Na sua opinião, medicamento genérico tem a mesma eficácia que medicamento referência?

Comigo tem genérico que quase não tem eficiência, por exemplo: remédio para gastrite e refluxo.
Tomei pantoprazol genérico que não fazia nem tchun, efeito quase nulo, mesma dosagem de 40mg.
Quando eu estive muito atacado mesmo, apelei para um caríssimo que uma médica receitou anos atrás para mim, hoje em dia é quase R$ 300 a caixa com 30 comprimidos, contra R$ 10 a 30 do genérico.

Talvez para esse tipo de tratamento bem especifico, o genérico não funcionou comigo, mas para coisas simples, tipo, dor, resfriado, etc, eu vou de genérico.

Eu acho muito doido que, mesmo que na teoria o genérico seja a mesma coisa, o original geralmente funciona melhor comigo. Eu preciso tomar o dobro da dose do Allegra genérico pra dar o mesmo alívio de alergia do que o original dá. Algum dia eu queria dar uma mapeada em quais laboratórios de genéricos produzem os melhores.

Mas tô com o Sérgio nessa, remédio pra dor é sempre genérico aqui em casa.

Comigo eu não tenho experiência a ser relatada, mas tenho um episódio envolvendo uma gata, sim, uma felina. Ela foi resgatada da rua com um quadro avançado de esporotricose. Após o devido diagnóstico, a veterinária foi taxativa em receitar o Sporanox Pulso (itraconazol), dizendo mais de uma vez que no caso da gata, pelo avanço da doença, o uso do Sporanox Pulso era indispensável, não podendo de maneira alguma fazer uso do Itraconazol genérico. Ao ver o preço do Sporanox, resolvi por conta própria desobedecer a veterinária e dar o medicamento genérico. Durante um bom tempo o tratamento não teve avanço algum. Resolvi dar o braço a torcer e comprar o Sporanox. Em uma semana o Sporanox apresentou resultados que o tratamento com o Itraconazol genérico não obteve em um mês.

Teve uma vez que comprei um genérico de um anti-biótico (Amoxicilina, uma inflamaçao terrivel na garganta) e pra mim não tava legal, quando mudei pro "original" foi que foi. Com outros anti-bióticos não percebi.
Pode ter sido placebo? Sim

Por outro lado, já usei bastante remedio genérico que teve efeito.

Eu tomo uma carrada de remédios , a maioria genéricos (por conta do preço)...pra dor não senti diferença com os de referência. O Bromazepam que eu tomo , que é o genérico do Lexotan (referência da Roche) , o único que achei igual o original foi do laboratório da Meddley , de outras duas marcas que comprei , não surtiram o efeito esperado.

Ouvi uma vez numa palestra que até 70% do efeito de um medicamento pode ser psicológico. Portanto para muitas pessoas, genéricos realmente não fazem o mesmo efeito que o medicamento de "marca".
Para essas pessoas é fundamental usar o medicamento realmente prescrito, e não o genérico e respeito muito isso.

Meu cardiologista particular me indicou um beta bloqueador de marca e nunca tomei-o, optando sempre por um genérico após um cateterismo.
Devido esse cateterismo cumpri um programa por 6 meses na empresa onde trabalhava, onde fazia 2 h de exercícios na segunda, quarta e sexta, sendo que toda sexta eu fazia uma esteira com um monte de sensores (inclusive capacidade pulmonar) acompanhado pelo cardiologista da empresa, no horário de expediente.

Numa sexta o acompanhamento do cardiologista da empresa, no teste de esteira percebeu uma anormalidade e concluiu que ou eu estava pior naquele dia ou eu não tomei o beta bloqueador.

Me mandou para o cardiologista particular na hora e me pediu para passar antes em casa e contar os comprimidos para ver se realmente eu não tinha esquecido naquele dia. Contei-os e concluí que realmente eu tinha esquecido.
Saliento que não estava sentindo nada diferente e nem tinha percebido que tinha esquecido de tomar os remédios naquele dia.

No consultório do cardiologista particular o comentário dele foi de que era o uso do beta bloqueador de "marca" que causou a anomalia aquele dia devido a grande eficiência e que um genérico não teria esse comportamento (eu nunca o informei que sempre usei genérico e não de "marca").

Outro detalhe é que com remédios contínuos, alguns laboratórios criam programas de fidelidade e no fim das contas depois de um tempo, algumas vezes o remédio de "marca" passa a ser até mais barato que o remédio genérico.

Eu normalmente opto pelo medicamento mais barato, independente de ser genérico ou de "marca".

Outra coisa que percebi é que um dos remédios de controle de pressão que passei a usar depois do cateterismo só começou a fazer efeito 40 dias após tomá-lo diariamente.
E como ele saiu de linha, percebeu-se que cerca de 10 dias após sua interrupção, seu efeito acabou, o que obrigou os cardiologistas a buscarem outro remédio substituto que também teve os 40 dias para começar a atuar em meu organismo.

Foi esse programa de 6 meses com 2 cardiologistas (um particular e outro na empresa) e um fisioterapeuta com as 2 horas de exercícios programados, 3 vezes por semana que reverteram totalmente os resultados dos exames cardíacos.

Depois de 2 anos passei a não ser mais dependente de beta bloqueador. Mas continuo com 3 remédios contínuos, tentando manter o peso, dieta controlada e exercícios físicos de intensidade considerável.

O Tandrilax de outras marcas não funciona comigo.
Tem que ser o original mesmo.

allexcosta escreveu:Minha experiência:

Costumo chamar medicamento pela droga. Falo "ibuprofeno" ao invés de advil ou motrin, assim como falo "dipirona", "diclofenaco", etc...

Além disso, normalmente não reparo na marca ou laboratório. Quando o efeito é muito diferente do esperado é que vou olhar a embalagem.

Já usei vários genéricos excelentes, assim como tomei um ibuprofeno de 600mg esses dias que não produzia efeito algum... Fui olhar o blister e estava escrito "Prati".

Dipirona gotas normalmente me faz efeito satisfatório com 40-50 gotas. Dia desses usei 50 gotas de uma e nada... Fui olhar o nome e era "Maxalgina", que passei a evitar...

Percebi algo parecido com vários genéricos da EMS, marca que também evito hoje em dia...

Falando em ibuprofeno. Próxima vez que precisarem dessa droga, experimentem o Spidufen do laboratório espanhol Zambon. Tudo bem que é associado com um aminoácido, o que deve mudar a farmacodinámica da droga, mas os efeitos são surpreendentes se comparados ao ibuprofeno comum.

Mas sei que efeito placebo é real...

Que otima iniciativa esse post.

Já me peguei a pensar nisso, um bom tempo atrás e achava puramente achismos, bobagens, etc... até que o calo apertou.

Existe o efeito placebo sim, mas vou relatar algo que aconteceu com meu filho de 2 anos. Ele nao conhece remedio de marca famosa ou generico. Estava com febre e a mesma não baixava com o Paracetamol de laboratorio X.... Quando liguei para minha esposa ela disse que havia medicado por 2 vezes e nada. Comprei Tylenol e batata. Na primeira dose a febre cedeu.

Não bastasse isso, em outro episodio a mesma coisa. Demos sem nos dar conta o paracetamol X. Passou 1 hora e nada da febre ceder. Aí me veio a cabeça essa de trocar o paracetamol pelo Tylenol. Foi tiro e queda. Em 10 min o termometro ja registrava temperatura em 36.1 .

Agora quando acontece algum episodio febril usamos direto Tylenol e a frebre cede em 10-15 min.

Trabalhei 6 anos e meio em farmacêutica e, embora seja da área de TI, volta e meia visitava a fábrica para resolver algum problema.

A linha de produção dos remédios "de marca" e dos genéricos é absolutamente a mesma e os medicamentos são produzidos sem diferenciação, o que muda é apenas a embalagem no final do processo. Vi isso muito tempo na planta que produzia penicilânicos (amoxicilina e amoxicilina + clavulanato, conhecido comercialmente como Clavulin).

O controle de qualidade da produção de medicamentos é absurdamente rígido, bem como do ambiente fabril. De cada lote produzido são escolhidas amostras aleatórias para análises físico-químicas e guardados tanto os resultados quanto os proprios exemplares por um período de 2 anos após a data de validade, e existe uma frequente (quase constante) presença da fiscalização da Anvisa para garantir a adequação aos processos, além desta promover rotineiras auditorias.

Esta é a realidade da empresa que trabalhei e é sobre ela que posso testemunhar, relembrando que farmácia não e a minha área de atuação mas que de uma forma ou de outra vivenciei, mas não creio que a de outras empresas seja muito diferente. Não tem sentido um fabricante montar duas linhas de produção distintas, uma para genérico e outra para os tradicionais, investindo em equipamento e mão de obra desnecessariamente.

Ah, mais uma coisa: Vários fabricantes tem "marcas concorrentes" e o mesmo medicamento é embalado como se fosse de outras fábricas, mas vem da mesma linha e são produzidos ao mesmo tempo... Então quem não gosta da marca A e prefere a B corre o risco de comprar a mesma coisa e as vezes até pagar mais caro por isso. Na empresa que trabalhei são 4 marcas diferentes do mesmo grupo e que concorrem entre si pelo suado dinheiro do povo.

Tecnicamente, é para não haver diferença, apesar de relatos anedóticos de clínicos e pacientes afirmarem o contrário.

Mas relato anedótico não é evidência. Servem para embasar o início de uma investigação sobre o tema. Ai, o método cientifico faz o resto. Confirma ou não a hipótese.

O caso da cloroquina na pandemia foi uma aula sobre isso.

No momento estou passando exatamente por isso, um dos remedios que estou tomando compramos a versao generica e não surtiu qualquer efeito

Como é um tarja preta e a receita ficou retida...hoje e amanhã serão dias "emocionantes" fazendo retorno pra pegar nova receita e tendo que comprar o remedio de novo,torcendo pra eles receberem abatendo a caixa que não foi aberta ainda

OLÁ PESSOAL!

Fiquei um tempão afastado do fórum (Por motivos de força maior), mas voltei com força total. Uhu!

Sobre a eficácia dos medicamentos genéricos frente os de marca, são iguaizinhos sim. Os medicamentos similares (que não são a mesma coisa dos genéricos) é que são um tiro no escuro, pois vários são produzidos por laboratórios desconhecidos com sedes em países do sudeste ou leste da Ásia. Quem garante sua qualidade?

CSergio escreveu:Comigo tem genérico que quase não tem eficiência, por exemplo: remédio para gastrite e refluxo.
Tomei pantoprazol genérico que não fazia nem tchun, efeito quase nulo, mesma dosagem de 40mg.
Quando eu estive muito atacado mesmo, apelei para um caríssimo que uma médica receitou anos atrás para mim, hoje em dia é quase R$ 300 a caixa com 30 comprimidos, contra R$ 10 a 30 do genérico.

Talvez para esse tipo de tratamento bem especifico, o genérico não funcionou comigo, mas para coisas simples, tipo, dor, resfriado, etc, eu vou de genérico.

Minha mãe tem gastrite com refluxo e toma Pantoprazol da EMS e da Medley (Dependendo do preço, ela compra um ou outro) e se dá muito bem. Lembrando que a Medley é marca da farmaceutica francesa Sanofi.

Minha esposa já teve alergia a uma medicação genérica e precisou voltar ao medicamento "original", segundo o médico a alergia não deve ter sido do princípio ativo, mas do veículo, ou seja, outras substâncias que compõe o comprimido.

Nelson Bass escreveu:Minha esposa já teve alergia a uma medicação genérica e precisou voltar ao medicamento "original", segundo o médico a alergia não deve ter sido do princípio ativo, mas do veículo, ou seja, outras substâncias que compõe o comprimido.

Nesse caso tem que tomar cuidado mesmo. Tem medicamentos com ingredientes perigosos para alérgicos. Até um paracetamol poder matar uma pessoa alérgica se tiver derivados de ovo na composição por exemplo!

Minha mãe só toma a versão original do remédio dela. Tentamos o genérico e não deu certo.

Zubrycky escreveu:Minha mãe só toma a versão original do remédio dela. Tentamos o genérico e não deu certo.

Tem que ver o laboratório se é confiável. Marcas de remédios genéricos que recomendo; Eurofarma, EMS e Medley. O resto eu não confio!

eu tenho experiências completamente distintas com dois medicamentos que uso frequentemente.

um deles, o genérico funciona maravilhosamente bem; o outro é o total oposto.