Por que millennials têm ojeriza a groove?

AndréBurger escreveu:Allex, mas o que uma dupla sertaneja vai ganhar em troca disso? Me custa acreditar que seja safadeza.

Safadeza é diferente de falta de respeito. É essa atitude egocêntrica de millennial do tipo "eu primeiro e se alguém que veio antes tinha o mesmo nome que se exploda". Há um motivo pra essa geração ser conhecida como "a geração eu eu eu". Aliás, é daí que vem a expressão "mi mi mi", do Inglês "me me me".

AndréBurger escreveu:Comecei a ler a história deles e não vi nada anormal

"João Bosco & Vinícius é uma dupla sertaneja formada por João Bosco Homem de Carvalho Filho (Rondonópolis, 11 de setembro de 1981) e Vinicius Fernando Karlinke (Naviraí, 31 de dezembro de 1980).[1], a dupla é considerada uma das pioneiras do estilo Sertanejo Universitário no Brasil.[2]

João Bosco e Vinícius se conheceram em 1991 com 10 anos de idade cada, na cidade de Coxim, onde residiam."
É o nome deles e moravam na mesma cidade...

Usasse "João Carvalho" então... Se seu nome fosse Michael Jackson e você fosse cantor, você se apresentaria com esse nome?

Conheço até essas cidades aí. Quase me afoguei no rio Coxim uma vez...

AndréBurger escreveu:hahaha, mas que nome comum, nao?

João Bosco é comum? Quantos você conhece?

AndréBurger escreveu:Tocava funk (americano) nas festas.. normal falar 'vamos pro funk?', 'vamos pro samba?' Só que o 'estilo' foi mudando e o nome não acompanhou, ou acompanhou, adicionou um 'carioca'.

Será que falavam "ir pro funk" quando iam pra essas festas? Que eu saiba no Rio dos anos 80, essas festas eram chamadas de "festas charme".

AndréBurger escreveu:Nesses casos dos nomes citados aqui, lendo um pouco de história, para mim, trata-se de coincidência.
No caso do funk, de algo que foi se adaptando ao tempo.

Várias pessoas se chamam Armando no mundo. Mas quando há um artista consagrado com o nome Armandinho, você, por educação básica, arruma outro nome pra você, né?

AndréBurger escreveu:Eu entendo o que você diz, há um tempo atrás montei uma banda cover chamada Sons of Cream (tocava Cream). Logo depois descobrimos que o filhos dos integrantes do Cream já usavam esse nome. Meio que passou batido para mim, afinal os caras estão na Europa, impossível de confundir, entretanto, o baterista, mais velho, fez questão de mudar o nome da banda. E de fato, nem foi maldade minha de querer se aproveitar do nome do grupo mais famoso, mas simplesmente algo do tipo, 'eles estão longes, não haverá confusão'.

Se não souber tudo bem. Mas Armandinho pediu pra Armandinho pra trocar de nome e ele simplesmente disse "não". Aí é falta de noção demais, né?

allexcosta escreveu:

Jander escreveu:Mas acho meio xarope esse papo de "as coisas eram boas do jeito que eram na minha época e a geração atual está estragando tudo", não sei, me soa como saudade de uma juventude que não volta mais.

Verdade.

Mas nem sempre é o caso. Nenhuma outra geração teve o ânimo de trocar o nome de tudo, de chamar batidão de funk (desrespeitando o funk), de chamar um cantor millennial de SC de Armandinho (desrespeitando o Armandinho, artista consagrado de outra geração). É uma geração que muitas vezes parece fazer as coisas só pra pirraçar.

Millennials irritam mais gerações anteriores que X's irritaram boomers, ou boomers irritaram silents. Nem mesmo os Z's irritam tanto millennials.

Sinceramente, não enxergo uma cantora nova aparecendo em 1988 com nome artístico "Elis Regina". Ou mesmo um grupo de pessoas inventar um ritmo escroto qualquer e chamar de "chorinho".

É disso que estou falando.

Como já disseram, sobre o funk tem o lance das festas, mas também até onde eu sei o funk brasileiro foi sim influenciado musicalmente pelo funk americano através do Africa Bambaata, que por sua vez já era uma fusão de funk e música eletrônica.

Mudando um pouco de assunto, mas nem tanto já que falaram no Baden Powell, ouçam Canto de Xangô e me digam se a percussão não dá um batidão daora.

Achei esse artigo que tenta explicar as gerações e suas características socioculturais comuns (e de consumo). Não sei se o referencial utilizado (parece ser bem centrado nas realidades dos EUA) serve para, por exemplo, os brasileiros (com seu desenvolvimento diferente), mas serve para nos deixar a par dos termos. Abraço

https://blog.depositphotos.com/generations-explained-baby-boomers-generations-x-y-z-and-alpha.html