Fretless Bass? Algumas dicas.

gloliveira escreveu:^Davi, o fretless é um desejo futuro. Na sua opinião, aqueles contrabaixos que tem a marcação facilitam mais para quem ainda não tem um ouvido desenvolvido? E você acha que uma pessoa que ainda não aprendeu tanto num baixo tradicional, poderia já tentar aprender um pouco de fretless?

Ah, e parabéns pelas explicações. Muito didáticas e precisas.

Davi Motta escreveu:

gloliveira escreveu:^Davi, o fretless é um desejo futuro. Na sua opinião, aqueles contrabaixos que tem a marcação facilitam mais para quem ainda não tem um ouvido desenvolvido? E você acha que uma pessoa que ainda não aprendeu tanto num baixo tradicional, poderia já tentar aprender um pouco de fretless?

Ah, e parabéns pelas explicações. Muito didáticas e precisas.

Obrigado goliveira!

Sim, as marcações ajudam muito, até quem já toca baixo com trastes há anos.

Uma dificuldade que vc poderá ter, até mencionei isso no vídeo, é de acertar com precisão as marcações. Se vc toca um baixo normal com uma digitação organizada, buscando sempre tocar próximo aos trastes, essa dificuldade não terás num fretless. Se toca um baixo normal com uma digitação de qualquer jeito, cada dedo "acerta" uma parte das casas, mesmo o fretless com marcação, terás muita dificuldade mesmo com as marcações, principalmente ao tocar uma linha com um pouco mais de notas.

O fretless exige muito ter uma digitação firme e o mais preciso possível.

allexcosta escreveu:Não tive tempo de assistir aos vídeos ainda então se alguém já tiver mencionado isso, peço perdão...

Devido a alguns ambientes em que praticamente não conseguimos enxergar bolinhas ou linhas no nosso instrumento, recomendo fortemente que o aspirante a baixista fretless utilize referências sonoras além das visuais.

Para isso, é importante estudar no escuro total, com o instrumento na posição que se toca numa situação real. Se na gig ou ensaio você toca em pé, estude em pé. Você pode gravar linhas e frases com um baixo fretted e tocar junto com seu fretless no escuro. Pequenas diferenças de afinação causarão um desconforto auditivo significativo, o que irá treinando sua memória muscular e ouvido aos poucos. Melhor ainda se essas frases e linhas estiverem acompanhadas de um teclado ou outro instrumento de harmonia cuja afinação seja 100%.

Além disso, é sempre bom incluir harmônicos nas frases. Turma que toca baixo em pé e fretless em geral faz isso de maneira sistemática, pois o harmônico será sempre super afinado e entregará rapidamente se você estiver tocando levemente acima ou abaixo da afinação.

fheliojr escreveu:Vc anda estudando muito o fretless, Tarcisão?

gloliveira escreveu:Tarcísio, o que você acha de cordas roundwound em contrabaixos fretless? Prefere as flats? Percebi que muitos aqui do fórum preferem as round.

Tarcísio Caetano escreveu:

gloliveira escreveu:Tarcísio, o que você acha de cordas roundwound em contrabaixos fretless? Prefere as flats? Percebi que muitos aqui do fórum preferem as round.

Meu caríssimo, direi que depende do que você quer em termos de timbre do fretless.
Acredito, por tudo que já li a respeito, e dos comentários de inúmeros baixistas, que as rounds tem a ver com o "Efeito Pastorius". Inegável a importância que o JP tem na História do baixo e do fretless, claro. Influência que acaba por moldar o timbre que muitos querem tirar. Nada de errado com isso. E as rounds ajudam demais neste quesito.

No meu caso, conheci o baixo fretless na segunda metade dos anos 70 e só fui tomar conhecimento que havia um cara chamado JP e que tocava em uma banda chamada WR em 1982.
Por causa do meu contato com o baixo acústico, meu timbre, ou melhor, aquele que procuro ser uma direção "oposta" ao do JP, mínimo de médios, mais grave, mais fechado.
E neste caso, as nylon são minhas preferidas. Já usei flats, também. Muito boas. Mas sou fã das nylon.
Mas o principal mesmo é captação e equalização. As nylon e flats não são sozinhas as responsáveis por um "mwah", como dizem os americanos, mais fechado.
Posição de mão direita mais perto do braço para um timbre mais anasalado, não usar o cap da ponte, diminuir os agudos e médios. Vai depender de outras variáveis além das cordas.

Mas como digo SEMPRE: O importante é ser feliz tocando um fretless e não se apegar a dogmas, por mais consolidados que sejam.

Se não fosse a dúvida, onde a humanidade estaria hoje?

Tarcísio Caetano escreveu:CAN YOU SLAP A FRETLESS BASS??]