Tocar ... Uma reflexão.

Gosto muito de tocar baixo. Toquei baixo em banda de 2002 até 2015. Desde então fico tentando tocar em casa sozinho, mas não consigo passar de 10 minutos.
Tenho pedal de looping. Software de acompanhamento. Cursos, apostilas, inscrição on line em vários cursos, assinatura de youtube, e etc ...
Nada me faz passar de 10 ou talvez 15 minutos tocando. Acabo pegando o violão. Com este, também companheiro, consigo caminhar um pouco mais.
Mas o baixo me alegra, me faz entrar na música, fazer parte dela. O violão é fantástico, mas depois me entristece. Sozinho.
Tocar baixo com alguém é outra coisa. Pode ser um chocalho, uma caixa de fósforos (aliás um tremendo instrumento).
Tocar baixo com alguém é brincar com o tempo, com a existência, ou melhor, com aquilo que ainda não existe,
e está sendo criado naquele momento, mesmo que não seja improviso, nunca será igual se tocado novamente.
Quero tocar e brincar com o tempo novamente!
Abraços!

Belas palavras, Bodão!

Espero que consiga a ter a alegria de tocar por horas de volta !

Tem muito segredo disso e daquilo, aulas, aulas, aulas e mais aulas.
Vejo muito pouco movimento para reunir e tocar!

Saudações, bodhan. 
Tocar é meu hobbie, um prazer tão espontâneo e necessário que vez ou outra destino parte do meu rendimento para satifazê-lo, sem almejar nada em troca. Assim como você, também sinto que o ato de tocar ganha outra dimensão quando compartilhado, numa ação colaborativa e - como você mesmo disse - única. A experiência de tocar com outros é insubstituível, mesmo que o intimismo de um único violão possa fazer verter as emoções e sentimentos em forma de melodia. Cada um descobre o que te faz completo. Boa sorte com as suas descobertas. Abraço.

Bodhan, eu, por exemplo, toco porque preciso, toco para expressar um lado meu que não é "visto" normalmente pelas pessoas (mesmo as que me conhecem bem), que não se coaduna com a "persona" Professor sério que de certa forma passa para as pessoas. Toco pouco em casa, estudo pouco e, no mais das vezes é no grupo, na hora do "vamos ver" que a coisa acontece...

Eu tenho PAVOR de virar músico de quarto.

Todo o estudo e treino que faço na música é visando melhorar pra me apresentar ao vivo. O lugar que me da paz de espírito é um palco(de qualquer tamanho) com um contrabaixo pendurado no ombro.

Eu vejo gente talentosíssima fazendo vídeo pra internet, e não tem nem querem ter banda, eu respoito, óbvio, a decisão deles, só não consigo entender música como exercício onanista.

Pra mim, o baixo não faz sentido sozinho. É simples assim.
Na minha cabeça e no meu senso musical, simplesmente não funciona. Eu não curto solo de baixo por isso. (O instrumento puro, tocado sozinho. Quando o solo é acompanhado por músicos, eu poderia ouvir por horas seguidas)

Sou músico de banda, de trio, de dupla...Estudo solo por "obrigação".

Stormbringer escreveu:Eu tenho PAVOR de virar músico de quarto.

Todo o estudo e treino que faço na música é visando melhorar pra me apresentar ao vivo. O lugar que me da paz de espírito é um palco(de qualquer tamanho) com um contrabaixo pendurado no ombro.

Eu vejo gente talentosíssima fazendo vídeo pra internet, e não tem nem querem ter banda, eu respoito, óbvio, a decisão deles, só não consigo entender música como exercício onanista.

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vinibassplayer escreveu:minha última banda me deixou bem traumatizado de tocar com gnt... por enquanto to satisfeito em estudar só no quarto msm, tirando o q eu gosto do jeito q eu gosto. nem na igreja eu to querendo tocar pra nao ter dor de cabeça.. talvez volte qdo der vontade

Cara, o lance é você ir "flutuando com a maré" até achar AQUELA banda que todo mundo tem o mesmo objetivo, dedicação, visão de arte que você... E se forem bons amigos, ainda melhor...

Eu acho que achei a minha

RobertoGrecoJr escreveu:Pra mim, o baixo não faz sentido sozinho. É simples assim.
Na minha cabeça e no meu senso musical, simplesmente não funciona. Eu não curto solo de baixo por isso. (O instrumento puro, tocado sozinho. Quando o solo é acompanhado por músicos, eu poderia ouvir por horas seguidas)

Sou músico de banda, de trio, de dupla...Estudo solo por "obrigação".

É só tocar com backing tracks.

^ Deus que me "dibre"

Onanismo

Tenho tido pouco tempo para tocar. Mas não tem um dia que eu não pegue o baixo, né, que seja para dedilhar. Tem efeito calmante.

Minha esposa fica com ciúmes as vezes. Normal. Ali eu me introjeto em mim mesmo. Muitas vezes, soltando notas a esmo. As vezes praticando com as tabs no YouTube como no canal Cover Solutions



Um dia, quem sabe, volto a tocar em banda. Enquanto isso, meus pequenos vão me acompanhando.

ultimamente virei musico de quarto, por alguns motivos de não me achar em banda, pessoas descompromissadas, guitarrista que quer pegar musica na hora, e por aí vai. estou fazendo aulas online o que me ajuda a manter o baixo em dias.

Eu tive minha última experiência com banda à 14 anos. Desde então virei músico de quarto, fiquei sem tocar por um bom tempo por causa disso. Esses foram os piores anos da minha vida em termos de realização pessoal. (As outras áreas andaram bem)
Não sei se foi a fase ruim que me levou a parar ou se foi parar que causou a fase ruim.
Sei que quando peguei meu baixo encostado, troquei por um novo (novo pra mim), todas as partes da minha vida começaram a fluir.
Neste ano comecei a ensaiar com banda novamente (ainda sem shows), fiz uma participação em uma Jam Session de blues e percebi que é algo que eu nunca mais quero deixar de fazer. Meu lugar é no meio de músicos, com o baixo pendurado fazendo um som.
Agora pego meus baixos todos os dias e sinto prazer em tocar.
Aí, as outras áreas caminham bem mais suaves.

é anda rolando muito pouco música pela música Bodhan.....
Todo mundo cheio de compromissos e quase não existe mais isso de fazer um som pelo prazer. Se não tiver gig em vista o povo não quer se juntar.
Entendo perfeitamente o seu sentimento

Mais ou menos isso que escutei o baixista do Audioslave dizendo em um vídeo que vi uma vez:

"Em cima do palco eu consigo ver o que o baixo faz com as pessoas que estão assistindo a minha frente. Os olhos delas brilham. Eu amo o baixo pelo o que ele faz eu sentir, pelo o que ele faz por mim fisicamente."

Isso é muito verdadeiro. Num show com uma boa sonorização a gente pode escutar e sentir o poder de um baixo. Muitos do público nem sabem o porquê daquele peso e porrada, de onde vem, o que é, hehe...Mas é o baixo. Ele deixa a música "powerful". Em alto e bom (e bom,) som isso fica escancarado.

Muita gente detona os "bedroom players". Eu também costumava fazer isso. Mas hoje em dia penso diferente. Querem saber, tem muito músico de quarto ganhando grana e fazendo carreira sem sair de casa. Vejam no Youtube...

Aí eu vou chegar até o cara e dizer: "sai do quarto, músico de verdade não fica tocando em quarto!".
Legal, aí o cara vai pra noite receber paga baixa e passar dor de cabeça com bar e com banda...Eu até incentivo que fique no quarto trabalhando seu material digital que vai ser mais lucrativo.

Eu toco em banda. Mas meu negócio com banda é trabalho, mentalidade de trampo. Com o passar dos anos fiquei pragmático.
Vamos tocar, a paga é boa/razoável? Sim? Então bora! Não? Então deixe quieto!

Não toco por diversão. Claro que a gente se diverte tocando, mas é uma consequência, não a causa.
Por exemplo, eu não me vejo juntando com uma galera pra tocar sem compromisso (tocar músicas que eu ame ou fazer uma jam só pra me divertir, aliviar o estresse).

Acabei vendo música como trabalho em primeiro lugar. Não sei se isso é necessariamente bom ou ruim. Pode parecer uma visão fria da coisa, mas é que de tanto se fod*r durante os anos a gente vai criando uma atitude mais crua e objetiva, pelo menos comigo é assim.

Tipo, tenho meu simples equipamento, meus conhecimentos, minha técnica, experiência e mais uns 3 caras aqui junto comigo que têm o mesmo. Em troca de uma grana justa tocamos para pessoas assistirem e ter entretenimento. Pra mim é isso.

Nem é pelo público, mas pela "coisa"

Voce tocando sozinho, ou num backtrack: você reage a você e ao backtrack, o backtrack não reage de volta

com outras pessoas, você reage as outras pessoas, elas reagem a você, e entre elas, tem toda uma "organicidade" na música quando tocada com pessoas.

Mas, reconheço que isso é discutir o sexo dos anjos

A vida vem ondas, como o mar...

Pelo menos para mim.

Música é uma onda. Vem, e passa. Mas sempre as ondas voltam. E a música volta.
Hoje eu estou sem tocar baixo em banda desde 2011.

Uma vez em 2001 senti uma vontade imensa de voltar a tocar baixo em bandas. Assim do nada.

Cheguei a ir em missas vendo os músicos após o culto para chegar nos caras com papo do tipo: Ei, vocês estão precisando de um baixista. Procurar sites do tipo "estou sem banda"....

De repente, do nada um colega de trabalho comentou que precisava de um baixista, eu estava passando, ouvi e no dia seguinte estava numa banda.

Por incrível coincidência ontem, um vizinho comentou que já cantou no passado (Jovem Guarda) profissionalmente e que toca bem mal guitarra e que no prédio tinha outro véio que estava aprendendo bateria e faltava um baixista...

Ví uns vídeos do cara (canta muito e deve tocar muita guitarra)...
Marquei de tomar um café com os caras.

Estou com o dedo mínimo da mão esquerda bem machucado (achei até que tinha quebrado num tombo de bike noturno numa trilha), mas quem sabe uma onda musical esteja mais uma vez vindo...

Deixa a vida me levar, vida leva eu...

As coisas mais lindas e incríveis da minha vida aconteceram naturalmente sem eu planejar.
Daqui a pouco tudo vai estar fluindo bodhan...

Não toco em banda desde 2013. Sinto muita, muita falta. Mas hoje, pela minha rotina, não cabe uma banda com aquela rotina de ensaios, parar pra tirar música ou compor, questões administrativas... então toco meu baixo [desligado, porque não tenho amp] sozinho e pelo menos dá uma aliviada.