Potência "de sobra"

Rapazes,

Minha dúvida provavelmente vai ser boba pra vocês, mas lá vai:
Estou comprando uma caixa pro meu GK MB 500. Estou em contato com o Rogério da TEKSOUND (atendimento maravilhoso, por sinal), e estou prestes a comprar uma caixa 4x10 em celulose com driver prata. A caixa é em 8 ohms...

A questão é a seguinte: A caixa tem 480W (120w por falante). O Rogério me disse que fará para mim, sem custo adicional, a mesma caixa só que com falantes de 225W/cada falante, resultando em 900W de potência em 8Ohms, também.

Meu GK MB 500 oferece potência de 350W em 8ohms, então eu estaria trabalhando com folga, sem nenhum problema, é isso mesmo? Preciso atentar a algum detalhe?
Desculpem pela dúvida boba! Um abraço.

Apesar de aparentemente seu raciocínio ter certa lógica na verdade os parâmetros em questão tem pouca ou nenhuma influência na performance de um sonofletor.

Qualidade e tipo dos materiais, projeto e excursão máxima do falante são, por uma longa distância, mais importantes que a potência máxima declarada pelo fabricante.

Compreendo, Allex.
Obrigado pelo feedback.

Com relação à qualidade dos falantes e dos materiais utilizados, fiz pesquisas com consumidores do produto, procurei conhecer os materiais utilizados, e tive amplas conversas sobre o produto com o fabricante. Estou confiante nesse sentido.

Minha intenção é apenas evitar danos ao gallien krueger ou à Caixa devido à diferença de potência máxima de um ou de outro. Mas pelo que vi, mantendo a impedância recomendada pelo cabeçote, e respeitando a potência mínima que a Caixa pode aguentar, está tudo certo. Claro... Atentando para o importante fato que citastes.

Mas pegando um gancho no seu argumento, a recíproca é verdadeira para sua afirmação? Quero dizer, se tenho um cabeçote que fornece 350W e uma caixa que tem saída de 200W (ambos operando sob a mesma impedância), a caixa aguentar ou não depende exclusivamente da qualidade dos materiais utilizados?


Um abraço. E obrigado pela resposta.

CaQuinhO escreveu:Mas pegando um gancho no seu argumento, a recíproca é verdadeira para sua afirmação? Quero dizer, se tenho um cabeçote que fornece 350W e uma caixa que tem saída de 200W (ambos operando sob a mesma impedância), a caixa aguentar ou não depende exclusivamente da qualidade dos materiais utilizados?

Só pra gente não confundir:

Se você tem uma caixa e um amp, o último vai, obrigatoriamente, trabalhar na mesma impedância da caixa, pois as caixas que produzem impedância para o sistema.

Outra coisa, caixas não tem saída em watts. Elas, teoricamente, suportam determinada potência.

De modo geral, um head especificado em 350W RMS vai trabalhar sem problemas com uma caixa especificada em 200W. O fato dos falantes suportarem um determinado tipo de trabalho é relacionado à sua construção, qualidade dos materiais, Xmax, frequência que está sendo enviada, construção da caixa onde ele está instalado e várias outras coisas.

Obrigado, meu caro.

Agora Allex, eu tirei uma dúvida esses dias, mas queria saber isso na teoria:

AMP 300W + caixa 300W ou menos = amp trabalha com a potência nominal com capacidade de empurrar o falante e liberar todo seu volume;

AMP 300W + caixa 400W ou mais = funciona normalmente mas o amp não empurra o falante com toda potência, assim não libera todo o potencial;

mas em ambos funcionam normalmente, correto?

O amp não sabe quanto a caixa aguenta. Pra ele não faz diferença alguma se a caixa suporta 200W ou 200.000W. O que o amp quer saber é a impedância do sistema. Isso que vai determinar a potência que ele vai mandar.

Só lembrando que os auto-falantes começam a ter suas verdadeiras características de timbre a mais ou menos 1/3 da potência rotulada (li isso em um livro e confirmei aqui em casa, eles mudam razoavelmente, é bem interessante).

O amp não sabe quanto a caixa aguenta. Pra ele não faz diferença alguma se a caixa suporta 200W ou 200.000W. O que o amp quer saber é a impedância do sistema. Isso que vai determinar a potência que ele vai mandar.

E o amplificador também não sente quando está no limite =P
Que é o perigo de sair queimando bobina ae, com o povo que gira o botão de volume até quebrar o knob.

É mais provável estragar um falante com pouca potência do que com muita potência. Sim, sou adepto do grupo "anti distorção não esperada" e "Graves? potência nunca é demais!"

José Carlos escreveu:Agora Allex, eu tirei uma dúvida esses dias, mas queria saber isso na teoria:

AMP 300W + caixa 300W ou menos = amp trabalha com a potência nominal com capacidade de empurrar o falante e liberar todo seu volume;

AMP 300W + caixa 400W ou mais = funciona normalmente mas o amp não empurra o falante com toda potência, assim não libera todo o potencial;

mas em ambos funcionam normalmente, correto?

José Carlos, é bem mais complexo que isso, infelizmente.
Como o Alex já disse, a potência da caixa não está só relacionada com a potência dos falantes, na verdade tem mais a ver com outras especificações e com o projeto da caixa.
Do ponto de vista do amp, é mais complexo ainda. Um amp de 300W nunca trabalha em 300W o tempo todo. Em geral você usa muito menos que isso, pois a tendência é ocorrer saturação muito antes de você chegar no limite do seu amplificador (igual um motor de carro andando no limite o tempo todo), mas tem momentos (algumas notas tocadas com muita pressão, por exemplo) em que o amp precisa fornecer muito mais que 300W. Para cada frequência, o amp tem um rendimento diferente também. Cada fabricante utiliza um método de medição diferente, uns medem a potência em frequências mais altas (1kHz), para parecer que o amp rende mais, outros usam senóide pura, etc.
Como ponto de partida, é sempre legal escolher a(s) caixa(s) suficientes para o ambiente onde você vai tocar e usar um amp que forneça algo entre o valor nominal das caixas e o dobro (para uma caixa de 300W, usar um amp entre 300W e 600W).

abs,