Strinberg CLB 24 A

Olá galera do Fórum. Peguei esse baixo pra dar uma limpeza, regulagem e trocar as cordas. Resolvi fazer um review do mesmo. Trata-se do baixo da marca Strinberg, modelo CLB 24 A.

-A marca:

A Strinberg Guitar & Bass tem sua origem no ano de 1993 e no país é distribuida pela importadora Sonotec Music & Sound, que oferece uma série de outras marcas e produtos.

-Obaixo:
O CLB 24-A, acredito, é um modelo de entrada da marca. Já há alguns anos que o conheço, quase comprei o modelo cinco cordas da marca. Até então, nunca tive oportunidade de testar em casa o baixo.

-Especificações:
Corpo: Basswood
Tampo: Maple figurado. Me parece ser um papel fotográfico abaixo do verniz. Talvez seja uma folha fina. Muito bonito, diga-se de passagem.
Braço: Maple
Escala: Rosewood
Captadores: 1 Split Coil no formato Precision Bass e 1 Single Coil no formato do Jazz Bass. Creio que sejam ambos passivos.
Controles e pré amp: 1 Volume Geral (Master Volume), 1 Controle de Balanço (Blend) entre os captadores, 1 Controle de Graves e um Controle de Agudos.
Tarraxas e ferragens: da própria marca.

-Informações sobre a marca e o modelo nos links a seguir:
http://www.strinberg20anos.com.br
http://www.sonotec.com.br/strinberg/detalhe_produto.php?id=154&marca=2&categoria=3


-O exemplar em questão:
Peguei esse baixo há alguns dias com um amigo meu. Ele é músico e toca comigo em uma banda de Rock. Sua namorada é dona desse baixo. Ela procura um modelo para aprender a tocar e ver se gosta. Antes de me entregar, pediu que eu tentasse regular o baixo, pois nenhum dos amigos havia conseguido. O baixo me chegou bem sujo e com uma ação bastante alta. Deduzo que foi comprado usado.

-O encordoamento:
Warwick Red Strings Roundwound Stainless Steel. Tensões: Sol (G): .040", Ré (D): .060", Lá (A): .080", e Mi (E): .100"

-A regulagem:
Tive dificuldade de chegar em uma ação baixa pela ponte e pelo tensor. Acrescentei um calço de cartão telefônico recortado na junção do corpo com o braço e ganhei um pouco de margem pra regular. Ainda não estava a contento. Parti para a ponte. Seu modelo tem os carrinhos que lembram as pontes individuais (Monorail). Acho bonitos, mas pouco funcionais. Deixam pouca margem para regulagem de ação. Não satisfeito com a altura, lixei a base dos carrinhos e dos rastilhos da ponte com lixas de granulação entre 220 e 600. Com isso, cheguei em uma boa margem e assim obtive uma ação baixa o suficiente pra obter conforto e macies. Na regulagem das oitavas, a ponte mostrou eficiente, mas também de difícil regulagem. O excesso de parafusos Allen deixam a regulagem bastante segura, mas é um processo demorado e pouco prático. Regulei também a altura dos captadores. 

-A limpeza:
Dei uma bela geral no baixo. Limpei todo o baixo, dei polimento nos trastes e hidratei a escala. Tive uma certa dificuldade na tampa da cavidade elétrica, já que havia resquícios de adesivo. Por fim apliquei uma fina camada de cera automotiva, e depois de seca, dei um polimento no baixo. Tive um cuidado especial em aplicar também nas ferragens observando sempre junções e mecanismos de regulagem para que não fossem sujos e, com isso, prejudicados pela cera pastosa. 

-O teste:
Gostei bastante do braço. Ele tem pouca profundidade e a largura se adaptou legal à minha mão. Ao conseguir uma ação baixa, a execução ficou bem fluída em ambas as mãos. O som me agradou, gosto bastante da configuração PJ. A ressalva é que o Blend me parece ter problemas. Consigo volumes legais na ponte e no braço, mas quando chego no meio, há dois clicks, ao invés de um click central. Deduzo que o potenciômetro esteja avariado e farei a sugestão da troca. Gosto do captador da ponte soando mais forte e mais presente do que o do Braço. Isso é facilmente regulável caso não seja do gosto da dona do baixo.

Acho que falei demais. Hora do som. Segue o vídeo com o áudio do teste e fotos do baixo:


Estas fotos estão no vídeo, mas fica bacana também ilustrar o tópico.   



Abraços a todos!

Legal saber que tem mais gente que aprova o Strinberg.
Não se precisa muito mais do que isso.