Do sólido ao Acústico (Chiforímpola)

Como amador da luthieria meu maior sonho sempre foi, e ainda é, construir um violão bom, porém os muitos detalhes e processos sempre foram barreiras para que eu arriscasse iniciar, estas mesmas barreiras também serviram de motivação para que eu não tivesse coragem de enfrentar a construção de um baixo ou guitarra. Até que um dia um amigo me desafiou a construir um Precision bass, o mesmo tem um tópico próprio aqui no forum, aceitei o desafio e percebi que a luthieria era a minha paixão. Depois do Precision Bass me aventurei na construção de mais 3 baixos, dentre eles um Music Man Stingray, apesar de ter construído estes poucos contrabaixos, e de já ter obtido um mínimo e ferramentas e confiança, ainda sinto a necessidade de arriscar a construção de um Violão e finalmente realizar meu sonho.

Enquanto decido se faço, ou não, um curso para construção de acústico decidi construir um pequeno acústico autoral... trata-se de um violão de viagem o qual apelidei de Chiforímpola, este apelido é uma referência a um episódio do seriado Chaves, onde o próprio chaves faz um desenho totalmente novo e sem sentido para o qual ele dá o nome de Chiforímpola.

A minha Chiforímpola é um violão de Viagem com as seguintes especificações:

Tampo - Abeto Alemão
Fundo e Laterais - Imbuia
Escala - Roxinho Rosted
Cavalete - Jacarandá Indiano
Tarraxas c/ Travas - Guyker
Captação Fishiman Sonitone

Dimensões:
85cm de comprimento
25cm de Largura
Escala de 590mm

Observações:
O som da Chiforímpola tende a ter Mais médio agudo, frequências esperadas devido ao tamanho super reduzido da caixa (350mmx250mm);
Os graves são quase inesistentes, acredito que eu possa melhorar um pouco isso nas próximas versões, mas só melhorar porque as limitações quanto às medidas não me permitirão ter "aquele grave".
Apesar das limitações, fiquei muito satisfeito com o resultado final, porque mesmo com os médios e agudos sobressaindo posso dizer que conseguimos um timbre acústico agradável.

Ligado em linha no modo flat, recuperamos o grave que não temos no acústico uma vez que o captador utilizado é o piezo de rastilho. Utilizei o instrumento no PA de uma igreja de 80m2, e após essa experiência já adotei a Chiforípola como meu companheiro de ministrações na igreja, até que eu construa o meu Grand Auditorium.

Tô curioso, tem imagens?

Eu não faço ideia de como 'entortar' a madeira pra conseguir fazer o formato das laterais do violão. Qualquer instrumento desses pra mim já é uma baita obra de arte.

Gomba escreveu:Tô curioso, tem imagens?

Eu não faço ideia de como 'entortar' a madeira pra conseguir fazer o formato das laterais do violão. Qualquer instrumento desses pra mim já é uma baita obra de arte.

Cara, para entortar (dobrar) eu fiz um cilindro com chapa de calha, e instalei uma resistência cônica a Seco dentro deste cilindro, com um termostato consigo regular a temperatura do ciclindro, aí deixei as laterias com 2.2mm, molhei-as e fui moldando no cilindro quente até chegar na curva desejada.

Um desse ai estilo baixolão hein!!

Fernando Zadá escreveu:Um desse ai estilo baixolão hein!!

O caminho está aberto para essa possibilidade meu amigo!

Estudarei bem como é a estrutura dos Baixolões para ter uma boa base...

Lindo instrumento!
Tenho vontade de fazer um violão, mas ainda não tenho coragem