Como você analisa a qualidade de um instrumento?

Construção, acabamento, equilíbrio, conforto, som e estética.

Tecnicamente conheço pouco sobre instrumentos (ferragens, madeira, etc) então minha forma de analisar é:

1. Se o som me agrada;
2. Se tem tocabilidade confortável;
3. Se a estética me agrada.

captação, acabamento e ergonomia são os principais atributos

1. Pela parte elétrica bem feita
2. Pela construção e acabamento

o resto é gosto pessoal

Tocando nele........

serve ou precisa ser mais específico???

Timbre (de acordo com meu gosto) e estética.

O baixo precisa aceitar uma boa regulagem de ação das cordas (média pra baixa).

Se a colagem é bem feita ou se aparecem as separações.
Se a pintura ou o acabamento é feito de forma concisa do baixo inteiro.
Se as ferragens são de qualidade. Caso não tenha marca, se ela desempenha bem o papel para qual foi feita.
etc

Pela marca você diz? Fender, Fodera, Music Man, etc?

Se for não, EU nunca olhei pra isso.

allexcosta escreveu:Então quer dizer que ninguém liga muito pra o logo no headstock... Interessante...

Quando eu era mais iniciante ainda, eu analisava muito pelo head, esse fórum me ajudou a mudar minha concepção.
Outra coisa que eu analiso é se o valor do produto condiz com o que ele oferece.

allexcosta escreveu:Então quer dizer que ninguém liga muito pra o logo no headstock... Interessante...

É .... bem interessante sim ...

Apresenta, por exemplo, um bem construído Zaganin com logo da Fender pra esse pessoal ...

Eu acho que o pessoal vai muito na modinha e não no que realmente se adéqua a realidade no momento.

Tem nego que carrega um baixo pessadíssimo só porque disseram que é o supra sumo dos tops e nem sabe o que é uma tétrade. E outros que investem o suado dinheirinho só pra ter o que fulano tem.

Eu acho isso uma perca de dinheiro e tempo. O baixo tem que ser confortável, bem feito para não esfarelar na sua mão, com um hardware que lhe atenda, com uma eletrônica que fala você vibrar.

O resto é resto.

Acho que o logo no headstock influência sim mas mais psicologicamente.

Quanto ao que postei anteriormente brincadeiras a parte levo muito em consideração a faixa de preço e tipo de baixo.
Já tive baixos simples e baratos que na faixa de preço e proposta achei excelentes e outros mais caros que faltavam algo a mais e não me conquistaram.
Eu levo em consideração acabamento, equilíbrio, sonoridade (incluindo ai parte elétrica e possíveis chiados e etc) e ergonomia como pontos mais importantes.
Já tive baixo barato aqui tipo Condor e Washburn que achei muito bons e outros mais caros que no geral não me pareciam tão melhores que eles.
Mas acho que a qualidade vem como um conjunto desde a escolha de madeiras e hardware até todo o trabalho de projeto do baixo em si. Boas madeiras e hardware bons num baixo mal construído são desperdício e baixo bem construído mas com madeira e hardware de segunda também acaba sendo complicado.
Por isso acho que tem tanta gente que pega baixos simples que gosta e resolve turbinar e fazer upgrades ao invés de pular para outro baixo melhor.

A qualidade? Verifico o hardware, como foi feita a montagem e se os componentes são bons.

A madeira, verifico se foi bem cortada, se a madeira é de algum tipo que sei que é boa, verifico a colocação dos trastes, se o instrumento aceita ajuste/ regulagem bem. Um bom instrumento, pra mim, além de dar bom som já de fábrica, não te dá muita dor de cabeça necessitando troca de peças, etc.

Agora, quanto a marca, eu olho sim. Já tive bons instrumentos em mãos, mas que foi um custo pra revender quando precisei. Essa coisa de instrumento definitivo não existe. Hora ou outra você pode ser obrigado a vender algum dos seus instrumentos ou mesmo se interessar mais por outro e querer trocar. Mas aí não é questão da qualidade, e sim peso da marca.


Abraços

A grande maioria não analisa ...

Poucos conhecem, realmente, os detalhes que fazem a diferença

Muitos são influenciados por opiniões de terceiros, quartos, quintos, etc ...

É um longo caminho, experiência, conhecimento ... é uma opção

Infelizmente, no meu caso, essa opção veio muito tarde ... consigo analisar algumas coisas hoje, bem mais que na época que tocava ...

Acredito que não sei analisar muito bem a QUALIDADE de um intrumento,

Mas para mim o conjunto de todas as coisas que falaram é importante,

O logo no head não conta necessariamente para análise de qualidade,

Mas sendo sincero conta muito quando se escolhe comprar um instrumento... até pq se compra pensando em valor de revenda e coisas do tipo...

Sem contar que algumas marcas acabam dando "mais confiabilidade" e segurança ao comprador... mas isso pode não ter necessariamente relação com a qualidade do instrumento... tem muito mais a ver com status, realização e a velha GAS...

^ Eu conheço pouco de madeira, então tento comprar instrumentos das madeiras que conheço, como alder, ash, mogno, cedro. São as que já tive oportunidade de tocar/ouvir.

Colocação dos trastes: Vejo se não tem falhas visíveis, e o acabamento na lateral esteja bom e bem feito.

Hardware. Um baixo com hardware mediano, pra mim é mediano. Ele pode melhorar e ser bem construído, mas hora ou outra a ponte ou uma tarracha desafinando vai te deixar na mão.

Se as cordas estiverem velhas, você sente na mão e naquele som característico de corda velha... sem brilho, áspero pra tocar, etc...


Ah outra coisa... tento ficar dentro dos modelos que gosto: jazz bass, precision, strato, tele, les paul, 335. Pois o sons desses modelos são referência pra mim.

Já tive ibanez JS do satriani e não gostei nem um pouco. Não que o instrumento seja ruim, mas não estava no que eu buscava...

Claro que não sou luthier e essa é apenas a minha opinião.

A parte de madeiras é algo que pra mim é complicado....
Nesse ponto vou no estético e nunca escolhi um baixo por ser dessa ou daquela madeira. Nem sei a diferença de som delas!! Rss

allexcosta escreveu:Não estou falando de comprar. Estou falando de analisar a qualidade, tipo, é bom por esse e esse motivo.

Entendi...

pra mim existe a teoria e a prática

Na teoria analiso pelas especificações: madeira, hardware e o histórico de determinado fabricante...

Na prática a análise é baseada no timbre que consigo, visual e ergonomia...

Se a teoria é confirmada na prática é um instrumento de qualidade...

Se na teoria o instrumento é ruim mas na prática é bom tá valendo também, rssss

conclusão... o que vale é a prática

Obs: sou um mero aprendiz... E aprendo muito com essas discussões que em 98% das vezes sou apenas espectador...

Não tem uma ordem, mas observo os detalhes. O cuidado e qualidade dos Knobs, do escudo (se tiver), a suavidade da pintura, da madeira... e por fim, é preciso plugar e ver do que ele é capaz, hehe!

Também... por exemplo, se o baixo é desenhado por linhas grosseiras ou suaves. Mas a madeira pura pode ser vista no braço tb, se não for pintado.

Sim é. As vezes pode indicar que o baixo foi feito de modo meio, rústico. Ou não. Depende.

Hehehehe, é!

A primeira vista, não é um instrumento que me agrada não. Mas plugado, posso mudar de idéia rápido. Ou não, haha!

^ coisa feia!!!!
mesmo que seja bom de tocar não teria espaço aqui em casa...

Pra mim, o logo no headstock é uma garantia de olhar mais atento... Não diz muito, mas é capaz de, pelo menos, te deixar mais interessado... Logo, pesa na avaliação da qualidade... até porque, as chances de encontrar um instrumento legal, aumentam consideravelmente...

Quanto aos quesitos de avaliação, mesmo que não tenha conhecimentos técnicos para avaliar, acho que o braço é o lugar mais importante. Um braço confortável, bem equilibrado (quando com correia ou sentado), que não limite os movimentos da mão esquerda é fundamental. É meu critério, braço bom, ou é, ou pode se tornar um bom baixo...

O resto é fácil de resolver: captação e circuito, troca-se. Ferragens também, dá para fazer upgrade em casa mesmo... Cordas são itens de consumo.
Digo isso, porque se o baixo tiver boa eletrônica e as melhores ferragens, pode ser uma porcaria.
Estética, também não é muito difícil de resolver...

Pode parecer heresia, mas os baixos que já toquei e menos gostei foram os Warwicks. Baixos pesados, neck diving, braço gordo, ruim de pegada... Mas aí a gente volta na parte do logo no headstock. O W lá em cima, soa bem pra caramba (e até eu queria um Thumb fretless). Não importa quão grosseiro, a gente olha diferente se o logo é de tradição...

Eu experimentei um Rock Bass Corvette uma vez e fiquei decepcionado com a grossura do braço também. Não sei se os Warwicks originais são assim, mas se forem, to fora, rs.

Hoje em dia, os músicos escutam mais com os olhos que com os ouvidos, rs...

Para um sinestésico, talvez...

A questão, penso eu, é que qualidade não é apenas som. Warwicks soam bem, porque não? Mas como tocar em um baixo tão pesados e equilibrados quanto uma porta de sucupira maciça?

Até porque, soar bem não é um critério final. Do contrário, poderíamos arrumar uma guitarrinha do Guitar Hero (ou um Variax) e então associar timbres digitais excelentes a cada nota e aí, não teríamos um instrumento de qualidade... hum?

Cujunto da obra.

Quando existem colagens aparentes, se estão bem alinhadas e coladas (ainda que apenas uma avaliação superficial), madeira aparente se está bem acabada (lixada, cortada, envernizada, polida, encerada, com marcas de ferramentas, etc). Ferragens e seu acabamento, qualidade da pintura, enfim, coisas que consiga enxergar como engenheiro, como hobista em madeira e inxirido em luthieria.

Mas isso como um objeto de manufatura, até aqui.

Daqui em diante entra o subjetivo. Som, pegada, estilo, coisas que não estão necessariamente dentro de "qualidade".

Por exemplo;

Gosto muito mais do meu Squier VM JB do que o Yamaha RBX 765a.

Por que?

Não sabendo muito bem a diferença entre madeiras (até por ser extremamente subjetivo), mesmo sendo engenheiro florestal, não posso dizer que seja pela diferença das madeira. Embora os dois braços sejam em maple (escala em rosewood no yamaha e maple no JB).

Não acho que um ser ativo e o outro passivo seja também enquadrável em "qualidade". Ambos cumprem bem até aqui sua função (até onde eu possa perceber também, dentro de minha inexperiencia).

Até poderia dizer que o Yamaha ganha em "qualidade" (esse exemplar é especialmente bem construido e acabado).

Mas o JB ganha, mesmo tendo uma corda a menos (gosto da quinta corda). Estilo e PRINCIPALMENTE som me agradam muito mais.

Logo no headstock conta mas bem pouco. Esse jazz poderia ser de qualquer marca que o que digo acima continuaria valendo, fosse SX ou Fender.

A parte do sinestesia é irrelevante, só um comentário paralelo ao comentário do som que emana do W...

Mas mantendo a metáfora, existe um som que sai do W, outro que sai do Rick-o-sound, outro do PBass etc... Esse som, por melhor que seja, no entanto, não define um instrumento de qualidade.

lucochoa escreveu:Hoje em dia, os músicos escutam mais com os olhos que com os ouvidos, rs...

sábias palavras...mas a maioria dos que pensam assim não podem ser considerados músicos....mas tb existen aqueles que exalam música, nunca estudaram e toca pacas, e são ignorantes na avaliação de um instrumento...e nem por isso deixam de ser ótimos músicos.

em minha opnião:
- Design: conta sim de algum modo.....fazer som tb é curtir estar com o instrumento. às vezes me pego admirando o instrumento...teclas, cordas, baixo, guitarra, acabamento e etc.
- Tocabilidade ou conforto: Essencial, mas cada um tem um gosto. É algo particular. Mas acho que deve ser um dos pontos mais fortes na escolha....afinal, uma hora vc pode encontrar o mesmo som daquele que vc curtiu em um instrumento muito mais confortável.
- Timbre: algo que agrade e que vc tenha estudado/ouvido que se encaixa nos tipos de banda que pretende tocar...simples assim.
- Peso: Importante, mas em alguns casos não é essencial....depende da atividade que o músico exerce...eu tenho um baixo pesado, mas em 90% do tempo toco sentado...então não importa tanto como pra quem toca na noite ou em trio por exemplo.
- Acabamento: em termos de pintura e hardware não considro essencial, ouvimos/lemos histórias de gente que testou n intrumentos de um mesmo modelo e apenas um tinha o som que queria, então o kra não deixa de comprar por conta de um defeitinho. Por outro lado, defeitos mais graves devem ser levados em consideração na comparação: acabamento da escala, junção braço/corpo e e outros , pois podem sinalizar algum defeito estrutural.
- Marca no headstock: querendo ou não sempre existe uma certa discriminação com algumas marcas e também idolatria cega por outras...de forma inconciente e na euforia, podemos errar em analisar alguns aspectos só pq da marca...o subconciente diz: "nem precisa ver se a escala tá linda, afinal é Warwick, é um Fender, é um Tobias".
Por mais que digam que o SX é um ótimo instrumento, na hora da compra, eu pediria pra olhar e analisar todos da loja, pra não correr o risco de pegar algum com defeito, isso pq sabemos que pode existir falha no controle de qualidade(isto é uma forma de discriminar a marca) e os vendedores tb não são amigos como aparentam.



aBASSo

allexcosta escreveu:Então quer dizer que ninguém liga muito pra o logo no headstock... Interessante...

Na questão do logo , a qualidade não fica presa somente a marca mas também a modelo ... então acho que por isso o logo no head pode ser um ponto a se desconsiderar ... ao menos inicialmente , pois na analise pode pesar valor de revenda ...

Sinceramente, a maioria analisa o logo do headstock.
Eu já fui assim.

Hoje prefiro tocar no instrumento antes de emitir uma opinião.

allexcosta escreveu:Então quer dizer que ninguém liga muito pra o logo no headstock... Interessante...

Você já me conhece o suficiente para saber que, no meu caso, não importa muito.
Apesar de você ter citado a curiosidade do quesito "construção", eu não entendo nada disto, então meus passos são:

1º) Aspecto visual - se me agradar, passo a ter interesse;
2º) Som - mesmo sendo um "coió" ainda, o som que o baixo produz tem que me agradar de alguma forma. Dos meus instrumentos, por exemplo, só o baixolão chega, realmente, bem perto do som que tenho em mente. Os outros serviram muito bem para me mostrar isto.

Analizo as madeiras, qualidade e estética, numero de peças no corpo, se o braço é flamed, bird eyeis, quarter saw, flat saw.... beleza do conjunto... peso, tipo de construção, tocabilidade e som...
Como não me considero baixista nem guitarrista pois me amoldo muito mais no termo guitarreiro, o logo é importante sim, não só pelo tesão que causa, mas, quando se trata de Fender, Gibson, Rickembacker entre muitos outros, pelo fato de serem ícones da história dos instrumentos, que muito me interessam.

allexcosta escreveu: E eu sei o que é "sinestésico"...

Que bom.

siodoni escreveu:Sinceramente, a maioria analisa o logo do headstock.

Pois é, eu sou assim.

Sinto (mais) segurança ao adquirir um instrumento de alguma marca conhecida.

Quando vejo um em uma loja (novos ou usados) que eu goste, eu peço pra tocar e fazer teste.

Depois faço uma busca para saber opiniões e criticas a respeito, tipo coisas pra eu reparar e testar caso resolva voltar na loja por causa desse instrumento.

A logo serve para mim para já ter em mente o som que quero, se toco em um fender espero um som de jazz bass ou p-bass bem característico, a mesma coisa em um rickenbacker, musicman ou qualquer marca conceituada. Quando vejo alguém tocar com um destes baixos de "marca" não penso que o baixista toca bem, mas acabo tendo uma expectativa de ouvir o som que idealizo de cada marca e algumas vezes acabo me decepcionando. A logo e o modelo servem mais para me dar um "norte" do que esperar do baixo e analisar com cuidado se realmente condiz com o que eu esperava.
Como relato pessoal, eu tenho um condor cp-5000 e toquei em uma loja com um musicman stingray em um hartke que eu ja havia tocado com o condor e o condor simplesmente engoliu o musicman. Não digo que todos os condors são melhores que os musicman e nem o contrário, mas que devemos sempre analisar sem nos deixarmos levar somente pela logo.

Costumo analisar a qualidade de um instrumento seguindo os critérios construção, conforto, estética e som (não necessariamente nesta ordem). Construção: sou bem leigo neste ponto, costumo olhar se a junção do corpo/braço é bem feita, se o escudo nao está torto, se a pintura foi bem feita e observo o braço e escala.
Conforto: sentir o braço do instrumento, espaçamento entre as cordas, o peso, se existe neckdive e também o conforto para a mão e braço direito.
Estética vai do gosto pessoal.
O som vai de cada um, tenho alguns timbres idealizados em mente e quando toco em um modelo de instrumento tento chegar nestes timbres.

Interessante essa pergunta. Se o baixo é para meu uso, o primeiro ponto é o timbre... se não me agrada ou se o upgrade é inviável, já sei que não vai me atender. Tenho poucas condições de avaliar o restante dos componentes de um baixo, por isso só não deixo passar coisas grosseiras.

Acredito que a marca no headstock acaba sendo uma referência de credibilidade do instrumento. Tudo bem que para alguns é só status mesmo, mas para quem não tem muita experiência técnica para escolher um instrumento, a tradição do fabricante (ou o marketing...) e a quantidade de usuários de uma marca acaba sendo um incentivo decisivo na escolha.