Pergunte ao luthier com Mauricio Bertola

gpraxedes escreveu:

allexcosta escreveu:Um Dingwall 6 cordas pesa menos de 4 kilos.

Esse ganhou meu respeito!

(2)

Me intrometendo um pouquinho, dependendo da peça, há cedro rosa bem leve também.

Fernando Zadá escreveu:
Peruntem se é sonho pro povo que tocou meu Dingwall ABZ6....
Era em swamp ash e não pesava quase nada. Menos que qualquer 5 cordas normal que vemos por ai.

allexcosta escreveu:Um Dingwall 6 cordas pesa menos de 4 kilos.

ele tinha algum grau de neck dive?

Acho que o fato de usar ultralights ajuda um bocado no peso e na prevenção de neckdive.

fheliojr escreveu:

Fernando Zadá escreveu:
Peruntem se é sonho pro povo que tocou meu Dingwall ABZ6....
Era em swamp ash e não pesava quase nada. Menos que qualquer 5 cordas normal que vemos por ai.

allexcosta escreveu:Um Dingwall 6 cordas pesa menos de 4 kilos.

ele tinha algum grau de neck dive?

  

nenhum defeito no baixo. Nada que o desabone.
Só não tinha o som de JB que eu ainda não sabia na época que era o que procurava.
Se algum dia tiver chance de ter outro Dingwall e puder escolher seria esse ou um Afterburn 6 cordas.
Se bem que não tenho GAS mais neles e tenho certeza que se quisesse algo nessa linha o Samuel faz muito provavelmente melhorado!

Bertola estou com uma dúvida:

Tenho um baixo parado aqui em casa já ha algum tempo e resolvi mexer nele. Percebi que a medeira da escala "parece que perde massa". O que vejo são trastes 'flutuando sobre a escala', como se os slots tivessem sido abertos rasos demais.

Solução pra isso é tirar os trastes e aprofundar os cortes dos slots?

Escala de jacarandá da bahia, baixo com mais de 25 anos.

Outra dúvida:

Tingir escala de maple, ela está lixada, sem trastes e limpa. Pretendo tingir ela de amarelo com várias 'passadas' para deixar o amarelo bem vivo, ou ao envernizar já da uma amarelada e tingir é besteira?

ge, tenta hidratar a escala antes e ve se não resolve o lance dos trastes parecerem soltos =)

Malka agradeço a indicação!

Mas estou hidratando a escala uma vez por semana e isso já tem quase um ano. Chegou em um ponto que não faz mais efeito a hidratação.

Em uma semana óleo de peroba 'restaurador de madeiras escuras', na outra óleo de limão da Dunlop.

GeTorres,
Em 1º lugar proceda como o malka disse: óleo-de-peroba.
Os trastes podem ser "rebatidos", porém, esse é um procedimento que exige experiência...
Quanto à outra pergunta, eu não entendi... A escala é de bôrdo(maple)? Se for, se vc tingir vai ficar mais escura e não mais clara... Aplique sobre ela verniz PU bi-componente.

Bertola, vou postar algumas fotos do braço que 'perdeu massa', melhor para avaliar, creio eu.
Sobre a hidratação: Estou hidratando a escala uma vez por semana e isso já tem quase um ano. Chegou em um ponto que não faz mais efeito a hidratação.

Em uma semana óleo de peroba 'restaurador de madeiras escuras', na outra óleo de limão da Dunlop.


Quanto á escala de maple a ideia é deixá-la com um amarelo bem forte, vivo.

até que enfim chegou meu circuito ativo da china, pelo que andei pesquisando esse circuito é parecido com os usados nos tagima e outros instrumentos "genericos", minha duvida é:

como ligo ele em um Saymour Duncan SMB-4a com a utilização do botao balance como uma alternativa para variação entre humbucker e single, ja que o captador tem essa possibilidade de utilização de coil independente ou junto, outra duvida é como seria pra instalar ele de forma generica em qualquer captador??

abaixo fotos do circuito:

Vc tem que fazer a instalação dos + de cada bobina do captador e cada "fase" separada do pot de balanço, de modo que quando estiver na posição central as duas bobinas funcionem ao mesmo tempo

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Vc tem que fazer a instalação dos + de cada bobina do captador e cada "fase" separada do pot de balanço, de modo que quando estiver na posição central as duas bobinas funcionem ao mesmo tempo

Então vamos lá, meu baixo é imitação do music man, logo so tenho um captador duplo de 3 bobinas, o SMB-4a tem 5 fios, sendo que 3 deles sao positivos, eu pensava que o balance seria utilizado no sentido de ligar cada bobina isolada de modo que se eu deixasse no meio ele iria funcionar como duplo e se eu usasse ele pra cada lado me daria apenas a bobina referente a bobina em questao, por exemplo: o fio amarelo ligado na bobina mais proxima da ponte, ficaria ligado no ponto 2 do balance interno , o fio verde ligado na bobina mais proxima do braço , ficaria ligado no ponto 2 do balance externo e como ele faz uma ponte com o ponto 1 do volume, o volume seria o master volume, exatamente como ta no esquema, minha duvida é: o que falei vai funcionar? e o outro fio da 3 bobina, como ficaria?? ou entao eu poderia ligar 2 bobinas juntas em uma das configurações que citei anteriormente e funcionará?

P.S: em nenhum pot tem capacitor, é normal? seguindo a logica o proprio circuito ja tem o capacitor, estou certo?

o balance seria utilizado no sentido de ligar cada bobina isolada de modo que se eu deixasse no meio ele iria funcionar como duplo e se eu usasse ele pra cada lado me daria apenas a bobina referente a bobina em questao,
Foi exatamente isso o que eu quis dizer...
em nenhum pot tem capacitor, é normal? seguindo a logica o proprio circuito ja tem o capacitor, estou certo?
Embora eu não conheça especificamente esse circuito que vc comprou, sim.
Abç

ahh, entao, brigadão, vou tentar cortar o corpo e mandar brasa eu ja quebrei a solda de alguma lugar do balance, mas ele é o ground entao creio que ele seja do ground do balance, precisarei tambem ligar um ground até a ponte que nao veio, vou testar e posto o resultado

mais uma vez muito obrigado

Boa noite Bertola!

Estou com o braço 'pelado', sem tinta, seladora e traste, com a escala já tingida e agora eu fiquei na dúvida, o que é mais viável?

Coloco os traste dou o acabamento nas bordas e verifico a altura entre eles e envernizo ou posso envernizar primeiro e faço o restante depois?

Grato!

Bertola, estou querendo fazer utilizar hardware dourado. Hoje foi exibida uma matéria do Fantástico sobre a contaminação de bijuterias chinesas com cádmio. Na matéria mostraram muitas peças douradas.
Já ouviu falar sobre a toxicidade destes materiais dourados?

Dependendo, confecciono a ponte em latão e pinto as demais peças cromadas.
Tive bons resultados cobrindo o cromado com preto fosco vinílico e depois o PU ou Polyéster.

GeTorres escreveu:Boa noite Bertola!

Estou com o braço 'pelado', sem tinta, seladora e traste, com a escala já tingida e agora eu fiquei na dúvida, o que é mais viável?

Coloco os traste dou o acabamento nas bordas e verifico a altura entre eles e envernizo ou posso envernizar primeiro e faço o restante depois?

Grato!

Coloque os trastes 1º...

emachado escreveu:Bertola, estou querendo fazer utilizar hardware dourado. Hoje foi exibida uma matéria do Fantástico sobre a contaminação de bijuterias chinesas com cádmio. Na matéria mostraram muitas peças douradas.
Já ouviu falar sobre a toxicidade destes materiais dourados?

Dependendo, confecciono a ponte em latão e pinto as demais peças cromadas.
Tive bons resultados cobrindo o cromado com preto fosco vinílico e depois o PU ou Polyéster.

Não sei do que se trata, só sei que cádmio é tóxico mesmo...
Ferragens douradas nunca foram uma boa coisa, sempre "descascam" ou "enpretecem"

Bertola estou com duvida sobre regulagem ,o que seria uma ação baixa das cordas como posso obter essa medição?eu medi na 20 º casa corda MI, no topo do traste até a parte inferior da corda está com 5mm de distância,pode ser considerada uma ação baixa?
grato.

ademar,
Ação baixa é aquela em que a parte de baixo das cordas ficam o mais próximo possível dos trastes, SEM QUE HAJA TRASTEJAMENTO (que, aliás, só é trastejamento se "aparece" no amp).
Porém, isso é resultado de um bom ajuste de tensor e da qualidade do trabalho de trastejamento.
Quando faço o ajuste de um instrumento eu sempre o coloco na ação mais baixa possível, e isso depende inclusive da forma como o braço foi construído e do radiano (curvatura) da escala, bem como, eventualmente faço "rebatimento" de certos trastes que apresentam desníveis em relação à outros (isso não é um "nivelamento de trastes").
5mm para mim é uma ação muito alta! O que dificulta a execução e pode até mesmo lhe causar "L.E.R's"

Bertola, valeu pela dica, baixei para 3mm,e quando toco na nona casa da um pouco de trastejamento somente na corda MI,estranho que quando toco na 10ª casa isto não acontece, fiz ajuste de tensor seguindo todas as dicas aqui do fórum e segui tbm a curvatura do braço,estou somente com este trastejamento na 9ª casa.
obrigado pela ajuda.

^Esse é um caso clássico de "rebatimento" do traste.

Bertola qual seria a caracteristica sonora do marupá !A combinação Marupá no corpo e marfim na escala ficaria muito agudo?qual sria melhor na escala para um JB75, maple ou marfim?Abraço.

Bertola,fiz o rebatimento aqui no baixo,olhei percebi que o traste posterior a casa 9 estava um pouco mais auto que os demais,peguei um martelinho e dei algumas pancadas de leve,batia e afinava para conferir e não afetar mais para frente deu trabalho,mas valeu a pena,coisa que mandei um luthier renomado segundo ele, fazer e o baixo voltou do mesmo jeito ou pior pois a única coisa que ele fez foi subir os carrinhos da ponte, ficou parecendo um birimbal e gastei 90 reais, mas agora com muita pesquisa e paciência consegui regular valeu Bertola.
abraço
obrigado.

SILVIAO escreveu:Bertola qual seria a caracteristica sonora do marupá !A combinação Marupá no corpo e marfim na escala ficaria muito agudo?qual sria melhor na escala para um JB75, maple ou marfim?Abraço.

Cara, a característica é bem próxima do amieiro (alder).
Não fica agudo não, fica muito bom, bem "claro" e definido (claro que há vários fatores envolvidos, né!).
Cara, eu trabalho tanto com o marfim-imperial quanto com o bôrdo (maple). Prefiro o marfim.

ademar junior escreveu:Bertola,fiz o rebatimento aqui no baixo,olhei percebi que o traste posterior a casa 9 estava um pouco mais auto que os demais,peguei um martelinho e dei algumas pancadas de leve,batia e afinava para conferir e não afetar mais para frente deu trabalho,mas valeu a pena,coisa que mandei um luthier renomado  segundo ele, fazer e o baixo voltou do mesmo jeito ou pior pois a única coisa que ele fez foi subir os carrinhos da ponte, ficou parecendo um birimbal e gastei 90 reais, mas agora com muita pesquisa e paciência consegui regular valeu Bertola.
abraço
obrigado.

Cara, "rebatimento" é chato mesmo e exige paciência, bom-senso e experiência...
Abç

bertola, finalmente chegou minha lixadeira e uma tico-tico e arrumei uma tupia , vou ver o que consigo fazer, por enquanto estou na ideia ainda, voce teria alguns projetos em pdf com escala real de algum mustang ou algum modelo esquisito? é o seguinte, como é somente para um teste inicial vou comprar massaranduba que é baratinha por aqui e talvez use um top mais amigavel e mais claro, voce teria alguma restrição com relação a massaranduba, exceto o peso que é demais?

^Cara, massaranduba não presta para muita coisa. Madeira pesada, dura e dada a rachar...
Não tenho projetos, mas na internet vc consegue

vou procurar jaqueira entao, no interior daqui tem jaqueira pra dar e vender

bertola, achei angico, é uma madeira boa? porem vou ter que fazer colagem :/

pedroivo85@hotmail.com.br escreveu:bertola, achei angico, é uma madeira boa? porem vou ter que fazer colagem :/

Nunca usei essa madeira... Não posso opinar...
Porque vc não usa o vinhático?

O marfim tem aquele corte nos médios igual o maple?

SILVIAO escreveu:O marfim tem aquele corte nos médios igual o maple?

É mais equilibrado e, se bem seco, mais estável.

Seria uma boa combinação para um jazz bass então.Obrigado pelas explicações!

^Sim, seria.
Corpo de cedro e escala escura proporciona um som mais "denso", por exemplo

bertola, qual o nome da tecnica de colagem de madeiras para inteiriço e top para que eu consiga achar alguma coisa sobre no google, por que eu tou pesquisando: "colar madeira instrumento" nao ta retornando nada relevante...

e como é a melhor colagem? cola madeira ou cola adesiva? qual tempo de secagem?

Cara, não tem nome em português... É apenas colagem mesmo...
Vc pode usar várias colas, desde cascorez extra (adesivo pva), a branca, titebond, etc
Todas vão dar bom resultado, desde que a madeira esteja sêca, corretamente aparelhada e fique compressionada com "sargentos" por uns 5 dias + ou -

vlw, bertola, eu nao tenho sargentos da expessura, vou ter que improvisar com parafusos grandes ou fios e pedaços de madeira para comprimir... o braço e o corpo podem seguir com a mesma altura desde o fundo ate o head e depois eu dou o acabamento no fundo do braço deixando ele na espessura que mais me for confortavel, né isso?

pedroivo85@hotmail.com.br escreveu:vlw, bertola, eu nao tenho sargentos da expessura, vou ter que improvisar com parafusos grandes ou fios e pedaços de madeira para comprimir... o braço e o corpo podem seguir com a mesma altura desde o fundo ate o head e depois eu dou o acabamento no fundo do braço deixando ele na espessura que mais me for confortavel, né isso?

Cara, não é uma boa idéia improvisar assim, pois é preciso compressionar com força. Compre os "sargentos", pois não é caro,
Não entendi a 2ª pergunta...

a expessura da madeira que vou utilizar pro braço inteiriço pode ser da mesma espessura ou tem que ser mais fina??

voce ja usou ou sabe dizer alguma coisa sobre essas tintas candy?



sabe dizer se preciso passar verniz ou ela mesmo ja brilha por si só?

A espessura da peça do braço só tem que ser a mesma do corpo na região do corpo...
Nunca ouvi falar nessa tinta aí...
A tinta usada é o esmalte sintético automotivo com PU catalisador

Bertola, me intrometendo um pouco, não seria útil ao colega comprar barra roscada de 1/2 polegada mais porca e arruelas e improvisar prensas com caibros e tacos de madeira?
Não é muito fácil prensar desta forma, pois corre-se o riso de prensar os cantos e "levantar" no centro, mas com madeira mesmo dá para fazer alguns ajustes, sempre testando a "prensa" antes de colar.

Pode até ser...
Mas tem que se ter experiência e inventividade...
Quando faço corpos com "tampos" eu aplico os "sargentos" e ainda pressiono o meio do corpo com um peso de chumbo que tenho aqui...

e ai bertola, achei marupá, porem com apenas 3,5cm de altura e com 24cm de largura, inevitavelmente terei que fazer colagem, usarei para o braço inteiriço de angico mesmo, a escala eu ainda nao sei... quando passar na plaina irei perder quase meio centimetro entao inevitavelmente terei de usar um top tambem, estou pensando em usar uma madeira de veios bem expressivos, como sera mais fino e menor nao sairá caro, porem meu baixo vai ficar um verdadeiro frankstein de tantas colagens, mas os contrastes que vi por alto ficaram legais, na pior das hipoteses eu terei de pintar...

ai um esboço do paint de como pretendo que fique:





desenho tosco mas a ideia é mais ou menos essa dai, caso eu pinte eu vou inventar um escudo e cor pra ele tb, e ai o que acha?

usarei para o braço inteiriço de angico mesmo
Cara, não vai dar certo...
Ademais, certas espécies são tóxicas...
Essa madeira não serve pra braço pois é resinosa...
Use pau-marfim ou peroba...

entao vou inverter, vou usar o marupá, eu nao consigo encontrar madeira nenhuma por aqui, é dificil de ter madereira que venda a prancha e mais dificl ainda encontrar certas madeiras :/

pedroivo85@hotmail.com.br escreveu:entao vou inverter, vou usar o marupá, eu nao consigo encontrar madeira nenhuma por aqui, é dificil de ter madereira que venda a prancha e mais dificl ainda encontrar certas madeiras :/

Cara, marupá aonde? Se for no braço, nem pensar!!!
Não é fácil mesmo encontrar madeiras adequadas para luthiería, nunca foi...

tou lascado :/ vou desistir desse braço e vou comprar um pronto ¬¬

pedroivo85@hotmail.com.br escreveu:tou lascado :/ vou desistir desse braço e vou comprar um pronto ¬¬

Boa idéia!