Fender deixará de utilizar Ash na construção de Instrumentos Musicais

Fala pessoal, tudo bem?

Fiz um vídeo comentando a notícia divulgada pela Fender recentemente de que não vão mais utilizar Ash por questões comerciais (a madeira está difícil de adquirir, sofrendo com enchentes, pragas e escassez em determinadas épocas).



O que acham que mudará na Indústria com essa notícia?

Alder, Poplar, Basswod e Mogno vão continuar sendo a bola da vez na 'gringa'?

Fora razões estéticas, pouco importa.

JAZZigo escreveu:Fora razões estéticas, pouco importa.

Em termos de lutheria, concordo plenamente!

Minha dúvida sincera é: a Fender acaba 'ditando' muita moda no mercado, será que vão tirar da gaveta alguma madeira que não se via em instrumentos fabricados em série?

Aqui no Brasil tem muita madeira boa que eu prefiro em relação ao Ash... O Cedro Rosa, por exemplo. Mas os gringos costumam apelar pras madeiras da região (por questões de logística e preço).

JAZZigo escreveu:Fora razões estéticas, pouco importa.

A parte estética a gente resolve com madeiras de aparência semelhante.

Estou usando o kiri (pawlonia) em corpos de baixos que construo dado o seu peso bem leve. Essa madeira tem uma "figuração" parecida com a do frêixo (Ash). O Freijó também em algumas peças. Ambas tem a vantagem de serem mais leves que essa madeira.

Na realidade a maioria disparada dos Fender é de Alder.

Em 1978 houve uma leva significativa de Fenders em ash devido problemas financeiros/fornecedor.
Eram pesados pra caramba!

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Estou usando o kiri (pawlonia) em corpos de baixos que construo dado o seu peso bem leve. Essa madeira tem uma "figuração" parecida com a do frêixo (Ash). O Freijó também em algumas peças. Ambas tem a vantagem de serem mais leves que essa madeira.

Verdade, Bertola! O Freijó é bem legal. Nunca usei o Kiri, boa ideia!

allexcosta escreveu:

Paulo Penna escreveu:Na realidade a maioria disparada dos Fender é de Alder.

Sei lá... Tenho minhas dúvidas quanto a isso.

Também não sei se é bem isso... Acho que com o tempo, inevitavelmente, vão acabar usando até as madeiras asiáticas (Ex.: Basswood) em instrumentos americanos, por questões de oferta de demanda.

Mas, enfim... Nesse ponto temos que concordar que as madeiras brasileiras são nota dez!

Contraponto escreveu:

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Estou usando o kiri (pawlonia) em corpos de baixos que construo dado o seu peso bem leve. Essa madeira tem uma "figuração" parecida com a do frêixo (Ash). O Freijó também em algumas peças. Ambas tem a vantagem de serem mais leves que essa madeira.

Verdade, Bertola! O Freijó é bem legal. Nunca usei o Kiri, boa ideia!

O problema do kiri é arranjar peças na largura e espessura adequadas. Eu consigo de um único fornecedor no sul.
É uma madeira macia, de fácil trabalhabilidade, mas tem que lixar com cuidado e não serve para guitarras com alavanca - para bases de semi-sólidas serve perfeitamente.
Freijó é fácil de conseguir. Na madeireira do "seu" Paulinho, lá em Mury (N.Friburgo), onde moram meus velhinhos, sempre tem.
Também uso a boa e velha caixeta (que muita gente confunde com o marupá, mas são madeiras diferentes).

Contraponto escreveu:

allexcosta escreveu:

Paulo Penna escreveu:Na realidade a maioria disparada dos Fender é de Alder.

Sei lá... Tenho minhas dúvidas quanto a isso.

Também não sei se é bem isso... Acho que com o tempo, inevitavelmente, vão acabar usando até as madeiras asiáticas (Ex.: Basswood) em instrumentos americanos, por questões de oferta de demanda.

Mas, enfim... Nesse ponto temos que concordar que as madeiras brasileiras são nota dez!

Maple lá é mato!
Ash é madeira de caixote.
Alder não sei.

Paulo Penna escreveu:

Contraponto escreveu:

allexcosta escreveu:

Paulo Penna escreveu:Na realidade a maioria disparada dos Fender é de Alder.

Sei lá... Tenho minhas dúvidas quanto a isso.

Também não sei se é bem isso... Acho que com o tempo, inevitavelmente, vão acabar usando até as madeiras asiáticas (Ex.: Basswood) em instrumentos americanos, por questões de oferta de demanda.

Mas, enfim... Nesse ponto temos que concordar que as madeiras brasileiras são nota dez!

Maple lá é mato!
Ash é madeira de caixote.
Alder não sei.

São madeiras comuns. Até porque, a diversidade de espécies no hemisfério norte é menor que aqui
Amieiro também é uma árvore comum.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Estou usando o kiri (pawlonia) em corpos de baixos que construo dado o seu peso bem leve. Essa madeira tem uma "figuração" parecida com a do frêixo (Ash). O Freijó também em algumas peças. Ambas tem a vantagem de serem mais leves que essa madeira.

Interessante! Nunca tinha visto instrumento em pawlonia.
Construí uma alaia (prancha de surf dos tempos primórdios) em pawlonia.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:O problema do kiri é arranjar peças na largura e espessura adequadas. Eu consigo de um único fornecedor no sul.
É uma madeira macia, de fácil trabalhabilidade, mas tem que lixar com cuidado e não serve para guitarras com alavanca - para bases de semi-sólidas serve perfeitamente.
Freijó é fácil de conseguir. Na madeireira do "seu" Paulinho, lá em Mury (N.Friburgo), onde moram meus velhinhos, sempre tem.
Também uso a boa e velha caixeta (que muita gente confunde com o marupá, mas são madeiras diferentes).

Show! Vou tentar visitar a madeireira do Seu Paulinho quando acabar a quarentena pra conhecer! As últimas peças de madeira que eu peguei foram com o Mozar.

Valeu pelas dicas!

allexcosta escreveu:

Bruno da Rosa escreveu:Nunca tinha visto instrumento em pawlonia.

A GuitarFetish costumava oferecer corpos feitos com essa madeira. Não sei se ainda o fazem.

Sim, ainda oferecem.

Eu tenho uma strato nessa madeira, comprei no site do Guitar Fetish mesmo. Lembro que foi super barato (uns 39 Trumps) e veio na cor Surf Green. Muito leve, até me assustei quando peguei o pacote! Tempos depois mudei a pintura para branco e atualmente está desmontado, vou mandar pintar de novo quando passar a pandemia e eu tiver grana.