras menos.

Tem um efeito caça-níquel que está virando moda aqui no Brasil, que é o vocalista sair em carreira solo (como ocorreu com Rosa de Saron recentemente). Aí o cara continua tocando as músicas da banda nas mesmas casas e segue a vida. A diferença é que o cachê do Carioca Club que era rachado em 4 músicos mais banda de apoio e produção fica só com o cantor e o carinha do violão. Não é nem uma crítica, afinal o cara compunha praticamente tudo da banda (e continua lotando as casas sozinho). É mais uma observação mesmo sobre um efeito que acho difícil deixar de existir.

^Curioso é o caso do Barão Vermelho, que se dividiu em três... Todos eles tocando repertório similar.

Uma vez ele estava com filhos e amigos num japa que toquei muitos anos em Sampa e foi muito simpático comigo. Eu estava tocando sozinho música instrumental e ele fez questão de ficar no bar e jantar por lá mesmo para ficar curtindo a música. Até toquei um teco da Saideira dentro de um solo e ele ficou super feliz e veio agradecer.
Bandas vem e vão mesmo faz parte e não cabe a mim julgar os motivos deles.

Rico escreveu:^Curioso é o caso do Barão Vermelho, que se dividiu em três... Todos eles tocando repertório similar.

E Angra, que a banda está na atividade e os ex-membros abandonam seus projetos pessoais (alguns excelentes projetos que só precisavam de maior divulgação) para fazer cover da banda. Supreendente!

Fernando Zadá escreveu:Uma vez ele estava com filhos e amigos num japa que toquei muitos anos em Sampa e foi  muito simpático comigo. Eu estava tocando sozinho música instrumental e ele fez questão de ficar no bar e jantar por lá mesmo para ficar curtindo a música. Até toquei um teco da Saideira dentro de um solo e ele ficou super feliz e veio agradecer.
Bandas vem e vão mesmo faz parte e não cabe a mim julgar os motivos deles.

que show de bola em!

allexcosta escreveu:Bom pra eles. Tudo cansa e já devem ter feito um bom pé-de-meia.

Se faltar caviar eles fazem uma reunion igual à de Sandy & Jr.

Como nunca gostei dessa banda triste...já vai tarde!

Triste, enfim, cada um sabe aonde aperta o calo...

eu gosto bastante das musicas deles, mais das antigas, acho as linhas de baixo bem legais de tocar e sempre gostei do jeito "simples" do baixista.

(Simples, no modo tranquilo de tocar)

Eu gosto de várias músicas deles...

Não entendi bem a história, eles estão aposentando ou o Samuel fará carreira solo? Se tá na matéria, desculpem, não cliquei...

Jãozeiro escreveu:

afonsodecampos escreveu:Taí algo que não consigo entender e que acontece com essa geração que apareceu no meio dos anos 90, início dos anos 2000. Os caras ralam pra conquistar público, montam um baita "negócio" e depois decidem fechar a firma, como se fosse extremamente fácil fazer o mesmo sucesso e conquistar segurança financeira.

The Beatles durou 10 anos. Led Zeppelin pouca coisa a mais (12 anos)

O problema não é a geração, Afonso. Os integrantes do Led e Beatles nasceram na década de 1940. Seriam pais e avós nossos.
Grandes bandas terminam por motivos diversos. Umas duram mais, outras menos.

Talvez não tenha conseguido ser claro o bastante, não foi isso o que quis dizer.

O cara monta uma banda ainda muito jovem e conquista fama. Pra mim, é um "negócio" que deu certo, uma empresa como outra qualquer. Com o sonho de Peter Pan o cara, a meu ver, vive feliz fazendo o que gosta, ganhando dinheiro, empregando pessoas, etc. Aí, de repente resolve que não quer mais (não estou falando especificamente do Samuel, quem sou eu pra julgar este ou qualquer outro músico e seus motivos).

O que quero dizer é que a empreitada deu certo, a empresa cresceu, decolou e agora o sócio majoritário resolve abandonar o barco e os sócios que ficam não têm como continuar o negócio promissor, é o fim.

Uns formam bandas, outros fazem Enem mas o que todos querem é garantias de dinheiro num futuro próximo, um negócio que dê certo. Eu tento todos os dias da minha vida.

Um bom exemplo do que tô falando é os Los Hermanos, penaram pra fazer sucesso, quase desistiram e quando finalmente alcançaram o que queriam... largaram o osso. E por que? Não consigo entender.

Só espero que seja uma coisa "de verdade". Tipo, que esse tour de despedida seja, de fato, uma despedida. Senão, fica muito feio. Já caí nesse conto gastando uma grana pra assistir a um show da turnê de "despedida" do Leonardo Gonçalves [cantor evangélico], fui pra outra cidade, etc., e aí tipo um ou dois anos depois o cara volta a fazer show como se nada tivesse acontecido. Pra mim, soa como uma desonestidade você se despedir dos palcos e depois voltar porque "os fãs pediram".

Eu gosto bastante do Skank, já fui nuns 3 shows e foram ótimos. Acho uma pena a banda acabar, mas é a vida.

allexcosta escreveu:Eu gosto de várias músicas deles...

Não entendi bem a história, eles estão aposentando ou o Samuel fará carreira solo? Se tá na matéria, desculpem, não cliquei...

Resumindo ele disse que o Skank não surpreende mais, está na zona de conforto por ser muito tempo com a mesma formação. Sim, ele irá sair em carreira solo. Cogita uma reunião futura mas não como retorno e sim comemoração pontual.

Edu Fettermann escreveu:Só espero que seja uma coisa "de verdade". Tipo, que esse tour de despedida seja, de fato, uma despedida. Senão, fica muito feio. Já caí nesse conto gastando uma grana pra assistir a um show da turnê de "despedida" do Leonardo Gonçalves [cantor evangélico], fui pra outra cidade, etc., e aí tipo um ou dois anos depois o cara volta a fazer show como se nada tivesse acontecido. Pra mim, soa como uma desonestidade você se despedir dos palcos e depois voltar porque "os fãs pediram".

Eu gosto bastante do Skank, já fui nuns 3 shows e foram ótimos. Acho uma pena a banda acabar, mas é a vida.

Conincidencia ou não, Leonardo Gonçalves está sempre tocando com o Guilherme do Rosa (já mencionado aqui rsrsrs).

Edu Fettermann escreveu:Só espero que seja uma coisa "de verdade". Tipo, que esse tour de despedida seja, de fato, uma despedida. Senão, fica muito feio. Já caí nesse conto gastando uma grana pra assistir a um show da turnê de "despedida" do Leonardo Gonçalves [cantor evangélico], fui pra outra cidade, etc., e aí tipo um ou dois anos depois o cara volta a fazer show como se nada tivesse acontecido. Pra mim, soa como uma desonestidade você se despedir dos palcos e depois voltar porque "os fãs pediram".

E o louco é que vários fazem isso, hehe.
É estratégia pra levantar uma baita grana. Terminam, deixam os fãs saudosos e depois de alguns anos voltam com "a última turnê", batendo recorde de público. Mas na verdade é a penúltima vez, porque depois não resistem e fazem outra. E quem sabe mais outra, afinal, por que não? Kkkk

Los Hermanos mesmo, que o Afonso citou: ficaram 14 anos sem lançar nada. De repente, fizeram um show no Maracanã com 42 mil pessoas (12 mil de pessoas a mais do que o Foo Fighters levou no mesmo estádio).

Jãozeiro escreveu:

Edu Fettermann escreveu:Só espero que seja uma coisa "de verdade". Tipo, que esse tour de despedida seja, de fato, uma despedida. Senão, fica muito feio. Já caí nesse conto gastando uma grana pra assistir a um show da turnê de "despedida" do Leonardo Gonçalves [cantor evangélico], fui pra outra cidade, etc., e aí tipo um ou dois anos depois o cara volta a fazer show como se nada tivesse acontecido. Pra mim, soa como uma desonestidade você se despedir dos palcos e depois voltar porque "os fãs pediram".

E o louco é que vários fazem isso, hehe.
É estratégia pra levantar uma baita grana. Terminam, deixam os fãs saudosos e depois de alguns anos voltam com "a última turnê", batendo recorde de público. Mas na verdade é a penúltima vez, porque depois não resistem e fazem outra. E quem sabe mais outra, afinal, por que não? Kkkk

Los Hermanos mesmo, que o Afonso citou: ficaram 14 anos sem lançar nada. De repente, fizeram um show no Maracanã com 42 mil pessoas (12 mil de pessoas a mais do que o Foo Fighters levou no mesmo estádio).

Cumpre salientar que os ingressos no FF iam de 220 a 720, enquanto que os LH de 240 a 400 (o que explica muita coisa nessa comparação).

Público.................................................42000.................30000
Média grosseira (menor + maior/2)............320,00................470,00
Retorno.....................................13.440.000,00..... 14.100.000,00

Henri-Q escreveu:Resumindo ele disse que o Skank não surpreende mais, está na zona de conforto por ser muito tempo com a mesma formação.

Ah tá...

Traduzindo: Quero ser chefe e decidir tudo sem ouvir a opinião de ninguém. E tô cansado de dividir cachê também...

Eu até entendo o appeal. Esse negócio de banda rola um desgaste, ainda mais quando há vários donos.

allexcosta escreveu:

Henri-Q escreveu:Resumindo ele disse que o Skank não surpreende mais, está na zona de conforto por ser muito tempo com a mesma formação.

Ah tá...

Traduzindo: Quero ser chefe e decidir tudo sem ouvir a opinião de ninguém. E tô cansado de dividir cachê também...

Lendo a entrevista na íntegra, levei mais pelo lado do tédio em fazer sempre mais do mesmo. Até porque, acho que no caso do Skank, ele teria voz ativa para revolucionar a parada. Deve ser tipo aquela sensação de ver o casamento virando uma linda sociedade onde se dorme na mesma cama, leva as crianças pra escola e se paga conta, sendo que o "lado bom da vida"... neca de pitibiriba.

Bom, vou aproveitar e ir a um show dessa turnê. Não sou fanático pela banda, mas gosto muito de algumas coisas deles, então melhor ir ver ao vivo antes que acabe...
Engraçado que eu pensei assim no primeiro Rock in Rio, quando fui assistir ao Iron Maiden. Nunca imaginei que 30 anos depois eles estariam na ativa lotando estádios!

Henri-Q escreveu:...O Jean Dolabella surtou no meio da turnê européia...

A família Dolabella é meio complicada:

https://rollingstone.uol.com.br/noticia/samuel-rosa-aconselha--dinho-ouro-preto-e-rogerio-flaudino-a-deixarem-capital-inicial-e-jota-quest/

Eu poderia ser linchado pelo outros integrantes, mas se o Dinho [Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial] e o Rogério [Flausino, vocalista do Jota Quest] estivessem na minha frente, eu sugeriria também para eles um voo solitário", disse Samuel Rosa.

^ Realmente, ele acabaria levando uma surra dos demais membros daquelas banda.