Fender compra Presonus

https://musicaemercado.org/fender-compra-a-presonus-o-que-isto-significa-para-o-mercado-da-musica/

Será uma nova sobrevida para os instrumentos de corda?
Ou uma nova porta de atuação para a Fender pós guitarras (e baixos)?

Fender e Gibson estavam muito ruins das pernas em 2019.
Ambas na iminência de fecharem as portas. Muita concorrência de instrumentos asiáticos, com qualidade similar e com preços bem mais em conta.

Mas parece que a pandemia deu uma sobrevida a essas 2 grandes e amadas fabricantes de instrumentos.

Mas e depois da pandemia? Seria a volta da lenta agonia? A atual geração não se interessa por carros e guitarras como as antigas gerações?

Eu imagino a lenta agonia dos fabricantes de piano, violino e acordeon.
Ainda existem, mas como nicho de mercado e não como grandes fabricantes. Minha geração não curtia mais piano, violino e acordeon como a geração de nossos avós.
Ter um piano na sala era comum para eles. Hoje é até raro ter um piano de calda na sala das casas.

Ao meu ver parece que o alaúde, mais tarde transformado para violão acústico, parece ser o único instrumento imune aos séculos...

Uma empresa ser dona de marcas como Fender e Gibson e fechar as portas é um grande atestado de incompetência e incapacidade completa de administração, sinceramente...

Maurício_Expressão escreveu:A atual geração não se interessa por carros e guitarras como as antigas gerações?

Não acho que as gerações anteriores se interessavam tanto mais assim por guitarra do que as que vieram depois. Na verdade acho até o contrário.

Maurício_Expressão escreveu:Minha geração não curtia mais piano, violino e acordeon como a geração de nossos avós.
Ter um piano na sala era comum para eles. Hoje é até raro ter um piano de calda na sala das casas.

Acho que isso é um recorte de uma cena pequena da sociedade, Maurício. Era comum quanto? Centenas ou milhares de pianos nas casas por aí, igual televisão? Não acredito que chegou mesmo a ser algo que se chame de popular.

Quem sabe se um piano de cauda não custasse várias algumas dezenas de milhares de reais encontraríamos mais deles por aí nas salas de lares alheios, hehe.

Sobre a Fender no Brasil...
Além de uma oferta desigual, não existe demanda para os valores que cobram: R$10.000,00... R$15.000,00...
Quem compra Fender, compra usado!!!

Achei isso um pouco dramático, Maurição!

Maurício_Expressão escreveu:...Será uma nova sobrevida para os instrumentos de corda?
Ou uma nova porta de atuação para a Fender pós guitarras (e baixos)...

Acho que não seria este o ponto, mas uma expansão da marca Fender no segmento musical que servirá para consolidá-la mais ainda.

Oba! Vou comprar um adesivo da Fender e tacar aqui na minha Audiobox USB ... hehehe

Maurício_Expressão escreveu:Ter um piano na sala era comum para eles. Hoje é até raro ter um piano de calda na sala das casas.

Conheço até bastante gente com piano de parede em casa, mas de calda? hmm... nunca vi.
Pode ser forçação de barra da minha parte, mas arrisco dizer que nunca houveram tantos pianos em casas como na era moderna.
Sem entrar no mérito da qualidade da atuação das pessoas na música, mas a quantidade de gente que sabe tocar instrumentos hoje em relação a população total eu suponho que seja a maior da história.

Maurício_Expressão escreveu:Ao meu ver parece que o alaúde, mais tarde transformado para violão acústico, parece ser o único instrumento imune aos séculos...

Não se esqueça que o violão acústico foi transformado em guitarra e (com um pouco de benevoência de argumento) baixo elétrico.

Meia cauda numa casa acho que só vi uma vez...

Eu tenho uns 4 amigos próximos que tem meia calda em casa mas todos muito bem de vida e entusiastas de música, só um músico profissional e esse fez um consórcio para conseguir comprar.

Agora violões, guitarras, ukulele e afins venderam muito na pandemia mais que em períodos normais pelo que li recentemente.

Meu sonho é um piano acústico de verdade. Nem precisa ser de cauda, acho um charme os pianos verticais (pianos de armário, e outros nomes). O lance do de cauda é que é algo realmente maravilhoso. Deixa qualquer móvel da casa no chinelo, hahaha.

Muitas vezes é puramente ornamental ali na mansão, quem dá uma tocadinha é eventualmente alguma visita pianística.

Pior é que esses que conheço todos tocam um médico entusiasta, outro advogado que brinca no piano mas toca batera e sax e organizava som lá todo domingo contratando eu e mais dois músicos para tocar com ele e amigos, Samuel chegou a ir comigo uma vez quando estava aqui para um Expomusic, outro músico por prazer mas bem de vida e gente finíssima e toca baixo inclusive e por último o pianista daquele trio que gravamos inicio do ano que é um baita pianista e pegou um recentemente a coisa mais linda e altamente justificável. Mas é incomum mesmo! Rsss

Interessante ler esses pontos de vistas diferentes do meu.
Acho bem válido, mesmo por que não sou o dono da verdade.

Não só piano de cauda, mas piano de maneira geral, eu via mais nas casas dos pais de amigos meus e parentes quando eu era criança (anos 1960/70) do que eu vejo hoje.

Pode ser percepção errada sim, mas ainda tenho a sensação de que hoje tem menos pianos e acordeons nas casas de amigos meus hoje em dia que quando eu era criança e ia na casa de amigos e parentes.

Quando vocês citam que não conhecem quase casas com pianos hoje em dia, me parece que estão corroborando com esse meu ponto de vista.

Por exemplo, de todos os meus tios (por parte de mãe e pai, umas 8 ou 9 casas), me lembro de ter 3 pianos, sendo um deles muito lindo de cauda, quando eu era criança (anos 1960/70) e ia visitá-los.

Mas de todos os meus primos de primeiro grau (bem mais de 20), só um deles tem um piano na sala hoje (que não é de cauda).

Morei numa rua de classe média baixa em São Paulo no Tucuruvi. Tinha uns 4 pianos nas casas dessa rua nos anos 1960/70.
Acho que hoje, se fizer um levantamento nessa mesma rua, acredito que não deva ter nenhum piano em nenhuma casa.

Foi isso que eu quis dizer. Era comum as meninas aprenderem piano antigamente. Hoje parece que é comum aprender balé e não mais piano, entendem?

Maurício_Expressão escreveu: Era comum as meninas aprenderem piano antigamente. Hoje parece que é comum aprender balé e não mais piano, entendem?

Minha irmã mais velha teve algumas aulas de piano, com uma professora de música do colégio em que fizemos o primário (que, é claro, tinha um piano em casa). Minha mãe tentou aprender acordeão quando nova (me parece que era comum na adolescência dela), ela acabou desistindo, mas manteve o instrumento. Eu até tentei aprender tb, mas acho que os problemas que ele tinha (palhetas coladas e acho que alguns baixos sem funcionar) atrapalharam bastante, sem falar no peso do negócio... rsrsrsrs
Acabei por vendê-lo para inteirar em uma guitarra ou violão, não lembro ao certo.

Já minhas sobrinhas foram pro balé...